Mesmo com o alto índice de recusa familiar para doação de órgãos, o Brasil quebra recorde

Segundo uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, mais de 45% da população brasileira se recusa a doar órgãos de parentes já falecidos, por conta da falta de informação sobre o que será feito com os órgãos ou também pelo fato de não saber da vontade do familiar em vida se ele gostaria ou não de doar os órgãos. Mesmo com esses problemas, o Brasil ocupa o 3º lugar entre os países que mais transplantam órgãos no mundo e é o primeiro nesse quesito quando as cirurgias são feitas pelo sistema público de saúde.

Recusa chega a quase metade dos casos

Apesar de o Brasil ter alcançado um recorde histórico em transplantes, 45% das famílias ainda recusam a doação de órgãos de parentes falecidos. O dado, divulgado pelo Ministério da Saúde, revela um desafio importante: mesmo em meio a avanços médicos e estruturais, a decisão final depende da concordância familiar, muitas vezes tomada em um momento de dor e fragilidade.

Além disso, especialistas apontam que o acolhimento no momento da abordagem precisa ser feito com mais sensibilidade, clareza e empatia por parte das equipes de saúde.


Vídeo de campanha em incentivo à doação de órgãos no Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/Ministério da Saúde).


O Brasil no cenário internacional

Mesmo com a alta taxa de recusas, o país se destaca no cenário global. O Brasil é hoje o terceiro em número absoluto de transplantes realizados, atrás apenas dos Estados Unidos e da China (as maiores potências do mundo). Mais importante: é líder entre os grandes sistemas públicos, já que a maioria dos procedimentos é feita de forma gratuita pelo SUS.

Esse desempenho mostra a robustez da rede hospitalar e a importância do investimento contínuo na área pública de saúde. Em 2024, o país ultrapassou 30 mil transplantes, salvando milhares de vidas que estavam em filas de espera, segundo o Ministério da Saúde.

Caminhos para aumentar as doações

Para enfrentar a alta recusa, o Ministério da Saúde lançou novas campanhas de conscientização, com o lema: “Você diz sim, o Brasil inteiro agradece.” O objetivo é estimular que as pessoas conversem com suas famílias e deixem claro o desejo de serem doadoras.

Além disso, foi criado o Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos (PRODOT), que busca valorizar e capacitar equipes hospitalares, tornando a abordagem às famílias mais humana e efetiva. Especialistas também defendem a ampliação de ações educativas em escolas, campanhas permanentes na mídia e políticas públicas que deem mais segurança ao processo, desmistificando medos e aproximando a sociedade do tema.

Justiça italiana mantém prisão cautelar de Carla Zambelli

A prisão cautelar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi mantida pela Justiça italiana em decisão publicada na sexta-feira (15), em Roma. A medida foi tomada após audiência realizada em 13 de agosto, quando a defesa havia solicitado a conversão da detenção em prisão domiciliar. O caso ocorre após a parlamentar ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Brasil, a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica.

Audiência analisa pedido de defesa

Segundo informações da Advocacia-Geral da União (AGU), documentos e argumentos enviados pelo governo brasileiro foram considerados decisivos pelo Tribunal de Apelações de Roma. A Suprema Corte da Itália validou a legalidade da prisão, reconhecendo que a medida foi cumprida a partir de um mandado emitido pelo STF e posteriormente incluído na lista de difusão vermelha da Interpol.

Apesar da tentativa dos advogados em demonstrar baixo risco de fuga e a apreensão do passaporte, a Corte rejeitou a solicitação de prisão domiciliar em apartamento na capital italiana. A defesa também argumentou sobre o estado de saúde da parlamentar, que afirma ter Síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença rara que compromete músculos e articulações.

Próximos passos do processo

A Justiça italiana determinou a realização de perícia médica oficial, concluída em 18 de agosto. O laudo será debatido em nova audiência marcada para o dia 27, quando será decidido se Zambelli permanecerá em regime cautelar no presídio feminino de Rebibbia ou se poderá cumprir a medida em regime domiciliar.


