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Nesta quinta-feira, dia 27 de novembro, o líder da Rússia Vladimir Putin voltou a falar a respeito do fim da guerra contra a Ucrânia. A declaração foi feita para a imprensa, durante a viagem de Putin ao Quirguistão, país na Ásia Central que fazia parte da União Soviética (URSS). Durante a conversa com a imprensa, Vladimir Putin ordenou que as tropas da Ucrânia se retirem dos territórios onde estão, e fez ameaças a respeito de fazer a retirada delas à força, que faria com que a guerra entre as duas nações chegasse ao fim. A briga pelos territórios é uma das causas da Guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
A declaração
No Quirguistão, Vladimir Putin se dirigiu à imprensa para falar da guerra com a Ucrânia. O líder da Rússia disse que o conflito só chegará ao fim quando “as tropas ucranianas se retirarem dos territórios que ocupam”. Além disso, Putin disse que, caso o exército ucraniano não saia dos territórios, a Rússia o faria caso necessário. A declaração foi vista como uma ameaça militar às tropas ucranianas: Vladimir Putin deu a entender que a retirada seria à força.
Plano de paz dos EUA para guerra entre Ucrânia e Rússia (Vídeo: Reproduçao/YouTube/@CNN Brasil)
Além das declarações a respeito do exército da Ucrânia, o líder russo também falou a respeito do plano de paz e cessar-fogo feito pelos Estados Unidos. Segundo Vladimir Putin, o projeto americano poderá ser utilizado futuramente como base para outros acordos.
Os territórios
A Rússia quer parte de quatro regiões ucranianas, que equivalem a quase 20% do território da Ucrânia. São elas as regiões de Luhansl, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia. Tais localidades já foram anexadas pela Rússia a seu próprio território; porém, eles ainda não foram conquistados totalmente pelo exército russo. Por isso, a Rússia quer que a Ucrânia entregue os territórios e, caso isso não aconteça, o governo russo ameaça tomar as regiões à força.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou cartas aos governos da Rússia e da China, além de buscar apoio junto ao Irã, para reforçar sua defesa militar diante de uma presença crescente das forças dos Estados Unidos no Caribe. Segundo documentos internos norte-americanos obtidos pelo jornal “The Washington Post”, Maduro requisitou equipamentos como radares, reparos de aviões e até mísseis.
A iniciativa ocorre em um momento de forte tensão entre Caracas e Washington, com o governo dos Estados Unidos justificando sua operação na região como combate ao narcotráfico. Já o governo venezuelano entende a manobra como uma ameaça direta à sua soberania.
Pressão dos Estados Unidos e resposta venezuelana
Nos últimos meses, os Estados Unidos aumentaram a presença de navios de guerra e aviões militares perto da costa da Venezuela, no mar do Caribe. O governo do presidente Nicolás Maduro acredita que essa movimentação não é apenas uma operação comum, mas uma forma de pressão para tentar enfraquecer ou derrubar seu governo. Por isso, Caracas vê essa ação como uma ameaça direta e um risco para a segurança do país.
Diante dessa situação, Maduro decidiu reagir. Ele ordenou exercícios militares na região e afirmou publicamente que a Venezuela não aceitará ser atacada ou intimidada. Mesmo enfrentando dificuldades econômicas e com seu exército precisando de mais estrutura, Maduro diz que o país está se defendendo de um “cerco” internacional e, por isso, busca apoio de aliados para tentar se proteger.
