Bandeira do Brasil é hasteada em Embaixada Argentina na Venezuela

Nesta quarta-feira (31), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil atendeu ao pedido do governo argentino para defender seus interesses diplomáticos na Venezuela, após a decisão de Nicolás Maduro de expulsar os diplomatas argentinos do país. Depois da tomada de decisão de defender os argentinos, a bandeira brasileira foi erguida na casa do embaixador argentino em Caracas, segundo o Itamaraty.


Bandeira brasileira é hasteada em Embaixada argentina (Vídeo: Reprodução/Youtube/UOL)

Agradecimento de Milei

O gesto brasileiro significa que o Brasil assume a responsabilidade da Embaixada Argentina dentro da Venezuela, bem como outras funções diplomáticas de Buenos Aires em Caracas, conforme dito pelo presidente argentino, Javier Milei. 

Milei também agradeceu o governo brasileiro: “Agradeço imensamente o posicionamento do Brasil em assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. E, agradeço também a representação pelos interesses da Argentina, bem como os cidadãos residentes lá”. 

‘Assumir a custódia’

Os detalhes a respeito de como funcionará a cooperação ainda deve ser acertado entre os dois países, mas por ora, o que se sabe é que ao defender os interesses diplomáticos da Argentina, o Brasil deverá assegurar a inviolabilidade de instalações e de arquivos argentinos dentro da Venezuela. 

Isso significa que os funcionários responsáveis pelo setor diplomático brasileiro poderão atuar nas instalações argentinas, como as Embaixadas. Outra ação brasileira deve ser a pesquisa de um novo destino para seis adilados venezuelanos que atualmente se refugiam na Embaixada Argentina, em Caracas. 

Esses asilados são opositores do governo de Maduro e, com a ajuda brasileira, serão transferidos para outras embaixadas de países membros da União Europeia.

Brasil e Argentina

Presidente Lula e o presidente Milei frequentemente se desentendem em pronunciamentos ou comentários, mas a diplomacias entre o governo brasileiro e o argentino mantêm sua relação normal. 

Julio Bitelli é embaixador do Brasil na Argentina e comentou em entrevista a TV Globo que, para o presidente Lula, manter boas relações com o país vizinho é “mais relevante” do que com Javier Milei.

Lula declara que “está brigando” para reduzir o valor da conta de luz no país

Nesta quarta-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da entrega das casas aos moradores do programa “Minha Casa, Minha Vida” na cidade de Várzea Grande (MT) e reclamou sobre o valor da conta de energia elétrica no Brasil. Na ocasião, ele declarou que “está brigando” no Planalto para as tarifas serem diminuídas e para que a população mais pobre consiga uma maior qualidade de vida.

Conta de luz 

O evento, que entregou cerca de 1.000 imóveis aos moradores de Várzea Grande, contou com a presença de Lula e do governador do estado, Mauro Mendes. O presidente destacou que é de extrema importância do país resolver o problema habitacional e econômico dos que vivem sem sua própria moradia, afirmando que muitas vezes as pessoas têm que escolher qual conta pagar no mês. 

“A gente precisava resolver o problema habitacional das pessoas mais humildes, que muitas vezes não podem pagar o aluguel e, quando pagam o aluguel, não podem pagar a conta de luz, que está cara. Eu estou brigando para baixar a conta de luz nesse país para o povo pobre”.

Lula, presidente do Brasil


Lula participando da entrega das casas no MT (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Em abril, o presidente assinou e editou a Medida Provisória (MP) 1.212/2024, que possui o objetivo de gerar mais energia elétrica renovável e baratear o valor da conta de energia. A MP determina que os recebimentos de recursos para a Eletrobras sejam antecipados e utilizados para diminuir o preço da energia a curto prazo em até 5%. 

Essa medida também busca adiantar o projeto de construção de mais usinas de energia renováveis, fazendo com que novos empregos sejam gerados para a população. Mas, no discurso, Lula garantiu que está pensando em novas formas de fazer com que o preço da eletricidade diminua. 

Programa do governo e vaias

Lula utilizou o evento também para relembrar o início do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Ele destacou que lutou muito para que fossem entregues moradias de alta qualidade à população, com opções de lazer e bibliotecas para crianças. 

O chefe de Estado do Brasil afirmou que as unidades entregues na quarta-feira continham espaços de lazer e prática de esportes para todos, e brincou dizendo que só faltava construir uma piscina para os moradores da cidade. 


