OpenAI escolhe a Argentina e deixa o Brasil fora do mapa da IA

O anúncio veio numa sexta à tarde, em Buenos Aires. A OpenAI e a Sur Energy assinaram uma carta de intenções que mudaria o mapa digital da América Latina. O primeiro Stargate do continente, um megadata center de até 500 MW e avaliado em US$ 25 bilhões, terá endereço na Argentina, marcando um passo gigante na infraestrutura digital da região.

O Brasil parecia o destino óbvio. Centros de inovação consolidados, startups maduras. Ainda assim, não foi escolhido. Custos altos de energia, processos burocráticos lentos e incentivos incertos pesaram contra.

Investimento bilionário e energia competitiva

A Sur Energy ficará à frente do projeto, e a OpenAI será a principal compradora da capacidade do centro. O Stargate Argentina coloca o país como hub digital e mostra que regras claras e previsibilidade contam muito. O RIGI, regime de incentivos fiscais, simplifica licenças, reduz impostos e garante estabilidade por até 30 anos.


OpenAI investe US$ 25 bilhões na região da Patagônia Argentina (Foto: reprodução/X/Argentina's Milei News @ArgMilei)

No Brasil, esse tipo de benefício é limitado e sujeito a mudanças, dificultando grandes investimentos. Além disso, a Argentina tem energia renovável abundante e barata, com contratos de longo prazo que mantêm um data center desse porte funcionando sem interrupções. O Brasil, em comparação, ainda lida com tarifas elevadas e uma matriz tributária complexa, o que encarece operações de grande escala.

Burocracia, oportunidade perdida e um espelho para o Brasil

Aqui, qualquer licença pode levar meses, e consultas públicas frequentemente se arrastam. A insegurança jurídica é rotina. Um ex-consultor do BNDES resume: “É difícil negociar um projeto desse tamanho num país onde o atraso custa caro, mesmo que ninguém veja.”

O país não perde apenas dinheiro. Em Buenos Aires, o Stargate já começa a ser usado pelo governo argentino. Cada experiência, cada teste de IA, dá à Argentina uma vantagem de aprendizado que o Brasil terá de alcançar. A decisão deixa claro o que o Brasil ainda precisa: infraestrutura confiável, energia competitiva e um ambiente político e fiscal estável. Enquanto a Argentina comemora e avança na corrida tecnológica, o Brasil vê o trem da inovação partir.

Tesla fecha contrato de US$ 16,5 bilhões com a Samsung para fornecimento de chips

Elon Musk, o presidente executivo da Tesla, fecha contrato, avaliado em US$ 16,5 bilhões (cerca de R$ 92,24 bilhões), e estabelece que a Samsung fornecerá chips para os carros da montadora, com foco em Inteligência Artificial (IA). A parceria acontece em um momento importante para ambas as empresas, que enfrentam desafios em mercados altamente competitivos.

A gigante sul-coreana, que lidera a produção de chips de memória, sofre uma pressão crescente no setor de IA, onde ainda fica atrás de seus concorrentes, como a TSMC e SK Hynix. Porém, o novo acordo promete aumentar sua participação no mercado de chips para IA e renovar sua imagem como fornecedora confiável de tecnologia avançada. Após o anúncio, na última segunda-feira, as ações da empresa subiram quase 7%.

Tesla e a estratégia de chips para IA

Elon Musk, afirma que a parceria vai acelerar a inovação no setor automotivo e no desenvolvimento de novas tecnologias. Ainda, afirma que o acordo com a Samsung é um passo estratégico para fortalecer a capacidade dos seus veículos.

“A Samsung concordou em permitir que a Tesla auxilie na maximização da eficiência da fabricação. Esse é um ponto crítico, já que eu vou caminhar pessoalmente na linha de produção para acelerar o ritmo do progresso. E a fábrica está convenientemente localizada não muito longe da minha casa”, afirmou Musk em um post no X (antigo Twitter).

A nova fábrica de chips da Samsung, em Taylor, Texas, produzirá o chip AI6, que será usado em veículos da montadora. Musk, também garante que terá participação ativa na linha de produção, para aumentar a eficiência e o ritmo de fabricação.