Exterior da Casa Penitenciária Germana Stefanini, também conhecida como prisão feminina de Rebibbia (Foto: reprodução/Google Maps)

Enquanto isso, a extradição solicitada pelo Brasil segue em análise. O Ministério do Interior da Itália recebeu o pedido em 12 de junho e, desde então, o processo tramita com atenção especial das autoridades. A permanência de Zambelli no presídio italiano é considerada estratégica para evitar riscos de fuga e garantir que a decisão final seja tomada dentro da legalidade internacional.

O caso ganhou repercussão no Brasil e no exterior por envolver uma figura política de destaque e por se tratar de cooperação direta entre sistemas judiciários. Até a próxima audiência, a expectativa é de que novos elementos jurídicos e médicos sejam discutidos para definir os rumos do processo.

Vistos de estudantes estrangeiros são cancelados nos EUA

Mais de 6 mil vistos de estudantes internacionais foram cancelados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, conforme divulgado nesta segunda-feira (18) em Washington. A medida foi tomada como parte da política migratória do governo de Donald Trump, que busca ampliar o controle sobre a permanência de estrangeiros no país. O cancelamento atingiu alunos de diferentes universidades americanas e foi justificado por violações da lei, irregularidades migratórias e suposto “apoio ao terrorismo”, segundo informou a BBC.

Razões para o cancelamento dos vistos

De acordo com o Departamento de Estado, cerca de 4 mil vistos foram revogados por violações diretas, como episódios de agressão, direção sob efeito de álcool e roubo. Outros 200 a 300 cancelamentos foram realizados com base no artigo INA 3B, que considera atividades classificadas como terroristas, ainda que de forma ampla e controversa.

A expressão “apoio ao terrorismo” vem sendo usada para enquadrar estudantes envolvidos em protestos pró-Palestina ocorridos em universidades americanas no último ano. Esse enquadramento tem sido criticado por organizações de direitos civis, que afirmam que manifestações políticas estão sendo confundidas com ameaças à segurança nacional.

Impactos na educação e na imigração

O endurecimento das regras também incluiu exigências adicionais para novos pedidos de visto, como a obrigatoriedade de informar contas em redes sociais. A medida, segundo o governo, busca identificar comportamentos hostis e possíveis vínculos com organizações extremistas.


Impacto na vida dos estudantes imigrantes (Foto: reprodução/Maccy/unsplash)

No entanto, especialistas em educação alertam que a decisão pode impactar diretamente a imagem das universidades americanas. No ano letivo de 2023-2024, mais de 1,1 milhão de estudantes estrangeiros estavam matriculados em instituições dos EUA, número que pode cair diante do aumento das restrições.

A ofensiva do governo Trump contra estudantes internacionais já é considerada por analistas como um fator de “fuga de cérebros”, impulsionando jovens a buscar universidades na Ásia e na Europa. Até o momento, não há indicação de que os cancelamentos sejam revertidos, e novas medidas ainda podem ser anunciadas.

Jair Bolsonaro é condenado por falas polêmicas sobre adolescentes venezuelanas

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado nesta quinta-feira (24), pela Justiça do Distrito Federal, e terá que pagar uma indenização de 150 mil reais pelas falas polêmicas sobre adolescentes venezuelanas. A condenação está relacionada a declarações controversas do ex-presidente sobre adolescentes venezuelanas e à utilização de imagens de crianças fazendo gestos de arma com as mãos durante a campanha eleitoral de 2022.

Durante uma entrevista gravada para um podcast, Bolsonaro afirmou que adolescentes migrantes se “produziam para se prostituir” em São Sebastião, no Distrito Federal, e mencionou que “pintou um clima” ao descrever a situação.


Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/O Globo)


O tribunal entendeu que a declaração reforça estigmas sociais e estereótipos ligados à pobreza e à imigração. Segundo a decisão, as falas reduzem adolescentes à condição de objeto, sugerem exploração sexual e refletem uma perspectiva misógina. De acordo com os magistrados, trata-se de uma postura claramente misógina ao associar a aparência feminina a uma conotação sexual depreciativa, além de aporofóbica, ao vincular a condição econômica de migrantes à suposta necessidade de prostituição.

A decisão também impõe restrições, proibindo o uso de imagens de menores sem autorização, a incitação a gestos violentos, como simular armas com as mãos, e qualquer insinuação de teor sexual envolvendo crianças ou adolescentes.

