“Preocupação nenhuma”, diz Jair Bolsonaro sobre Julgamento de decisão do STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta segunda-feira (24), na véspera do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que não está preocupado com o processo que decidirá se ele se tornará réu por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

Como se sente sobre o julgamento

Em entrevista ao podcast Inteligência LTDA, Jair Bolsonaro afirmou que não tem como ele ter participado de uma organização criminosa armada no 8 de janeiro que não teve nenhuma arma. Ainda declarou: “Não tenho preocupação nenhuma do que estou sendo acusado”.


Entrevista de Jair Bolsonaro ao podcast Inteligência LTDA (Vídeo: reprodução/Instagram/@inteligencialtd)


O julgamento ocorrerá em três sessões: duas hoje, terça-feira (25), às 9h30 e às 14h; e a terceira ocorrerá na quarta-feira (26), às 9h30. O STF reforçou a segurança e limitou o acesso ao tribunal durante os dias de audiência. Sobre o início do julgamento, o ex-presidente declarou: “o julgamento começa pela admissibilidade, se eu me torno réu ou não. Tenho bons advogados, e eles vão, em um primeiro momento, explorar a questão de tecnicidade”.

Bolsonaro comentou ainda que o caso precisaria ser analisado pela primeira instância e também pelo STF, no plenário, e não pela Primeira Turma. Além disso, sua defesa não teve acesso completo aos depoimentos do ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que acabou fechando um acordo de delação premiada.

Expectativas sobre o julgamento

Nesta terça-feira, está previsto que as defesas de todos os denunciados sejam ouvidas. No período da tarde, o relator do caso, o Ministro Alexandre de Moraes, fará a leitura do relatório e votará se aceita ou não a denúncia.

Segundo o Jornal Metrópole, os crimes imputados a Jair Bolsonaro e os outros que foram denunciados são: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano contra o patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado.

Nos bastidores, aliados do ex-presidente acreditam que a decisão do STF será unânime pela aceitação da denúncia, tornando Bolsonaro e os demais acusados em réus. Eles também demonstram preocupação em relação ao impacto da transmissão do julgamento na opinião pública.

Julgamento de Bolsonaro: STF passa por varredura antibombas

Bolsonaro e outras sete pessoas começam a ser julgados pelo STF na terça-feira (25/3), e preocupado com a segurança, o Supremo Tribunal Federal executa uma operação especial de segurança.    

Com o apoio da Secretaria de Segurança do Distrito Federal, a operação vai isolar a Praça dos Três Poderes com grades e quem for acessar o plenário da Corte, além de passar pelo sistema de raio-x do hall de entrada, ainda enfrentará uma barreira dupla de verificação. Da mesma forma, uma varredura antibombas ocorreu nesta segunda-feira (24/3), véspera do início do julgamento.    

Denúncia da PGR

Em fevereiro, a Procuradoria Geral da República denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas pelo envolvimento no plano golpista de Estado que aconteceu em janeiro de 2023.   

Entre os crimes acusados estão: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e liderança de organização criminosa. A defesa de Bolsonaro nega envolvimento e desqualifica a denúncia.   

Ataques ao STF

A intensificação dos protocolos de segurança do STF faz todo sentido, uma vez que a Suprema Corte já foi atacada outras vezes, por motivos políticos. A invasão de Brasília em janeiro de 2023, e consequentemente a depredação da Corte, o ataque de um homem com bombas em novembro do ano passado, com mensagem de ódio contra ministros, preocupa integrantes do Supremo, já que os denunciados em outros momentos incitaram ódio aos ministros da Casa.     


Limpeza da estátua da Justiça, vandalizada nos ataques ao STF (Vídeo: reprodução/X/@STF_oficial)

Depois do julgamento

Após passar pela Primeira Turma do STF, os denunciados pela PGR terão dois caminhos pela frente. Se a acusação for rejeitada, o caso segue para arquivamento. Porém, se a denúncia for aceita, os denunciados se tornam réus dos crimes acusados e responderão processo na Suprema Corte.    

