STJD volta atrás e absolve Bruno Henrique após condenação por fraude ligada a apostas

Nos últimos tempos, a esfera do futebol e das apostas está interligada. Nesta quinta-feira (13), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu o atacante do Flamengo Bruno Henrique, que havia sido condenado a cumprir 12 jogos de suspensão no início da semana. O processo foi aberto pelo atleta ter dado informações privilegiadas para o irmão apostar.

Julgamento de absolvição 

O placar de 6 a 3 a favor do atacante, para não ser enquadrado no artigo 243-A que previa a punição de jogos, ao invés, ele pagaria multa em dinheiro que está prevista no artigo 191. Neste segundo encontro, o atleta participou remotamente, mas estavam com ele representantes do Flamengo, seu advogado Ricardo Pieri Nunes e o empresário Denis Ricardo.

Ao voltarem, os componentes da mesa julgadora ponderaram os seguintes argumentos: Marco Aurélio Choy, que foi o auditor que vista do processo, explicou que há indício de que o atleta não foi beneficiado pelas apostas feitas para que ele tomasse o cartão amarelo.

Partilhando do mesmo pensamento que ele, os julgadores Sérgio Furtado Filho, Rodrigo Aiache, Antonieta da Silva, Marcelo Bellizze e Luís Otávio Veríssimo, presidente do STJD, decidiram que fosse aplicada somente a multa de 100 mil reais sem punição de jogos.

Os três votos contra deram um contraponto que seria a informação privilegiada para Maxwell Vieira Bruno Henrique se enquadra no artigo 243-A e a punição seria 270 dias de suspensão mais multa de 75 mil reais. Mariana Barreiras acompanhou o vice-presidente do STJD. Já Luiz Felipe Bullus entendeu como infração e ação antiética, portanto o atleta tinha que cumprir 12 jogos de suspensão sem multa.


Explicações do advogado de Bruno Henrique (Video: reprodução/YouTube/Uol Esportes)

Indiciamento do atleta e dos familiares

O caso envolve o indiciamento de Bruno Henrique juntamente com seus familiares por um cartão amarelo tomado de propósito no jogo do Flamengo contra o Santos em novembro de 2023. Segundo as provas do Ministério Público do DF, a atleta avisou seu irmão Wander Nunes Pinto que pegou a informação e, juntamente com mais sete pessoas, fez apostas em bets, garantindo um retorno financeiro.

As investigações tiveram início em agosto de 2023, em novembro daquele ano buscas foram feitas, onde detectaram as mensagens no celular de Wander, para que em abril deste ano houvesse o indiciamento dos envolvidos.

Na alegação da defesa do atleta, foi passado que ele não teve benefício financeiro nenhum com a aposta. E que a decisão de tomar o cartão amarelo veio diretamente do Flamengo para que ele pudesse ficar à disposição em uma partida que o clube carioca precisasse dele. Com a decisão favorável, Bruno Henrique pode jogar os seis jogos restantes do campeonato.

STJD remarca julgamento de Bruno Henrique do Flamengo

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou, nesta segunda-feira (10), a definição da pena do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. A sessão, realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro, foi interrompida após o auditor Marco Aurélio Choy pedir vista do processo, o que suspendeu momentaneamente o julgamento. A nova data ficou marcada para quinta-feira (12), às 15h (de Brasília), e o caso será o único na pauta do dia.

Apesar de o colegiado já ter mantido a condenação do jogador, a penalidade exata ainda não foi fixada. O relator Sérgio Furtado Filho votou a favor de uma punição exclusivamente financeira, sugerindo multa de R$ 100 mil e afastando a aplicação do artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que poderia resultar em suspensão de até 12 partidas. Segundo o relator, o atleta deveria ser responsabilizado apenas com base no artigo 191, que trata do descumprimento de deveres regulamentares.

Defesa alega prescrição do processo

Bruno Henrique havia sido condenado em 4 de setembro a 12 jogos de suspensão no Campeonato Brasileiro, além de multa de R$ 60 mil. No entanto, a defesa do atacante, formada pelos advogados Michel Assef Filho, Ricardo Pieri Nunes e Alexandre Vitorino, voltou a argumentar pela prescrição do processo. A equipe jurídica afirma que o STJD extrapolou o prazo previsto pelo CBJD para oferecimento da denúncia.

De acordo com o código, a Procuradoria tem até 60 dias para apresentar a denúncia após tomar ciência de um possível ilícito. A defesa sustenta que o órgão recebeu as provas em 7 de maio de 2025, o que faria o prazo expirar em 6 de julho. Contudo, a denúncia só foi protocolada em 1º de agosto. Para os advogados, isso configuraria atraso e invalidaria o processo.