Além das medidas internas, o governo venezuelano também tem usado discursos e transmissões oficiais para reforçar a narrativa de que o país está sendo ameaçado. Maduro afirma que sua intenção é garantir a segurança da população e evitar conflitos, mas também acusa os Estados Unidos de tentar interferir em assuntos internos da Venezuela. Esse posicionamento busca fortalecer o apoio interno e legitimar a cooperação com outros países, mostrando que o governo está preparado para reagir a qualquer tentativa de pressão externa.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Frederico Parra)
Aliança estratégica com Rússia, China e Irã
A Venezuela mantém uma parceria antiga com Rússia e China em áreas como comércio, energia e defesa. Agora, com a tensão crescente com os Estados Unidos, Maduro pediu apoio militar direto a esses países, incluindo equipamentos e suporte técnico. “Os pedidos a Moscou foram feitos por meio de uma carta destinada ao presidente russo Vladimir Putin e que deveria ser entregue durante uma visita de um assessor sênior à capital russa neste mês”, diz o “The Washington Post”. Essa movimentação reforça a tentativa do governo venezuelano de mostrar que não está isolado internacionalmente.
Apesar dessa aproximação, especialistas afirmam que ainda não se sabe se Rússia e China vão fornecer todo o apoio solicitado, já que ambos também enfrentam desafios e prioridades em outras regiões. Mesmo assim, o pedido de Maduro mostra que ele aposta nessas alianças para tentar proteger a Venezuela e evitar um conflito maior na América do Sul. O movimento também serve como sinal para outros países da região de que a Venezuela pretende resistir a pressões externas e buscar respaldo diplomático, mostrando que possui parceiros capazes de equilibrar a influência dos Estados Unidos na América Latina.
A situação deixa claro que a Venezuela está tentando se posicionar como um país que não será pressionado, reforçando suas defesas e suas alianças estratégicas. Ao mesmo tempo, o cenário evidencia como a tensão entre os Estados Unidos e aliados da Venezuela pode impactar a estabilidade política e a segurança em toda a América do Sul nos próximos meses. O desfecho dessa negociação ainda é incerto, mas demonstra que Caracas está determinada a buscar apoio internacional para se proteger e fortalecer sua posição no continente.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs ontem (22) restrições às duas maiores empresas do setor petrolífero da Rússia, a Lukoil e a Rosneft, na tentativa de coagir o líder local, Vladimir Putin, a aderir às negociações de armistício na Guerra da Ucrânia. A medida bloqueia bens e transações das duas companhias e mais de 30 subsidiárias em território estadunidense e configura como a primeira grande sanção do governo Trump à Rússia devido à invasão da Ucrânia, ocorrida em 24 de fevereiro de 2022.
Trump reforça resposta do Ocidente à Moscou
Antes de implementar as sanções, Trump disse à imprensa, na Casa Branca, que desmarcou um encontro com Putin na Hungria, anunciado na semana passada, para debater o conflito. A declaração ocorreu horas depois da Rússia realizar um ataque aéreo massivo à Ucrânia, incluindo a sua capital, Kiev.
Com a ação restritiva, os EUA abandonam a pretensa neutralidade, juntando-se, finalmente, aos sistemáticos esforços europeus para punição do gigante euro-asiático. Na semana passada, especificamente, o Reino Unido dificultou a operação das mesmas empresas. Já ontem, a União Europeia avançou em seu 19º pacote de sanções contra Moscou, proibindo importações de gás natural liquefeito russo.
“O presidente Putin não veio à mesa de uma maneira honesta e decidida como esperávamos. Houve conversas em Alaska; o presidente Trump recuou quando percebeu que as coisas não estavam avançando. Discussões por baixo do pano têm ocorrido, mas acredito que Trump está desapontado com onde estamos nessas discussões”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, à Fox Business na quarta-feira.
Trump e Putin se reuniram em agosto no Alaska para discutir futuro da guerra (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)
“Essas são sanções, não tarifas secundárias. Elas serão substanciais e poderosas. Pedimos aos nossos aliados europeus e do G7, além de Canadá e Austrália, que venham conosco”, complementou Bessent.
Ucrânia celebra, mas analistas são ponderados
O posicionamento de Trump foi recebido por Kiev como uma vitória pontual, tal como indica a embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Olga Stefanishyna:
“A decisão está inteiramente alinhada com a reiterada posição ucraniana: paz só é possível através de força e pressão ao agressor usando todas as ferramentas internacionais disponíveis”, disse ela.
