Grupo de brasileiros detidos em flotilha por Israel chega ao Brasil nesta quinta

Os treze brasileiros detidos pela Marinha de Israel durante a flotilha Global Sumud devem retornar ao Brasil nesta quinta-feira (9), com desembarque no Aeroporto de Guarulhos–SP. Eles haviam sido presos na prisão de Ktzi’ot e em seguida transferidos via terrestre até a fronteira com a Jordânia, após terem sido deportados, de acordo com a organização responsável pela flotilha.

A previsão é de que o voo procedente de Doha chegue ao Brasil por volta das 10h40, desembarcando em São Paulo. No aeroporto, as famílias e os amigos dos brasileiros devem aguardar junto à coletiva de imprensa. 

Deportação do grupo

Após deixarem a prisão de Ktzi’ot, eles foram levados a pé para a Jordânia, atravessando a ponte Allenby/Rei Hussein. De acordo com a organização da flotilha, as autoridades israelenses não permitiram acesso direto aos brasileiros, negando também uma possível comunicação e interação com eles, enquanto estivessem sob custódia da prisão. 

Entre os brasileiros deportados estão Thiago Ávila, ativista, e Luizianne Lins, deputada federal do Ceará. Na segunda-feira (6), o primeiro deportado do grupo desembarcou no Rio de Janeiro, sendo também o primeiro brasileiro a retornar ao Brasil. Nicolas Calabrese é cidadão argentino e italiano, e vive no Brasil há mais de dez anos, atuando como professor de educação física. 


Thiago Ávila, ativista brasileiro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Europa Press News)

Interceptação da flotilha

O grupo de brasileiros foi interceptado por Israel na semana passada, durante os dias 1 e 2 de outubro, entre a noite e a madrugada. O objetivo da flotilha era levar ajuda humanitária para Gaza, através de uma frota de 44 navios, que levavam mais de 460 pessoas. 

Além dos treze brasileiros, os barcos ainda levavam cidadãos de outros 40 países, como Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia, que também foram presos e deveriam deixar a prisão junto aos brasileiros. 

A organização da flotilha classificou a intercepção como “um ataque ilegal a agentes humanitários” e confirmou que as autoridades consulares do Brasil prestaram assistência durante a transição entre os países. Já Israel afirmou que os ativistas estavam apenas provocando o país, sem estarem realmente interessados em ajudar Gaza. Não foi a primeira vez que ativistas tentaram chegar a Gaza para oferecer ajuda humanitária, mas também foram interceptados por Israel ou sofreram algum ataque. 

Israel e Hamas retomam negociações no Egito para definir retirada de tropas de Gaza

Delegações de Israel e do Hamas retomaram nesta terça-feira (7) as negociações indiretas no Egito, em Sharm El-Sheikh, com foco na criação de um mecanismo para a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza. O encontro acontece após a retomada inicial das conversas na segunda-feira (6), e é mediado por representantes do governo egípcio e do Catar.

O objetivo central do diálogo é encerrar quase dois anos de conflito, que já resultou em milhares de mortes e uma grave crise humanitária. Além da retirada militar, as negociações incluem a libertação de reféns e prisioneiros, em um esquema de troca que busca equilibrar interesses israelenses e palestinos.

Pressões diplomáticas e desafios humanitários

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que mantém influência nas negociações, afirmou que o Hamas está aceitando propostas significativas. O plano dos EUA inclui a retirada gradual das tropas, o desarmamento do Hamas e a formação de uma administração interina supervisionada por um corpo internacional, com vistas a estabilizar a região.

Apesar do avanço das negociações, ataques aéreos israelenses continuam sendo registrados em Gaza. Segundo a Defesa Civil local, pelo menos sete palestinos morreram em bombardeios recentes, destacando a urgência de um acordo que garanta proteção à população civil.


