Trump chama Rússia de ‘tigre de papel’ e Putin responde com provocações e ameaça à Otan

Putin confronta Otan e critica Trump em discurso na Rússia nesta quinta-feira (2). O presidente russo reagiu às declarações do líder dos EUA, Donald Trump, que recentemente chamou a Rússia de “tigre de papel”, e destacou que o país segue avançando mesmo diante da oposição da aliança ocidental.

Durante a fala, Putin afirmou que a Rússia mantém capacidade militar para enfrentar ameaças externas e questionou a credibilidade das acusações de líderes ocidentais sobre ações russas na Europa. Ele também ressaltou que a situação na Ucrânia é consequência de decisões externas, como envio de armas e informações estratégicas por aliados, e alertou que qualquer escalada dependerá dessas iniciativas.

Putin reforçou ainda que Moscou busca estabilidade e controle de suas fronteiras, mas condenou o que chamou de “tentativas de provocar tensão” na região por parte do Ocidente. Segundo ele, a intensificação do conflito será resultado direto de ações externas, não de iniciativa russa.

Putin confronta Otan e critica Trump em Sochi

O presidente russo ironizou relatos de que drones russos teriam invadido o espaço aéreo de países da Otan: “Não vou mais mandar drones para a Dinamarca, prometo”, afirmou. Autoridades europeias relataram incidentes na Polônia e na Estônia, enquanto a Dinamarca chegou a fechar aeroportos temporariamente.

Em seu discurso, Putin confrontou a Otan ao ressaltar que a Rússia enfrenta praticamente toda a aliança e questiona a consistência das críticas: “Se estamos lutando contra toda a Otan e nos chamam de tigre de papel, então o que é a Otan?”. Ele ainda afirmou que a narrativa de ameaça iminente é usada para justificar a escalada militar na região, aumentando a tensão entre os países europeus e os EUA.

Escalada se EUA enviarem mísseis à Ucrânia

Putin alertou que o envio de mísseis de longo alcance, como os Tomahawk, pelos EUA à Ucrânia poderia provocar uma nova fase de escalada no conflito. “É impossível usar Tomahawks sem participação direta de militares americanos. Isso representaria um estágio completamente novo, inclusive nas relações entre Rússia e Estados Unidos”, declarou.

O jornal The Wall Street Journal informou que os EUA planejam fornecer apoio de inteligência à Ucrânia e solicitaram que países da Otan façam o mesmo. Apesar disso, autoridades americanas consideram improvável o envio direto de Tomahawks, que podem atingir até 2.500 km, cobrindo grande parte do território russo estratégico.


 

Putin ironiza Otan após Trump chamar Rússia de ‘tigre de papel’ (Vídeo: reprodução/YouTube/Terra Brasil)

Defesa militar russa e apelo à negociação

Durante o fórum em Sochi, Putin destacou que a Ucrânia enfrenta escassez de soldados e registros de deserções, enquanto a Rússia mantém contingente suficiente para suas operações militares. Ele defendeu que Kiev busque negociações para encerrar o conflito, ressaltando que Moscou mantém controle das ações e estabilidade interna, e que qualquer escalada futura dependerá de decisões externas.

O presidente russo também criticou líderes europeus por fomentar uma “histeria” sobre uma guerra iminente. “Quero apenas dizer: acalmem-se, durmam tranquilos e cuidem dos seus próprios problemas. Basta observar o que acontece nas ruas das cidades europeias”, afirmou, reforçando o confronto à Otan e mantendo firmeza diante das tensões internacionais.

Repercussão internacional e recado a Trump

Putin aproveitou para rebater a declaração de Trump e enfatizou que a Rússia não se intimida com provocações externas. Ele questionou a postura da Otan e afirmou que qualquer escalada futura dependerá das decisões dos EUA e de seus aliados. Autoridades europeias observaram o discurso com preocupação, destacando que a tensão entre Ocidente e Rússia continua elevada, e reforçando a necessidade de mediação diplomática para evitar confrontos diretos.