A defesa do ex-presidente classificou a decisão como inesperada e informou que pretende recorrer. Em nota, os advogados afirmaram que os argumentos adotados pela Corte ignoram completamente decisões definitivas já tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelo Supremo Tribunal Federal, mencionam provas que não constam nos autos e, por isso, acreditam que a sentença não será mantida pelo Superior Tribunal de Justiça.

Bolsonaro com tornozeleira e a ameaça de prisão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (24) manter as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob a alegação de que ele teria descumprido uma delas ao se manifestar por meio das redes sociais de terceiros.

Na última segunda-feira (21), o ministro solicitou esclarecimentos aos advogados do ex-presidente, que negaram qualquer violação das medidas. No entanto, Alexandre de Moraes confirmou o descumprimento, ainda que pontual, e decidiu manter as medidas cautelares, advertindo que, em caso de reincidência, poderão ser convertidas em prisão preventiva.

“Por se tratar de irregularidade isolada, sem notícias de outros descumprimentos até o momento, bem como das alegações da defesa de Jair Messias Bolsonaro da ‘ausência de intenção de fazê-lo, tanto que vem observando rigorosamente as regras de recolhimento impostas’, deixo de converter as medidas cautelares em prisão preventiva, advertindo o réu, entretanto, que, se houver novo descumprimento, a conversão será imediata”, destacou no documento.

Bolsonaro enfrenta diversas medidas cautelares por supostamente conspirar com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na tentativa de pressionar o Judiciário brasileiro no inquérito que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado. Segundo as acusações, eles estariam envolvidos na coordenação das sanções aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil, como a tarifa de 50% e a suspensão de vistos americanos para ministros do Supremo Tribunal Federal.


Jair Bolsonaro é condenado por falas polêmicas sobre adolescentes venezuelanas (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)



Proibido de acessar redes sociais e com horários para se ausentar de casa

Entre as medidas cautelares, Moraes proibiu o uso das redes sociais, seja diretamente ou por meio de terceiros, o que foi interpretado como uma limitação que impede a concessão de entrevistas e fere o direito à liberdade de expressão. Isso porque o compartilhamento de conteúdo por plataformas terceiras poderia ser considerado uma violação da decisão.

Além disso, ele está proibido de sair de casa aos finais de semana, de manter contato com o filho Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos Estados Unidos, e deve cumprir horários determinados para se ausentar da residência. Também não pode manter contato com embaixadores nem visitar sedes diplomáticas.

Primeiro-Ministro do Canadá acusa israel de bloquear as ajudas humanitárias a Gaza

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, criticou Israel por violar o direito internacional e impedir a entrega de auxílio financeiro à população de Gaza. O ministro, que usou suas redes sociais, classificou os recentes acontecimentos como um “desastre humanitário em Gaza” e pediu que todas as partes envolvidas no conflito negociem um cessar-fogo.

“O Canadá apela a todas as partes para que negociem um cessar-fogo imediato de boa-fé. Reiteramos nossos apelos para que o Hamas liberte imediatamente todos os reféns e para que o governo israelense respeite a integridade territorial da Cisjordânia e de Gaza”, escreveu Carney.


Primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney (foto: reprodução/X/@MarkJCarney)


O Canadá, que sempre defendeu a criação de dois Estados para ambos os países, a fim de garantir a paz e a segurança dos civis palestinos e israelenses, afirmou que fará o possível para que os fóruns aceitem esse acordo e coloquem um fim ao conflito. Ele também anunciou uma conferência de alto nível da ONU na cidade de Nova York, que buscará uma solução favorável para israelenses e palestinos.

A fome em Gaza

Um vídeo publicado nesta quinta-feira (24) pela agência Reuters mostra crianças palestinas em estado grave de desnutrição sendo atendidas em um hospital de Khan Younis, na Faixa de Gaza. Enquanto a ONU e organizações humanitárias pressionam Israel, o governo de Benjamin Netanyahu afirma que o grupo Hamas e a própria ONU dificultam a entrega de alimentos à população.

Mais de cem organizações humanitárias e de direitos humanos alertaram sobre a crescente “fome em massa” que afeta os mais de 2 milhões de palestinos em Gaza. A ONU descreve a situação como um verdadeiro “show de horrores”.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA), órgão ligado às Nações Unidas, afirmou nesta semana que a crise alimentar em Gaza atingiu níveis inéditos de desespero, com um terço da população passando vários dias sem se alimentar.