Os especialistas americanos Edward Fishman e Jeremy Paner, no entanto, possuem ressalvas.
“Até agora o que foi anunciado fois essas sanções iniciais à Rosneft e Lukoil, mas o decisivo para o futuro é se haverá a existência ameaçadora de sanções secundárias a bancos, refinadoras de petróleo e negociadores em países terceiros que mantém relações com ambas as companhias”, explicou Fishman, pesquisador sênior do think tank Atlantic Council.
Paner, da mesma forma, acredita que a falta de alcance das medidas para países compradores de petróleo russo, como Índia e China, fará com que essas não chamem a atenção de Putin.
O governo da Rússia declarou nesta quinta-feira (23) que os Estados Unidos são inimigos e que teriam “entrado de vez no caminho da guerra” contra Moscou. Essa reação ocorre no contexto de novas sanções econômicas norte-americanas aplicadas às grandes petrolíferas russas.
O atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo e ex-presidente Dmitry Medvedev afirmou que as sanções e medidas dos Estados Unidos representam um “ato de guerra” contra a Rússia.
Segundo ele, Washington teria se alinhado com a Europa e adotado uma postura hostil aberta. Medvedev questionou: “O que mais virá? Novas armas, além dos infames ‘Tomahawks’?”
Sanções econômicas no centro da crise
Na véspera, a administração americana anunciou nova rodada de sanções que atingem diretamente a Lukoil e a Rosneft as duas maiores companhias petrolíferas russas. A justificativa de Washington é que essas empresas contribuíram para financiar a atuação militar da Rússia na Ucrânia.
Sanções aplicadas pelo governo americano (Foto: reprodução/X/@SecRubio)
Moscou reagiu afirmando que desenvolveu “imunidade firme” às sanções ocidentais e não acredita que tais medidas causem danos decisivos ao seu potencial econômico.
Implicações diplomáticas e geopolíticas
A retórica de inimigo declarada entre Rússia e Estados Unidos marca uma nova escalada nas tensões que já vinham se acumulando desde o início da guerra Rússia-Ucrânia. O anúncio das sanções também interrompeu a realização de uma reunião prevista entre Donald Trump e Vladimir Putin em Budapeste, que tinha como objetivo discutir um possível cessar-fogo.
Analistas apontam que o embate pode comprometer ainda mais os canais diplomáticos e dificultar qualquer avanço em negociações de paz, ao mesmo tempo, em que reacende o receio de confrontos indiretos ou de caráter híbrido entre as potências.
Com a escalada verbal entre Moscou e Washington, as próximas semanas e meses serão chave para observar se haverá reação militar concreta, intensificação de sanções ou ainda tentativas de retomada de diálogo.
Especialistas alertam que, mesmo que não haja confronto direto entre exércitos, o risco de um “efeito dominó” com envolvimento de aliados europeus, uso de armas convencionais ou cibernéticas tende a crescer.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta sexta-feira (17) o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca. O encontro, que durou cerca de 2h30, foi descrito pelo ucraniano como “produtivo”. Segundo Zelensky, os dois discutiram questões militares, incluindo o fornecimento de armamentos e defesas aéreas, mas o americano não confirmou se irá enviar mísseis Tomahawk a Kiev.
“Confiamos nos Estados Unidos. Confiamos que o presidente quer acabar com esta guerra”, declarou Zelensky após a reunião. Trump, por sua vez, afirmou em sua rede Social que teve uma conversa “cordial” com o líder ucraniano, mas reforçou o apelo para que as partes cheguem a um acordo de paz: “Disse a ele, como também sugeri a Putin, que é hora de parar com a matança e fazer um ACORDO!”.
A reunião aconteceu um dia depois de Trump conversar por mais de duas horas com o presidente russo, Vladimir Putin. O americano informou que ambos combinaram um novo encontro em Budapeste, na Hungria, na tentativa de avançar nas negociações pela paz.