Na fase seguinte, serão apresentadas provas e os depoimentos dos acusados e testemunhas. Por fim, um novo julgamento é marcado e então os ministros decidem se os acusados são inocentes ou culpados dos crimes. Uma vez inocentados, o processo finda com arquivamento. Por outro lado, se forem considerados culpados, receberão penas de acordo com o Código Penal Brasileiro.    

Diretor do documentário, Leaving Neverland 2, fala sobre a repercussão entre os fãs

Leaving Neverland 2: Sobrevivendo a Michael Jackson continua a história de Wade Robson e James Safechuck, que acusaram Michael Jackson de abuso sexual infantil no documentário de 2019. Enquanto o primeiro filme focava nas alegações e nos abusos que sofreram, a continuação mergulha nas consequências de expor essas denúncias publicamente.


Capa do documentário com a foto de Michael Jackson (Foto: reprodução/x/@veja)

O foco agora está nas batalhas judiciais enfrentadas por Robson e Safechuck contra o espólio de Jackson, além das dificuldades emocionais que ambos enfrentam enquanto tentam reconstruir suas vidas após a enorme exposição. Ambos falam sobre como a reação pública, especialmente o forte backlash dos fãs de Jackson, afetou suas relações e a maneira como eles lidaram com a dor e a vergonha. As ameaças e ataques que receberam, principalmente das legiões de fãs do cantor, foram extremamente difíceis de lidar, e o documentário também explora como essas experiências impactaram suas famílias.

Opinião do diretor

Dan Reed, o diretor, acredita que muitos fãs de Michael Jackson não levarão o documentário a sério, já que há uma devoção quase religiosa ao cantor. Para ele, qualquer acusação contra Jackson será automaticamente desacreditada por aqueles que ainda o veem como um ícone intocável. Essa divisão de opiniões é algo que o diretor já esperava e que, de alguma forma, é um reflexo de como o fandom do cantor lida com o legado dele.

Mais sobre as acusações

Michael Jackson faleceu em 25 de junho de 2009, aos 50 anos, devido a uma overdose de anestésico administrado por seu médico. Sua morte abalou o mundo inteiro, deixando milhões de fãs tristes, mas também trouxe à tona um legado complicado, marcado por controvérsias e acusações. As primeiras denúncias de abuso infantil contra ele surgiram em 1993, quando o garoto Jordan Chandler, de 13 anos, acusou Jackson, mas o caso nunca foi a julgamento, já que houve um acordo financeiro. Em 2005, Jackson enfrentou novo julgamento, mas foi absolvido.

Após sua morte, surgiram novas acusações, especialmente com o documentário Leaving Neverland (2019), no qual Wade Robson e James Safechuck afirmam ter sido vítimas de abuso quando crianças. O documentário reacendeu o debate sobre seu legado, dividindo opiniões e criando um debate que ainda perdura até hoje.

“Velocidade da luz”, diz Bolsonaro sobre decisão de Cristiano Zanin

O ex -presidente Jair Messias Bolsonaro, na noite de quinta-feira (13), usou suas redes sociais para criticar a decisão do Ministro Cristiano Zanin do STF, pela rapidez com que o magistrado marcou a data do seu julgamento. Previsto para o próximo dia 25 de março, pode tornar Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado.

“ Parece que o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz. Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026.” Jair Bolsonaro

Na publicação, Bolsonaro também faz um comparativo entre os trâmites legais realizados no Brasil e os trâmites legais ocorridos em outras partes do mundo. Entre eles, cita o processo semelhante enfrentado pelo presidente americano Donald Trump e o processo em andamento na Alemanha.