Elon Musk fundador e CEO da Tesla (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Uma nova era para a produção de chips

O impacto do acordo vai além da Tesla. A parceria representa uma nova era para a Samsung, que busca reafirmar o seu potencial em fabricação de chips IA, setor essencial para o futuro dos veículos autônomos, dispositivos conectados e soluções em nuvem.

Além de beneficiar a Tesla, a parceria promete acelerar a produção de chips para a indústria e abrir portas para novas soluções tecnológicas. O impacto na economia, especialmente no Texas, será significativo, pois será criado novas oportunidades de trabalho e tende fortalecer cadeias produtivas locais.

Com o novo contrato, tanto a Tesla quanto a Samsung estão posicionadas para fortalecer suas respectivas indústrias e consolidar suas lideranças em inovação tecnológica. Com o mercado de IA em crescimento constante, esse acordo tem o potencial de transformar a forma como as empresas tecnológicas e automotivas interagem com suas necessidades de produção e desenvolvimento.

Abel defende Vitor Roque e reconhece peso da maior contratação do Palmeiras

Vitor Roque chegou ao Palmeiras cercado de expectativa, principalmente por ter sido a contratação mais cara da história do clube. Depois de passar por Barcelona e Betis, o atacante voltou ao Brasil para assumir o comando do ataque alviverde, mas ainda não conseguiu mostrar o desempenho que o torcedor esperava.

Apesar das chances recebidas e da rápida entrada no time titular, os números do jogador ainda são discretos: foram três gols marcados em 25 jogos disputados até agora, a maioria começando entre os onze iniciais. A adaptação ao ritmo do futebol brasileiro e à cobrança natural do investimento feito parecem estar pesando na atuação do camisa 9.

Durante entrevista coletiva recente, o técnico Abel Ferreira comentou sobre o momento do jogador e reconheceu que o alto valor envolvido na negociação pode estar influenciando sua performance. Segundo ele, Vitor Roque tem potencial, já foi convocado para a Seleção, mas precisa trabalhar para superar a fase e voltar a render bem em campo.

Fico com a sensação de que ele joga com 50 kg nas costas, por causa do valor investido em sua contratação.”

Abel Ferreira

Abel comenta a pressão sobre Vitor Roque (Vídeo: Reprodução/YouTube/ESPN Brasil)

A escolha por Vitor Roque também reflete uma nova estratégia da diretoria, que tem apostado em atletas mais jovens, com possibilidade de retorno financeiro futuro e que possam atuar em mais de uma posição dentro de campo.

Negociação longa e mudança no perfil de contratações

A chegada do atacante ao Palmeiras só foi possível depois de uma negociação detalhada com o Barcelona. Na época, o atleta estava emprestado ao Betis, e questões contratuais precisaram ser resolvidas antes da compra. Ao final do processo, o clube paulista pagou 25,5 milhões de euros fixos, além de possíveis bonificações por metas esportivas alcançadas.

Empate e rodada importante pela frente

Na última rodada do Brasileirão, o Palmeiras empatou por 1 a 1 com o Mirassol no Allianz Parque e deixou escapar a chance de entrar no G-4 da tabela. A equipe, que busca reduzir a distância para o líder Flamengo, volta a jogar no domingo (20), às 17h30 (horário de Brasília), novamente em casa, contra o Atlético-MG, pela 15ª rodada do campeonato.

União Europeia anuncia 2,3 bilhões de euros para reconstrução da Ucrânia

Comissão Europeia anunciou nesta quinta-feira (10) um pacote de apoio financeiro de 2,3 bilhões de euros à Ucrânia, com o objetivo de impulsionar os esforços de reconstrução do país diante da devastação provocada pela guerra em curso com a Rússia. A iniciativa foi apresentada durante uma conferência internacional realizada em Roma, que reuniu líderes e representantes de diversas nações para debater estratégias de recuperação para o território ucraniano

Orçamento de reconstrução

Do total anunciado, 1,8 bilhão de euros será disponibilizado por meio de garantias de empréstimos, enquanto os 580 milhões restantes serão repassados como doações por instituições financeiras públicas internacionais e bilaterais. A medida integra o Quadro de Investimentos para a Ucrânia, um plano mais amplo que busca atrair até 10 bilhões de euros em aportes para reconstruir infraestruturas, reativar a economia e restaurar serviços essenciais no país.