Faixa de gaza após o inicio do conflito entre Israel e Hamas (Foto:reprodução/Getty Imagens Embed/Omar Al- Qattaa) 

O Egito, anfitrião das conversas, enfrenta um dilema humanitário: permitir a passagem de refugiados ou reforçar o bloqueio na fronteira, equilibrando segurança e responsabilidade internacional. O Catar, por sua vez, desempenha papel diplomático estratégico, intermediando contatos entre as partes e oferecendo garantias de segurança.

Especialistas internacionais alertam que, mesmo com o avanço das negociações, o sucesso depende da implementação prática dos acordos, da confiança entre as partes e da manutenção de um corredor humanitário que permita ajuda essencial à população civil.

Caminhos para uma trégua duradoura

Analistas apontam que, para que a paz seja sustentável, é necessário que o acordo contemple:

  • Retirada coordenada das tropas israelenses;
  • Liberação equilibrada de reféns e prisioneiros;
  • Estabilização política com supervisão internacional;
  • Garantia de assistência humanitária imediata à população de Gaza.

O êxito das negociações em Sharm El-Sheikh pode ser um passo decisivo para reduzir tensões na região, mas a história recente demonstra que o caminho para a paz será lento e exigirá comprometimento contínuo de todas as partes. 

Casa Branca aposta em libertação de reféns para selar acordo histórico de paz em Gaza

O cessar-fogo em Gaza pode avançar com a libertação imediata dos reféns mantidos pelo Hamas. Segundo Israel, 48 reféns permanecem em Gaza, dos 251 capturados pelo grupo durante seu ataque de outubro de 2023, sendo que 20 estão vivos e os demais morreram. A informação foi divulgada neste domingo, 5 de outubro de 2025, reforçando a urgência das negociações internacionais.

A secretária de imprensa Karoline Leavitt destacou que uma ação rápida é crucial para que o plano de paz do presidente Donald Trump, negociado no Egito, se transforme em um marco histórico no Oriente Médio. Ela afirmou que a libertação dos reféns é apenas o primeiro passo de um processo maior, que inclui medidas humanitárias e políticas para Gaza e Israel.

Leavitt ainda ressaltou que, embora a situação exija cautela, é necessário agir com rapidez para gerar confiança e estabilidade na região. “Cada dia conta, e queremos ver progresso tangível o quanto antes”, afirmou, sublinhando a prioridade do governo norte-americano em avançar no cessar-fogo em Gaza.

Cessar-fogo em Gaza depende de ação rápida

Segundo Leavitt, Trump acompanha de perto as negociações e busca que cada etapa seja executada com agilidade. As equipes técnicas, incluindo o enviado especial Steve Witkoff e o assessor Jared Kushner, concentram-se nos detalhes da libertação dos reféns e na revisão das listas de prisioneiros.

“Queremos agir com rapidez. A libertação dos reféns é o primeiro passo para garantir que o cessar-fogo em Gaza avance de forma eficaz, reduzindo imediatamente os riscos à segurança de Israel e dos Estados Unidos”, afirmou Leavitt.

Além disso, a Casa Branca acredita que o impulso gerado pela libertação dos reféns pode acelerar negociações adicionais. Analistas internacionais observam que o sucesso dessa fase inicial será decisivo para criar um ambiente propício a um acordo mais amplo, incluindo medidas humanitárias, de segurança e iniciativas como estabelecer Gaza como uma região livre de atividades terroristas, conforme propõe o plano de Trump.


Secretária de imprensa dos EUA Karoline Leavitt (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Alex Wong)

ONU pronta para ampliar ajuda humanitária em Gaza

Enquanto isso, a ONU declarou que está preparada para atuar assim que o cessar-fogo em Gaza for aprovado. O porta-voz Stephane Dujarric informou que milhares de toneladas de suprimentos estão prontas para serem entregues, garantindo assistência imediata à população.

