Defesa de Bolsonaro pede ao STF anulação da delação de Mauro Cid

Em julgamento, nesta segunda-feira (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo acusado de trama golpista, com sua defesa, está tentando anular a delação premiada de Mauro Cid. O pedido feito ao STF tem base em uma matéria que diz que o tenente-coronel teria revelado em perfis de redes sociais informações sobre o processo. Por conta disso, o ministro Alexandre de Moraes entrou com um pedido para proteger o conteúdo divulgado, para auxiliar no tribunal.

A acusação de Bolsonaro

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (16), para a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. O motivo do pedido é baseado em uma matéria da revista “Veja”, que informa que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro teria passado informações, em perfis de redes sociais, sobre os termos das tratativas do acordo e feito queixas sobre os investigadores.


Mauro Cid em julgamento no STF (Foto: reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)


Os advogados de Bolsonaro defendem a ideia de que as ações de Mauro Cid são graves, pois descumprem o acordo da delação premiada, quebrando o sigilo.

“De fato, o teor das diversas mensagens expõe não só a falta de voluntariedade, mas especialmente a ausência de credibilidade da delação. Destarte, são nulos (porque ilícitos) os seus depoimentos e, também, as supostas provas dele decorrentes. Desde já, portanto, mostra-se imprescindível a rescisão e anulação do acordo de delação premiada do corréu Mauro Cid, reiterando-se aqui o pedido formulado na defesa prévia, o que desde já requer-se.”, declararam os advogados de Bolsonaro.

A defesa de Mauro Cid, no entanto, negou que ele tenha usado perfis para divulgar informações internas do tribunal.

A decisão do STF

Na última sexta-feira (13), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, fez uma ordem à empresa Meta para que os conteúdos postados nos dois perfis de Instagram, supostamente utilizados por Mauro Cid, sejam preservados. Além disso, ele também pediu para que os dados para o cadastro nas contas, como e-mail e número de telefone, fossem passados.


Ministro Alexandre de Moraes em julgamento de Bolsonaro (Foto: reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)


De acordo com as normas do STF, se ficar entendido que o tenente-coronel violou os termos do acordo de colaboração, ele perderá os benefícios como delator, porém as provas serão mantidas.

Look de Kanye West em apoio a P. Diddy revive lembranças de festas polêmicas do passado

Kanye West surpreendeu ao aparecer nesta sexta-feira (13/6) no julgamento de Sean Combs, o P. Diddy, em Nova York. Vestido inteiramente de branco, o rapper acompanhou parte da audiência e sinalizou apoio público ao amigo, acusado de liderar uma rede de exploração sexual.

Presença de Ye gera repercussão em tribunal dos EUA

Figura marcada por controvérsias, Kanye West surgiu de forma inesperada na audiência que julga P. Diddy por envolvimento em uma organização criminosa com fins sexuais.


 Kanye West chegando na audiência de julgamento de P. Diddy (Vídeo: reprodução/Instagram/@kanyewestbianca)


O rapper permaneceu cerca de 40 minutos no tribunal, onde acompanhou presencialmente parte da sessão antes de deixar o local pela porta principal. O gesto isolado contrasta com o silêncio da maioria das celebridades diante das acusações que recaem sobre Combs.

Traje branco é associado a festas promovidas por Diddy

A escolha do visual por West não passou despercebida. O traje branco da cabeça aos pés remete às “White Parties”, festas organizadas por Diddy nas últimas décadas, conhecidas pela exigência de roupas brancas e, mais recentemente, por relatos de excessos envolvendo a elite do entretenimento.


 Kanye West indo embora na audiência de julgamento de P. Diddy (Vídeo: reprodução/Instagram/@kanyewestbianca)


Especialistas em cultura pop apontam que o look pode ser um gesto simbólico, reforçando laços antigos de amizade e lembrando o papel que Diddy já desempenhou como figura influente da música. A mensagem, ainda que silenciosa, ecoou nas redes e levantou debates sobre o posicionamento de Kanye em meio ao caso que pode manchar definitivamente a reputação de Combs.

Linha do tempo do caso P. Diddy

Novembro de 2023

  • Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy, entra com um processo acusando o rapper de abuso físico e sexual durante o relacionamento.
  • O caso tem grande repercussão e é resolvido por acordo extrajudicial em menos de 24 horas.

