Nubank anuncia que buscará licença bancária após nova regra do Banco Central

A decisão do Banco Central (BC) de proibir que fintechs sem licença bancária usem termos como “banco” ou “bank” em seus nomes provocou grande repercussão no mercado financeiro na última semana. A medida, aprovada na reunião do Conselho Monetário Nacional em 27 de novembro, atinge diretamente algumas das marcas digitais mais conhecidas do país e fez o Nubank, que seria um dos principais afetados, anunciar um novo passo estratégico.

Nesta quarta-feira (3), a fintech comunicou ao mercado que pretende obter uma licença bancária completa para operar no Brasil a partir de 2026. Com mais de 110 milhões de clientes no país, o Nubank destacou que sua marca, identidade visual e nome permanecerão os mesmos, afastando qualquer possibilidade de mudança de branding no curto prazo.

Nova regulação mira transparência e clareza ao consumidor

De acordo com o Banco Central, a resolução tem como objetivo evitar que consumidores interpretem de forma equivocada os serviços ofertados pelas empresas. Ao impedir que instituições sem autorização para funcionar como banco utilizem a palavra “banco” em seus nomes, a autarquia busca reforçar a transparência sobre o tipo de operação de cada companhia financeira.

O BC estima que cerca de 20 instituições deverão se adequar à nova regra. Para isso, as empresas que estiverem em desacordo terão até 120 dias para apresentar um plano de adaptação, com prazo máximo de um ano para realizar as mudanças exigidas.

A normativa atinge fintechs e empresas de tecnologia que atuam como instituições de pagamento ou sociedades de crédito, mas não possuem a estrutura regulatória necessária para serem qualificadas como bancos, cuja exigência de capital, governança e fiscalização é mais rigorosa.

Nubank reforça regularidade 

Em nota, o Nubank ressaltou que a decisão de buscar a licença bancária não altera sua operação atual. A instituição afirma cumprir todas as exigências regulatórias já previstas para suas atividades, atuando como Instituição de Pagamento, Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento e Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.


Nubank banco digital (Foto: reprodução/Photo illustration by Cheng Xin/Getty Images/Embed)


“A mudança pretendida não tem qualquer impacto para os clientes e todas as operações seguem normalmente”, informou a empresa. A decisão de obter o registro bancário, segundo o comunicado, reforça o compromisso da fintech em manter sua marca e ampliar sua atuação de forma alinhada às regras do sistema financeiro.

Com a nova resolução, o mercado financeiro deve passar por um período de adaptação, marcado por reorganizações internas e eventuais alterações de nomes. Já o Nubank, ao buscar o selo de banco oficial, se antecipa a mudanças futuras e fortalece sua posição em um setor cada vez mais competitivo.

ChatGPT Go chega ao Brasil com acesso grátis para clientes Nubank

O Assistente Virtual Go chega ao Brasil oferecendo acesso ampliado ao GPT-5, permitindo mais mensagens, carregamentos e criação de imagens em maior velocidade. O plano também oferece memória e contexto aprimorados, o que possibilita que usuários mantenham projetos e tarefas com GPTs personalizados. Com assinatura de R$ 39,99 por mês, o serviço promete facilitar o uso da inteligência artificial no dia a dia, oferecendo recursos populares de forma mais completa para quem deseja mais performance e personalização.

Parceria inédita com o Nubank

O lançamento vem acompanhado de uma parceria exclusiva com o Nubank, a primeira do tipo entre a OpenAI e uma instituição financeira no país. Clientes do Nubank terão benefícios progressivos: um mês gratuito para usuários comuns, três meses para assinantes do Nubank+ e um ano para clientes Ultravioleta.

“Com a parceria com a OpenAI, estamos posicionando o Nubank como uma porta de entrada para inovações que tornam a vida dos nossos clientes melhor e mais fácil”, disse Aly Ahearn, vice-presidente do Nubank Ultravioleta. A iniciativa reforça a estratégia do banco de conectar os clientes à tecnologia, oferecer soluções práticas e simplificar o acesso a ferramentas digitais avançadas.


ChatGPT de graça para clientes Nubank (Vídeo: reprodução/YouTube/Investir é pra você)

Recursos e impacto no Brasil

O Assistente Virtual Go inclui geração de imagens, upload de arquivos, respostas com memória e limite maior de mensagens, recursos que antes eram exclusivos do plano Plus. Segundo a OpenAI, o novo serviço foi criado para ampliar o uso da IA no cotidiano, desde estudos e trabalho até criação de conteúdo criativo e profissional.