Segundo Tom Fletcher, coordenador de ajuda de emergência, US$ 9 milhões já foram destinados para manter hospitais, padarias e sistemas de água em funcionamento. “Se o acordo for implementado, poderemos ampliar a ajuda rapidamente e alcançar ainda mais pessoas”, destacou.

Pressão das famílias de reféns por avanço no cessar-fogo em Gaza

Familiares de reféns israelenses se reuniram em frente à residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Jerusalém, exigindo ações rápidas. O ato coincidiu com o feriado de Sucot e com o segundo aniversário dos ataques do Hamas.

Entre os manifestantes, Einav Zangauker, mãe de um jovem sequestrado, fez uma oração pedindo pela libertação dos reféns e pelo início de um processo que traga estabilidade e paz. “Cada dia conta para que o cessar-fogo em Gaza seja uma realidade duradoura”, disse.


Hamas concorda em entregar reféns em acordo com os EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Casa Branca reforça importância da libertação de reféns

Leavitt reiterou que a libertação dos reféns é o ponto de partida de todo o processo. “É assim que a equipe do presidente se sente: libertar os reféns primeiro e depois passar para a próxima etapa, garantindo que o cessar-fogo em Gaza se torne uma realidade sustentável”, afirmou.

Também, a Casa Branca busca criar impulso suficiente para que todos os outros pontos do plano avancem, estabelecendo um caminho para uma paz duradoura e segura.

Contexto e próximos passos para o cessar-fogo em Gaza

O plano de Trump prevê medidas humanitárias, liberação de prisioneiros e garantias de segurança para Israel e Gaza. Especialistas internacionais reforçam que o sucesso depende da cooperação entre os atores regionais e do monitoramento das condições no terreno.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente, e equipes humanitárias permanecem prontas para agir imediatamente. A expectativa é que, com a libertação dos reféns, ocorra um efeito positivo, contribuindo para consolidar o cessar-fogo em Gaza.

Israel nega maus-tratos a Greta Thunberg durante detenção

O governo de Israel negou neste domingo (5), que esteja maltratando a ativista sueca Greta Thunberg, detida em uma prisão do país depois que seu barco foi parado a caminho da Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que as acusações de maus-tratos a Greta Thunberg e outros detidos da flotilha “Hamas–Sumud” são falsas. Segundo o governo, todos os direitos legais dos detidos estão sendo respeitados e Greta não fez nenhuma reclamação, porque os supostos abusos “simplesmente nunca aconteceram”.

Acusações de maus-tratos e repercussão internacional

No sábado, dois ativistas que estavam na flotilha com Greta Thunberg e foram detidos com ela, afirmaram que a ativista estaria sofrendo maus-tratos durante a detenção. Ao chegarem à Turquia após a deportação, disseram à agência Reuters que viram Greta sendo empurrada e obrigada a usar uma bandeira israelense, mas não apresentaram provas.

O governo de Netanyahu, que mantém um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo em Gaza, interceptou todos os barcos que tentavam chegar à região e está realizando a deportação dos ativistas, que considera “provocadores”. Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel, “a própria Greta e outros detidos se recusaram a agilizar a deportação e insistiram em prolongar sua permanência sob custódia”.

Deportações em massa e o papel de Greta Thunberg

A interceptação dos cerca de 40 barcos da flotilha e a detenção de mais de 450 ativistas geraram condenação internacional. Na sexta-feira, o governo do Brasil denunciou Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU por conta da ação.



Greta e mais 170 ativistas foram deportados (Foto: reprodução/X/@VEJA)

Até o momento, Israel já deportou pelo menos 170 ativistas de diversas nacionalidades, incluindo brasileiros, norte-americanos e cidadãos da Europa, Oriente Médio, Ásia e África. O governo israelense afirma que quer concluir todas as deportações “o mais rápido possível”, mesmo diante de tentativas de obstrução.