Dezembro de 2023

  • Outras mulheres começam a apresentar denúncias civis contra Diddy, alegando crimes semelhantes, incluindo tráfico sexual, agressões e coerção.
  • Três novos processos são registrados em diferentes estados dos EUA.

Janeiro de 2024

  • FBI inicia investigação formal contra o rapper, após o acúmulo de denúncias e evidências iniciais.
  • Ex-colaboradores são ouvidos em sigilo.

Março de 2024

  • Denúncias criminais são formalmente abertas.
  • O Departamento de Justiça passa a colaborar com o FBI nas apurações.

25 de março de 2024

  • Agentes federais realizam buscas simultâneas nas mansões de Diddy em Miami e Los Angeles. Equipamentos eletrônicos e documentos são apreendidos.
  • Vídeos da operação viralizam nas redes sociais.

Abril de 2024

  • Diddy nega todas as acusações publicamente e chama o caso de “perseguição midiática”.
  • Advogados afirmam que o artista está colaborando com a Justiça.

Junho de 2025

  • Começa o julgamento formal em Nova York, onde Diddy é acusado de comandar uma rede de exploração sexual com colaboradores.
  • Kanye West faz aparição surpresa em uma das sessões, vestindo branco em aparente gesto de apoio.

Ex-namorada de Diddy revela fetiche e noites com acompanhantes

No 20º dia do julgamento de P. Diddy, sua ex-namorada — identificada no tribunal apenas como “Jane” — voltou a depor nesta terça-feira (10), trazendo novos detalhes sobre sua relação com o artista, incluindo relatos de relações a três e a pesquisa do termo “cuckold”.

Segundo depoimento, Jane relatou que já no início da relação aceitou participar das “noites no hotel” que envolviam sexo com outros homens, acompanhantes, na intenção de satisfazer Diddy. Foi assim que conheceu Paul, garoto de programa a quem chamava de “meu namorado”.

Relatou que o rapper referia-se ao trio como “trifeta”, o que sugeria relação especial entre eles. O termo faz referência aos jogadores de basquete Michael Jordan, Shaquille O’Neal e Kobe Bryant.

Relações com outros homens diante do rapper

Ela afirmou aceitar os encontros sexuais com outros homens na presença de Diddy, pois era uma forma de encontrá-lo.

Era a única opção que eu tinha, eu queria continuar vendo meu amado.”

Jane

E por conta desses encontros começou a usar o termo “cuck” (corno) para descrever o comportamento do cantor nessas situações. Ela revelou que, ao pesquisar sobre sua relação com Diddy, encontrou o termo “cuckold” em 2022. Percebeu então características do fetiche na relação que viviam.

Cansaço emocional

Em depoimento, Jane relatou que em 2023, Combs começou a pagar o aluguel da residência em que morava, o que afirmou trazer insegurança em não cumprir com os desejos do rapper e perder o teto. Mas que mesmo assim, demonstrou insatisfação com as “noites no hotel”, que tinham o mesmo significado dos “freak offs”.


Representação do tribunal de Diddy (Foto: reprodução/Instagram/@justinthenickofcrime)

Em mensagem, escreveu para Combs que não mais desejava desempenhar sexo sem amor e frio. “Eu não sou uma estrela pornô”, ela continuou. “Eu não sou um animal. Preciso de uma pausa.” Segundo ela, foram três anos tendo relações com estranhos; estava cansada da situação.

O julgamento já ouviu mais de 20 testemunhas, que incluem acusações graves como tráfico sexual, agressão e conspiração criminosa contra Sean “Diddy” Combs, de 55 anos.

Bolsonaro afirma que não houve tentativa de golpe de estado

Após chegar no Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro fez um depoimento, onde se defendeu sobre as acusações de que teria organizado uma ruptura institucional, tramada após as eleições de 2022. Bolsonaro afirmou não ter havido um golpe. Ele ainda falou sobre as denúncias que sofreu, alegando que teria decretado Estado de Sítio.

O depoimento de Bolsonaro

O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, participa do segundo dia de julgamento, organizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10), onde é réu, acusado de tentar provocar um golpe de estado, após ter perdido as últimas eleições presidenciais de 2022. Ele está marcado como um dos últimos a prestar depoimento em frente do juiz do STF, Alexandre de Moraes, pela primeira vez.