Postagem do ex-presidente, Jair Bolsonaro, sobre a decisão do Ministro Cristiano Zanin, STF (Reprodução/X/@jairbolsonaro)

Como será o julgamento 

De acordo com informações disponibilizadas pelo Supremo Tribunal Federal o julgamento será presencial, dividido em três sessões: duas ocorrerão no dia 25, uma às 9h30 e outra às 14h. A terceira será no dia 26, às 9h30. Realizadas pela Primeira Turma do STF.

Nesta fase inicial, o colegiado avaliará se a acusação possui elementos suficientes para que uma ação penal seja aberta contra os acusados.

Em sua rede social oficial, o Supremo Tribunal Federal informou sobre a data e o rito processual.


Postagem do STF sobre a data de julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados  (Reprodução/X/@STF_oficial)



Além da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, outros sete denunciados serão julgados na mesma data. Entre eles, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, juntamente com ex-ministros que fizeram parte do governo Bolsonaro.

Ministros participarão do julgamento 

O julgamento será presidido pelos ministros da Primeira Turma do STF. Composta por Alexandre de Moraes, relator do caso, Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, além de Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

Importante ressaltar que a defesa do ex-presidente solicitou que os Ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin fossem afastados do  julgamento, alegando impedimentos legais. Porém, o presidente do STF, ministro Roberto Barroso, negou que os magistrados em questão deixassem o caso. 

A defesa de Bolsonaro pediu conjuntamente para que o julgamento fosse realizado pelo Plenário da Corte, composto por 11 ministros. O que também foi negado. 

Boate Kiss: STF alcança maioria e mantém prisão e condenação dos envolvidos

Nesta segunda-feira (3), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria, e por 3 votos a 2, decidiu manter a condenação e a prisão dos quatro réus envolvidos no incêndio da Boate Kiss, que aconteceu em 2013 em Santa Maria (RS). A decisão confirma a ordem anterior do ministro Dias Toffoli, que havia determinado a execução das penas. 

Com a decisão já tomada em plenário virtual, ficou determinada a prisão imediata de Elissandro Spohr, Mauro Hoffman, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha. 

O julgamento aconteceu no plenário virtual, onde os ministros Gilmar Mendes e Edson Fachin acompanharam o voto de Toffoli, enquanto André Mendonça e Nunes Marques divergiram, votando contra a manutenção da condenação. 

As defesas dos réus discordam da sentença

A união da Segunda Turma do Supremo, até o final do dia de ontem (3), não tinha encerrado o sistema virtual, pois ainda não tinham votado, Nunes Marques e André Mendonça, entretanto mesmo que os dois votassem contra a manutenção da decisão, o placar não poderia ser revertido por conta dos votos de Edson Fachin (presidente), Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em setembro de 2022, anulou o julgamento, alegando irregularidades, já em setembro do ano passado (2024), Dias Toffoli acatou os recursos apresentados Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, e relatou que os argumentos das defesas eram “insuficientes para mudar a decisão ora agravada”


Vídeo sobre decisão do STF (Vídeo: reprodução/@recordnews)

As defesas dos réus demonstraram discordância em relação à decisão, mas afirmaram que respeitarão a sentença do STF. A defesa de Elissandro Spohr, um dos réus, declarou que aguardará a retomada do julgamento no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul para análise de outros pontos recursais. 

Relembre o ocorrido

O incêndio na boate Kiss ocorreu em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria (RS), durante uma festa universitária. O fogo começou após o uso de um artefato pirotécnico pela banda que se apresentava, causando intensa fumaça tóxica. A tragédia que resultou na morte de 242 pessoas também deixou mais de 600 feridos. Falhas na segurança, como a superlotação e a falta de saídas de emergência adequadas, acabaram por agravar a situação. O ocorrido gerou debates sobre as normas de segurança em estabelecimentos no Brasil.

P. Diddy passa o dia no hospital após sentir fortes dores nos joelhos

O cantor de rapper “P. Diddy” Combs, detido desde setembro do ano passado e aguardando julgamento, passou um dia inteiro no hospital após sentir fortes dores no joelho. O incidente teria ocorrido nesta última semana, quando Diddy acordou com dificuldades para se locomover. Segundo o site Portal Leo Dias, o cantor foi transferido do centro de detenção onde espera julgamento para um hospital no Brooklyn, Nova York.