O Brasil é um dos maiores mercados da OpenAI, com cerca de 50 milhões de usuários ativos por mês. Para Oliver Jay, gerente-geral internacional da empresa, a parceria com o Nubank ajuda a levar ferramentas avançadas de IA a milhões de brasileiros, democratizando o acesso à tecnologia e potencializando a rotina de estudantes, profissionais e pequenos empreendedores que buscam produtividade e inovação.

Nubank solicita licença para operar como banco nos Estados Unidos

O Nubank anunciou nesta terça-feira (30) que entrou com um pedido oficial junto ao Escritório do Controlador da Moeda (Office of the Comptroller of the Currency – OCC), agência vinculada ao Tesouro dos Estados Unidos, para obter uma licença que permitirá à fintech operar como banco nacional no país. Caso seja aprovado, o movimento representará um passo estratégico para a consolidação de sua expansão internacional e a meta de se tornar uma instituição financeira global.

EUA incluirá a oferta de contas de depósito

De acordo com o comunicado, a atuação nos EUA incluirá a oferta de contas de depósito, concessão de empréstimos e serviços de custódia de ativos digitais. Essa solicitação acontece quase quatro anos após a abertura de capital da companhia na Bolsa de Nova York (NYSE), em um dos maiores IPOs de empresas latino-americanas na época.

A fintech, fundada em 2013 em São Paulo, já conta com operações reguladas no Brasil e na Colômbia, além de ter conquistado, em abril de 2025, a autorização da Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) para se tornar banco no México, onde aguarda apenas a aprovação operacional final. No total, a instituição reúne quase 123 milhões de clientes nos três países da América Latina em que atua.

A empresa segue focada em crescer

O fundador e CEO da Nu Holdings, David Vélez, destacou que o foco da empresa continua sendo o crescimento nos mercados em que já está presente. No entanto, ele afirmou que a licença nos EUA permitirá atender melhor clientes locais e abrirá caminho para alcançar novos públicos com necessidades financeiras semelhantes.


David Vélez CEO do Nubank (Foto: Reprodução/Tuane Fernandes/Bloomberg/Getty Images Embed)


A liderança da operação americana ficará a cargo de Cristina Junqueira, cofundadora e atual Chief Growth Officer da Nu Holdings, que já havia se mudado para os EUA justamente para estruturar essa expansão.

O Conselho de Administração da nova subsidiária reunirá nomes de grande peso no setor financeiro. Entre eles estão Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, que assumirá a presidência do conselho; Brian Brooks, ex-Controlador interino da Moeda nos EUA; Kelley Morrell, ex-executiva do Tesouro norte-americano e sócia da Highline Capital Management; e Youssef Lahrech, ex-presidente e COO do Nubank.

Com o avanço dessa iniciativa, o Nubank reforça sua estratégia de internacionalização, consolidando-se não apenas como uma das maiores fintechs da América Latina, mas também como um player relevante no sistema financeiro global.

JP Morgan projeta Selic em 10,75% e Brasil se destaca na América Latina

O relatório mais recente do JP Morgan destaca uma visão de otimismo para o mercado de ações brasileiro, com projeção de 10,75% na Selic. De acordo com analistas, fatores como a perspectiva de cortes nas taxas de juro e a crescente aproximação das eleições de 2026 reforçam um caminho positivo para um novo recorde no mercado. Além da projeção, o Brasil também teve destaque entre os países vizinhos da América Latina.

A previsão de acordo com a empresa de serviços financeiros é de que a Selic, atualmente em 15%, começará a ter queda por volta de dezembro, com um corte de 4,25 pontos, posicionando a nova taxa em 10,75%. Segundo a JP Morgan, o ciclo atual da Fed (Banco Central dos EUA) está diferente dos anteriores. Anteriormente, os cortes no Banco Central americano ocorriam em períodos de crise, obrigando os bancos da América Latina a elevarem suas taxas. Entretanto, com o enfraquecimento do dólar mundialmente, países como o Brasil tem a possibilidade de subirem na economia através de cortes de juros.

Saída e entrada de bancos

Paralelamente, o levantamento do JP Morgan sinaliza mudanças no portfólio de investimentos no Brasil. O Banco do Brasil foi retirado da lista de recomendações por deterioração da qualidade dos ativos do agronegócio, de acordo com o JP Morgan. Conforme último balanço divulgado pelo BB, o lucro líquido ajustado registrou uma queda de 60%, com a inadimplência rural sendo um dos principais motivos relatados. 

Em contrapartida a saída do BB, o Nubank ganha espaço no portfólio da gigante. O banco digital é visto como promissor pelo JP Morgan, com a tese sendo sustentada pela alta de operações no país e pela expectativa de que sua unidade no México alcance um equilíbrio. 