Jair Bolsonaro em seu julgamento no STF (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Getty Images Embed)


Quando o ex-presidente chegou ao tribunal, para seu julgamento, ele foi questionado sobre a tentativa de golpe. Jair respondeu que não houve golpe. Ainda em sua fala, ele também respondeu às denúncias que recebeu d Procuradoria-Geral de República (PGR) sobre uma decretação de Estado de Sítio. Bolsonaro declara que antes do secreto ser assinado, o parlamento deveria aprovar.

O julgamento

No primeiro dia do julgamento, nesta segunda-feira (9), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid depôs durante quase quatro horas. Ele relatou sobre as intenções golpistas do antigo comandante da Marinha, Almir Garnier, dizendo que possuía questões com o antigo comandante do Exército, Freire Gomes.

O general Freire Gomes tinha ficado muito chateado, porque o almirante Garnier tinha colocado as tropas da Marinha à disposição do presidente, mas que ele só poderia fazer alguma coisa com apoio do Exército. Então, o general Freire Gomes ficou chateado de terem transferido a responsabilidade para ele.”, disse Mauro Cid.


Jair Bolsonaro em frente a Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Getty Images Embed)


O ex-diretor-geralda Abin, Alexandre Ramagem, também depôs na última segunda-feira. Ele se defendeu contra acusações de que a Abin teria tentado fraudar as urnas eletrônicas e disse também que a agência nunca foi usada para averiguar autoridades. Ele ainda declarou que a PF citou o sistema de geolocalização israelense First Mile, no relatório, de maneira errada, induzindo a acreditar que ele teria participado do plano de golpe de Estado.

Julgamento de Diddy chega ao 19º dia; confira o que aconteceu

O rapper Sean “Diddy” Combs começou a ser julgado no dia 12 de maio de 2025 em um tribunal federal de Manhattan, nos Estados Unidos, após ser acusado de tráfico sexual, extorsão e conspiração. As acusações foram apresentadas pela cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, que afirma ter sofrido estupro, abuso físico e psicológico durante os 11 anos em que os dois mantiveram um relacionamento. O caso chamou atenção da mídia e reacendeu debates sobre abusos cometidos por celebridades na indústria da música.

De acordo com os registros do processo, as denúncias foram protocoladas em novembro de 2023, quando Cassie decidiu tornar público o histórico de violência que, segundo ela, vinha sendo silenciado por décadas. Desde o início do julgamento, novas informações têm sido reveladas por testemunhas, incluindo relatos de festas organizadas por Diddy, onde mulheres eram submetidas a práticas sexuais sob o uso de drogas, em eventos chamados de “freak offs”.

Depoimentos reforçam acusações de abuso e intimidação

Durante as audiências, mais de 20 horas de depoimento foram prestadas por Cassie, que descreveu em detalhes os abusos vividos, incluindo agressões físicas e episódios de controle emocional. Segundo a cantora, os atos eram gravados e faziam parte de um padrão de comportamento do empresário.


Diddy (Foto: reprodução/Dave Benett/Getty Images Embed)  


Outras testemunhas, como a ex-assessora Capricorn Clark, confirmaram que Combs teria ameaçado o rapper Kid Cudi após descobrir um envolvimento entre ele e Cassie. De acordo com Clark, Diddy chegou a ir armado à casa de Cudi com o objetivo de intimidá-lo. Já uma das vítimas, que depôs sob o pseudônimo de “Jane”, relatou ter sido forçada a manter relações sexuais mesmo quando manifestava sinais de exaustão.

Diddy nega crimes e pode ser condenado à prisão perpétua

Apesar das acusações, Diddy, de 55 anos, se declarou inocente. A promotora responsável, Emily Johnson, afirmou que o artista teria usado sua influência e riqueza para construir uma rede de exploração sexual encoberta sob a fachada de um império musical. Por outro lado, a defesa, liderada pelo advogado Marc Agnifilo, alegou que todas as relações foram consensuais.

O julgamento, que deve se estender por mais algumas semanas, é acompanhado de perto pelo público e pela imprensa. Caso condenado, Sean Combs pode receber uma pena de 15 anos até prisão perpétua, segundo o código penal norte-americano. O caso vem sendo considerado um dos mais emblemáticos envolvendo celebridades acusadas de violência sexual nos últimos anos.