Ainda segundo o site, o rapper fez uma tomografia no joelho e alguns exames, e retornou à prisão, em seu histórico médico Diddy possui problemas no joelho e chegou a realizar tratamentos  no passado, seu advogado não chegou a comentar sobre o atendimento médico prestado.

Lembrando que em setembro de 2024, o rapper foi preso em Nova York sob acusações de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição. As alegações que incluem organização de festas, onde mulheres teriam sido coagidas a realizar atos sexuais sob influência de drogas e ameaças. 


Vídeo sobre caso P.Diddy ( Vídeo: reprodução/@domingoespetacular)

Entenda o caso do rapper

Desde então, mais de 100 pessoas, incluindo homens e mulheres, algumas menores de idade na época dos incidentes, entraram com processos contra o rapper, alegando abuso sexual, estupro e exploração sexual. Os advogados das vítimas afirmam que muitos dos abusos ocorreram nos anos 2000 e 2010, principalmente no estado de Nova York. 

Cassie Ventura, ex-namorada de Combs, em novembro de 2023, entrou com uma ação judicial acusando-o de estupro, tráfico sexual e abuso físico. O processo foi resolvido após um acordo confidencial no dia seguinte, e a ação foi retirada. 

O julgamento pode acontecer nos próximos meses

Atualmente, Combs aguarda julgamento sob custódia federal no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn. Ele se declarou inocente de todas as acusações e teve pedidos de fiança negados. O julgamento está previsto para começar em 5 de maio de 2025. 

As acusações contra Diddy são extensas, envolvendo muitas alegações de má conduta sexual e abuso, o caso continua em desenvolvimento, e guardando novas informações.

Novo documento judicial acusa Diddy de explorar mulheres sexualmente

O rapper Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, recebeu mais uma acusação. O produtor musical foi acusado de traficar pelo menos três mulheres, incluindo, supostamente, sua ex-namorada, Cassie, conforme um documento judicial recente.

O documento, chamado de “acusação substituta”, menciona as três vítimas, identificadas como “vítima-1”, “vítima-2” e “vítima-3”, e afirma que o esquema pode ter ocorrido entre 2004 e 2024. Em 2023, Cassie foi a única vítima identificada publicamente como supostamente envolvida no tráfico sexual orquestrado por Diddy.


Sean Combs na celebração de aniversário e novo albúm em 2023(Foto: reprodução/Dave Benett/Getty Images Embed)


As novas acusações

Nos documentos do processo, duas mulheres afirmaram que P. Diddy as teria levado com a promessa de que se prostituíssem, oferecendo pagamentos e oportunidades de carreira, além de cobrir despesas como aluguel e outras necessidades diárias. As alegações revelam um esquema de exploração sexual, onde as vítimas eram manipuladas e controladas sob falsas promessas de uma vida melhor.

Além das acusações de tráfico sexual, o rapper também enfrenta acusações de extorsão, por supostamente comandar essa rede criminosa entre 2004 e 2024. Ele é ainda acusado de estupro, abuso sexual e de transportar mulheres com o objetivo de prostituí-las, tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente. A complexidade do caso e o número de vítimas envolvidas tornaram essa investigação uma das mais sérias e de maior repercussão na indústria musical.


Diddy participando do City of Hope’s 2023 Music, Film & Entertainment Industry Spirit of Life (Foto: reprodução/Johnny Nunez/Getty Images Embed)


Expectativas do julgamento

Além das acusações de tráfico sexual, Diddy enfrenta também acusações de abuso sexual, exploração sexual e extorsão, sendo apontado como líder de uma organização criminosa. O caso promete levantar questões sobre o uso do poder e a impunidade de figuras influentes no setor.

