México suspende negociações com Brasil e Colômbia sobre Venezuela

No início da manhã desta terça-feira (13), o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que não pretende mais conversar com os presidentes Gustavo Petro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a crise política na Venezuela.

Andrés, também conhecido como Obrador, deixa as negociações entre os países que se comprometeram a resolver a situação da Venezuela. O grupo em questão é composto por três das quatro maiores economias da América Latina.

A ideia inicial era pressionar o governo de Nicolás Maduro para publicar as atas eleitorais que comprovam a vitória do ditador nas eleições de 28 de julho.


Vieira e Murillo vão conversar sobre a situação na Venezuela (Foto: Reprodução/MRE — Ministério das Relações Exteriores)

Fraude nas eleições?

Nicolás Maduro foi proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o vencedor das eleições na Venezuela. Entretanto, o resultado foi contestado pela oposição por uma série de relatórios e análises realizadas pela imprensa internacional que têm como resultado a vitória de Edmundo González.

O órgão eleitoral da Venezuela não publicou a documentação solicitada, que discrimina os votos por mesa de votação.

Em um site divulgado, a oposição demonstra atas que mostram e afirmam que Edmundo González vence Maduro com mais de 67% dos votos, contra 30% do candidato ditador.

O Ministério Público da Venezuela iniciou uma investigação contra os responsáveis pelo site sob a acusação de crimes de usurpação de função pública, fraude em documentos públicos e formação de quadrilha.

Em uma reunião interministerial realizada, o presidente do Brasil Lula mencionou a possibilidade de convocar novas eleições na Venezuela como uma solução para a crise no país. Conforme os relatos de pessoas que participaram dessa reunião, Lula disse que o resultado das eleições não poderia ser aceito sem a comprovação de que elas foram justas.

Brasil e Colômbia

Após a saída do México, o grupo que busca uma solução para o impasse na Venezuela disse que essa baixa não deve ter um impacto significativo na negociação.

Os especialistas afirmam que o Brasil e a Colômbia estiveram presentes em todas as conversas tanto com o regime de Nicolás Maduro quanto com os partidos da oposição, que tiveram Edmundo González como candidato.

Sem o México, o Brasil e a Colômbia devem se unir e acelerar na busca de uma solução para a crise venezuelana.

Seleção Brasileira enfrentará o México com um time diferente

Na preparação para a Copa América, o técnico Dorival Júnior testará uma nova escalação na partida contra o México neste sábado (08). No segundo amistoso, a equipe será modificada novamente para enfrentar a Seleção dos Estados Unidos.

Para encarar os mexicanos, o treinador da Seleção Brasileira deverá poupar atletas como Vinícius Júnior e Rodrygo, o novo dono da camisa 10 do Brasil. A partida contra os EUA deverá ter os titulares de volta.


Equipe treinando para o amistoso contra o México (Reprodução/Flickr/RafaelRibeiro/CBF)

Os dois atletas do Real Madrid deverão ficar no banco por conta do desgaste após a viagem para os EUA e a comemoração do título da Champions League que conquistaram no último sábado.

A escalação oficial da partida será decidida por Dorival no último treino que antecede o confronto. A equipe brasileira treina nesta sexta-feira (07) no Kyle Field, onde acontecerá o amistoso. 

O jovem Endrick poderá estrear como titular e o goleiro Alisson retorna à titularidade da Seleção.


Goleiro Alisson (Reprodução/Flickr/RafaelRibeiro/CBF)

Treinos

Durante os treinos realizados nesta semana, Dorival testou Bremer e Beraldo na defesa. Os titulares na partida deverão ser Éder Militão e Marquinhos.

Na lateral, Danilo e Wendell foram utilizados na maioria dos treinos e devem aparecer na escalação oficial do jogo.

Em um dos treinos, Dorival testou o trio que pertence ao Real Madrid: Vini Jr, Rodrygo e Endrick.