O presidente russo também destacou que o conflito na Ucrânia não é apenas um confronto militar, mas um desafio geopolítico envolvendo interesses estratégicos de vários países. Ele acrescentou que a Rússia mantém controle sobre a situação, desafiando qualquer nova ação, especialmente relacionada ao envio de armas e apoio militar à Ucrânia, a qual deixa claro que Putin confronta Otan e mantém firmeza diante das decisões.

Rússia acusa Europa de estar impedindo acordo de paz com Ucrânia

Nesta quinta-feira (02), o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, junto ao Presidente Vladimir Putin, entregaram um press briefing em Moscou. Nela, Dmitry Peskov falou que a histeria dos governantes europeus atrapalha as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Do mesmo modo, o presidente Vladimir Putin informou que essa histeria levava a acreditar que a Rússia pretende atacar a Otan, mas que não constava nos planos de Moscou.

Entretanto, Putin afirmou que está observando as movimentações militares da Otan e dos países europeus, e responderá a qualquer provocação à soberania da Rússia. 

Guerra entre Rússia e Ucrânia, situação atual

Após um mês e meio das negociações entre o presidente da Rússia e o presidente dos EUA no Alaska, segue um caminho longe do fim da guerra entre Ucrânia e Rússia. Ao afirmar o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, que os países europeus estimulam a Ucrânia a não negociar a paz e sim continuar a guerra. Além disso, Peslov falou sobre os EUA entregarem informações à Ucrânia sobre locais de alvos de infraestrutura energética de longo alcance na Rússia. Ele minimizou, falando que não é a primeira vez que isso acontece.


Porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Contributor) 

Ademais, Dmitry Peskov comentou que a Rússia analisa o pedido da Ucrânia e é financiada por países da Europa para receber mísseis Tomahawk dos EUA. Esses mísseis têm um longo alcance, eles chegam a atacar alvos a 2.500 km. Desse modo, podem chegar os ataques no interior da Rússia. O presidente dos EUA, Donald Trump, recusou enviar esses mísseis no passado, porém, com as últimas falas, onde ele cita que a Rússia não queria um acordo de paz e que era um tigre de papel, é possível que ele envie atualmente. O porta-voz da Rússia falou que, caso isso realmente ocorra, seu país irá responder à altura aos atos.

Mais informações sobre a guerra 

Em resumo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, mantém a narrativa de que a Rússia não vai recuar. O país afirma que havia uma crescente propaganda do nazismo e neonazismo na Ucrânia, e a Rússia estaria combatendo isso. E que ela quer o reconhecimento de parte do território ucraniano como parte da Rússia e que a Ucrânia não entre para a Otan. Também, a Rússia quer manter um certo domínio tanto linguístico quanto cultural sobre a Ucrânia, quase transformando o país em uma nova Rússia, ou melhor, uma antiga União Soviética. 


 Kyiv destruída por ataques russos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Global Images Ukraine) 

No entanto, a Ucrânia solicita que as tropas da Rússia saiam do seu território e devolvam os territórios que já foram atribuídos à Rússia. A Ucrânia, também, quer uma comprovação de que a Rússia não voltaria a atacá-la, e uma compensação econômica para reconstrução do país, com líderes da Rússia assumindo a culpa da guerra e pelas mortes dos cidadãos ucranianos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, com países europeus e os EUA, tentam não ceder territórios a Rússia em um possível acordo de paz, porém os russos acreditam que a única forma é parte do território ucraniano se torne parte da Rússia.

Otan anuncia aumento histórico nos gastos com Defesa

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, anunciou nesta segunda-feira (23) uma importante mudança na política de Defesa da aliança militar: os países-membros deverão aumentar seus gastos com Defesa para pelo menos 5% do Produto Interno Bruto (PIB). A decisão foi tomada durante a cúpula da Otan realizada em Haia, na Holanda, e representa um avanço significativo em relação aos atuais níveis de investimento, que variam entre 2% e 3,5% na maioria dos países.

Para Rutte a nova meta é essencial

Segundo Rutte, todos os membros concordaram com a nova meta, considerando-a essencial diante do crescente cenário de insegurança global. “O mundo está se tornando mais perigoso, e precisamos estar preparados. O plano de investimento aprovado representa um salto gigantesco — ambicioso, histórico e fundamental para garantir nosso futuro”, declarou o secretário-geral em entrevista coletiva.