Na quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou que 21 crianças com até cinco anos morreram de desnutrição em 2025.

“‘As pessoas em Gaza não estão nem mortas nem vivas, são cadáveres ambulantes’, disse-me um colega em Gaza nesta manhã”, afirmou Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina.


Primeiro-Ministro do Canadá acusa israel de bloquear as ajudas humanitárias a Gaza (foto: reprodução/Embed/getty images)


Brasil comunica adesão a ação contra Israel

Nesta quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que o Brasil está em processo de adesão formal à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), vinculada à ONU. Segundo o Itamaraty, a participação brasileira está na “fase final”. A ação foi iniciada em dezembro de 2023, quando o governo sul-africano acusou autoridades israelenses de praticarem “genocídio” contra o povo palestino.

A África do Sul solicitou à Corte Internacional que responsabilize Israel por supostas violações da Convenção sobre o Genocídio e assegure proteção imediata e ampla ao povo palestino. Em comunicado oficial, o governo brasileiro manifestou “profunda indignação diante dos repetidos atos de violência contra civis palestinos, que ocorrem não apenas na Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia”.

O conflito começou em outubro de 2023, após um ataque do grupo Hamas. No dia 7 de outubro, 251 pessoas foram feitas reféns, e Israel acredita que 50 delas ainda estejam na Faixa de Gaza, com cerca de 20 possivelmente vivas. Desde então, mais de 59 mil palestinos morreram e outros 143 mil ficaram feridos em Gaza, segundo dados divulgados pelas autoridades de saúde locais, até esta quarta-feira (23).

Circuito de megablocos no Rio recebe o nome de Preta Gil em homenagem à artista

Na noite desta quinta-feira, a Prefeitura do Rio de Janeiro comunicou que o circuito destinado ao trajeto dos megablocos durante o Carnaval levará o nome da cantora Preta Gil, que faleceu no dia 20 de julho, em Nova York, aos 50 anos, em decorrência de complicações causadas por um câncer no intestino.

A cantora, que será velada nesta sexta-feira no Theatro Municipal, conforme seu desejo, foi um dos grandes ícones do Carnaval carioca. Conhecida pelo famoso “Bloco da Preta”, ela encantou os foliões com sua alegria e amor pela festa. Desfilando por mais de duas décadas nesse circuito, Preta arrastava mais de 500 mil pessoas para celebrar a época mais especial do ano para ela.

Agora, o trajeto ganhará uma placa em homenagem: Circuito Preta Gil, que contará com pelo menos duas sinalizações permanentes ao longo do percurso dos blocos. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (22), no Diário Oficial do Município, pelo prefeito Eduardo Paes.

Cortejo e homenagem à cantora

Nos próximos carnavais da cidade, os desfiles dos blocos de rua passarão pelas ruas Primeiro de Março, do Rosário e do Ouvidor. Em seguida, seguirão pela Avenida Presidente Antônio Carlos, encerrando na Rua Araújo Porto Alegre.

Durante o anúncio do tributo à filha de Gilberto Gil, o prefeito Eduardo Paes ressaltou o legado da artista para o carnaval de rua:

Considerando a participação decisiva de Preta Gil na retomada do carnaval de rua no Centro do Rio, contribuindo para sua afirmação enquanto espaço urbano de cidadania cultural”, comentou o prefeito.


Circuito de megablocos no Rio recebe o nome de Preta Gil em homenagem à artista (foto:reprodução/Instagram/@pretagil)

O corpo da cantora chegou nesta quinta-feira (24) e será velado com acesso aberto aos fãs. A despedida ocorrerá nesta sexta-feira (25), das 9h às 13h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, localizado na Cinelândia, no Centro da cidade. Em seguida, haverá um cortejo nas imediações do local.

Para receber o público que deseja se despedir da artista, a Prefeitura do Rio organizou uma operação especial para facilitar o trajeto, com início na noite de quinta e encerramento previsto para as 18h da sexta-feira.

O corpo de Preta Gil será cremado no Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju, onde ocorrerá uma cerimônia restrita a amigos e familiares.

Preta Gil deixa um filho, Francisco, de 30 anos, e uma neta de 9.