Nubank entrou na lista de recomendações do JP Morgan (Foto: reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)


Análise da América Latina

A pesquisa do JP Morgan também se estende para outros países da América Latina, com resultados positivos e negativos nos mercados latino-americanos. A Argentina, em particular, é um dos países com resultados positivos no relatório. Os fatores citados incluem a queda da inflação, crescimento econômico acelerado e a redução do déficit fiscal. De acordo com os analistas, esses fatores atraem potencialmente investidores estrangeiros.

No campo neutro, o México e o Chile mantêm estabilidade em seus mercados. Contudo, as negociações do USMCA (acordo comercial entre os países da América do Norte) podem acarretar mudanças no cenário mexicano. 

Já nos resultados negativos, o Peru segue com recomendação de subpoderação e a Colômbia enfrenta um panorama com mais desafios ainda, através do agravamento fiscal e incertezas na política. Ambos os motivos negativos tornam os países menos atrativos para investidores. A percepção é de que, apesar dos avanços em alguns países, é o Brasil quem apresenta um momento mais favorável para investimentos, através de fatores internos que o posicionam de forma mais atrativa.

Falha do PIX causa transtorno e deixa usuários na mão

Aqueles que tentaram utilizar o PIX na manhã da quinta-feira (13) podem ter tido alguns problemas. Os usuários de diversos bancos e Fintech indicaram a dificuldade em realizar transferências e pagamentos até o momento em que o sistema não respondeu. O Banco Central (BC) informou que houve um problema momentâneo do sistema e assegurou que o problema já foi sanado.

Reclamações tomam conta das redes sociais

A instabilidade surpreendeu muitas pessoas. Desde a manhã, consumidores do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Nubank, C6 Bank, PicPay e Stone reclamaram de serviços fora do ar. O site Downdetector, que monitora falhas em aplicativos, registrou um pico de mais de 4.400 reclamações por volta das 9h10.

“Tentei pagar o mercado e nada! Como faz sem dinheiro vivo?”, questionou um usuário no Twitter. “Tinha que transferir um dinheiro urgente e o PIX simplesmente travou”, lamentou outro.


Banco Central do Brasil (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Banco Central garante que já está tudo certo

Pouco depois das 10h, o Banco Central se pronunciou sobre o problema. “Identificamos uma falha na consulta às chaves do PIX, o que causou instabilidade momentânea. O problema já foi resolvido e o sistema está operando normalmente”, informou a instituição.

O C6 Bank, uma das empresas afetadas, também comunicou que enfrentou dificuldades entre 8h50 e 9h50, mas garantiu que o serviço já estava normalizado. Outros bancos deram declarações semelhantes, confirmando que as operações foram retomadas.

Instabilidade recorrente preocupa usuários

Essa não foi a primeira vez que o PIX apresentou problemas em um curto período. Na sexta-feira anterior (7), o sistema já havia ficado fora do ar por algumas horas, afetando todas as instituições financeiras do país.

O PIX se tornou essencial no dia a dia dos brasileiros, trazendo praticidade e rapidez para pagamentos e transferências. Mas a repetição dessas falhas tem deixado muita gente preocupada. Especialistas alertam que o Banco Central precisa reforçar a estabilidade do sistema para evitar novos apagões.

Enquanto isso, os usuários seguem torcendo para o PIX continuar funcionando sem mais problemas.

Nubank se torna o banco mais valioso da América Latina e desbanca o Itaú

Nesta terça-feira (28), o Nubank (ROXO34) fechou o pregão como o banco mais valioso da América Latina, com uma capitalização de mercado de US$ 58 bilhões, equivalente a R$ 299,2 bilhões pela cotação atual. A instituição desbancou o Itaú Unibanco (ITUB4), que encerrou o dia avaliado em US$ 56 bilhões, cerca de R$ 288,6 bilhões. Este marco representa a primeira vez em dois anos que o Nubank ultrapassa o Itaú no fechamento do mercado.

A valorização do Nubank reflete um aumento de 3,8% em suas ações, contrastando com a queda de 0,54% nas ações do Itaú. A fintech, que é negociada na Bolsa de Nova York (NYSE) e possui recibos de ações (BDRs) na B3, está em uma trajetória ascendente desde o início do ano passado.

Crescimento acelerado

A liderança do Nubank foi impulsionada por uma recuperação significativa desde o início do ano passado. Em março deste ano, já havia superado a Vale em valor de mercado na B3. A valorização das ações na Bolsa de Nova York, no entanto, foi o principal motor dessa ascensão. Em 2024, as ações da fintech acumularam uma alta de quase 47%, enquanto os BDRs registraram uma valorização de 51,45%.