O anúncio ocorre em meio à intensificação dos ataques russos, com Kiev sendo alvo de bombardeios consecutivos nos últimos dias. Nesta quinta-feira, centenas de drones e dezenas de mísseis atingiram a capital ucraniana, resultando em novas mortes e aumentando a urgência por ajuda internacional. Esse cenário reforça a necessidade de apoio contínuo por parte dos aliados ocidentais para sustentar a resistência ucraniana e permitir a retomada da normalidade em regiões fortemente atingidas.


Vista interna do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França (Foto: reprodução/Christopher Furlong/Getty Images Embed)


Fundo de apoio internacional

Além dos recursos diretos, a Comissão Europeia também revelou a criação de um fundo de ações dedicado à reconstrução, com participação inicial do Banco Europeu de Investimento e dos governos da França, Alemanha, Itália e Polônia. Com capital inicial de 220 milhões de euros, a expectativa é de que o fundo mobilize até 500 milhões de euros até 2026, canalizando investimentos para projetos sustentáveis e estratégicos de longo prazo.

A movimentação da União Europeia reforça o comprometimento do bloco com a estabilidade da Ucrânia e com a preservação da ordem democrática na região. Embora o conflito ainda persista, as ações voltadas à reconstrução demonstram um esforço conjunto para garantir que o país tenha os meios necessários para superar os danos da guerra e retomar seu desenvolvimento econômico e social.

Amazon foca no Brasil, grande potencial de negócios

A Amazon se prepara para o Prime Day, que vai se realizar entre os dias 15 e 16 de julho no Brasil. A empresa tem grandes expectativas, não apenas do ponto de vista comercial, mas também para o país, já que essa será a região que receberá o maior investimento da varejista americana

O dia de ofertas exclusivas para assinantes, Prime Day, será realizado entre os dias 15 e 16 de julho. Foi o que informou a presidente da empresa no Brasil, Juliana Sztrajtman, ao participar de um evento nesta quinta-feira, no centro de distribuição (CD) GRU9, em Cajamar (SP). Sztrajtman informou que a Amazon iniciou operações no Brasil em 2011 e investiu R$ 32 bilhões no país, sendo R$ 8 bilhões somente nos últimos dois anos, justificando que o Brasil tem grande potencial para gerar negócios e atrair clientes.”

Grande expectativa com investimentos no Brasil

Os recursos destinados para o Brasil  estão sendo utilizados para  aumentar o número de funcionários, investir em logística, além de maior gama de produtos estocados, que inclui não só o e-commerce,mas as lojas parceiras também.


Perspectiva de aumento nas entregas ( Foto: Reprodução/Nathan Stirk/Getty Imagens Embed)


Neste momento, cerca de 18 mil pessoas trabalham para a Amazon, tanto direta como indiretamente.

Os parceiros da empresa usam a plataforma da Amazon para vender seus produtos, e conseguiram gerar mais de 170 mil postos de trabalho, quando começou as atividades em  2011.Para a Prime Day, a perspectiva é de 6 mil pessoas auxiliando, inclusive, 1,9 mil somente no GRU 9.

Pais com potencial comercial

Atendendo a demanda de um país com dimensões como o Brasil, a varejista tem 12 centros de distribuição,  e diversas rotas rodoviárias e 4,2 áreas. Conforme  Sztrajtman, a Amazon faz entrega em todos os municípios do Brasil. A empresa oferece entrega rápida até dois dias para 1,2 mil e para outras 400 cidades a entrega dos produtos em até um dia, além de outras  34 que conseguem receber no mesmo dia de compra.

“Tudo que fazemos é para atender ao que o cliente deseja. O que ele mais quer é encontrar produtos com preço acessível, recebê-los rapidamente e, caso tenha algum problema, ter um atendimento de qualidade”, disse a presidente da Amazon Brasil. Não por acaso, um dos pilares da empresa é a “obsessão pelo cliente”.