Endrick durante o treino (Reprodução/Flickr/RafaelRibeiro/CBF)

João Gomes, Douglas Luiz, Lucas Paquetá, Bruno Guimarães, Andreas Pereira e Pepê foram testados no meio de campo. O técnico buscou alternar os jogadores.

Provável escalação para o amistoso

Para encarar o adversário, o Brasil entrará em campo com o possível time formado por: Alisson, Danilo, Militão, Marquinhos e Wendell na defesa; Bruno Guimarães, Paquetá e Andreas Pereira formam o meio; Raphinha, Endrick e Gabriel Martinelli definem o ataque.

A partida será neste sábado, às 22h, no horário de Brasília. A transmissão será da TV Globo e do SporTV.

No dia 12, a Seleção enfrenta os Estados Unidos, novamente em um amistoso. A estreia na Copa América está marcada para o dia 24 de junho, contra a Costa Rica.

Casa cheia no amistoso

O Kyle Field Stadium, local da partida, pode receber mais de 100 mil pessoas em um jogo. A expectativa é que o estádio esteja cheio para acompanhar o amistoso. Cerca de 65 mil ingressos já foram comercializados.

Salma Hayek celebra vitória feminina para presidência do México

No último domingo (02), Claudia Sheinbaum venceu as eleições presidenciais no México. Após a vitória, a atriz Salma Hayek se manifestou por meio de uma postagem em seu Instagram, utilizando uma imagem do Anjo da Independência, um monumento simbólico na Cidade do México. Na legenda, Salma fez um apelo pela abolição do feminicídio no México, um problema persistente no país latino-americano.


Publicação de Salma Hayek sobre a vitória de Claudia Sheinbaum (Reprodução/Instagram/@salmahayek)


Normalmente, a atriz não se posiciona em assuntos políticos. No entanto, Hayek é ativista no combate à violência contra a mulher.

Após a mensagem esperançosa de Salma Hayek, um questionamento é levantado: o porquê do povo mexicano acreditar tanto em Claudia Sheinbaum.

Claudia Sheinbaum

A atual presidente, Claudia Sheinbaum, é doutora em física, o que lhe rendeu o apelido de “La Doctora”. Como ex-prefeita da Cidade do México e cientista, ela fez parte de um painel climático das Nações Unidas que recebeu o Nobel da Paz.

Além de ter sido a primeira mulher a ocupar o cargo na nação mexicana, também é a primeira pessoa com herança judaica. Tais fatos surpreendem, pois quando falamos de México, a cultura patriarcal e conservadora é bastante presente no território. Ambos pilares são derrubados com a eleição de Sheinbaum.

Seu companheiro de partido, o ex-presidente, Andrés Manoel López Obrador, passa o bastão para doutora em um momento bastante positivo do partido Morena, a esquerda do México. Esse olhar positivo só foi conseguido por meio de práticas em prol do bem-estar social bem sucedidos.

Feminicídio no território mexicano

Com um perfil tão distinto em comparação aos presidentes anteriores do México, Claudia Sheinbaum traz a esperança de mudanças significativas para o país. Entre tantas prioridades, a luta contra o feminicídio precisa estar em foco, dado que é uma questão premente no território.

Contudo, no mesmo domingo em que se comemorava a vitória de Sheinbaum, a prefeita de Cotija, Yolanda Sánchez Figueroa, foi assassinada enquanto voltava da academia para casa. Esse contraste marcou o dia com duas polaridades: o progresso e o retrocesso.

Tal fatalidade traz um maior holofote para a questão a ser resolvida no mandato de Claudia Sheinbaum, assim como foi expresso pela ativista e atriz, Salma Hayek.

Novas medidas do governo Biden permite fechamento temporário das fronteiras

Nesta terça-feira (04), uma série de normas marcam uma mudança controversa das políticas migratórias apresentadas por Joe Biden no início de seu mandato. Através das alterações, Biden pode barrar a chegada de novos imigrantes na fronteira mexicana. 