Greta Thunberg é uma ativista sueca conhecida mundialmente por seu trabalho em defesa do meio ambiente e pelo combate às mudanças climáticas. Nascida em 3 de janeiro de 2003 em Estocolmo, ela começou sua trajetória ao fazer protestos solitários em frente ao Parlamento sueco em 2018, exigindo ações mais firmes contra o aquecimento global. Esse movimento deu origem ao “Fridays for Future”, um movimento internacional de estudantes que organizam greves e manifestações pelo clima.

Itamaraty aprecia negociações do acordo de paz entre Israel e Hamas

O Ministério das Relações Exteriores publicou neste sábado (4) uma nota sobre o plano de paz que o governo dos Estados Unidos anunciou para a Faixa de Gaza. O Palácio do Itamaraty acompanha de perto as negociações e reafirma o entendimento brasileiro de que há apenas uma solução para o estabelecimento da paz entre Israel e Palestina, que é a ‘implementação dos dois Estados”.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (1º) que o Brasil considera o plano favorável para o fim do conflito na Faixa de Gaza. A declaração foi feita na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, após um questionamento do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR).

Teor da nota

A publicação oficial destaca que a população de Gaza vem contabilizando mortes, deslocamentos forçados, fome, destruição de lares e infraestrutura primária nos últimos dois anos, desde o início do conflito, em outubro de 2023.

A pasta reconhece o empenho dos países envolvidos na mediação para encerrar o conflito e espera que o plano promova em definitivo o fim dos ataques de Israel à Faixa de Gaza, a liberação dos reféns israelenses, a entrada de ajuda humanitária, a reconstrução do território, sob a liderança da Palestina, a retirada completa das forças militares israelenses e a restauração geopolítica da Palestina.

O governo brasileiro afirma com segurança que a implementação de dois Estados é o caminho viável para a paz. Lado a lado, Palestina e Israel podem viver em paz e segurança, dentro dos limites territoriais já estabelecidos em 1967, com a inclusão da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, em que Jerusalém Oriental se torna sua capital. O Brasil entende que é o Conselho de Segurança das Nações Unidas que deve emitir mandatos para a presença da Força Internacional de Estabilização em território palestino.

Posicionamento de Israel e do Hamas

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta sexta-feira (3) que Israel está em preparação para “implementação imediata” da primeira fase do plano de paz. O plano em questão foi projetado pelos Estados Unidos. Israel informou que continuará operando em parceria com os Estados Unidos a fim de encerrar o conflito na região segundo “os princípios estabelecidos por Israel, que são consistentes com a visão do presidente Trump”.


O Hamas se mostrou disposto a negociar a libertação dos reféns israelenses (Foto: reprodução/X/@soupalestina)

Nesta quarta-feira, o Hamas concordou em conversar sobre a proposta de paz com o governo Trump e com Israel. Além de sinalizar a possível liberação dos reféns israelenses, o grupo aceitou o acordo parcialmente nesta sexta-feira (3).

Principais pontos do plano de paz

O documento demanda o cessar-fogo imediato após a aceitação do plano com a troca da libertação de prisioneiros palestinos e de reféns israelenses em 72 horas, além da entrega dos restos mortais de ambos os lados.

O plano de paz contempla a entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura, o fornecimento de equipamentos pesados para limpeza dos escombros e reabertura de estradas. A distribuição dos itens seria realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo Crescente Vermelho e outras entidades.


O plano de paz foi desenhado pelo governo Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Com relação ao novo governo palestino, um comitê tecnocrático e apolítico assumiria a gestão do lugar, um órgão supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Donald Trump.

O plano inclui a desmilitarização e anistia ao Hamas, mediante a entrega de armas, mas toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob olhos internacionais.

Quanto à segurança internacional e ao futuro político da região, uma Força Internacional de Estabilização ficaria responsável pelo treinamento da Polícia Militar local, após a retirada gradual de Israel do território palestino.