Homenagens dos fãs

Os artistas plásticos e irmãos Paulo e Pedro Terra criaram um mural em tributo à cantora nesta quarta-feira (23), na Estrada do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo.


Homenagem feita pelos artistas plásticos para Preta Gil.(foto:reprodução/TV Globo)

A obra emocionante retrata Preta sorrindo, com as mãos unidas em forma de agradecimento. Ao lado, aparece o rosto de seu pai, o cantor e compositor Gilberto Gil, mandando um beijo para a filha, com a frase: “Obrigada por tudo”, logo abaixo.

O artista Paulo contou ao G1 que decidiu prestar essa homenagem após acompanhar a batalha de Preta contra a doença. Ele ainda comentou que, assim como tantos fãs, torcia pela recuperação da estrela, mas infelizmente ela partiu, surpreendendo todos que acreditavam em sua melhora.

Presidente Donald Trump retira EUA da Unesco

Nesta terça-feira (22), o governo do presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos da Unesco, organização cultural das Nações Unidas. Segundo o Departamento de Estado, a permanência do país na organização não era do interesse dos EUA, que vêm trabalhando com a política de “América em Primeiro Lugar”. Por essa razão, o país norte-americano resolveu se retirar.

“A Unesco trabalha para promover causas sociais e culturais conflitantes e mantém um foco desmedido nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, uma agenda globalista e ideológica para o desenvolvimento internacional, em desacordo com nossa política externa de ‘América em Primeiro Lugar'”, comunicou o porta-voz da Casa Branca.

Essa não é a primeira vez que o republicano retira o país de uma organização importante. Durante o seu primeiro mandato, Trump retirou os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde, do Conselho de Direitos Humanos da ONU, do Acordo Global sobre as Mudanças Climáticas e do Acordo Nuclear com o Irã.


Unesco (Foto: reprodução/X/@le_Parisien)

O país havia retornado a essas organizações durante o período do ex-presidente Joe Biden, mas, com a retomada de Donald Trump, os americanos se retiraram mais uma vez de organizações globais importantes.

OMS, o Acordo de Paris e as críticas à ONU

Assim que venceu as eleições norte-americanas, o republicano assinou a saída do país da Organização Mundial da Saúde e do Acordo Climático de Paris. Ele também decidiu bloquear o financiamento da UNRWA, um departamento dentro das Nações Unidas voltado para prestar assistência aos refugiados e à Palestina.

A saída dos EUA dessas organizações mundiais será um processo lento, que costuma durar cerca de um ano, e é previsto que as medidas tomadas pela Casa Branca entrem em vigor em 2026.

O porta-voz do governo americano, Tammy Bruce, afirmou que a Unesco era uma entidade que gosta de divulgar causas sociais divisivas, o que, para ele, era visto como uma agenda ideológica globalista. Ele também criticou o fato da ONU reconhecer a Palestina como um Estado, pois, segundo ele, esse reconhecimento estaria promovendo uma política anti-Israel dentro da organização.


Presidente Donald Trump retira os EUA da Unesco (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Celebração de Israel com a saída dos EUA

Logo após o anúncio da saída dos Estados Unidos da Unesco, o chanceler israelense Gideon Saar comemorou a decisão dos EUA e afirmou que essa foi uma medida essencial para combater injustiças e garantir os mesmos direitos a Israel dentro do sistema da ONU.

Os Estados Unidos foram membros fundadores da Unesco em 1945, mas decidiram se retirar em 1984, alegando má gestão financeira e um suposto viés contrário aos interesses americanos. Após quase duas décadas, o país retornou à organização em 2003, durante o governo de George W. Bush, que justificou a volta afirmando que a instituição havia promovido as reformas exigidas.

Eduardo Bolsonaro fala sobre o aumento das tarifas dos EUA

Durante uma entrevista ao podcast Inteligência Ltda, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente está nos Estados Unidos, revelou que não imaginava que o presidente Donald Trump fosse aumentar as tarifas sobre os produtos brasileiros importados pelo país. Eduardo ainda garantiu que seu objetivo nos Estados Unidos não era provocar uma taxação de 50% ao Brasil, mas sim articular sanções individuais contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele também criticou a forma como estão tentando resolver a situação.