Pressão por mísseis e impasse diplomático
Zelensky tem pressionado Washington para liberar mísseis Tomahawk, armamento de longo alcance e alta precisão, que dariam à Ucrânia maior capacidade de atingir alvos em território russo. No entanto, Trump se manteve evasivo sobre o tema. “É uma escalada da guerra, vamos discutir isso. Preferimos que eles não precisem dos Tomahawks”, disse o presidente americano.
O líder ucraniano mostrou a Trump e assessores mapas com possíveis alvos estratégicos na Rússia que poderiam ser atingidos com os mísseis. Fontes próximas à delegação de Zelensky afirmam que a iniciativa buscou convencer Washington de que ataques mais precisos fortaleceriam a posição de Kiev nas negociações.
Durante o encontro, Trump chegou a elogiar o paletó de Zelensky e o chamou de “líder forte”. A reunião foi mais amistosa do que a anterior, em fevereiro, quando ambos trocaram farpas em meio a divergências sobre o rumo da guerra.
Presidente ucraniano solicitou ajuda militar a Donald Trump (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Andrew Harnik)
Trump tenta equilibrar relações com Rússia e Ucrânia
Apesar de manter contato direto com Vladimir Putin — inclusive recebendo o russo no Alasca meses atrás —, Trump tem adotado recentemente um tom mais favorável à Ucrânia. Ele chegou a defender a recuperação integral do território ocupado por Moscou, mas insiste que o caminho deve ser o diálogo.
A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura desde fevereiro de 2022 e, apesar de múltiplas rodadas de negociação, não há avanços concretos rumo a um cessar-fogo. Trump tenta se posicionar como mediador do conflito, enquanto reforça sua promessa de campanha de “acabar com as guerras” iniciadas sob o governo anterior.
Nesta quinta-feira (09), o líder do governo russo, Vladimir Putin, admitiu que dois mísseis foram lançados para derrubar drones ucranianos. Entretanto, acabaram explodindo perto da aeronave da Azerbaijan Airlines, que saía de Baku, capital do Azerbaijão, e caiu em Aktau, no Cazaquistão. Matando 38 pessoas no dia 25 de dezembro de 2024.
Na época, o piloto da aeronave acreditava ter batido em um grupo de pássaros, porém Putin afirma que as investigações até o momento foram por conta de destroços desses dois mísseis que fizeram o avião cair.
Admissão de Putin
Num dos momentos mais sinceros do presidente Vladimir até o momento. Em que Moscou era a culpada pela queda do avião. Putin ofereceu suas desculpas novamente ao presidente Ilham Aliyev e prometeu indenização aos afetados da tragédia e continuar a investigação até que se entenda o que exatamente cada fato do ocorrido.
Registro de avião após a queda (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)
O encontro entre Putin e Aliyev ocorreu em Dushanbe, capital do Tajiquistão. Nesta quinta-feira (9), Vladimir e Ilham apertaram as mãos e sorriram antes de uma reunião bilateral no Tajiquistão, na qual Putin falou sobre a queda do avião. As declarações de Putin admitindo publicamente um raro pedido de desculpas a Ilham, o líder do Kremlin, chamou de “trágico incidente”. Em razão do qual o avião caiu depois que as defesas aéreas russas foram implantadas contra drones ucranianos, porém os mísseis explodiram, o que causou a queda da aeronave.
Causas da queda da aeronave
O presidente Aliyev ficou irritado na época da queda do avião e chegou a criticar publicamente a Rússia, que, segundo Ilham, tentaram encobrir a causa do incidente. Entretanto, nesta quinta-feira (09), ele expressou gratidão pelo fato de Putin ter considerado necessário destacar essa questão em nossa reunião, disse Aliyev a Putin.
Foto do avião derrubado (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Anadolu)
Putin afirmou que ambos os mísseis lançados não atingiram o avião diretamente, entretanto, se isso tivesse acontecido, ele teria caído no local, mas eles explodiram, talvez como medida de autodestruição. Assim, o dano foi causado, principalmente, não pelas ogivas, mas provavelmente pelos destroços dos próprios mísseis. Até por isso, o piloto percebeu a colisão com pássaros, o que ele relatou aos controladores de tráfego aéreo russos. Vladimir também afirmou que continua a investigação sobre tudo que aconteceu, poucos metros de distância.
