Neste sábado (29), o número de mortos na Faixa de Gaza superou 70 mil, conforme dados das autoridades palestinas. Ao mesmo tempo, equipes de emergência continuam removendo destroços acumulados após meses de ofensivas contínuas. Além disso, representantes locais afirmam que muitos corpos ainda não foram localizados nem registrados oficialmente.
Desde a implementação do cessar-fogo, há aproximadamente seis semanas, equipes de resgate localizaram mais de 600 corpos. Entretanto, profissionais envolvidos nas buscas relatam entraves operacionais que dificultam a retirada integral dos escombros. Por esse motivo, analistas avaliam que o total de vítimas ainda deve aumentar de maneira significativa.
Resgates continuam e desaparecidos preocupam autoridades
No cenário atual, a Defesa Civil de Gaza estima que cerca de dez mil pessoas permanecem soterradas no território. Ainda segundo o órgão, essas vítimas morreram durante bombardeios realizados ao longo do conflito. Diante disso, equipes mantêm buscas mesmo diante da falta de maquinário e combustível.
Ataque retaliatório de Israel a Gaza (Foto: reprodução/Omar AL-QATTAA/AFP/Getty Images Embed)
Além disso, o Ministério da Saúde informou a morte de mais de 350 palestinos após o início da trégua. De acordo com o comunicado, os óbitos ocorreram durante ações das forças israelenses. Ainda assim, o cessar-fogo segue oficialmente válido, apesar das denúncias frequentes.
Mortes de civis alimentam divergências e críticas
As autoridades da Faixa de Gaza divulgam os dados sem separar civis de integrantes do Hamas. Ainda assim, o Ministério da Saúde local sustenta que mulheres e crianças formam a maior parte das vítimas. Conforme o levantamento, mais de dez mil mulheres e aproximadamente 20 mil crianças morreram ao longo de dois anos de conflito.
Assim também, Israel reconhece a morte de civis palestinos durante o conflito armado. Porém, o governo israelense questiona a confiabilidade dos números apresentados pelo ministério local. Além disso, acusa o Hamas de operar em áreas civis e usar moradores como proteção estratégica.
Acordos recentes ampliam expectativas e tensões
No início de outubro, o Hamas libertou os últimos 20 reféns israelenses que permaneciam em poder do grupo. A medida integrou o acordo de cessar-fogo firmado com mediação internacional. Durante as negociações, o presidente dos Estados Unidos classificou o gesto como um marco simbólico. Paralelamente, Israel deu início à liberação de cerca de 1.968 prisioneiros palestinos, o que renovou expectativas de redução das tensões na região.
Israel anunciou ataques aéreos após o cessar-fogo (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Posteriormente, Hamas e Israel anunciaram um acordo de paz referente à primeira fase da trégua. Dias depois, Trump alertou que Israel poderá retomar a região se houver descumprimento do acordo. Segundo ele, a Casa Branca apoiará ações severas diante de novas mortes em Gaza. Por fim, o presidente reforçou a exigência de cumprimento rigoroso dos termos acertados.