Minha crítica é para aqueles que acham que vão solucionar esse problema por meio de medidas comerciais. O Trump deixou claro que não é só contra o Bolsonaro, mas contra seus apoiadores, as big techs. É o conjunto da obra, liderada por Alexandre de Moraes e com o respaldo do Lula, que está fazendo o Brasil chegar ao dia 1º de agosto com tarifas de 50%. Esse nunca foi meu desejo, sempre defendi sanções individuais contra Alexandre de Moraes”, declarou o deputado.

Investigado pela Polícia Federal devido às suas movimentações nos corredores da Casa Branca, onde, segundo ele, busca apoio de autoridades americanas contra Alexandre de Moraes, Eduardo Bolsonaro teve seus bens bloqueados por decisão do ministro no âmbito de um inquérito sigiloso que o investiga.

Com a medida determinada pelo STF, o deputado licenciado está impedido de realizar qualquer movimentação financeira. Ele não pode receber nem transferir valores, e também está sem acesso ao salário de deputado federal, que ficará retido em conta.

Eduardo Bolsonaro diz que não vai renunciar ao cargo

O parlamentar afirmou, durante uma live nesta segunda-feira, que pretende permanecer no cargo por, no mínimo, mais três meses. Ele disse não ter intenção de renunciar e acredita que, se quiser, conseguirá manter o mandato por esse período.

Ao longo da semana, Eduardo indicou que não considera possível retornar ao Brasil neste momento, alegando que poderia ser preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Em entrevista à Folha de S.Paulo, afirmou que só pretende se pronunciar de forma definitiva após o recesso parlamentar. Acrescentou ainda que cogita a hipótese de não renunciar, deixando o tempo correr até que o mandato seja encerrado por falta de comparecimento.


Eduardo Bolsonaro fala sobre o aumento das tarifas dos EUA (Vídeo:reprodução/YouTube/inteligencia ltda)


Trump impõe tarifa de 50% ao Brasil

No dia 9 de julho, por meio de uma carta enviada ao presidente Lula, o ex-presidente Donald Trump anunciou que aplicará tarifas de até 50% sobre os produtos brasileiros. A nova medida entrará em vigor no dia 1º de agosto.


Donald Trump impõe tarifas de 50% ao Brasil (Vídeo:reprodução/Youtube/CNN Brasil)


Trump, que compartilhou a carta em suas redes sociais, afirmou que os Estados Unidos vêm sofrendo com o déficit comercial e acusou o Brasil de cometer uma injustiça contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.

O presidente norte-americano também reforçou que a forma de evitar as taxações seria transferir a produção e as empresas brasileiras para o território dos EUA. Ele alertou ainda que, caso o Brasil decida retaliar com o aumento de suas tarifas de importação, os Estados Unidos responderão elevando proporcionalmente suas próprias alíquotas.

Terminam hoje as inscrições para o Prouni do 2º semestre

As inscrições para o segundo semestre do Prouni terminam hoje. Os estudantes têm até 23h59 desta sexta-feira (4). As inscrições precisam ser realizadas no portal Acesso Único (acessounico.mec.gov.br/prouni), por meio do login gov.br, informando CPF e senha.

O processo seletivo do Programa Universidade Para Todos (Prouni) trata-se de um programa do governo federal que concede bolsas de estudo, sendo elas integrais (100%) ou parciais (com 50% de desconto na mensalidade), em faculdades particulares.

Para participar, é necessário ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023 ou 2024, obtendo média mínima de 450 pontos nas provas objetivas e nota acima de zero na redação. Além disso, existem requisitos relacionados à renda. Neste segundo semestre, serão ofertadas mais de 211 mil bolsas, dentre elas 118 mil integrais, em que o aluno não terá custos durante o ensino acadêmico, e mais de 93 mil bolsas parciais, nas quais o estudante só precisará pagar metade da mensalidade.

Os participantes podem acessar a página do Prouni para verificar a distribuição das bolsas ofertadas pelo programa.

Datas do Prouni e como funciona

Inscrições: 30 de junho a 4 de julho

Resultado da primeira chamada: 7 de julho

Resultado da segunda chamada: 28 de julho

Manifestação de interesse na lista de espera: 18 e 19 de agosto

Resultado da lista de espera: 22 de agosto

O participante tem duas opções para poder marcar. Ele deve colocar em ordem de preferência o curso, a instituição e o turno. Logo depois, o candidato terá que escolher se vai disputar as vagas pela ampla concorrência ou por cotas, caso tenha direito. Por último, é necessário ficar monitorando todos os dias a nota de corte do curso escolhido. Se o interessado desejar mudar a opção de curso, faculdade ou turno, pode fazer isso tranquilamente.