Migração de pensamento 

A série de mudanças representa uma reviravolta conflitante com as políticas de Biden, que no início se mostravam, em parte, contrárias às de seu antecessor, o ex-presidente Donald Trump. 

Com as novas implantações, há um viés para tornar as fronteiras temporariamente inoperantes, não permitindo a entrada de novos imigrantes. As normas ainda garantem às autoridades permissão para expulsar do país novos imigrantes, sem ao menos ter seu pedido de asilo atendido, o que contraria o Estatuto dos Refugiados das Nações Unidas, documento que conta com a assinatura dos Estados Unidos. 

A procura por medidas mais severas quanto às imigrações e a notável mudança de jogo, levam Biden aos comentários populacionais, que classificam as novas normas como uma medida “desesperada” para atrair mais votos. 

Entenda as medidas 

As novas medidas implementadas trazem consigo alterações detalhistas quanto à entrada e permanência dos imigrantes nos Estados Unidos. 

A entrada ilegal acarretará em expulsão, sem ao menos garantir o auxílio asilo; o imigrante pode ser deportado de volta à fronteira mexicana ou ao seu país de origem. O prazo de deportação pode ser imediato ou até mesmo levar dias.

Com as novas regras, a fronteira terá um limite diário para a passagem de pessoas, sendo ele de 2.500. Quando esse número estiver completo, a imigração será temporariamente suspensa. 

Momentaneamente, a solicitação de asilo pode ter sua aprovação aguardada dentro das fronteiras do país norte-americano. 

A Casa Branca se manifestou quanto às novas regras, afirmando que só entrarão em funcionamento quando os limites das fronteiras ultrapassarem a capacidade.

Repercussão 

As novas implantações não foram bem recebidas, principalmente, por órgãos de defensores dos direitos migratórios, como ONGs, que contestaram as ideias de Biden e demonstraram sua insatisfação. 

Conforme apuração da Associated Press, o texto já estava quase finalizado; entretanto, ainda não havia sido lançado por razões eleitorais, uma vez que Biden estava no aguardo dos resultados prévios do México, onde a candidata Claudia Sheinbaum saiu vitoriosa. 

O documento em questão teria sua assinatura executiva validada nesta tarde, em um cerimônia na moradia oficial do presidente dos Estados Unidos e contaria com a presença de diversos nomes políticos de cidades texanas, inclusive republicanos. 

Biden afirma que o propósito das novas medidas é impedir a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira e que aqueles dentro dos trâmites ainda poderão receber asilo no país. 

Quanto à vitória de Cláudia nas terras mexicanas, Biden a parabenizou e afirmou que espera trabalhar em conjunto com Sheinbaum. Biden também discursou, citando o atual presidente, Andrés Manuel López Obrador e também Claudia.  

“Com os acordos [que os EUA fizeram com o México], o número de imigrantes caiu drasticamente, mas não foi o suficiente”, afirmou o presidente dos EUA. “Se não houver uma mudança na política de fronteira, não haverá limites para o número de pessoas que vão entrar”, afirmou Joe Biden.

Diferenças entre a política imigratória de Biden e Trump

Entenda a seguir as partes notáveis nas diferenças de pensamento quanto a imigração entre Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump. 


Imigrantes aguardam travessia na fronteira, em 2023 (reprodução/Getty Images)


  • As desconexões de pensamento entre os dois líderes começam prontamente na abordagem empregada. Enquanto Biden tinha o foco mais humanitário, com o principio de garantir os direitos imigratórios e a unificação das famílias que deixaram seus países em uma busca por melhora, Trump era visivelmente mais restritivo, implementando medidas para restringir a entrada de refugiados no país. Uma das medidas foi a construção do muro divisório, para garantir freio nas tentativas de refúgio. 
  • Outro ponto notável que difere os líderes é em relação à política do “Migrant Protection Protocols” ( Protocolos de Proteção ao Migrante, em inglês), que no governo Trump bloqueava a permanência nos Estados Unidos a quem aguardava a aprovação do asilo;
  • Ainda no viés humanitário, Biden implementou um mecanismo para reunir familiares que foram separados na fronteira, diferente de Trump, que os tratava com indiferença.
  • Uso de prisões privadas, permitidas no governo Trump e encerradas no governo Biden.