Um dos principais focos da nova estratégia será o aumento expressivo nos investimentos em defesa aérea. De acordo com Rutte, os países irão quintuplicar os aportes nessa área, impulsionados pelas ameaças representadas por ataques aéreos, como os que vêm sendo vistos na guerra na Ucrânia, com o uso de drones de fabricação iraniana por parte da Rússia.

A Otan oferecerá mais de 35 milhões de euros para Ucrânia

No mesmo encontro, Rutte confirmou que a Otan fornecerá mais de 35 bilhões de euros (aproximadamente R$ 221 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia somente neste ano. Ele também reforçou que a adesão da Ucrânia à aliança é um caminho sem volta, ainda que não tenha estabelecido prazos concretos para a entrada oficial do país.

Bandeira da Ucrânia (reprodução/x/@g1)

O conflito entre Israel e Irã também esteve entre os temas discutidos. Rutte responsabilizou diretamente o Irã por seu envolvimento na guerra na Ucrânia e defendeu a recente ofensiva dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, alegando que não houve violação de normas internacionais.

A decisão de elevar os gastos para 5% do PIB vinha sendo pressionada especialmente pelos Estados Unidos, desde que Donald Trump voltou à presidência em janeiro deste ano. Os EUA já investem acima desse patamar e cobravam maior compromisso dos aliados. Apesar de algumas resistências — como a da Espanha, que tenta negociar maior flexibilidade — a meta será comum a todos. A Alemanha, por exemplo, planeja atingir 3,5% até 2029, e a Eslováquia afirmou que pretende decidir seu próprio ritmo de adequação.

Busca de Ucrânia e Rússia por solução para o fim da guerra fica cada vez mais distante

Os presidentes da Ucrânia e da Rússia, respectivamente Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, não conseguem chegar a um acordo de paz entre as duas nações. Zelensky não aceita a proposta de paz feita pela Rússia, a qual alega ser um “ultimato”, inviabilizando um acordo. Putin, por sua vez, acusa a Ucrânia de não querer a paz, mantendo o terror, se referido aos ataques ocorridos recentemente em solo russo.

A guerra entre Ucrânia e Rússia completou três anos em fevereiro. A Rússia propôs, em memorando à delegação ucraniana na última segunda-feira, anexar as regiões já ocupadas pelas tropas russas. Essa ocupação já soma 20% do território ucraniano, e não é a primeira vez que Moscou sinaliza com tais condições, e as mesmas não foram aceitas anteriormente.

Zelensky, ao participar de uma coletiva de imprensa durante evento da OTAN nesta quarta-feira (4), sugeriu um cessar-fogo completo, até que possa ser agendada uma reunião entre os dois presidentes. Para Zelensky, este encontro pode ser marcado para a qualquer momento, e entende que o ideal seria os dois negociarem de forma direta em possíveis novos encontros.

Por seu turno, em evento na Rússia, também nesta quarta-feira, Vladimir Putin denunciou o fato de a Ucrânia não desejar a paz e de não acreditar no sucesso das negociações, pelo fato dos ucranianos terem atacado a Rússia nos últimos dias.

Tal afirmação acontece após a Ucrânia articular três ataques surpresas, fazendo uso de drones contra aviões de guerra, bombardeando linhas ferroviárias em Kursk, e ainda explodiu parte da ponte da Crimeia. Para as autoridades russas, os dois primeiros ataques podem ser chamados de “ataques terroristas”.


Sem acordo entre Rússia e Ucrânia, guerra continua (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


Exigências russas, troca de prisioneiros e novas negociações

Para que haja uma homologação de acordo de paz, a Rússia fez algumas exigências. Dentre as quais:

  • Limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto de armas;
  • Proibição da Ucrânia de ter armas nucleares e de abrigar esses armamentos em seu território;
  • Realização de eleição na Ucrânia.

O aceite das exigências russas pela Ucrânia trará a extinção de todas as sanções econômicas entre os dois países, além das restaurações de fornecimento de gás e relações econômicas.