Lula participando do evento (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Durante o evento, o público começou a vaiar o governador Mauro Mendes como protesto após a aprovação de uma lei estadual sobre a pesca em janeiro. A nova lei do Mato Grosso impede que 12 espécies de peixes mais rentáveis do estado sejam transportadas, armazenadas e vendidas. 

As espécies são: Cachara, Caparari, Dourado, Jaú, Matrinchã, Pintado, Piraíba, Piraputanga, Pirara, Pirarucu, Trairão e Tucunaré. Lula pediu para que o público não vaiasse o governador, dizendo que ele era um convidado dele e do governo, e que merecia ser tratado com respeito. 

Mauro se defendeu das críticas dizendo que a lei foi aprovada e é considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, já Lula garantiu que irá tentar entender a situação envolvendo os pescadores para encontrar maneiras de ajudar a população.

Lula sanciona lei que cria o “Dia Nacional do Funk”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta terça-feira (30), o Dia Nacional do Funk, o dia vai ser celebrado, anualmente, no dia 12 de julho.

Em publicação feita pelo Instagram, em que ele aparece ao lado do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Padilha inclusive é o autor do projeto que foi feito em 2021, quando ele ainda era deputado federal.

Ainda na publicação, o presidente Lula declara que o funk “é uma plataforma de transformação social que dá visibilidade às realidades e talentos dessas comunidades. O funk é voz, é identidade, é resistência!”.


Lula e Alexandre Padilha celebrando a sanção do Dia Nacional do Funk (Foto: reprodução/X/@padilhando)


A caminhada do funk brasileiro

O gênero musical, funk brasileiro, começou a surgir no final dos anos 80, no Rio de Janeiro. O início do movimento do funk aqui no Brasil foi influenciado pelo funk americano, e ao passar do tempo o gênero musical começou a ganhar o estilo e a cara das comunidades cariocas.

Dentre as características mais fortes do funk brasileiro são as letras retratam a realidade brasileira, um ritmo acelerado e bets eletrônicos. No início de sua caminhada o funk foi marginalizado e foi associado a criminalidade, mas depois de algumas décadas após seu início o funk ganhou muita popularidade e respeito.

O Brasil teve vários pioneiros no movimento do funk brasileiro como por exemplo MC Marcinho, Cidinho e Doca, e Claudinho e Bochecha.

Nos anos 2000, o funk começou ater subgêneros como o funk carioca e o funk ostentação. E os nomes mais recentes do funk brasileiro são MC Kevinho, Anitta, Ludmilla e Kevin O Chris.

Origem do projeto de lei

O PL 2229/2021, de autoria do próprio ministro Alexandre Padilha, escolheu o dia 12 de julho para se comemorar o funk brasileiro por conta do Baile da Pesada, que é uma festa que foi realizada no Rio de Janeiro ainda nos anos 70, o evento é considerado um precursor do funk.

Lula se pronuncia sobre eleição da Venezuela e pede a divulgação de atas da urna

Nesta terça-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou pela primeira vez sobre as eleições presidenciais da Venezuela. A declaração aconteceu em uma entrevista para a TV Centro América do Mato Grosso, onde o presidente alegou que não enxerga o método eleitoral venezuelano como suspeito ou “anormal”. 

As eleições para a presidência da Venezuela ocorreram no último domingo (28), com a vitória de Nicolás Maduro sobre o candidato da oposição Edmundo Gonzalez. Porém, o resultado vem sendo contestado pela população, pela oposição do país e por alguns membros da comunidade internacional. Desde então, existia muita expectativa sobre as palavras de Lula e se ele reconheceria Maduro como o presidente eleito.

Divulgação das atas

Lula destacou que em qualquer processo eleitoral irão existir pessoas que não aceitarão o resultado e tentarão contestá-lo na justiça, mas que no caso da Venezuela é importante que sejam divulgadas as atas de votação. 

Embora o presidente afirme que não considera a situação do país e das eleições como algo “grave e assustador”, ele reitera que a publicação dessas atas deve ser feita para, caso haja dúvidas sobre o resultado e, dar tempo para a oposição do país protocolar um recurso. 

“É normal que tenha uma briga. Como se resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo”

Lula, presidente do Brasil


Trecho da entrevista de Lula (Foto: reprodução/X/@GloboNews)

Lula também declarou que, se as atas mostrarem que Nicolás Maduro foi eleito democraticamente, ele irá reconhecer o candidato como presidente. “Se for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela.” 