No Brasil, o cliente encontra no site mais de 150 milhões de produtos, além de  100 mil parceiros, com a maioria do próprio Brasil.
Mas chegando o Prime Day, a Amazon espera bater recorde de assinaturas no primeiro dia de ofertas. Outras expectativas da empresa  são mais itens à pronta entrega, crescimento das entregas imediatas e infraestrutura.

Reino Unido escolhe Rolls-Royce para liderar construção de reatores nucleares modulares

O governo do Reino Unido anunciou nesta terça-feira (10) um importante passo rumo à transição energética, ao selecionar a Rolls-Royce SMR para liderar a construção dos primeiros pequenos reatores nucleares modulares (SMRs, na sigla em inglês) do país. A medida faz parte de uma estratégia mais ampla para acelerar a descarbonização da matriz energética britânica a partir de meados da década de 2030.

Investimento Alto do governo

Para viabilizar o projeto, o governo britânico vai investir 2,5 bilhões de libras (aproximadamente US$ 3,4 bilhões) ao longo dos próximos quatro anos. O objetivo é consolidar o Reino Unido como um dos pioneiros na criação de uma indústria nuclear de pequena escala na Europa.


Símbolo da Rolls Royce(Foto:Divulgação/Auto Esporte)

Diferentemente das mais tradicionais usinas nucleares, que exigem grandes áreas e décadas para ficarem prontas, os SMRs possuem dimensões mais compactas — cerca do tamanho de dois campos de futebol — e utilizam componentes que podem ser fabricados em série. Isso permite uma montagem mais rápida e a um custo potencialmente menor, além de oferecer maior flexibilidade para atender a diferentes regiões e demandas energéticas.

A subsidiária Rolls-Royce SMR, responsável pelo projeto, anunciou planos iniciais para construir três unidades de reatores modulares. O investimento sinaliza a aposta britânica em uma nova geração de energia nuclear mais eficiente e escalável, contribuindo tanto para a segurança energética quanto para a meta de emissão líquida zero.

Mudança na econmia do Reino Unido

A iniciativa também deve impulsionar significativamente a economia britânica, com a criação de milhares de empregos qualificados em engenharia, manufatura e construção civil, além de fomentar a cadeia de suprimentos nacional. Segundo o governo, o programa de SMRs poderá gerar oportunidades para pequenas e médias empresas em todo o país, ao mesmo tempo em que fortalece a posição do Reino Unido como líder global em tecnologia nuclear avançada. Especialistas destacam ainda que os SMRs podem desempenhar um papel crucial na estabilidade da rede elétrica, fornecendo energia constante e confiável para complementar fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica.

Além disso, o governo confirmou o aporte de 14,2 bilhões de libras para o desenvolvimento de uma nova usina nuclear de grande porte, a Sizewell C, localizada no leste da Inglaterra. O projeto será parte da maior expansão nuclear já realizada no país em uma geração, reforçando o compromisso do Reino Unido com fontes de energia de baixa emissão e com a redução da dependência de combustíveis fósseis.

Investidores criticam atuação de Elon Musk e pressionam conselho da Tesla por mudanças

A imagem pública de Elon Musk e sua atuação polêmica em múltiplas frentes têm causado desconforto entre investidores da Tesla. Diversos acionistas, entre eles sindicatos que gerenciam fundos de pensão bilionários, exigem do conselho da montadora de veículos elétricos uma postura mais firme diante do comportamento do CEO, considerado prejudicial à reputação e ao desempenho da empresa. O grupo quer que Musk se dedique integralmente à Tesla ou dê lugar a outro líder.

Conselho sob pressão

Grandes investidores da Tesla, como sindicatos, têm pressionado por mais responsabilidade do conselho de administração. A Federação Americana de Professores (AFT), que representa quase 2 milhões de profissionais da educação, lidera esse movimento. Seus fundos de aposentadoria somam US$ 4 trilhões (R$ 22,32 trilhões), com US$ 8,8 bilhões (R$ 49,1 bilhões) investidos em ações da Tesla.

A presidente da AFT, Randi Weingarten, criticou duramente o conselho da Tesla e Elon Musk em entrevista à Forbes. Segundo ela, a população “não gosta do Elon Musk” e a diretoria precisa assumir sua responsabilidade. “Não queremos que a Tesla fracasse, porque se isso acontecer, muitos aposentados vão perder muito dinheiro (…). Se é para manter o Musk no cargo, garantam que ele esteja lá. Ou escolham outro CEO”, declarou.