Itália anuncia convocação para Eliminatórias com foco em confronto direto contra Israel

A Seleção Italiana divulgou nesta sexta-feira (3) a lista de convocados para os compromissos da Data Fifa de outubro, válidos pelas Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2026. O técnico Gennaro Gattuso relacionou 27 jogadores que enfrentarão Estônia e Israel, partidas consideradas decisivas para manter a equipe viva na luta por uma vaga no torneio.

O desafio da Azzurra é claro: perseguir a Noruega, líder do Grupo I com 100% de aproveitamento em cinco jogos, e se distanciar de rivais diretos. A Itália ocupa a segunda posição com nove pontos em quatro rodadas, mesma pontuação de Israel, que tem um jogo a mais. Isso significa que o duelo entre italianos e israelenses nesta Data Fifa poderá definir os rumos da classificação.

Inter domina a convocação e diversidade de clubes chama atenção

A lista de Gattuso evidencia a força da Inter de Milão no atual cenário do futebol italiano. O clube cedeu quatro atletas para a seleção: os defensores Alessandro Bastoni e Federico Dimarco, além dos meio-campistas Nicolò Barella e Davide Frattesi. O quarteto vive grande fase na temporada e chega como base importante do elenco convocado.

Apesar do protagonismo da Inter, a convocação é marcada pela pluralidade. Ao todo, 17 clubes diferentes tiveram representantes escolhidos. Apenas nove dos 27 jogadores não atuam na Serie A, reforçando o peso do campeonato italiano na formação da equipe nacional.

Entre os nomes que jogam fora da Itália, estão talentos espalhados pela Europa, como Riccardo Calafiori (Arsenal), Diego Coppola (Brighton), Destiny Udogie e Guglielmo Vicario (Tottenham), além de Sandro Tonali (Newcastle). O caso mais curioso é o de Mateo Retegui: o atacante, que já vestiu a camisa da Azzurra em outras oportunidades, é o único convocado que não atua no futebol europeu, defendendo atualmente o Al-Qadsiah, da Arábia Saudita.


Seleção Italiana no jogo contra Moldávia pela Eliminatórias da Copa do Mundo 2026 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/NurPhoto)

Lista de convocados da Seleção Italiana

Goleiro:

  • Gianluigi Donnarumma (Manchester City)
  • Alex Meret (Napoli)
  • Guglielmo Vicario (Tottenham)
  • Marco Carnesecchi (Atalanta)

Defensores:

  • Alessandro Bastoni (Inter de Milão)
  • Federico Dimarco (Inter de Milão)
  • Riccardo Calafiori (Arsenal)
  • Andrea Cambiaso (Juventus)
  • Diego Coppola (Brighton)
  • Giovanni Di Lorenzo (Napoli)
  • Matteo Gabbia (Milan)
  • Gianluca Mancini (Roma)
  • Destiny Udogie (Tottenham)

Meio – campista:

  • Nicolò Barella (Inter de Milão)
  • Davide Frattesi (Inter de Milão)
  • Bryan Cristante (Roma)
  • Manuel Locatelli (Juventus)
  • Hans Nicolussi Caviglia (Fiorentina)
  • Sandro Tonali (Newcastle)

Atacantes:

  • Mateo Retegui (Al-Qadsiah)
  • Giacomo Raspadori (Atlético de Madrid)
  • Moise Kean (Fiorentina)
  • Nicolò Cambiaghi (Bologna)
  • Riccardo Orsolini (Bologna)
  • Sebastiano Esposito (Cagliari)
  • Matteo Politano (Napoli)
  • Mattia Zaccagni (Lazio)

 

Confronto direto e pressão por resultado

O contexto das Eliminatórias aumenta a responsabilidade da Itália. A equipe de Gattuso precisa de resultados imediatos para não se complicar na briga por uma vaga no Mundial. O jogo contra Israel, em especial, é considerado uma final antecipada, já que ambos possuem a mesma pontuação. Uma vitória italiana não apenas consolidaria a vice-liderança, como colocaria pressão sobre a Noruega, que até o momento segue imbatível.