Caso Diddy: Ex-namorada quebra silêncio e mostra conversas de áudio com Diddy

Em novo dia de julgamento, o júri no tribunal ouviu uma série de mensagens de áudio, em uma conversa entre Sean Combs, o P. Diddy, como é conhecido, e sua ex-namorada, tratada pelas investigações como Jane. Jane é uma das principais testemunhas nas acusações de importunação sexual contra o rapper.

Calhou do depoimento de Jane ocorrer no momento em que promotores federais buscam provar que Diddy e seu círculo íntimo utilizaram de ameaças, drogas e violência para obrigar que ela e outra ex-namorada fizessem parte das ‘noites de hotel’, que consistia na obrigação das moças a se relacionarem sexualmente com outros homens como parte de performances. Foi relatado pela moça que as chamadas noites de hotel duravam ao menos 24 horas, sendo que Combs lhe oferecia drogas para se manter acordada e continuar com as apresentações. O rapper se diz inocente diante das acusações de conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição.


Diddy alega ser inocente às acusações de tráfico sexual (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

As mensagens entre Jane e Diddy

As mensagens expostas para o júri são de novembro de 2021, com a última mensagem enviada em agosto de 2023. Em 2021, Jane relata a Diddy sobre seus sentimentos em relação à participação dela nas chamadas noites de hotel.

Preciso de um respiro e uma pausa de você. Isso não me faz sentir nada bem, você não me merece.

Em resposta através de uma mensagem de áudio, o rapper diz que a moça é doida e profere um xingamento.

Você é doida pra c***lho. Fique triste, enlouqueça, faça o que quiser.

Durante uma discussão do casal em 2023, Jane expressa sua frustração com a forma que Diddy a tratava, alegando que não gostaria mais de participar das noites de hotel. O rapper lhe enviou uma mensagem de áudio ameaçando interromper seu apoio financeiro para a moça. 

É melhor você começar a trabalhar, só isso, porque você me colocou no meu trabalho.

O testemunho de Jane

Em testemunho, Jane alega que seu trabalho era cuidar de Sean, cuidar dele e garantir que ele estivesse feliz, incluindo participar dos atos que Diddy o obrigava, enquanto o trabalho dele era de apoiá-la financeiramente. Foi contado em testemunho que a partir de 2023, o rapper passou a realizar o pagamento mensal de US$ 10.000 (cerca de R$ 55 mil) para que Jane tivesse condições de manter a casa de aluguel que mora com seu filho. Ainda segundo ela, o pagamento do aluguel acontece até os dias de hoje por Diddy.

O julgamento de Diddy continua a ganhar capítulos, entrando na sua quinta semana de julgamento federal. Jane era esperada a prestar novo depoimento nesta segunda-feira (09) para andamento no inquérito.

Testemunha relata que Diddy a pendurou de varanda no 17º andar

Em seu 16º dia de julgamento, uma mulher testemunhou nesta quarta-feira contra o produtor musical Sean “Diddy” Combs e afirmou ter sido vítima de extrema violência. Bryana Bongolan relatou um incidente ocorrido em 2016, no qual Combs a pendurou da varanda de um 17º andar antes de agredi-la — ato que lhe causou traumas e contusões.

Bongolan depôs no tribunal de Nova York contra o rapper. Ela narrou o episódio que ocorreu quando estava hospedada na casa de sua amiga, Cassie Ventura, ex-companheira de Combs. Disse que o produtor entrou agressivamente no ambiente e a levou à força para a varanda.

Relato de violência e medo

Bryana encontrava-se sozinha na sacada do apartamento, quando Sean surgiu batendo à porta do quarto. Ele a elevou pelas axilas, a colocando sob o corrimão e a segurando por 15 segundos. Enquanto isso, gritava muitas vezes: “Você sabe o que você fez?”. Ela negou saber do que ele estava falando e ficou amedrontada. Em seguida, foi arremessada contra a mobília. “Eu tremia muito”, disse ela, revelando que não denunciou o caso à polícia por medo.


Ilustração de Jane Rosenberg do julgamento de Diddy (Foto: reprodução/Instagram/@itsriki.p)

A situação lhe causou estresse pós-traumático, terror noturno e paranoia. “Algumas vezes grito enquanto durmo”, declarou aos jurados.