Putin confronta Otan e critica Trump em discurso na Rússia nesta quinta-feira (2). O presidente russo reagiu às declarações do líder dos EUA, Donald Trump, que recentemente chamou a Rússia de “tigre de papel”, e destacou que o país segue avançando mesmo diante da oposição da aliança ocidental.
Durante a fala, Putin afirmou que a Rússia mantém capacidade militar para enfrentar ameaças externas e questionou a credibilidade das acusações de líderes ocidentais sobre ações russas na Europa. Ele também ressaltou que a situação na Ucrânia é consequência de decisões externas, como envio de armas e informações estratégicas por aliados, e alertou que qualquer escalada dependerá dessas iniciativas.
Putin reforçou ainda que Moscou busca estabilidade e controle de suas fronteiras, mas condenou o que chamou de “tentativas de provocar tensão” na região por parte do Ocidente. Segundo ele, a intensificação do conflito será resultado direto de ações externas, não de iniciativa russa.
Putin confronta Otan e critica Trump em Sochi
O presidente russo ironizou relatos de que drones russos teriam invadido o espaço aéreo de países da Otan: “Não vou mais mandar drones para a Dinamarca, prometo”, afirmou. Autoridades europeias relataram incidentes na Polônia e na Estônia, enquanto a Dinamarca chegou a fechar aeroportos temporariamente.
Em seu discurso, Putin confrontou a Otan ao ressaltar que a Rússia enfrenta praticamente toda a aliança e questiona a consistência das críticas: “Se estamos lutando contra toda a Otan e nos chamam de tigre de papel, então o que é a Otan?”. Ele ainda afirmou que a narrativa de ameaça iminente é usada para justificar a escalada militar na região, aumentando a tensão entre os países europeus e os EUA.
Escalada se EUA enviarem mísseis à Ucrânia
Putin alertou que o envio de mísseis de longo alcance, como os Tomahawk, pelos EUA à Ucrânia poderia provocar uma nova fase de escalada no conflito. “É impossível usar Tomahawks sem participação direta de militares americanos. Isso representaria um estágio completamente novo, inclusive nas relações entre Rússia e Estados Unidos”, declarou.
O jornal The Wall Street Journal informou que os EUA planejam fornecer apoio de inteligência à Ucrânia e solicitaram que países da Otan façam o mesmo. Apesar disso, autoridades americanas consideram improvável o envio direto de Tomahawks, que podem atingir até 2.500 km, cobrindo grande parte do território russo estratégico.
Putin ironiza Otan após Trump chamar Rússia de ‘tigre de papel’ (Vídeo: reprodução/YouTube/Terra Brasil)
Defesa militar russa e apelo à negociação
Durante o fórum em Sochi, Putin destacou que a Ucrânia enfrenta escassez de soldados e registros de deserções, enquanto a Rússia mantém contingente suficiente para suas operações militares. Ele defendeu que Kiev busque negociações para encerrar o conflito, ressaltando que Moscou mantém controle das ações e estabilidade interna, e que qualquer escalada futura dependerá de decisões externas.
O presidente russo também criticou líderes europeus por fomentar uma “histeria” sobre uma guerra iminente. “Quero apenas dizer: acalmem-se, durmam tranquilos e cuidem dos seus próprios problemas. Basta observar o que acontece nas ruas das cidades europeias”, afirmou, reforçando o confronto à Otan e mantendo firmeza diante das tensões internacionais.
Repercussão internacional e recado a Trump
Putin aproveitou para rebater a declaração de Trump e enfatizou que a Rússia não se intimida com provocações externas. Ele questionou a postura da Otan e afirmou que qualquer escalada futura dependerá das decisões dos EUA e de seus aliados. Autoridades europeias observaram o discurso com preocupação, destacando que a tensão entre Ocidente e Rússia continua elevada, e reforçando a necessidade de mediação diplomática para evitar confrontos diretos.