A dessemelhança entre os dois líderes, que outrora serviam para diferir os governos, agora são postas à prova, gerando pensamento crítico e também movimentações por parte daqueles que discordam fervorosamente das novas medidas do governo Biden.

Conheça a primeira mulher presidente do México 

A maioria dos cidadãos mexicanos elegeu, neste domingo (02), Claudia Sheinbaum Pardo, de 61 anos, como a primeira mulher presidente da história do país. Ela também é a primeira pessoa de herança judaica a se tornar presidente do México. A futura presidente nasceu na Cidade do México em 24 de junho de 1962 e veio de uma família judia.

Formada em física pela Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), Sheinbaum Pardo se envolveu em atividades políticas estudantis e se empenhou em protestar contra a privatização da educação pública. 

Chegou a organizar uma greve para protestar contra o aumento de mensalidades, em 1987. Ela também dedicou seus estudos à engenharia energética nos Estados Unidos, pela Universidade da Califórnia em Berkeley.

Trajetória na política


Claudia Sheinbaum Pardo tem 61 anos e é mãe de dois filhos (Foto/Instagram/@claudia_shein)


Sua carreira política teve início em 2000 ao ser nomeada como secretária do meio ambiente da Cidade do México. Participou ainda do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC) que em 2017 ganhou um Prêmio Nobel da Paz.

Ela foi a primeira mulher eleita chefe do distrito de Tlalpan na Cidade do México em 2015 e ficou no cargo até 2017. Depois foi a primeira mulher chefe do governo de toda a cidade e precisou deixar o cargo para direcionar esforços para sua candidatura à presidência do México, apoiada pelo atual presidente em fim de mandato Andrés Manuel López Obrador.

Projetos na política e desafios

Uma das mudanças que Sheinbaum Pardo deseja pôr em prática é no sistema judiciário para que membros sejam nomeados através do voto direto. Caso o projeto seja aprovado, todos os que estão no cargo atualmente deverão renunciar. Para acontecer, é necessário que dois terços da Câmara dos Deputados e do Senado sejam favoráveis à proposta.

Claudia Sheinbaum Pardo terá que enfrentar alguns desafios em seu mandato como presidente, principalmente pelo patriarcado no país. Alguns mexicanos acreditam que pode ser complicado para Sheinbaum Pardo se desprender da imagem de seu apoiador López Obrador. A futura presidente do México contará com uma equipe que atuou junto a ela na prefeitura da Cidade do México.

Claudia Sheinbaum é eleita presidente do México

As eleições presidenciais mexicanas tiveram seu resultado até mesmo antes da apuração da totalidade dos votos na noite deste domingo (02). A nova presidente do país é Claudia Sheinbaum, com vantagem significativa nas urnas. Apadrinhada pelo atual presidente Andrés Manuel López Obrador, a política é a primeira presidente mulher a ser eleita no país, alcançando um feito e uma vitória histórica.

A eleição da primeira presidente mulher

De acordo com as projeções feitas pelo Instituto Nacional Eleitoral, Sheinbaum derrotou sua principal adversária, a candidata Xóchitl Gálvez, obtendo entre 58,3% e 60,7% dos votos dos eleitores mexicanos. Gálvez chegou a desconfiar da demora do anúncio dos resultados oficiais, mas reconheceu a derrota em discurso, chegando a ligar para a nova presidente eleita para parabenizá-la.


A população mexicana foi em peso às urnas para escolher o novo presidente da nação (Foto: reprodução/Hector Vivas/Getty Images embed)


Claudia Sheinbaum teve grande popularidade desde o início, sendo apoiada por uma coalizão de partidos, incluindo Morena, Trabalhista e Ecologista Verde, além do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, que não pôde concorrer, pois no México não há reeleição. 