Ela também contou que, em outra ocasião, o acusado atirou uma faca contra Cassie Ventura.

Defesa contesta depoimento 

Nicole Westmoreland, advogada de defesa de Combs, acusou Bongolan de mentir. Sugeriu que a testemunha combinou depoimento com a amiga, Cassie, alinhando suas versões contra o seu cliente. A colocou como testemunha não confiável e apontou seu consumo de drogas.


Ilustração de Jane Rosenberg do julgamento de Diddy (Foto: reprodução/Instagram/@itsriki.p)

O que ela confirmou: consumia junto com Ventura e Combs drogas como maconha, cocaína e quetamina. Ambas tentavam se manter sóbrias, pois queriam “melhorar”. Relatou que o último encontro com o ex-casal foi durante o Ano Novo de 2018 e que, na ocasião, decidiu que seguiria sóbria. O contato entre as amigas ficou distante, e só conversaram em 2023, quando Cassie denunciou o ex-companheiro.

Bongolan afirmou que apresentou o processo porque queria “buscar justiça” pelo que lhe aconteceu na varanda.

O julgamento já ouviu mais de 20 testemunhas, que incluem acusações graves como tráfico sexual, agressão e conspiração criminosa contra Sean “Diddy” Combs, de 55 anos.

Mulher grita no tribunal e é expulsa durante julgamento de Diddy

Mais um capítulo conturbado marcou o julgamento do rapper Sean “Diddy” Combs, que voltou a dominar as manchetes. Segundo o site TMZ, uma mulher presente na audiência foi expulsa do tribunal após causar tumulto durante a exibição de vídeos e ligações telefônicas feitas por Diddy da prisão.

A mulher, que não teve sua identidade revelada, se levantou e começou a gritar frases de defesa ao réu em tom exaltado. Ela foi imediatamente contida e escoltada por policiais que faziam a segurança da sala.

As falas da mulher, de forte teor emocional e incitativo, chamaram atenção pelo conteúdo agressivo. Entre os gritos registrados estava: “Vocês estão rindo do legado de um homem negro. Puxe sua arma, ninja, eu te desafio.”.

Entenda o julgamento de Diddy

O rapper Sean Combs, conhecido como Diddy, enfrenta uma série de acusações graves, incluindo tráfico sexual, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que ele teria usado sua influência na indústria da música para encobrir crimes e manipular vítimas. O julgamento tem atraído atenção internacional pela gravidade dos relatos e pela presença constante da mídia.

Na sessão seguinte ao tumulto, os advogados de Diddy entraram com um pedido para retirar trechos de vídeos exibidos, alegando que poderiam prejudicar a imparcialidade do júri por seu conteúdo emocionalmente carregado.

A promotoria reagiu com firmeza, afirmando que os vídeos “são provas essenciais que mostram o comportamento recorrente e abusivo do réu”. O clima esquentou entre as partes, obrigando o juiz a intervir em duas ocasiões.

Além disso, uma nova testemunha-chave foi chamada ao tribunal: uma ex-funcionária de Diddy que alegou ter trabalhado em eventos organizados pela equipe do artista e testemunhado “práticas sistemáticas de coerção, abuso psicológico e físico”.


Foto destaque: Mãe do rapper e familiares acompanham o julgamento (Foto: reprodução/Seth Mening/Ap)

Segurança reforçada e tensão no tribunal

O incidente acendeu um alerta sobre a segurança no tribunal. Após o tumulto, a equipe de segurança foi reforçada, e novos protocolos de triagem para o público foram adotados. Clima de tensão domina os corredores do fórum, com jornalistas, advogados e espectadores atentos a cada movimentação. O juiz responsável pelo caso não comentou o episódio, mas garantiu que as sessões seguirão conforme o cronograma.

Entenda como foi o 14° dia do julgamento de Sean Diddy Combs

Nesta segunda-feira(2), o julgamento de Sean Diddy Combs, chegou ao seu 14°dia, tendo o termino do depoimento da sua ex-assistente, e da Sylvia Oken, ambas estiveram depondo durante o dia, sendo que Mia que trabalhou como secretária do acusado, já estava prestando depoimentos há três dias, ela alegou que não iria denunciá-lo, pois conforme ela disse, os recursos humanos iriam puni-la sem pensar duas vezes, pois não iriam acreditar na denúncia feita por ela, e iriam demiti-la sem pensar duas vezes, esclarecendo a respeito no seu depoimento feito nesta segunda.