O subprocurador-geral Eduardo Ximenes, que representou a Procuradoria na sessão, rebateu o argumento. Segundo ele, o prazo começou a contar apenas quando a instituição teve acesso integral às provas, o que teria ocorrido após a conclusão da apreensão de documentos e celulares pela Polícia Federal. “A Procuradoria só teve acesso quando foram apresentadas as provas, após a busca e apreensão. Se acatado o pedido de prescrição, veríamos a primeira invenção jurisprudencial”, declarou Ximenes durante a sustentação.


Bruno Henrique saindo do julgamento no STJD (Vídeo: reprodução/X/@FlaConect)


Pressão externa e expectativa pelo desfecho

A defesa também criticou a condução do processo. Michel Assef Filho questionou o tempo de sustentação oral da Procuradoria — 22 minutos — e afirmou que o caso deveria ter sido julgado antes. “O fato era conhecido por todos. Caberia à Justiça Desportiva investigar, mas não o fez no momento adequado. Acreditou-se que as provas eram insuficientes”, disse o advogado.

Com o pedido de vista de Marco Aurélio Choy, o julgamento será retomado na quinta-feira (12), a partir do ponto em que foi interrompido. A expectativa é que o STJD defina se Bruno Henrique cumprirá uma nova suspensão, pagará apenas multa ou se haverá outro tipo de punição. Enquanto isso, o atacante segue à disposição do técnico Tite e do Flamengo, que aguardam o desfecho para saber se poderão contar com o jogador na reta final do Campeonato Brasileiro.

STJD denuncia Bruno Henrique por manipulação de resultados

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou Bruno Henrique, atacante do Flamengo, por suposta manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro. A base da acusação é de que o atleta teria forçado um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos no ano de 2023. A informação foi divulgada primeiramente pelo UOL e confirmada depois pelo jornal Lance!.

A denúncia contra Bruno Henrique

A denúncia do STJD se baseia em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O jogador do Flamengo é acusado de prejudicar propositalmente o Flamengo e atuar contra à ética desportiva para interferir no resultado.


Bruno Henrique foi denunciado pelo STJD (Foto: reprodução/Instagram/@gilvandesouza)

O primeiro, artigo 243 do CBJD, fala sobre “atuar deliberadamente de forma prejudicial à equipe que defende”. O segundo, artigo 243-A do mesmo código, aborda as ações “contrárias à ética desportiva, com o objetivo de influenciar o resultado de partida”, com punição de 12 a 24 jogos de suspensão para quem descumprir a regra.

Entenda o caso

A investigação teve início em 2024, após a Polícia Federal e o Ministério Público darem início à Operação Spot-Fixing. A suspeita é de que o jogador tenha forçado a punição em 1º de novembro de 2023, durante a partida contra o Santos, em que foi expulso após receber um cartão amarelo por reclamação. Em abril de 2025, Bruno Henrique foi formalmente indiciado pela Polícia Federal. Em maio, o jogador prestou depoimento ao STJD, que agora conduz o processo na esfera desportiva.


Bruno Henrique, jogador do Flamengo (Foto: reprodução/Gilvan de Souza/Flamengo)

As autoridades investigam se Bruno Henrique teria propositalmente provocado a advertência para beneficiar familiares e amigos que haviam apostado no ocorrido. De acordo com a Polícia Federal, foram encontradas mensagens no celular do irmão do jogador do Flamengo mostram que ele teria confirmado estar “pendurado” com dois cartões amarelos e teria instruído o momento em que seria advertido, gerando evidências para seu indiciamento por fraude em evento esportivo.

Zagueiro do Internacional enfrenta julgamento no STJD e pode perder jogos importantes

O zagueiro Vitão, do Internacional, terá o recurso analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na manhã desta quinta-feira (31). A análise vai decidir se ele pode continuar jogando normalmente, depois de ter recebido uma suspensão de dois jogos no meio do ano. A punição aconteceu por conta de comentários feitos pelo jogador logo após a derrota do time para o Corinthians, quando ele reclamou da arbitragem.

Na reclamação, Vitão apontou que o árbitro Paulo César Zanovelli da Silva e seus assistentes favoreceram o time adversário, principalmente ao expulsar o volante Bruno Henrique.

O que Vitão falou e o pedido para continuar jogando

As declarações que motivaram a punição foram feitas na zona mista da Neo Química Arena, onde Vitão afirmou que o Internacional enfrentava um time desfavorecido pela arbitragem, que parecia atuar contra ele. Ele questionou, por exemplo, a expulsão do volante e outras decisões como um pênalti que, segundo ele, não foi analisado pelo VAR.

Após receber a suspensão, o departamento jurídico do Internacional entrou com um pedido para que Vitão pudesse continuar jogando enquanto o recurso fosse avaliado. Isso permitiu que ele atuasse nas partidas contra Vitória, Ceará e Santos.


Vitão foi campeão gaúcho com o Inter em 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@vitao44)

Se o STJD decidir manter a punição, Vitão não poderá jogar contra São Paulo, no próximo domingo (3), no Beira-Rio, nem contra o Bragantino, no sábado seguinte (9), em São Paulo.