Antes do rompimento, Trump discursa ao lado de Elon Musk em frente a um carro da Tesla (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Preocupações semelhantes motivaram nove tesoureiros e controladores estaduais a enviarem uma carta à presidente do conselho da Tesla, Robyn Denholm. Segundo o tesoureiro de Illinois, Michael Frerichs, nenhuma outra empresa listada permitiria tamanha negligência do CEO sem consequências.

O maior fundo de aposentadoria dos EUA, o CalPERS, que representa servidores públicos da Califórnia, adotou uma postura neutra publicamente, dizendo que seus investimentos seguem critérios técnicos. No entanto, vendeu 4,5 milhões de ações da Tesla no terceiro trimestre de 2024.


Tesla anuncia robotáxi, veículo elétrico autônomo para transporte sem motorista (Foto: reprodução/Instagram/@teslamotors)


Imagem abalada e perdas financeiras

Elon Musk lidera várias empresas, Tesla, SpaceX, X (antigo Twitter), Neuralink e xAI, o que gera dúvidas sobre sua dedicação à Tesla. A situação piorou quando ele assumiu um cargo no governo Trump focado em reduzir gastos, provocando queda de ações, protestos e até vandalismo contra a montadora.

Uma pesquisa realizada pela consultoria GBAO com 2 mil americanos ilustra esse desgaste: 55% dos entrevistados têm uma imagem negativa de Musk. A Tesla também foi citada como a marca menos apreciada entre os interessados em carros elétricos. Além disso, mais de 50% dos consumidores disseram que teriam uma visão mais favorável da empresa se Musk deixasse o cargo de CEO.

Apesar de uma recuperação nas ações da Tesla, que subiram mais de 50% impulsionadas pela expectativa do lançamento de robotáxis e pelo afastamento político de Musk do governo Trump, o sentimento de insatisfação permanece. Grandes fundos, como o CalPERS, já reduziram suas posições na Tesla e outros, como o do estado de Maryland, seguem atentos ao cenário.

Até o momento, o conselho da Tesla não respondeu às cobranças. Weingarten, Frerichs e Lierman confirmaram que suas cartas não receberam qualquer retorno. A presidente da AFT afirmou que a entidade estuda a possibilidade de entrar com uma ação judicial contra o conselho, caso continue a omissão. “Musk causou um enorme prejuízo à marca da Tesla. Se o conselho não fizer seu trabalho, vamos forçá-lo a cumprir seu dever”, declarou Weingarten.

JP Morgan prevê valorização do Bitcoin e vê criptomoeda superando o ouro em 2025

Banco de investimento acredita em um segundo semestre positivo para o mercado cripto, diante de um cenário de apoio político nos EUA, maior clareza regulatória e crescente interesse institucional. Após meses de volatilidade, o Bitcoin volta a atrair a atenção de investidores e promete disputar com o ouro o posto de principal reserva de valor.

Bitcoin retoma força e supera expectativas

O Bitcoin (BTC) voltou a ultrapassar os US$ 100 mil (cerca de R$ 566 mil) e a ganhar destaque neste ano após fortes oscilações no preço. A instabilidade foi causada, em parte, pelas ações do presidente dos EUA, Donald Trump, que aumentaram as tensões comerciais no cenário global.

A nova projeção do JP Morgan marca uma mudança importante na visão de uma das maiores instituições financeiras do mundo sobre o mercado de criptomoedas. Segundo o banco, o Bitcoin deve superar o ouro em desempenho durante 2025, favorecido por condições regulatórias e políticas mais favoráveis.

O relatório aponta que, entre fevereiro e abril, o ouro teve alta enquanto o Bitcoin caiu. Porém, nas últimas semanas, a tendência se inverteu, com o Bitcoin ganhando força e o ouro perdendo valor. O JP Morgan acredita que esse movimento continuará ao longo do ano, com o Bitcoin se destacando cada vez mais.

Fatores políticos e institucionais impulsionam criptomoeda

A análise do banco identifica como principais motores da valorização do Bitcoin a maior aceitação institucional das criptomoedas, o avanço de regulamentações mais claras nos Estados Unidos e o apoio de Donald Trump ao setor.