Hoje é um dia de glória porque o povo do México decidiu livre e democraticamente que Claudia Sheinbaum se torne a primeira mulher presidente em 200 anos de vida independente da nossa República. Parabéns a todas e todos nós que temos a alegria de viver nestes tempos estelares de orgulho e transformação”, escreveu Obrador em sua conta oficial no X.

Em seus discursos, Sheinbaum afirmou que pretende dar continuidade ao legado de Obrador, que inclui projeto que traz benefícios sociais às populações de baixa renda. Sheinbaum afirma que deseja dar estímulo à economia, promover políticas de energia renovável, lutar contra a corrupção e apaziguar a violência ligada ao narcotráfico, que é um dos maiores problemas do país. Ela se diz contra às políticas de punição mais severas, que teriam aumentado a violência no país, e advoga por uma proposta de construção de paz. 

De acordo com o Instituto Nacional Eleitoral, a eleição de domingo foi “o maior processo eleitoral que o México já teve”, com cerca de 98 milhões de mexicanos indo às urnas. Além da presidência, o país elegeu mais de 20 mil cargos neste fim de semana, incluindo assentos na Câmara dos Deputados e no Senado. Governadores, chefes de governo e vários outros cargos nas várias cidades dos 32 estados mexicanos também foram eleitos pela população.

Quem é Claudia Sheinbaum

Antes de entrar para o mundo da política, a primeira presidente mulher do México construiu uma carreira acadêmica. Graduada em física e com doutorado em engenharia ambiental em uma das mais prestigiadas universidades mexicanas, a presidente tem uma conceituada carreira como cientista. Sheinbaum também fez pós-doutorado nos Estados Unidos e participou do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU em 2007, que inclusive ganhou o Prêmio Nobel da Paz naquele ano. O prêmio de 1,5 milhão de dólares foi dividido entre o painel e o ex-vice-presidente Al Gore.

Os pais de Sheinbaum eram cientistas e ativistas de esquerda, então ela cresceu ouvindo discussões políticas em casa. “Essa dualidade entre fazer política para transformar o mundo e, ao mesmo tempo, esse senso acadêmico, científico, foi onde eu cresci“, disse Sheinbaum em um documentário sobre sua vida lançado ano passado.


Claudia Sheinbaum era uma das candidatas mais populares dentre as escolhas à presidência mexicana (Foto: reprodução/Manuel Velasquez/Getty Images embed)


Sheinbaum teve seu primeiro cargo na política em 2000, como secretária do Meio Ambiente da Cidade do México, sob a liderança de Andrés Manuel López Obrador, que era prefeito na época. A aliança dos dois vem desde essa época e Sheinbaum o acompanhou em todas as suas candidaturas presidenciais. Sheinbaum foi eleita chefe de governo da Cidade do México em 2018, a primeira mulher a assumir o cargo, mas deixou o cargo no ano passado para se concentrar em sua campanha para presidente.

Ao longo de sua campanha, Sheinbaum se mostrou como alguém forte e capaz de lutar pelo direito das mulheres, usando o slogan “México se escreve com ‘M’ de ‘Mãe’ e de ‘Mulher”. Apesar de ter semelhanças com Obrador, Sheinbaum disse querer ter uma “marca própria” que, ao que tudo indica, terá um apego à ciência e uma empatia mais feminina, que valoriza a conciliação ao invés do confronto.

Onda de calor também eleva as temperaturas no México

Os efeitos das mudanças climáticas causadas pelo El Nino e pela ação humana estão em diversos lugares do mundo. As aparecem em ondas de calor e como enchentes assim como na Tragédia humanitária no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. No México, a elevação das temperaturas estão batendo recordes históricos.