A decisão difere de outros países da América do Sul, como Argentina, Chile e Uruguai, que contestaram o resultado e não aceitaram a decisão divulgada pelas urnas. 

O Chefe de Estado Brasileiro comentou também na entrevista que as pessoas têm o direito de expressar sua opinião a favor ou contra o resultado e que cabe ao governo venezuelano comprovar a veracidade das eleições. 


Nicolás Maduro comemorando vitória nas urnas (Foto: reprodução/Alfredo Lasry R/Getty Images Embed)


Ata é o nome dado aos boletins venezuelanos que registram os votos da população nas urnas eleitorais. Elas não foram apresentadas às autoridades e o governo da Venezuela afirmou que isso aconteceu devido a um erro no sistema. 

O resultado costuma ser divulgado pelo Comitê Nacional Eleitoral (CNE) do país, órgão do qual faz parte e é controlado pelo governo. Por conta disso, a oposição afirma que houve fraude e que o verdadeiro vencedor seria Edmundo Gonzalez, e que Maduro teria manipulado o resultado. As atas seriam uma forma de verificar a autenticidade das eleições e verificar possíveis adulterações. 

Reconhecimento do PT

Nesta segunda-feira (29), o Partido dos Trabalhadores (PT) reconheceu Maduro como eleito sem esperar a declaração do presidente e governo brasileiro. Lula comentou sobre a decisão na entrevista e criticou o modo como a imprensa brasileira vem tratando o assunto delicado. 

“O PT reconheceu, a nota do Partido dos Trabalhadores reconhece, elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram. E ao mesmo tempo ele reconhece que o colégio eleitoral, o tribunal eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso, mas a oposição ainda não. Então, tem um processo. […] Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal.”

Lula, presidente do Brasil

Antes da entrevista de Lula, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) soltou uma nota em nome do governo do país afirmando que o Brasil precisava de mais informações e provas de que não houve fraude para reconhecer o resultado. Segundo informações, o presidente brasileiro teria conversado com Joe Biden por ligação para discutirem sobre a situação venezuelana, mas o teor da conversa não foi divulgado por nenhum dos governos. 

Lula encerrou a entrevista destacando e elogiando o processo eleitoral do Brasil, afirmando que nenhuma eleição brasileira é dada como encerrada e tem o resultado divulgado sem a ata eleitoral do país ficar pronta. 

Bolsa Atleta é crucial para atletas brasileiros na Olimpíada de Paris

Nas próximas duas semanas, 276 atletas brasileiros competirão nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Destes, 9 em cada 10 contaram com o auxílio do programa Bolsa Atleta durante a preparação, um apoio financeiro fundamental para suas carreiras.

Importância do Bolsa Atleta

O Bolsa Atleta é um auxílio financeiro criado para apoiar atletas de alto rendimento que se destacam em competições nacionais e internacionais.


Presidente Lula decreta reajuste durante o encontro com os atletas brasileiros das Olimpíadas na França (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Em 2024, 241 dos 276 atletas brasileiros receberam essa bolsa, proporcionando “condições mínimas” para que se dedicassem exclusivamente ao esporte.

O valor do auxílio foi reajustado pela primeira vez em 14 anos, com um aumento de 10,8%, totalizando um investimento de R$ 148,9 milhões pelo governo.


Novos valores com o reajuste do Bolsa Atleta – Fonte: Ministério do Esporte e parceria com IPIE/UFPR
(Foto: reprodução/Secretaria de Comunicação Social/GOV.BR)

Desafios e limitações

Apesar do reajuste, especialistas afirmam que o valor ainda é insuficiente para cobrir todas as despesas dos atletas.

Hugo Parisi, quatro vezes atleta olímpico, destaca que a bolsa é significativa como ajuda de custo, mas insuficiente para cobrir todos os gastos necessários para a prática esportiva em alto nível.


Campeã olímpica e mundial no judô, Rafaela Silva
(Foto: reprodução/Pedro Ramos/CBJ)

Hugo também sugere a inclusão de um plano de saúde e a obrigatoriedade de capacitação profissional para os atletas.

André Arantes, ex-atleta de triatlo e um dos idealizadores do Bolsa Atleta, reforça que o programa é crucial para democratizar o acesso ao esporte, mas reconhece suas limitações.

O esporte brasileiro precisa de muito mais do que a bolsa. Ela é um ‘plus’ para garantir que o atleta possa se manter“, avalia André Arantes.