O julgamento, que pode envolver centenas de vítimas e se tornar um dos casos mais significativos na história recente da indústria musical, está previsto para começar no dia 5 de maio. A expectativa é que o processo revele mais detalhes sobre as ações do produtor musical e como ele teria utilizado sua influência na indústria para manipular o sistema e cometer atividades criminosas ao longo de mais de duas décadas.

Julgamento envolvendo condenação de Donald Trump chega ao fim

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado nesta sexta-feira (10) no caso envolvendo pagamentos fraudulentos feitos à atriz Stormy Daniels, durante a campanha presidencial de 2016. O veredito final foi satisfatório para o republicano, que não recebeu qualquer tipo pena de prisão, liberdade condicional ou multa. No entanto, a sentença registrará um julgamento de culpa em seu histórico permanente, na chamada “dispensa incondicional”.

Recapitulando o caso


Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em audiência à distância (reprodução/Brendan McDermid/AFP/Getty Images Embed)


Durante as eleições presidenciais de 2016, quando Trump derrotou Hillary Clinton na disputa pelo poder executivo dos EUA, o então candidato foi acusado de ter autorizado o pagamento de US$ 130 mil a atriz pornô Stormy Daniels, a fim de garantir o silêncio sobre um suposto caso com a mesma, assim interferindo no processo eleitoral. A investigação apurou que o montante foi supostamente declarado como “despesas legais” por meio de sua organização empresarial, levantando suspeitas de violações nas leis de financiamento da campanha.

No julgamento, que iniciou em janeiro do ano passado, a defesa de Trump argumentou que o pagamento era um acordo privado e não tinha ligação com a campanha eleitoral. No entanto, o tribunal considerou que o objetivo era proteger sua candidatura, configurando crime de falsificação de documentos e uso indevido de recursos empresariais para fins políticos.

Em maio, quando foi declarado culpado pelo juri, o então ex-presidente alegou ter sido vitima de um julgamento partidário, aliado a uma perseguição política:

Isso foi uma desgraça. Este foi um julgamento manipulado por um juiz em conflito de interesses e corrupto. Não fizemos nada de errado. Sou um homem inocente. Estou lutando pelo nosso país, afirmou.

Sentença foi repercutida e debatida ao redor do mundo


Presidente eleito Donald Trump, em discurso durante conferência (reprodução/Scott Olson/Getty Images Embed)


Como já era de se esperar, a condenação gerou reações divididas nos Estados Unidos e no restante do mundo em sua totalidade. Enquanto simpatizantes da oposição a Trump condenam a decisão, destacando que uma pena mais severa seria algo mais justo, apoiadores do presidente eleito comemoraram o veredito brando, compactuando com a narrativa do político sobre uma suposta perseguição política.

Com o caso resolvido, o republicano poderá agora focar tranquilamente em sua posse, que será no dia 20 de janeiro.

Rodrigo Garro, jogador do Corinthians, é indiciado por homicídio culposo

O jogador Rodrigo Garro, meio campista do Corinthians, foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) após se envolver em um acidente de trânsito com uma vítima fatal na Argentina neste sábado (4).

O acidente

Na ocasião, o jogador do Corinthians estava acompanhado de Facundo Castelli, jogador do Emelec. Segundo testemunhas do acidente, Garro tentou fazer uma curva perigosa pouco antes de atingir a moto, que vinha na direção contrária. O jogador estava dirigindo sua caminhonete, uma Dodge RAM, na madrugada deste sábado (4) na cidade de General Pico quando atingiu a motocicleta. O homem foi identificado como Nicolás Chiaragivlio, de 30 anos e morreu ainda no local.

Garro compareceu à audiência preliminar e aguarda julgamento em liberdade (Foto/Reprodução/REUTERS)

Foi constatada uma quantidade de álcool no sangue de Garro, mas isso não foi um agravante visto que a quantidade apontada foi de 0,54g, dentro do permitido. Garro prestou depoimento ainda nas próximas horas e foi liberado pelas autoridades que indiciaram o jogador por homicídio culposo.