Além disso, a partida contra a Estônia aparece como obrigação de vitória. O adversário ocupa a parte inferior da tabela e não representa ameaça direta, mas tropeços em confrontos teoricamente mais acessíveis podem custar caro em um grupo equilibrado.

Caminho até 2026

A convocação de Gattuso mostra uma Itália em reconstrução, mesclando figuras consolidadas e talentos emergentes. O técnico sabe que a pressão é enorme, especialmente após as ausências da Azzurra nas Copas de 2018 e 2022. A disputa por um lugar no Mundial de 2026 passa por não desperdiçar pontos, e essa Data Fifa será um teste crucial para medir a força do projeto atual. Com Estônia e Israel pela frente, a missão italiana vai além dos resultados: é também sobre recuperar confiança, consolidar uma identidade e mostrar que a seleção pode novamente ser protagonista em nível mundial.

Acordo de paz de Donald Trump é criticado pelo Hamas

Em entrevista para um jornalista da BBC, um alto dirigente do grupo terrorista Hamas afirmou que eles devem rejeitar o plano de paz em Gaza arquitetado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O plano foi apresentado em uma reunião na Casa Branca na segunda-feira (29) e aceito pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que estava presente na reunião. 

Um dos principais pontos do plano do presidente norte-americano é o desarmamento do grupo terrorista, algo que o alto dirigente do Hamas afirmou que dificilmente aceitará. Até o momento o Hamas não apresentou uma resposta oficial ao plano de paz proposto.

Negociação com o Hamas

Outro ponto que dificulta a aceitação do plano é a presença da  Força Internacional de Estabilização, que é vista como uma ocupação de território. O alto dirigente do grupo afirma que o plano proposto por Donald Trump serve aos interesses de Israel e ignora o povo palestino. 

O comandante militar do Hamas em Gaza, Ez al-Din al-Haddad, estaria decidido a não aceitar o plano de paz e continuar com a luta. A negociação para a aceitação do plano de paz depende de líderes que estão dentro e fora de Gaza e muitos que estão fora têm perdido espaço na negociação por não terem o controle direto sob os reféns que o grupo mantém. Além de líderes do grupo Hamas, outras facções palestinas estão envolvidas na negociação, como o grupo armado Jihad Islâmica Palestina. 


Crianças palestinas se protegem de ataques à prédio em Gaza (Foto: reprodução/Ebrahim Hajjaj TPX/ Reuters)


Dentro de Gaza, muitos moradores apoiaram o plano de paz proposto pelos Estados Unidos, mesmo que tenham cláusulas ruins. Para os moradores e jornalistas, a recusa do Hamas seria uma carta branca para Benjamin continuar com a guerra e destruir por completo a região de Gaza.

Israel e Estados Unidos

Apesar da aceitação do plano de paz entre os Estados Unidos e Israel, existem possíveis pontos de discórdia e que podem prejudicar o cessar fogo. Em um mapa de Gaza, divulgado pelo governo norte-americano, aparenta ter uma zona-tampão planejada ao longo da fronteira sul com o Egito. Não está claro se Israel tem envolvimento com essa zona.

Com a recente tentativa de assassinato aos líderes do Hamas pelas tropas israelenses, em resposta aos Estados Unidos, estão sendo levantadas suspeitas de uma retomada das operações militares de Israel após a recuperação do reféns. 

Além disso, Benjamin tem dado sinais de que irá recuar em relação ao plano de paz aceito. Em redes sociais, o primeiro ministro de Israel afirmou que o exercito israelense vai permanecer em algumas regiões de Gaza e que estavam resistentes a criação do estado Palestino.

Trump declara que ataques ao Catar serão vistos como ameaças aos EUA

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou nesta segunda-feira (29) uma ordem executiva determinando que qualquer ataque ao Catar será considerado como uma ameaça aos Estados Unidos. A nova postura do governo americano ocorre em meio às tensões no Oriente Médio e após um ataque israelense em Doha, capital do Catar, em agosto. 