O desempenho do Itaú, por outro lado, não acompanhou o mesmo ritmo. As ações do banco tradicional sofreram uma queda de pouco mais de 3% no acumulado do ano, apesar de lucros recordes. Essa diferença de desempenho destaca a volatilidade e o potencial de crescimento das fintechs em comparação com os bancos tradicionais.


Agência do Itaú (Representação/investnews)

Conquista histórica

Esta não é a primeira vez que o Nubank ultrapassa o Itaú em valor de mercado neste mês. Na última sexta-feira, já havia superado o Itaú durante o pregão, mas fechou o dia ligeiramente abaixo do rival. A última vez que o Nubank manteve a liderança ao final do pregão foi no início de 2022, pouco depois de seu IPO.

O mercado financeiro observa essa competição de perto, especialmente considerando que, no início de abril, as avaliações das instituições estavam quase empatadas. Analistas do BTG previam que o Nubank poderia se tornar o banco mais valioso da América Latina devido ao desempenho positivo de suas ações e as perspectivas de crescimento, especialmente no México.

Perspectivas futuras

A disputa entre Nubank e Itaú ilustra a crescente importância das fintechs no setor bancário. O Nubank, com sua abordagem digital e expansiva, atraiu uma base de clientes robusta e diversificada na América Latina. O banco adicionou 5,5 milhões de clientes no último trimestre, alcançando uma receita de US$ 2,7 bilhões. Com mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, o Nubank se tornou um nome proeminente nos mercados emergentes.


Prédio da Nubank (Representação/sejacriativo)

No entanto, os analistas alertam para a volatilidade das ações do Nubank. Embora o banco digital tenha mostrado um crescimento impressionante, suas ações tendem a ser mais voláteis em comparação com as dos bancos tradicionais. A XP Investimentos destaca que, apesar do crescimento acelerado e das novas verticais de negócio, as ações do Itaú ainda são consideradas um investimento mais seguro e previsível.

No longo prazo, o desempenho do Nubank dependerá de sua capacidade de manter a qualidade do crédito e expandir suas operações sem aumentar significativamente os riscos. A competição com os bancos tradicionais, que continuam a adaptar suas estratégias, será um fator crucial na definição do futuro do setor bancário na América Latina.

Hoje (29), as ações da Nubank (ROXO34) tiveram uma queda de 3,35%, e as ações do Itaú (ITUB4) tiveram uma queda de 0,70%.

Lucro líquido do Nubank amplia para US$ 360,9 milhões no quarto trimestre de 2023

O Nubank acaba de atingir a marca de U$ 360,9 milhões no quarto trimestre em lucro líquido. A startup brasileira teve um acréscimo de 522% se comparado com a receita obtida no ano de 2022, quando o lucro estava na casa dos US$ 58 milhões. 

Em análise, foram US$ 113,8 milhões apenas no quarto semestre de 2022. Analistas da London Stock Exchange Group, empresa especializada em bolsa de valores e informações financeiras, estimaram US$ 410,7 milhões em lucro líquido. 

O ano de 2022 para 2023 também apresentou um aumento na renda do roxinho. No ano passado, o lucro líquido atingiu o dígito de US$ 1,2 bilhão, alta que representou, 488% se equiparado com os U$ 204,1 milhões de 2022. 

Investimento é um dos produtos-chave do roxinho

Além do Brasil, o Nu possui escritórios em outras regiões do globo, como o México. Na América Latina, conta com filial também na Colômbia. A empresa atesta que existe potencial para explorar novos produtos em território latino. 

Atualmente, o banco dispõe de alguns produtos de investimentos. Como a renda fixa, no qual o investidor consegue saber de imediato quanto irá ganhar, e também o de renda variável, que o investidor não pode prever seu gasto ou lucro por depender de variáveis. 


O dinheiro guardado no porquinho pode virar investimento futuro para o usuário (Foto: reprodução/Nubank)

As duas opções oferecem um leque específico de aplicações, desde poupança até ações

Nubank é a quarta maior instituição financeira em solo brasileiro

Conforme o Banco Central, mais especificamente dados obtidos no segundo trimestre de 2023, o Nu se tornou uma das principais escolhas para o brasileiro quando o assunto é vida financeira. 

Além disso, faz parte do índice de instituições com as menores taxas de reclamação do país.

No Brasil, a startup conquistou 87,8 milhões no fim do trimestre passado.