O presidente russo também destacou que o conflito na Ucrânia não é apenas um confronto militar, mas um desafio geopolítico envolvendo interesses estratégicos de vários países. Ele acrescentou que a Rússia mantém controle sobre a situação, desafiando qualquer nova ação, especialmente relacionada ao envio de armas e apoio militar à Ucrânia, a qual deixa claro que Putin confronta Otan e mantém firmeza diante das decisões.
Os Estados Unidos estão considerando atender ao pedido da Ucrânia para enviar mísseis Tomahawk de longo alcance, segundo afirmou o vice-presidente americano, J. D. Vance, em entrevista ao programa Fox News Sunday. A medida, ainda em avaliação, busca dar ao país ucraniano capacidade adicional de responder aos frequentes bombardeios e ataques russos com drones e mísseis.
Diplomacia entre EUA, Ucrânia e países europeus
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, solicitou que os EUA vendessem Tomahawks para países europeus, os quais poderiam, por sua vez, remetê-los à Ucrânia. Vance disse que o presidente Donald Trump teria a palavra final sobre autorizar ou não essa operação. Ele afirmou que os Estados Unidos estão avaliando uma série de pedidos do continente europeu relacionados ao armamento.
Ucranianos devem receber apoio bélico para guerra diante da Rússia (Foto: reprodução/EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO)
Essa estratégia diplomática envolve vários atores e etapas. Os EUA não pretendem apenas fazer o envio direto: em muitos casos, os países europeus seriam intermediários. O uso desses mísseis pelos ucranianos representaria uma escalada significativa no conflito, já que o alcance de cerca de 2.500 km permitiria atacar posições russas distantes além da linha de frente.
Impactos militares e riscos de escalada
Os mísseis Tomahawk, com alcance estimado em 2.500 km, seriam um recurso poderoso no arsenal ucraniano diante de bombardeios regulares de mísseis e drones feitos pela Rússia. Se implementada, essa entrega pode ser percebida pela Rússia como uma escalada bélica e gerar respostas mais agressivas.
Historicamente, o governo Trump já recusou em outras ocasiões pedidos semelhantes feitos pela Ucrânia. Ele expressou frustração com a recusa russa em avançar negociações de paz. Vance comentou que a invasão russa se encontra estagnada, com poucos ganhos territoriais recentemente, enquanto lamenta o número de vidas perdidas.
Se os Estados Unidos decidirem avançar com a liberação desses mísseis, o equilíbrio estratégico da guerra poderá mudar. Será uma aposta de risco: fornecer poder ofensivo de longo alcance a um aliado em meio a um confronto intenso pode reconfigurar alianças, estratégias militares e aumentar a tensão entre blocos.
Uma nova apuração de monitor internacional revela que desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, bombas de fragmentação deixaram mais de 1.200 mortos e feridos civis na Ucrânia. O número reflete não apenas a violência direta dos ataques, mas também o perigo persistente das munições não detonadas que ficam espalhadas, funcionando como minas terrestres latentes.
Uso contínuo e efeitos indiscriminados
Essas armas conhecidas como bombas cluster ou de fragmentação funcionam de maneira devastadora porque, ao serem lançadas, se abrem no ar e liberam dezenas de pequenas submunições. Esse mecanismo faz com que grandes áreas sejam atingidas em questão de segundos, sem distinção entre alvos militares e civis.
Em regiões habitadas, o efeito costuma ser ainda mais destrutivo, já que casas, escolas e espaços comunitários ficam no raio de impacto. Como consequência, os ataques não apenas provocam mortes imediatas, mas também deixam um rastro de feridos com sequelas graves, comprometendo famílias inteiras e sobrecarregando o sistema de saúde local.