Ainda que a Ucrânia tenha feito três ataques contra os russos, as duas nações concordaram com uma nova troca de prisioneiros de guerra, que visa a liberdade de todos os capturados com até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, podendo ocorrer também a devolução de 6 mil corpos de cada lado.

Já no que diz respeito às negociações, segundo o ministro da defesa ucraniano Rustem Umbrov, uma terceira rodada pode ocorrer no fim de junho. Seria a terceira rodada de negociações entre os dois países.


Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky não aceita proposta de Moscou para pôr fim a guerra (Foto: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)

Embate entre Ucrânia e Rússia

A Ucrânia está pleiteando “um cessar-fogo completo e incondicional”, além de desejar “o retorno dos prisioneiros”, assim como, também, deseja o retorno de crianças ucranianas, que, de acordo com Kiev, Moscou levou para o seu território. Porém, Moscou já sinalizou não aceitar o “cessar-fogo incondicional”, que vem sendo exigido por Kiev e os aliados ocidentais.

Cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia pode ter mediação realizada e sediada pelo Vaticano

Com a diplomacia que lhe é peculiar, e aplicando ações estratégicas rumo à paz, o Vaticano, mais uma vez, tenta emplacar o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia, propondo uma conversa entre os países em sua sede.

A proposta foi feita na data de hoje pelo Cardeal Pietro Parolin, um dos que chegou a ser cotado como favorito para se tornar Papa, atualmente secretário de Estado. Parolin afirma que a sede do Vaticano poderia ser um local muito adequado para esta conversa.

O convite é reforçado por uma declaração do Papa Leão XIV na mesma data: “a Santa Sé está sempre pronta para ajudar a reunir os inimigos, cara a cara, para conversarem entre si, para que os povos em todos os lugares possam mais uma vez encontrar esperança e recuperar a dignidade que merecem, a dignidade da paz”.


Papa Leão XIV (Foto: reprodução/Christopher Furlong/Getty Images Embed)


Passo a passo para o cessar-fogo

Na data de ontem (15/05), o Papa já havia se encontrado com o Arcebispo-Mor de Kiev, Svjatoslav Shevchuk, representante da Igreja Grego-Católica Ucraniana no Vaticano, na biblioteca do Palácio Apostólico.

Papa Leão XIVrecebe Sviatoslav Shevchuk em audiência privada (Vídeo: reprodução/X/@EWTNVatican)


A audiência privada foi marcada pelo agradecimento que o arcebispo fez ao Pontífice por sua solidariedade ao povo ucraniano. No último domingo (11/05), Leão XIV proferiu palavras pedindo uma paz justa e duradoura, bem como a libertação de todos os prisioneiros e o regresso das crianças afastadas de suas famílias.

Acordo celebrado em Istambul

O cessar-fogo ainda não foi possível no encontro entre as Delegações da Rússia e Ucrânia em Istambul, na Turquia, em 16/05, como desejava o Presidente Volodymyr Zelensky da Ucrânia.

Isso pelo fato do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter feito uma série de exigências consideradas descabidas, tais como: proibição da Ucrânia para entrar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e permanência do controle da Rússia sobre as províncias ucranianas invadidas.

O acordo versou pela devolução de crianças sequestradas e por uma troca de prisioneiros entre os dois países; cada país devolverá 1.000 presos com nacionalidade do país inimigo.


Delegações da Rússia e da Ucrânia durante reunião para tentar um acordo de cessar-fogo, em Istambul, na Turquia, em 16 de maio de 2025 (Vídeo: reprodução/X/@ @SagranCarvalho)


Mesmo não celebrando a paz, com o fechamento deste acordo, vê-se uma luz no final do túnel, uma promessa de paz, pois pela primeira vez, em três anos, os Diplomatas das duas nações tiveram uma conversa.

Rússia recusa tropas europeias na Ucrânia e reforça postura contra interferência ocidental

O aviso foi feito nesta terça-feira (25), pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, fazendo com que a possibilidade de interferência externa no conflito aumentasse. A polêmica foi causada pela declaração de Donald Trump de que tanto ele, como Vladimir Putin, concordariam em relação à tropas de paz na Ucrânia, desde que um acordo de paz para o fim da guerra fosse assinado.