Mia Depoimento

A então ex-assistente de P. Diddy afirmou que não acreditava que iriam acreditar nela, caso se resolve denunciá-lo, não pensou em denunciar os casos de estupro, pois achou que iriam puni-la. Disse ainda que fazia parte do seu trabalho promover, projetos e eventos, nas suas redes sociais, mas quando ocorria de Combs questionava seu trabalho, havia gritos e humilhação, ela disse ainda que postava dedicações ao seu chefe em rede social, pois caso não fizesse, poderia estar em perigo, falou também que tinha receios em não conseguir mais emprego se sai desse.


P. Diddy em festa ocorrida no ano de 2006 (Foto: reprodução/Stuart Morton/Getty Images Embed)


Sylvia Oken depoimento

Sendo responsável pela área de marketing e vendas do Beverly Hills Hotel, ela citou multas direcionadas ao Rapper, por destruir o patrimônio e a limpeza, citando uma dessas multas no valor de US$ 500 dólares por danos envolvendo óleos, essências e ainda citou um valor de US$ 300 dólares por limpeza de cortinas, ela relatou a respeito desses dois valores, enquanto prestava depoimento durante esta segunda-feira(2), sendo ela funcionária do local em questão, dizendo ainda que existem também uma relação com limpezas e danos a respeito dessas punições citadas.

O Julgamento do P. Diddy já está durando há mais de duas semanas e ainda continuará tendo depoimentos ao longo da semana, trazendo mais pessoas para depor nos próximos dias.

Ex-assistente de P. Diddy expõe ameaça de morte no primeiro dia de trabalho

O julgamento federal por tráfico sexual contra Sean “P. Diddy” Combs trouxe à tona novos e graves relatos nesta terça-feira (27/5). No décimo dia de depoimentos, a ex-assistente do rapper, Capricorn Clark, revelou um episódio assustador ocorrido logo em seu primeiro dia de trabalho, em 2004. Segundo ela, foi levada por Combs e um membro da segurança ao Central Park, em Nova York, onde ouviu uma ameaça direta de morte.

Clark contou que, ao mencionar sua experiência profissional anterior com Suge Knight — conhecido rival de Diddy e ex-CEO da Death Row Records —, o rapper reagiu com uma calma perturbadora: “Se algo acontecer por causa disso, eu vou ter que te matar”, teria dito. Para a ex-assistente, o tom frio e direto deixava claro que ele falava sério.

Rivalidade com Suge Knight acende alerta

Esse momento marcante deixa evidente como a rivalidade entre Combs e Suge Knight influenciava até mesmo o ambiente interno de trabalho. Suge Knight, atualmente preso por homicídio voluntário, foi figura central em uma das maiores rivalidades da história do hip hop, envolvendo as gravadoras Death Row e Bad Boy Records.


Caso P. Diddy | Capricorn Clark rompe o silêncio como ex-assistente, testemunha-chave e vítima de ameaças do rapper (Vídeo: reprodução/YouTube/Canal do Paulo Mathias)

A partir desse contexto, Clark passou a trabalhar sob constante tensão. Ela descreveu um ambiente sufocante, marcado por medo constante e vigilância extrema, onde até o menor deslize poderia desencadear consequências graves e imprevisíveis. O episódio no Central Park, portanto, não foi um caso isolado, mas o início de uma rotina marcada pelo controle e intimidação.

Envolvimento com Cassie e episódio com Kid Cudi

Além disso, o nome de Clark voltou a aparecer no tribunal na semana anterior, durante o depoimento do rapper Kid Cudi. Ele revelou que, em 2011, Clark o alertou de que Combs havia invadido sua casa sem permissão. Na época, Cudi namorava Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy e uma das principais testemunhas de acusação no processo.

Segundo Cudi, Clark esperava do lado de fora da residência, visivelmente assustada, enquanto o rapper e um associado estavam dentro da casa. Esse episódio reforça o padrão de comportamento relatado por outras testemunhas: ações controladoras, ameaças veladas e um clima constante de medo.

Com o julgamento ainda em andamento, os novos relatos intensificam a gravidade das acusações contra Sean Combs, desenhando um retrato perturbador dos bastidores de seu império.