No documento assinado por Trump antes de receber Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, na Casa Branca, é declarado que o país norte-americano irá considerar qualquer ataque armado ao território do Catar, à sua soberania ou infraestrutura, “uma ameaça à paz e à segurança dos EUA”

Ataque israelense em Doha

Em meio a escalada da tensão no Oriente Médio, Israel lançou um ataque aéreo em Doha, capital do Catar, no dia 9 de agosto. De acordo com fontes israelenses à CNN, o objetivo do bombardeio era ser um ataque contra a liderança do grupo terrorista Hamas. Após o ataque, Netanyahu afirmou que o bombardeio às autoridades do Hamas na capital árabe foi uma “operação israelense totalmente independente”


Benjamin Netanyahu e Donald Trump durante encontro nos EUA (Foto: reprodução/Alex Wong/Getty Images Embed)


Por sua vez, o Catar condenou o ataque e o chamou de “covarde” e “criminoso”, declarando que uma operação de investigação estaria em andamento. O país do oriente médio ainda afirmou que o ato israelense é uma violação das leis e normas internacionais. 

Já os Estados Unidos descreveram o ato de Israel como uma escalada unilateral e que não teria conexão com os interesses do país norte-americano ou do governo israelense. 

Posição de Netanyahu 

Durante a visita de Benjamin Netanyahu à Washington, nesta segunda-feira (29), o primeiro-ministro de Israel fez uma ligação para Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim AI-Thani,  primeiro-ministro do Catar. No telefonema confirmado pela Casa Branca, Netanyahu expressou profundo pesar pelo ataque ter matado um militar no Catar.

Em comunicado divulgado pelo governo dos Estados Unidos, o primeiro-ministro isralense também afirmou que Israel não realizará um novo ataque ao país no futuro e lamentou que tenham violado a soberania da capital do Catar, Doha, com o ato militar no início de agosto. A posição dos EUA acerca do Catar marca um novo passo em meio as intervenções norte-americanas nos confrontos que ocorrem no Oriente Médio.

Donald Trump apresenta plano de paz para encerrar guerra em Gaza 

O presidente Donald Trump se reuniu na segunda-feira (29) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca e apresentou um plano para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê a criação de um conselho internacional presidido pelo presidente dos EUA, anistia a integrantes do Hamas, caso eles aceitem entregar as armas, e a possibilidade da criação de um Estado palestino no futuro.

Enquanto Netanyahu diz aceitar a proposta, o presidente Trump afirma que o Hamas teria 72 horas para aceitar o acordo. Caso não aceitem, os EUA irão apoiar Israel para eliminar o Hamas de uma vez por todas.

Plano de paz para Faixa de Gaza

O plano presidido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, prevê a libertação de todos os reféns israelenses que estão sob o domínio do Hamas em até 72 horas após o governo israelense aceitar a proposta (em tese, o tempo já estaria correndo, porque o primeiro-ministro israelense havia aceitado o acordo).

Por outro lado, Israel libertaria mais de 1.900 prisioneiros palestinos e iria incluir os 250 que receberam a pena de prisão perpétua. E também, os líderes e integrantes do grupo terrorista Hamas que se renderem receberão anistia pelos crimes e poderão ir embora.

Além disso, o acordo prevê que a ajuda humanitária seria ampliada imediatamente, com entrada de alimentos, medicamentos e materiais para reconstrução. A distribuição seria comandada pela ONU, pelo Crescente Vermelho e por outras ONGs internacionais.


Vídeo: Presidente dos EUA Donald Trump fala sobre plano de paz para Faixa de Gaza (Reprodução/Youtube/CNNBrasil)

Além disso, o plano de Trump indica que Gaza será transformada em uma zona “desradicalizada”, ou seja, livre de grupos armados. O território passará por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e de especialistas internacionais, sem os líderes de grupos terroristas como o do Hamas. 