Rayssa Leal, do skate, é uma das 153 mulheres na delegação brasileira
(Foto: reprodução/Alexandre Loureiro/COB)

Impacto e futuro do Programa

Desde sua criação em 2004, o Bolsa Atleta já investiu cerca de R$ 1,7 bilhão em bolsas para mais de 37 mil atletas. Em 2023, o programa contemplou 8.292 esportistas e, em 2024, alcançou um recorde de mais de 9 mil beneficiados.

O programa oferece seis categorias de auxílio, com valores que variam de R$ 410 a R$ 16.629 mensais, dependendo da categoria e experiência do atleta. O programa é especialmente importante para atletas de modalidades como atletismo e vôlei, que têm grande representação na delegação brasileira.


Caio Bonfim, principal atleta da marcha atlética do país, há 17 anos com o Bolsa Atleta
(Foto: reprodução/Abelardo Mendes Jr./GOV.BR)

O ex-atleta Hugo Parisi enfatiza que, além do apoio financeiro, o governo precisa investir em centros de treinamento e infraestrutura esportiva para proporcionar melhores condições de preparação aos atletas.

Apesar de desempenhar um papel fundamental no suporte aos atletas brasileiros, ainda há espaço para melhorias no Bolsa Atleta.


Isaquias Queiroz é esperança de medalha para o Brasil na canoagem
(Foto: reprodução/Fábio Canhete/CBC)

Com ajustes e investimentos adicionais, o programa pode oferecer um suporte ainda mais robusto. Isso contribuiria para o desenvolvimento do esporte nacional e para o sucesso dos atletas brasileiros nas competições internacionais.

Maduro reage à fala de Lula sobre eleições na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu a comentários de preocupação em relação a suas falas sobre o processo eleitoral venezuelano. “Que tome um chá de camomila”, declarou o candidato à reeleição nesta terça-feira (23). Maduro não citou nenhum líder ao expressar suas opiniões.

Ele disse que não falou nenhuma mentira e que apenas fez uma reflexão. “O povo da Venezuela já passou por muita coisa e sabe o que eu estou dizendo. E na Venezuela, vai trunfar a paz”, falou.

As declarações de Maduro são feitas após o presidente Lula ter demonstrado preocupações, na segunda (22), sobre recentes declarações de Maduro que diziam que ocorrerá um “banho de sangue” caso não vença as eleições. 

O presidente brasileiro disse que se assustou com as falas do venezuelano: “Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue” declarou Lula. Ele também afirmou que Maduro precisa aprender como funciona um processo eleitoral. “Quando você ganha, você fica, quando você perde, você vai embora. Vai embora e se prepara para disputar outra eleição”, afirmou o presidente do Brasil.

Nicolás Maduro é candidato à presidência da Venezuela junto com o adversário Edmundo González, ex-diplomata  escolhido por uma coalizão de opositores. O processo eleitoral é visto com desconfiança pela comunidade internacional por suspeitas de que Maduro não assegura que a votação seja livre e democrática. O pleito está marcado para domingo (28).

A antiga opositora favorita, María Corina Machado, foi afastada pelo Supremo Tribunal de Justiça alinhado ao governo. A outra opositora, Corina Yoris, foi impedida, em março, de concorrer devido ao seu acesso ao sistema de inscrição não ter sido permitido.


Eleições na Venezuela tem sido vistas com preocupação pela comunidade internacional (Foto: reprodução/AFP/Frederico Parra/Getty Images Embed)


As falas de Maduro

As farpas são referentes a um discurso feito pelo candidato venezuelano na semana passada. Maduro citou que caso não ganhasse poderia haver “banho de sangue” ou uma “guerra civil”. “No dia 28 de julho, se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida como resultado dos fascistas, garantamos o maior sucesso, a maior vitória na história eleitoral do nosso povo”, falou.

Para tentar justificar a fala sobre sangue, Maduro disse que fez uma referência a Revolta Popular de 1989 conhecida como “Caracaço”. Nesse movimento, dezenas de pessoas morreram, o que ocasionou uma virada política no país nos anos seguintes e também a ascensão de Hugo Chávez. “Não é que eu esteja inventando, é que já vivemos um banho de sangue”, esclareceu.

Ataques ao sistema eleitoral brasileiro

Maduro também atacou o sistema eleitoral brasileiro. Ele declarou, sem provas, que nem um único boletim das urnas eletrônicas brasileiras são auditáveis. O venezuelano também disse que o sistema da Venezuela é o melhor do mundo com 16 auditorias.