“Sim, ele aceita isso. Perguntei diretamente a ele e ele não tem problemas com isso”, disse Trump a jornalistas.

Peskov, porém, não se opôs ao presidente norte-americano, mas frisou que a posição da Rússia não se alterou. “Há uma posição sobre esse assunto que foi expresso pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov. Não tenho nada a acrescentar a isso e nada a comentar. Deixo isso sem comentários”, disse o porta-voz.


Presidente Trump assina ordens executivas em Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida (Foto: reprodução/Joe Raedle/Getty Images Embed)


Moscou considera a presença da Otan uma provocação 

Para Moscou, qualquer presença militar ocidental na Ucrânia é considerada uma provocação aberta. Na semana passada, Lavrov advertiu que qualquer envio de tropas estrangeiras, mesmo sob bandeira neutra, seria considerada “uma ameaça direta” à soberania russa.

Os russos temem que eventual entrada de tropas europeias ou tropas de aliados dos Estados Unidos aumentem ainda mais a conflagração, arrastando a guerra para um confronto direto com o atlântico norte, que Moscou tenta evitar a todo custo.

Caminho para a paz ainda parece distante

A guerra na Ucrânia já dura mais de dois anos, e as tentativas de paz seguem emedadas em interesses políticos e estratégicos.

Enquanto os países ocidentais pressionam por negociações diplomáticas e fornecer apoio militar à Ucrânia, a Rússia se apoia na afirmação de que qualquer solução precisa respeitar suas condições.

Segundo especialistas, as declarações de Trump e a resposta russa mostram que um cessar-fogo continua muito distante de se tornar uma realidade.

O mundo, portanto, continua atento e espera por novos desdobramentos que levem a afirmações mais convincentes, além daquelas que sempre foram colocadas como betoneira em busca de um caminho para a paz.

Donald Trump cogita retirada dos EUA da Otan e propõe acabar com cidadania automática

Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos para o mandato de 2025, em sua primeira entrevista após as eleições, declarou que considera retirar o país da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e que planeja acabar com a cidadania automática por nascimento, garantida pela 14ª Emenda da Constituição. Ambas as propostas representam mudanças drásticas na política externa e interna dos EUA, refletindo sua visão nacionalista e de ruptura com tradições históricas.

Presidente enfatizou que OTAN precisa pagar suas contas

Trump declarou: “ Eles ( Europa) não compram nossos carro, não compram nossos produtos alimentícios, não compram nada. e ainda nós nos defendemos”, disse em entrevista à emissora americana NBC, declarou ainda:” Eu consegui centenas de bilhões de dólares para a Otan só com uma atitude dura, eu disse aos países: “ Eu não vou proteger vocês a menos que vocês paguem, e eles começaram a pagar.


Donald Trump em sua primeira entrevista após ser eleito (Foto: reprodução/ Deutsche Welle/Terra)

A expressão “pagar as contas”, se refere ao compromisso voluntário, que cada país membro da Otan assume de gastar 2% do PIB em defesa. Segundo a Otan essa meta tem sido descumprida desde o final da Guerra Fria, mas voltou a ser gradualmente observada desde a invasão russa da Ucrânia, em 2022, mas tem sido comprida pela maioria dos países.

Sobre acabar com cidadania norte-americana por nascimento

No âmbito interno, Donald Trump reiterou sua intenção de acabar com a cidadania automática para filhos de estrangeiros nascidos em solo americano, prática que ele considera um incentivo à imigração ilegal, atualmente bebês que nascem nos EUA, mesmo que seja filho de estrangeiro, recebe nacionalidade norte-americana.

Ele ainda confirmou que pretende deportar os imigrantes ilegais ao longo do seu mandato, reafirmando o seu discurso anti-imigração da campanha. Mas por outro lado, disse que também está disposto a negociar a situação dos “dreamers”, como são chamados os filhos de imigrantes ilegais , que entraram nos EUA com seus pais quando ainda eram crianças.