O presidente, inclusive, já estabeleceu uma reserva monetária em Bitcoin, semelhante às existentes em dólar e ouro, com o objetivo de diversificar e proteger a economia do país.

Além disso, grandes empresas do setor financeiro e tecnológico vêm se posicionando discretamente para aproveitar a próxima onda de crescimento do mercado cripto. Esse movimento indica uma expectativa otimista por parte de players relevantes, que veem nas criptomoedas não apenas um ativo de risco, mas uma aposta estratégica de longo prazo.


Trump no Salão Oval da Casa Branca, em 6 de março de 2025, quando estabeleceu a Reserva Estratégica de Bitcoin (Foto: reprodução/Alex Wong/Getty Images Embed)


Volatilidade continua, mas otimismo prevalece

Em abril, analistas do JP Morgan disseram que a imagem do Bitcoin como “ouro digital” estava sendo questionada, já que a criptomoeda perdeu valor devido à volatilidade do mercado causada pela guerra comercial dos Estados Unidos.

A criptomoeda chegou a cair para cerca de US$ 75 mil (R$ 424,5 mil), uma queda de mais de 30% em relação ao seu recorde de quase US$ 110 mil (R$ 622,6 mil). A queda foi impulsionada pelo medo dos investidores diante das tarifas impostas por Donald Trump.

Apesar disso, a criptomoeda voltou a ser negociada em torno de US$ 100 mil (R$ 566 mil). Especialistas acreditam que o preço do bitcoin continuará subindo até ultrapassar os US$ 20 trilhões (R$ 113,2 trilhões) da capitalização de mercado do ouro. Eles também preveem que o BTC possa atingir US$ 1 milhão por unidade (R$ 5,66 milhões) no futuro.

Ouro e Bitcoin disputam papel de reserva de valor

A valorização do Bitcoin ocorre em paralelo ao bom desempenho do ouro, que também atingiu máximas históricas em 2025, impulsionado pela busca por segurança diante das incertezas geopolíticas. No entanto, enquanto o metal tem apresentado uma leve correção nas últimas semanas, o BTC parece consolidar seu papel como alternativa viável de proteção patrimonial.

Segundo Gadi Chait, diretor de investimentos do banco cripto Xapo Bank, os dois ativos ocupam posições semelhantes no imaginário dos investidores. Com capitalizações de mercado próximas, ambos se consolidam como opções sólidas diante de um cenário global volátil.

Birkin e Chanel: bolsas de luxo se tornam investimento

Nos últimos anos, algumas das bolsas mais desejadas do mundo da moda ficaram ainda mais valiosas no mercado de revenda, muitas vezes superando o preço da loja. Marcas como Hermès, Chanel, Louis Vuitton e Gucci lideram esse movimento.

Com valorização de 14,2% ao ano entre 1980 e 2015, a famosa bolsa Birkin, da Hermès é um bom exemplo, o que a leva ser considerada um “investimento”. Por haver grande procura e pouca oferta, elas podem custar cerca de US$ 9 mil (R$ 51 mil) e serem revendidas por até US$ 30 mil (R$ 171 mil).

Bolsa “investimento

Não é um privilégio de todas as bolsas de grife se tornarem um investimento. Só uma parte pequena ganha valor com o tempo. As chamadas “it bags” podem valer mais no futuro por serem difíceis de encontrar, feitas em edições limitadas ou por causa de cor, tamanho, material e estado de conservação.

O valor de revenda cresce junto com o aumento dos preços das marcas. Essas bolsas viraram não só símbolo de moda, mas também uma forma inteligente de aplicar o dinheiro”, disse Landyn Tedrick, da empresa Fashionphile, à Vogue americana.