Temperaturas elevadas em diversos estados mexicanos

A maior cidade da América do Norte e capital do país, Cidade do México, alcançou níveis de calor alarmantes na última sexta( dia 11). Outras localidades também viram os termômetros subirem. A capital mexicana chegou aos 34,5° ontem. Para os níveis brasileiros parece pouco, mas o local é conhecido pelas temperaturas amenas por estar em uma região mais elevada. A cidade vizinha, Puebla, quebrou seu recorde histórico de 1947 com 35,2º na última quinta-feira. Os estados mexicanos mais próximos aos EUA como Taumalipas alcançou 47,4º também no mesmo dia.

Além das consequências do calor excessivo, o México está passando por um período prolongado de seca causando uma crise hídrica em muitas partes do país. Os apagões estão a cada dia mais frequentes e causam diversos problemas para a população como as aulas nas escolas interrompidas pelas temperaturas por volta dos 50º. O Ministério da Saúde mexicano emitiu um relato informando sete mortes diretamente relacionadas ao calor desde do começo da temporada no dia 17 de março até o dia 4 de maio. A tendência é de aumento nos números.

Crise energética e hídrica no período eleitoral

O órgão regulador do sistema de energia mexicano emitiu alertas para novos apagões, pois a demanda está se excedendo a oferta. A questão ganha cunho política quando analistas questionam se o país terá condições de enfrentar as ondas de calor e a crise hídrica. Principalmente por ser um ano eleitoral, as críticas recaem nas acusações que o atual governo não investir em tecnologia para manutenção de rede de energia no país.


O atual presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que irá terminar seu mandato no mês de outubro garante que os apagões foram casos isolados e a capacidade energética do país será suficiente para o período.

México pede que o Equador seja expulso da ONU após invasão de embaixada

Nesta quinta-feira (11), o México apresentou uma forte denúncia contra o Equador para a Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia por causa de um ataque à embaixada mexicana, que estava abrigando um refugiado político. Tratava-se do ex-vice-presidente Jorge Glas Espinel, que possuía um mandato de prisão devido à suspeita de corrupção.

O Governo Nacional informa aos cidadãos que Jorge Glas Espinel, condenado à prisão pela justiça equatoriana, foi preso esta noite e colocado sob as ordens das autoridades competentes,” afirmou o secretaria do Equador, após a invasão na sexta-feira passada (6) que causou tensões com o México.

A sede diplomática mexicana abrigava o político desde dezembro do ano passado, e após rompidas as relações com o Equador, imediatamente entrou com um pedido para julgar o caso e expulsão do país como membro da Organização das Nações Unidas (ONU), até que peça desculpas publicamente pela transgressão.


Policiais invadem a embaixada mexicana para prender o ex-vice-presidente (Foto:Reprodução/AFP)

Direito Internacional

O pedido já conseguiu o apoio de países como os Estados Unidos, Canadá, além de vários representantes da América Latina e do Caribe.

A agressão violenta é o que estamos levando à Corte Internacional de Justiça. Esta ação é baseada na convicção de que o uso da força não é o mecanismo,” afirmou a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, que adicionou que a ação também deve servir para “estabelecer o precedente de que qualquer Estado que atue como o Equador será expulso das Nações Unidas.

Após divulgadas imagens fortes de policiais invadindo a sede e apontando armas para funcionários mexicanos, até mesmo o governo estadunidense passou de neutro para o lado do México na questão, considerando a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Jorge Glas

De acordo com o Equador, o asilo concedido pelo México seria “ilegal” e continuou dizendo que não deixaria Jorge Glas sair do país. Ele foi vice do presidente Rafael Correa (2007-2017), e foi acusado de desviar fundos públicos durante sua atuação política.

Após a sua prisão na sexta-feira, ele foi hospitalizado nesta segunda (8) por overdose de ansiolíticos, antidepressivos e sedativos, de acordo com um relato policial. Ficou um dia no Hospital Naval do porto de Guayaquil e rapidamente retornou à prisão, mas o caso foi relatado pelo ex-presidente Rafael Correa como tentativa de suicídio, pelo qual o atual presidente Daniel Noboa seria responsável.