OTAN denuncia atos de sabotagem da Rússia na Europa

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) acusou a Rússia de realizar atos de sabotagem contra infraestruturas essenciais na Europa. A denúncia, apresentada nesta terça-feira (3), destaca a intensificação de ações clandestinas atribuídas a Moscou, que colocam em risco a segurança energética e militar do continente.

As ações incluem ataques a cabos submarinos de comunicação e a gasodutos, afetando diretamente países membros da aliança. A OTAN reforça a necessidade de uma resposta coordenada para prevenir novos episódios.

Rússia intensifica ações de sabotagem na Europa

A OTAN acusou a Rússia de conduzir operações clandestinas contra estruturas estratégicas em território europeu. Entre os alvos, estariam cabos submarinos de comunicação e gasodutos que garantem o abastecimento de energia em países da aliança. Segundo a organização, essas ações representam uma grave ameaça à segurança do continente, principalmente em um momento de escalada de tensões entre Moscou e o Ocidente.


@conectc4sh

Rússia e China podem estar por trás de uma operação para sabotar a internet na Europa. Veja o que está acontecendo. #foryoupagee#putin#otan#internet#europa#mundo#curiosidades #daniellopez

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Sobre a operação de sabotagem — (Vídeo: Reprodução / Tiktok / @conectc4sh)

De acordo com Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, a sabotagem russa visa desestabilizar países-membros e comprometer a infraestrutura crítica. Em resposta, a aliança reforçou sua vigilância sobre essas estruturas e alertou para a possibilidade de novos ataques. “Estamos tomando medidas para proteger nossos sistemas, mas é essencial que estejamos preparados para prevenir e responder a essas ameaças”, afirmou Stoltenberg.

Reação dos países europeus

Os países europeus têm reforçado suas capacidades de defesa diante das acusações. Nações como Alemanha e França já anunciaram investimentos em sistemas de monitoramento para proteger suas infraestruturas críticas. Além disso, a OTAN discute a criação de um mecanismo conjunto para responder rapidamente a qualquer tentativa de sabotagem.

Enquanto isso, Moscou negou as acusações, classificando-as como infundadas e parte de uma campanha de desinformação contra o governo russo. Analistas internacionais, no entanto, alertam que as ações atribuídas à Rússia fazem parte de uma estratégia maior de guerra híbrida, combinando ciberataques e operações clandestinas.

Com as tensões em alta, a Europa enfrenta o desafio de equilibrar a segurança com a diplomacia, buscando evitar uma escalada militar direta.

Chefe da OTAN alerta sobre risco de aliança entre Rússia, China, Irã e Coreia do Norte

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, alertou nesta terça-feira (12), que a cooperação militar e econômica da Rússia com China, Coreia do Norte e Irã representa um sério risco para a segurança na Europa, América do Norte e Indo-Pacífico. O pronunciamento ocorre em meio a incertezas sobre o futuro da ajuda dos EUA à Ucrânia, especialmente com a posse do novo presidente, Donald Trump.

Rutte, sublinhou que a aliança entre os quatro países desafia a estabilidade global, intensificando as tensões e exigindo uma resposta coordenada dos países ocidentais para preservar a paz e a segurança.

Relação Rússia e China intensifica ameaça global

Rutte, alertou que a parceria crescente entre Rússia e China se apresenta como uma das principais ameaças à segurança internacional. A aliança não apenas fortalece a economia russa, mas também garante à Rússia um suporte industrial e militar significativo. Com o apoio chinês, a Rússia tem amplificado sua capacidade de defesa, o que representa um desafio direto aos interesses da OTAN e dos Estados Unidos.


Otan alerta para os laços entre Coreia do Norte e outros países

Segundo o chefe da OTAN, a influência chinesa não se limita ao apoio econômico. Pequim tem usado sua parceria com a Rússia para expandir sua narrativa em diferentes regiões do mundo, ampliando sua presença estratégica e exercendo uma influência crescente. Essa conexão entre duas grandes potências não ocidentais é vista como uma preocupação para os países da OTAN, que podem enfrentar maiores dificuldades em manter a estabilidade na região europeia e no Indo-Pacífico.