Além disso, argumentou que o país faz uma auditoria em tempo real de 54% das urnas. “Em que outra parte do mundo se faz isso?”, declarou. O candidato também criticou o sistema eleitoral de outros países como os EUA e a Colômbia. Segundo ele, nesses países os votos também não são auditáveis.

“Banho de sangue” mencionado por Maduro assusta Lula

Nesta segunda-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista a agências internacionais, dentre elas, Reuters, AFP e Bloomberg. Em sua fala, Lula afirmou estar perplexo com a declaração de Nicolás Maduro sobre “um banho de sangue”, caso ele venha perder as eleições que acontecerão no dia 28 de julho, próximo domingo, na Venezuela.

“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Brasil enviará observadores para as eleições venezuelanas

O presidente acrescentou que observadores e o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, serão enviados à Venezuela para acompanhar o processo eleitoral.


Lula dá entrevista no Palácio da Alvorada (Reprodução/Instagram/@lulaoficial)


No dia em que Maduro fez tal a declaração sobre guerra civil e “banho de sangue”, na semana passada, o presidente brasileiro não se manifestou. Porém, hoje, ele enfatizou a importância do respeito ao processo democrático como condição para retomada do crescimento venezuelano.

“Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Rumo ao terceiro mandato

Nicolás Maduro participará do pleito, na expectativa de ter o terceiro mandato consecutivo. O principal adversário é o ex-diplomata “Edmundo Gonzáles”, vindo da coligação de partidos opositores. Ele foi lançado pela PUD (Plataforma Democrática Unitária) após o impedimento de Corina Yoris a concorrer às eleições presidenciais.

As eleições presidenciais na Venezuela serão realizadas no próximo domingo (28). A comunidade internacional coloca em dúvidas a lisura do pleito. Isso vai contra um compromisso formal assinado em outubro de 2023.

Filho de Lula insulta Janja em conversa no WhatsApp

Nesta sexta-feira (19), o redator da coluna Paulo Cappelli, do portal de notícias brasileiro Metrópoles, divulgou imagens de uma conversa em que Luís Cláudio Lula da Silva, filho do atual presidente do Brasil, supostamente ofende a primeira-dama Janja Lula da Silva.

No print divulgado por Paulo Cappelli, o empresário brasileiro e filho de Lula, escreve mensagens na rede social WhatsApp, contento palavras de baixo calão para se referir à terceira e atual esposa do pai, chamando-a também de oportunista.

As conversas vazadas geraram um grande mal-estar

A situação foi exposta logo após o colunista publicar as informações obtidas na coluna em que escreve. Ele apresentou o conteúdo, relacionado ao suposto desafeto do filho de Lula com a mulher do presidente, que foi obtido mediante uma conversa entre Luís Cláudio e Natália Schincariol, com quem Luís tinha um relacionamento amoroso na época.

Segundo Cappelli, a imagem compartilhada pertence a documentos ligados ao processo de investigação acerca do caso de violência doméstica do filho mais novo de Lula contra a ex-esposa.


Lula e Luís Cláudio juntos em visita (Foto: reprodução/Instagram/@luisclaudioluladasilva)

O conteúdo da mensagem

Ano passado, no mês de setembro, Schincariol indagou o marido sobre o que ele iria fazer naquela data, e, após alguns minutos, Luís Cláudio a respondeu dizendo que iria beber café, e que, posteriormente, assinaria alguns documentos de uma determinada empresa, da qual já havia falado com ela sobre. Luís Cláudio ainda acrescentou que depois falaria com o pai.

Em seguida, Luís Cláudio comentou sobre o momento em que veria Lula e mostrou desprezo pela presença da terceira esposa do pai, ao referir-se a ela com um xingamento. Durante a troca de mensagens, o filho de Lula taxou Janja como uma mulher oportunista e deixou bastante evidente o seu desgosto pela madrasta.

Não há registros de Luís Cláudio e Janja juntos em nenhuma das redes sociais de ambos que comprove uma boa relação entre o filho do presidente e a atual mulher de Lula.

Luís Claudio nega os apontamentos

Questionado sobre o conteúdo das conversas divulgadas pelo colunista, o caçula do presidente do Brasil negou qualquer veracidade acerca das mensagens de WhatsApp, afirmando que jamais houve tal conversa.