Brasil e outros países condenam invasão da embaixada mexicana pelo Equador

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio do Itamaraty, emitiu uma nota oficial no último sábado (6), condenando veementemente a invasão da embaixada mexicana em Quito pelo governo equatoriano. A ação, realizada na noite anterior, foi considerada uma clara violação da Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas.

A invasão ocorreu com o objetivo de prender Jorge Glas, ex-vice-presidente do Equador condenado por corrupção e que havia recebido asilo político do México. As forças policiais equatorianas adentraram à embaixada sem autorização, desrespeitando a inviolabilidade dos locais diplomáticos, como estabelecido pelas normas internacionais.


Presidente do México rompeu as relações entre os dois países (Foto: reprodução/Rodrigo Buendia/AFP)

Repúdio

Além do Brasil, diversos outros países sul-americanos também manifestaram repúdio à ação equatoriana. Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia e Peru também expressaram sua condenação à invasão da embaixada mexicana.

O presidente Lula manifestou sua firmeza ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ao repostar no Twitter a nota do Itamaraty. “Todo o meu apoio ao presidente e amigo […]”, afirmou o presidente brasileiro em respaldo à posição do México diante da invasão da embaixada em Quito pelo Equador.

Segundo a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, os locais de missões diplomáticas são considerados invioláveis, sendo necessária autorização do chefe da missão estrangeira para qualquer entrada de agentes estatais.

Motivo da invasão

A invasão da embaixada mexicana pelo Equador ocorreu devido à busca pela prisão de Jorge Glas, ex-vice-presidente equatoriano condenado por corrupção e refugiado na embaixada desde 2023.

Jorge Glas foi condenado a seis anos de prisão em 2017 por envolvimento em um escândalo com a construtora Odebrecht. O governo equatoriano justificou a invasão como uma medida para garantir que o ex-vice-presidente não ficasse impune.

Apesar das justificativas apresentadas pelo governo equatoriano, a comunidade internacional criticou amplamente a invasão da embaixada mexicana, considerando-a uma violação flagrante do direito internacional e das normas diplomáticas.

Peso Pluma comenta sobre o selinho em Anitta no México

Com o objetivo de comemorar seu aniversário de 31 anos, a cantora brasileira Anitta realizou no dia de seu aniversário um show na cidade de Monterrey, no México. O espetáculo aconteceu no dia 31 de março e contou com a presença surpresa do cantor mexicano Peso Pluma. Durante um momento do show, um homem misterioso e mascarado apareceu no palco trazendo um bolo em formato de nádegas, revelando em seguida ser o cantor, que parabenizou Anitta.

Após a revelação, em vídeos feitos por fãs e compartilhados nas redes sociais é possível ver a comoção e felicidade da cantora com a surpresa, que deu boas risadas. Em dado momento, o cantor pediu e juntos eles deram um selinho, levando a plateia à loucura e gerando burburinhos de namoro entre os dois.

Pronunciamento 

Após o ocorrido, Peso Pluma comentou sobre sua aparição no show da cantora e negou rumores de namoro. No tapete vermelho da premiação iHeart Radio Music Awards 2024, em entrevista para a Billboard, o cantor esclareceu o status do relacionamento entre ele e Anitta. Ao ser questionado sobre serem apenas amigos, ele respondeu que sim, negando o namoro e confirmando que os dois são apenas amigos. Por isso, não há um novo casal no mundo das celebridades por enquanto.

Ademais, o mexicano falou um pouco mais do tempo que passou com a cantora brasileira. Durante a entrevista, afirmou que foi ótimo passar tempo com ela e que ambos se divertiram. Ressaltou que era a primeira vez dela se apresentando na cidade de Monterrey e que por isso foi maravilhoso. 

Colaboração anterior da dupla


Anitta e Peso Pluma (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Não foi a primeira vez da dupla juntos, os dois já haviam colaborado anteriormente no grande sucesso ‘’Bellakeo’’, música lançada no final de 2023 e que já conta com milhões de streams em todas as plataformas.