Esse conselho indicado pelos Estados Unidos atuará sob supervisão de um novo órgão internacional, o chamado Conselho da Paz, presidido pelo presidente Trump. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também deve integrar o conselho, segundo informações divulgadas. Ainda não está claro se Israel participará desse conselho. O Hamas terá túneis, locais de esconderijo e fábricas de armas destruídos, além de uma nova Força Internacional de Estabilização ser criada.

Outras propostas do plano

Ademais, o plano de paz deixa claro que Israel não anexaria o território da Faixa de Gaza. Além disso, as Forças de Defesa de Israel se retirariam gradualmente do local, entregando as áreas. E a Força Internacional cuidaria da segurança do local. A Força Internacional de Estabilização treinará e dará suporte às forças policiais palestinas em Gaza, em consulta com a Jordânia e Egito, que têm experiência próxima à área.


Foto: Faixa de Gaza destruída por conta da guerra (Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Em síntese, o plano de paz de Trump será executado mesmo com a rejeição do grupo terrorista Hamas. Então, caso o grupo terrorista rejeite o plano, ele irá começar em partes onde o grupo não tem mais poder. Esse plano indica que a Autoridade Palestina tomaria o poder definitivamente, o que consolidaria a criação do Estado Palestino ao final da transição de poderes na Faixa de Gaza. O grupo terrorista Hamas, que tem o Egito e Catar como intermediadores, comentou que não recebeu uma proposta formal ainda, mas que estariam dispostos a analisar positivamente a proposta.

Trump apresenta plano de paz e impõe ultimato ao Hamas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (29), na Casa Branca, um plano de paz para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta, aceita por Israel, impõe um ultimato ao grupo Hamas: libertar todos os reféns em até 72 horas ou enfrentar uma nova ofensiva militar apoiada pelos EUA. O plano também prevê um governo temporário administrado por um comitê palestino tecnocrático, sob a supervisão de um Conselho da Paz, liderado pelo próprio Trump.

A proposta surge em meio à crescente pressão internacional por uma solução duradoura. De acordo com a Casa Branca, o objetivo é estabilizar Gaza, iniciar sua reconstrução e, futuramente, abrir caminho para um Estado palestino. O Hamas, por sua vez, ainda avalia o plano e não definiu prazo para uma resposta oficial. Enquanto isso, moradores da região demonstram ceticismo quanto à implementação da proposta.

Plano inclui governo técnico e desmilitarização

Segundo os detalhes divulgados, o plano prevê a formação de um governo transitório composto por palestinos não filiados a facções e especialistas internacionais. Esse comitê ficaria responsável por administrar os serviços públicos e gerir os fundos para reconstrução da região. O Hamas e outros grupos armados seriam excluídos do novo governo.


Publicação de CNN Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Além disso, todas as infraestruturas militares da Faixa de Gaza seriam destruídas. Para garantir a segurança interna, uma nova força policial Palestina seria treinada por uma Força Internacional de Estabilização. Tropas israelenses deixariam gradualmente o território, com a manutenção de um perímetro de segurança temporário.

Acordo é visto com otimismo no exterior, mas receio entre civis

A proposta recebeu apoio de países como França, Reino Unido e membros da Liga Árabe. A Autoridade Palestina também se mostrou favorável à iniciativa, desde que haja garantias para a criação de um Estado palestino no futuro. Em Gaza, no entanto, muitos moradores questionam a sinceridade do plano e temem que ele sirva apenas como manobra para pressionar o Hamas.

Grupos aliados ao Hamas, como a Jihad Islâmica, rejeitaram abertamente a proposta, afirmando que ela representa uma “receita para a explosão” da região. Mesmo assim, Trump reforçou que esta é uma “última chance” para que a paz seja alcançada com diplomacia.