Lula demonstra ansiedade no retorno da Venezuela ao Mercosul

Durante viagem oficial a Bolívia, o presidente Lula usou uma parte do seu discurso para expressar seu desejo em receber “rapidamente” a Venezuela de volta ao Mercosul. A fala aconteceu nesta terça-feira (09), onde o atual chefe de estado se encontrava ao lado do presidente da Bolívia, Luis Arce.

Venezuela de volta

A fala de Lula logo foi contextualizada pelo próprio presidente, que externou ao público o que interligava o retorno da Venezuela a estabilidade do restante dos países que fazem parte do Mercosul.

O presidente destacou que o Mercosul agora tem como “satisfação” acolher a Bolívia como membro legítimo e assim caminhar para a prosperidade comum.

“A normalização da vida política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul. Por isso, fazemos voto de que as eleições transcorram de forma tranquila e que o resultado seja reconhecido por todos.”

Na fala, Lula trouxe em questão as eleições presidenciais da Venezuela, que devem acontecer em 28 de julho. A corrida presidencial venezuelana se torna se interesse público uma vez que o caminhar do país interfere também em seus vizinhos, além do receio de uma possível tentativa de golpe, como a denúncia de prisões de integrantes da oposição e a principal líder opositora estar impedida de concorrer.

O presidente brasileiro ainda destacou a importância da integração boliviano e seu convite para participar do G20, marcado para novembro, e assim fazer parte da Aliança Global de Combate à Fome e a Pobreza, estrelada pelo governo brasileiro.

Sem tolerância para golpismos

O presidente do Brasil ainda citou a tentativa de golpe, ressaltando que o Brasil presenciou momentos difíceis em sua história no ano de 2022, que desaguou no dia 8 de janeiro, no ataque aos Três Poderes, o dia que ficou marcado pela tentativa de tomada do congresso.

Lula também não deixou de comentar a tentativa fracassada de golpe na Bolívia, que aconteceu em 26 de junho.


Presidente Lula ao lado de Luis Arce, presidente da Bolívia (reprodução/Instagram/@lulaoficial)

“Às vésperas de comemorar o seu bicentenário em 2025, a Bolívia não pode voltar a cair nessa armadilha. Não podemos tolerar devaneios autoritários e golpismos.”

O presidente concluiu afirmando haver uma enorme responsabilidade em defender a democracia contra as tentativas de retrocesso.

Em seguida, o presidente afirmou que a desunião das forças democráticas mundiais servem de vantagem a extrema-direita, usando as eleições na França e no Reino Unido com exemplo.

Javier Milei não se encontra com Lula em sua primeira visita ao Brasil após se eleger

No último sábado (6), o presidente argentino visitou o Brasil pela primeira vez após ser eleito, tendo sido recebido em Balneário Camboriú (SC) pelo ex-presidente da república e seu aliado político, Jair Messias Bolsonaro, além de Jorginho Mello (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governadores de Santa Catarina e São Paulo, respectivamente. O que chamou a atenção na visita de Milei, foi o argentino não ter se encontrando com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, indo na contramão do protocolo dos chefes de Estado.


Vídeo sobre agenda de Milei no Brasil (Reprodução: Vídeo/YouTube/CNN Brasil)

Visita de Javier Milei

Em um congresso conservador, no qual participou no domingo (7), fez um discurso onde classificou o ex-presidente Jair Bolsonaro como “perseguido judicial”, além de algumas falas citando governos de Venezuela e Bolívia, os quais são governos de esquerda.

É de conhecimento público que Milei e Lula não possuem uma relação amigável, desde a época da campanha do argentino, onde aconteciam alguns ataques e colocações de Javier em relação ao brasileiro. Pouco tempo atrás, o presidente argentino chamou Lula de “corrupto”, junto ao fato de ter sido recebido na reunião deste domingo (7), com gritos contra o presidente do Brasil.

A conferência em que Javier Milei compareceu, também contava com José Antonio Kast (candidato à presidência do Chile), Gustavo Villatoro (Ministro da Justiça de El Salvador), além de Luis Alfonso Petri (Ministro da Defesa da Argentina), sendo classificada como “A maior da história” pelos presentes no local e organizadores.

Situação de Jair Bolsonaro

No mesmo evento, foi discutida a atual situação de Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030 e tenta reverter sua situação. Com isso, foi debatida a existência de um plano B, mas Bolsonaro é visto como única opção por seus apoiadores, que contam com uma “mudança de composição” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para uma alteração da sua posição atual.