Presidente ucraniano Volodymyr Zelansky segue lidando com problemas devido a guerra (Foto: reprodução/X/@uric83)
O perigo, porém, não termina no momento da explosão. Uma parte considerável dessas submunições não detona de forma imediata, permanecendo ativa no solo, em plantações ou entre destroços de construções. Esse cenário cria um risco constante para a população, que pode ser atingida dias, meses ou até anos depois do ataque inicial. Crianças, em especial, estão entre as mais vulneráveis, já que confundem os artefatos com objetos comuns.
O Observatório de Minas Terrestres e Munições de Fragmentação alerta que a situação pode ser ainda mais grave do que os números divulgados sugerem, pois muitos incidentes não são mapeados com precisão e inúmeros casos sequer chegam a ser reportados oficialmente.
Falta de tratados e resposta internacional
Nem a Rússia, nem a Ucrânia, assinaram a Convenção sobre Munições de Fragmentação de 2008, que proíbe o uso, produção e estocagem dessas armas. A ausência das duas nações nesse acordo contribui para a escalada no uso desses armamentos. Em 2024, por exemplo, a Ucrânia concentrou a maioria das vítimas civis globalmente causadas por bombas de fragmentação, destacando o peso do conflito sobre sua população. A ONG denuncia ainda um retrocesso preocupante nos esforços globais para erradicar ou ao menos restringir esse tipo de armamento, apontando que a linha entre violações do direito internacional humanitário e ataques indiscriminados continua tênue.
As vítimas incluem mulheres, crianças e pessoas em comunidades agrícolas ou periferias, locais onde a densidade populacional e a falta de estruturas de proteção agravam o impacto. Os danos vão além da morte e ferimentos imediatos: infraestrutura destruída, medo prolongado entre civis e dificuldade de reconstrução.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender a abertura de conversações sobre desnuclearização com Rússia e China. A iniciativa, segundo ele, deve se somar aos esforços para reativar a diplomacia estagnada com a Coreia do Norte.
O então presidente Donald Trump afirmou a jornalistas, na segunda-feira (25), que a desnuclearização da Rússia e da China é uma das prioridades de seu governo. A declaração foi feita na Casa Branca, pouco antes de uma reunião com o presidente sul-coreano Lee Jae Myung. O republicano disse acreditar que Moscou e Pequim demonstram disposição para discutir limites em seus arsenais, ressaltando que a proliferação nuclear não pode continuar.
Temos que acabar com as armas nucleares. O poder é muito grande”, declarou.
Putin e Donald Trum conversando(Foto:Reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)
Mais cedo, em evento separado na Casa Branca, Trump revelou ter tratado do tema com o presidente russo, Vladimir Putin, embora não tenha detalhado quando a conversa ocorreu.
Estamos falando sobre a limitação das armas nucleares. Vamos envolver a China nisso”, acrescentou.
Os comentários coincidem com o desejo expresso por Trump de se reunir ainda este ano com o líder norte-coreano, Kim Jong Un. Até agora, porém, o dirigente de Pyongyang tem ignorado os apelos para retomar o diálogo direto, retomando uma agenda que marcou o primeiro mandato de Trump, entre 2017 e 2021, mas que não resultou em acordos concretos para frear o programa nuclear da Coreia do Norte.
Falou com o Presindente da China também
A proposta de relançar o debate sobre controle de armas nucleares não é inédita. Em fevereiro, o republicano já havia indicado que pretendia envolver Putin e o presidente chinês, Xi Jinping, em discussões sobre limites para os arsenais estratégicos. À época, afirmou que a desnuclearização seria uma prioridade de um eventual segundo mandato.
O movimento ganha força diante da aproximação do prazo de expiração do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo Start), firmado em 2010 e válido até 5 de fevereiro de 2026. O acordo é hoje o último em vigor entre EUA e Rússia para restringir o número de ogivas nucleares e sistemas de lançamento.
Moscou, no entanto, já alertou que as chances de renovação são baixas. Sob o governo anterior, de Joe Biden, Washington tentou atrair a China para negociações formais sobre o tema, mas sem avanços significativos.