Apoio do Irã e Coreia do Norte aumenta tensões

Além da China, Rutte mencionou a colaboração da Coreia do Norte e do Irã com a Rússia, ressaltando os efeitos desse apoio militar. A Ucrânia relatou recentemente confrontos com cerca de 11 mil soldados norte-coreanos destacados na região de Kursk, um envolvimento que sublinha o papel ativo desses países no conflito. A assistência militar do Irã e da Coreia do Norte à Rússia intensifica a ameaça, configurando uma rede de apoio que desafia a segurança ocidental.

O Irã também tem se posicionado como um aliado-chave, fornecendo suporte militar à Rússia, e assim consolidando um bloco geopolítico contrário ao Ocidente. Para a OTAN, essa união entre as quatro potências evidencia uma estratégia de expansão de influência e militarização, levando a aliança a rever seus planos de segurança e a reforçar os laços com países que compartilham valores e interesses comuns.

Incógnita sobre o apoio dos EUA com a chegada de Trump

Em meio às tensões crescentes, a aproximação de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos gera dúvidas sobre o futuro do apoio norte-americano à Ucrânia e aos países da OTAN. Durante sua campanha, Trump criticou os altos níveis de assistência ocidental enviados para Kiev, afirmando que encerraria rapidamente o conflito, sem oferecer detalhes sobre o processo. A possível diminuição do apoio dos EUA gera apreensão entre os líderes europeus, que veem nos EUA um parceiro essencial.

Para Rutte, a unidade entre Europa e América do Norte continua sendo vital para enfrentar as ameaças colocadas por essa aliança entre Rússia, China, Irã e Coreia do Norte. Ele destacou que, em um contexto de incertezas, manter a coesão entre os aliados ocidentais é crucial para assegurar uma resposta efetiva a essas novas ameaças, que se estendem do leste europeu ao Indo-Pacífico.

Trump segue criticando membros da Otan

Desde o início desse ano, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito declarações sobre membros da Otan, uma aliança militar liderada pelos EUA. Uma dessas declarações ocorreu em um comício na Carolina do Sul, na ocasião Trump revelou que optaria por não continuar a cláusula da defesa coletiva da Otan.

Ainda nessa declaração, Trump afirmou que encorajaria a Rússia a fazer “o que diabos quiser” aos países membros da Otan que não investirem 2% de seu PIB na área da defesa.


Donald Trump em um comício realizado no Arizona recentemente (Foto: Reprodução/Rebecca Noble/Getty Images Embed)


Outras falas envolvendo a política externa

Donald Trump nos últimos meses tem se posicionado sobre quais serão suas políticas externa se for eleito presidente dos Estados Unidos.

Na questão da guerra da Ucrânia, Trump prometeu que buscará um acordo com a Rússia e a Ucrânia para encerrarem o conflito. O ex-presidente abordou que as suas estratégias acabaram com as “guerras intermináveis”.

Em um de seus vídeos de campanha, Trump afirmou que tem o objetivo de impedira pressão de lobistas contra militares de alto escalão para entrarem em conflitos.

Trump revelou também que trará de volta a sua política de proibição de viagem, segundo o candidato republicano a medida seria para pessoas de países muçulmanos e serviria para “manter os terroristas islâmicos radicais fora do nosso país”. A medida foi derrubada quando Joe Biden assumiu a presidência em 2021.

Otan teme uma possível volta de Trump

Boa parte dos 32 países membros da Otan temem uma possível volta de Donald Trump a presidência dos Estados Unidos. Um dos pontos de maior atrito entre as partes é a quantidade de recursos que os americanos estão enviando para apoiar a Ucrânia no conflito contra a Rússia.

No entanto, a Otan já traça suas estratégias caso Trump seja eleito, uma delas já acorreu que foi a eleição de Mark Rutte para ser o novo secretário-geral da aliança. Rutte é um negociador nato e já conhece o republicano, a aliança militar espera que Mark Rutte conseguiria ser um intermediador entre Trump e a Otan.