O jogador foi enquadrado no artigo 84 do código penal que consiste na condução imprudente e negligente de veículo automotor. Por esse motivo, Garro teve a carteira de habilitação suspensa.


Garro foi indiciado por homicídio culposo após acidente na Argentina (Foto/Reprodução/Lance)

Volta para o Brasil

O Corinthians confirmou que o jogador voltará para o Brasil e irá se apresentar normalmente na manhã da próxima terça-feira (7) junto com o elenco. Além disso, o clube publicou uma nota oficial sobre o ocorrido e disse que está acompanhando de perto as investigações, confira:

Na madrugada deste sábado (04), o meio-campista Rodrigo Garro se envolveu em um acidente em La Pampa, na Argentina, que, infelizmente, resultou em uma vítima fatal. Garro prestou os primeiros depoimentos, foi liberado e já está em sua casa. O executivo de futebol, Fabinho Soldado, e o diretor de negócios jurídicos, Vinicius Cascone, fizeram contato com os advogados e familiares do atleta e manterão contato para mais informações. O clube acompanha as investigações e aguardará a conclusão delas para voltar a falar sobre o caso. O Corinthians presta solidariedade à vítima e aos seus familiares”.

Rodrigo está em casa com sua família até sua volta para o Brasil e aguarda em liberdade a data do julgamento, que ainda não foi marcado.

Público em saída de tribunal aplaude Gisèle Pelicot após relatos de ter sido abusada pelo ex-marido e de 70 homens

Gisèle Pelicot, que foi drogada e estuprada pelo ex-marido e outros 51 homens durante dez anos, saiu aplaudida do tribunal no sul da França após as condenações, incluindo a do ex-marido, nesta quinta-feira (19). Em seu pronunciamento, ela agradeceu ao público pelo apoio e afirmou que, apesar das dificuldades do julgamento, nunca se arrependeu de tornar o caso público.


Gisèle Pelicot (Foto: reprodução/Instagram/@shannonrwatts)

Pronunciamento

“Para quem tem uma história desta nas sombras, estamos todas na mesma luta. O apoio das pessoas realmente me tocou e me deu a força para vir ao tribunal e dar a cara”, disse, ao sair do tribunal. ‘Eu nunca me arrependi desta decisão”. Disse Gisèle.

Gisèle Pelicot, de 52 anos, revelou que pensou em seus netos ao decidir enfrentar o caso e afirmou que foi por eles que liderou essa luta. Ao ser questionada sobre as sentenças, disse respeitar a decisão da Justiça. Após sua declaração à imprensa, ela foi ovacionada por manifestantes na porta do tribunal em Avignon.

Ex-marido

Dominique Pelicot foi condenado a 20 anos de prisão pela Justiça da França por drogar e estuprar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, juntamente com outros homens. O caso ganhou notoriedade internacional após Gisèle torná-lo público. Dominique foi considerado culpado de estupro agravado e outros crimes, incluindo sedar Gisèle e entregá-la a dezenas de homens para abusos filmados.

Outros 50 réus envolvidos também foram considerados culpados, enfrentando penas que variam de 4 a 18 anos de prisão. O julgamento, iniciado em setembro em Avignon, revelou que Dominique dopou Gisèle durante 10 anos, resultando em quase 200 estupros. Gisèle descobriu os abusos após a prisão de Dominique em 2020 por assédio sexual. A sentença gerou celebração entre os apoiadores da vítima.

Durante o julgamento, a polícia apresentou a Gisèle fotos e vídeos em que ela era estuprada por diversos homens, encontrados no computador de seu ex-marido, Dominique. Ao longo de três meses e meio, Dominique confessou os crimes e pediu perdão à sua família. Outros 50 homens, réus no caso, também depuseram, com alguns afirmando que não estavam cientes de que Gisèle havia sido dopada.