O resultado da primeira chamada ocorrerá nesta segunda-feira (7). Os candidatos pré-selecionados serão notificados pela instituição, mas vale lembrar que o participante precisa ficar atento em caso de erro.


Publicação do MEC sobre o 2º semestre do Prouni (Foto: reprodução/X/@min_educacao)


O que é pré-selecionado

É simples: o participante pré-selecionado ainda não garante a vaga. Caso falte algum documento no momento da entrega à universidade ou surja outro problema, ele pode perder a oportunidade. Nessa situação, o estudante que estiver na sequência da lista de classificação é convocado, o que é algo que costuma acontecer, especialmente quando o candidato é chamado por alguma universidade pública.

Vale lembrar que é necessário comprovar a renda per capita e o certificado de conclusão escolar, e que os estudantes que estudaram no ensino particular sem ser na modalidade bolsista também podem participar do processo.

Guerra na Ucrânia: Presidente Donald Trump revela estar chateado após ligação com Vladimir Putin

Nesta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou ter ficado frustrado após uma conversa com Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia. Segundo Trump, o diálogo entre eles ocorreu na quinta-feira (3), pelo telefone.

“Fiquei muito decepcionado com a conversa que tive hoje com o presidente Putin e não acho que ele esteja pensando em parar”.

Ele também afirmou que pretende entrar em contato, nesta sexta, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.

Nesse mesmo dia, o republicano já tinha comentado sobre o telefonema e a conversa que teve com Putin sobre o fim da guerra, mas admitiu que não conseguiram entrar em um acordo.

Os ataques russos continuam

Logo após a ligação de Trump ao representante russo, conforme as informações das forças armadas ucranianas, os bombardeios russos deixaram ao menos 14 pessoas feridas, além de destruírem uma base ferroviária e provocarem um incêndio em carros e nas residências na cidade de Kiev.

De acordo com o prefeito da cidade, Vitali Klitschko, que utilizou o Telegram para informar sobre os ataques, comentou que, das 14 pessoas que ficaram feridas, 12 precisaram ser hospitalizadas.

Klitschko também escreveu que os destroços dos drones que caíram nos locais incendiaram um dos hospitais da cidade localizado no distrito de Holosiivskyi.

As forças aéreas ucranianas relataram que o país russo lançou, ao todo, 539 drones e 11 mísseis, e que 270 drones e dois mísseis foram abatidos. O presidente falou que o ataque recente foi, de fato, o maior de todos e o mais cruel também.

No entanto, do outro lado do conflito, o governo russo alegou 48 drones arremessados pela Ucrânia foram destruídos.


Vladimir Putin Presidente da Rússia (Foto: reprodução/ GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP/Getty Images Embed)



3 anos do conflito

O conflito, que já completou 3 anos, tem gerado preocupações em várias partes do mundo. Devido à guerra, segundo dados publicado pela ACNUR, cerca de 10,6 milhões de civis se deslocaram de forma forçada. Desses, 3,7 milhões se deslocaram para outras regiões do país, para tentar fugir do conflito, que, até o momento, vem atingindo algumas cidades. Já 6,8 milhões resolveram buscar abrigo em outros países do continente europeu.


Donald Trump e Vladimir Putin (foto: reprodução/X/@DOGDEGA)

Vale lembrar que o Brasil também foi um dos países que abrigaram esses refugiados. Com uma data prevista para permanecer no país por 1 ano, um programa global, Kingdom Partnerships Network (GKPN), uma rede internacional composta por 105 mil igrejas de 108 países, trouxe 270 ucranianos ao Brasil e 35 deles foram encaminhados para São José dos Campos, interior de São Paulo.

Atualmente, um terço dos cidadãos que ainda moram no país necessitam de ajudas humanitárias e sonham, um dia, poder retornar às suas vidas.

Mesmo com tentativas de diálogo no campo político, a realidade nas ruas ucranianas segue marcada por sirenes, destruição e a esperança de um fim que ainda parece distante.