 Bolsa Hermès (Foto: reprodução/Pinterst/@theeblkdeity)


As bolsas que mais valorizaram

Veja algumas das bolsas que mais subiram de preço, segundo especialistas:

  • Birkin 35, Hermès: +134% (com retenção de valor de até +250% em 2024)
  • Classic Flap, Chanel: +135%
  • Bum, Louis Vuitton: +150%
  • OnTheGo, Louis Vuitton: +106%
  • Andiamo, Bottega Veneta: +90%
  • XL Puzzle Fold Tote, Loewe: +90%
  • Nimo, Celine: +91%
  • Baguette, Fendi: +113%
  • T-Lock Top Handle, Toteme: +82%
  • Le City, Balenciaga: +41%
  • Tondo Suede Hobo, Savette: +25%
  • Jackie 1961, Gucci: +24%

A marca The Row, das ex-atrizes Mary-Kate e Ashley Olsen, também tem bolsas com esse perfil mais exclusivo e difícil de encontrar.


 Modelo de bolsa de luxo vintage (Foto: reprodução/Pinterest/@mari00000058)


Porém, existe opinião controversa quanto a bolsas serem consideradas investimentos, apesar da valorização.  Para a planejadora financeira Carolyn McClanahan, é exagero chamar assim: “Sou a favor de comprar coisas boas, mas não chamaria isso de investimento”, disse à CNBC.

Se você vai usar a bolsa por anos e anos, aí sim pode ser uma compra inteligente. Mas, mesmo assim, é importante gastar menos do que ganha e continuar economizando.”

No final das contas, uma bolsa de luxo pode ser um investimento para o futuro, mas o principal é que ela combine com seu estilo, dure bastante e seja usada com consciência.

B3 faz parceria com bolsas de valores chinesas com objetivo de ampliar acesso a ETFs internacionais

A B3 publicou, na quinta-feira (27), que assinou Memorandos de Entendimento com bolsas de valores chinesas para trazer uma conexão de ETFs entre os dois países, com o programa ETF Connect. Esta ação serve como um grande passo no mercado de investimentos brasileiro e do resto do mundo, pois gera uma conexão com um mercado muito forte, sendo o da China.

A parceria

Nesta quinta-feira (27), a B3, uma bolsa de valores brasileira, divulgou que assinou MoUs (Memorandos de Entendimento) com duas bolsas de valores na China. Elas são a Shanghai Stock Exchange – SSE, de Xangai e a Shenzhen Stock Exchange – SZSE, de Shenzhen. Esta ação foi feita visando permitir uma conectividade de ETFs (Exchange-traded fund) entre as duas nações, e isso será feito por meio do programa ETF Connect. Essa nova possibilidade permitirá uma ampliação de oportunidades de investimento, através dos ETFs em conjunto do Brasil e a China.


Logo e nome da Shenzhen Stock Exchange, em seu prédio, na China (Foto: reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)


Essa modalidade foi viabilizada por meio dos memorandos, assinados no ano passado, entre a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a CSRC (Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China). A China possui 18 ETFs lançados em outras parcerias realizadas com outros países do mercado asiático, como Japão, Singapura e Hong Kong, portanto, o Brasil é o primeiro país de fora do continente a fazer esse acordo.

O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, ainda afirmou que o reforço da atuação de bolsa do Brasil, serve como uma ponte entre o mercado da América Latina e da Ásia, pois oferece alternativas de diversificação internacional, para investidores institucionais e pessoas físicas.


Celular com o indicador de estoque de Xangai (Foto: reprodução/Costfoto/NurPhoto/Getty Images Embed)


O que será feito

Para que a funcionalidade dos processos seja melhor, gestoras dos dois países irão trabalhar em conjunto para a fazer a listagem dos novos ETFs. Até agora, a Bradesco Asset Management e a Itaú Asset Management estão realizando negociações com suas contrapartes da China para viabilizar participação no programa.

Ricardo Eleuterio, diretor da Bradesco Asset Management, diz que esse projeto serve para aumentar a atratividade do mercado de capitais brasileiro e também para aumentar a presença internacional, abrindo espaço para novos investidores e negócios de longo prazo.

Vamos conectar investidores de dois países que ocupam papéis relevantes no cenário global e com mercados de capitais com características complementares”, adicionou Carlos Augusto Salamonde, head da Global Investment Management do Itaú Unibanco.

O ETF Connect também serviu para que o Brasil e a China pudessem ter uma maior cooperação em finanças, o que foi decidido pelos governos, segundo um comunicado emitido pelos presidentes de ambos os países, em 20 de novembro de 2024.