Situação atual do jogador e próximos jogos

No domingo passado (27), Vitão ficou fora do jogo contra o Vasco porque estava suspenso automaticamente por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Nesta quarta-feira (30), ele voltou a ficar disponível para o técnico Roger Machado e pode ser escalado no jogo contra o Fluminense, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

O julgamento desta quinta será importante para definir se Vitão poderá atuar nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro.

Santos é multado em R$ 95 mil após confusão na Vila Belmiro pela Copa do Brasil

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) multou o Santos em R$ 95 mil pelos episódios de violência registrados na Vila Belmiro durante a partida contra o CRB, realizada em 1º de maio. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (28) pela Primeira Comissão Disciplinar da entidade.

O tribunal aplicou duas penalidades com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que obriga o clube mandante a prevenir desordens, invasões e arremessos de objetos. O valor total da punição foi dividido em R$ 50 mil por desordem no estádio e R$ 45 mil por arremessos e tentativa de invasão de área restrita.

Segundo a súmula do árbitro Lucas Paulo Torezin, torcedores lançaram copos plásticos no gramado ainda durante a partida. Após o apito final, a situação se agravou. Parte da torcida tentou invadir a sala de imprensa e entrou em confronto com a Polícia Militar dentro e fora do estádio. Além disso, rojões e bombas intensificaram o cenário de violência.

Clima de tensão marcou partida e agravou crise no clube

A partida foi a primeira de Cléber Xavier à frente do time. O Santos já enfrentava forte pressão por resultados ruins na temporada. Apesar da atuação em casa, a equipe não conseguiu vencer. O goleiro Gabriel Brazão defendeu um pênalti nos minutos finais e evitou a derrota.

Mesmo assim, a torcida demonstrou insatisfação com o desempenho. Ainda no apito final, objetos foram lançados ao campo. Em seguida, parte dos torcedores avançaram em direção à área de imprensa, exigindo a atuação imediata da polícia.

A Comissão Disciplinar avaliou que o clube não tomou as medidas necessárias para conter a violência. O julgamento considerou o contexto de tensão, mas destacou que o Santos deveria ter reforçado a segurança. Até o momento, o clube não anunciou se irá recorrer da decisão.


Melhores momentos da primeira partida de ida entre Santos e CRB (Vídeo: reprodução/YouTube/Ge)

Fora da Copa do Brasil, Santos concentra esforços no Brasileirão

Após o empate na Vila Belmiro, o Santos perdeu a vaga nos pênaltis no jogo de volta, em Alagoas. Eliminado da Copa do Brasil, o time concentra os esforços no Campeonato Brasileiro. Atualmente, ocupa a zona de rebaixamento e não vence há duas rodadas.

Apesar da eliminação, Cléber Xavier permanece no comando. A diretoria acredita que uma recuperação no torneio nacional pode conter a crise. O próximo desafio será contra o Juventude, na segunda-feira (4), no Morumbis. O clube espera o apoio da torcida para reverter o momento.

Além disso, o departamento de segurança do Santos começou a revisar os protocolos internos. A medida visa evitar novos incidentes, já que o clube segue sob vigilância do STJD. Casos reincidentes podem resultar em punições mais severas, como perda de mando ou jogos com portões fechados.

Bruno Henrique depõe ao STJD em investigação sobre apostas esportivas

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, prestou depoimento ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quinta-feira (29), como parte da investigação sobre um possível esquema de manipulação de apostas esportivas. A suspeita gira em torno de um cartão amarelo recebido pelo jogador em partida contra o Santos, em outubro de 2023. Segundo as investigações, a infração teria sido proposital, com o objetivo de favorecer apostadores, incluindo o próprio irmão do atleta.

O jogador havia sido convocado para audiência na última segunda-feira (27), mas não compareceu, alegando conflito de horário com o treino do Flamengo no CT Ninho do Urubu. Com folga nesta quinta, Bruno Henrique participou da sessão virtualmente. O depoimento foi parte fundamental do processo que corre em sigilo e ainda está em fase de apuração.

Entenda o caso que envolve Bruno Henrique

O inquérito foi aberto oficialmente no dia 7 de maio, após o STJD receber provas encaminhadas pela Polícia Federal. A PF encontrou em dispositivos eletrônicos do irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Júnior, conversas que sugerem envolvimento direto de Bruno Henrique no esquema. Além dele, outras pessoas próximas, como a esposa de Wander e uma prima do atacante, também foram indiciadas por envolvimento nas apostas.


Bruno Henrique teria forçado cartão amarelo em partida contra o Santos, em outubro e 2023, para beneficiar apostadores (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNEsportes)

Os investigados teriam apostado em eventos específicos durante o jogo, como a aplicação de cartões, prática conhecida como “spot-fixing”. O caso está agora nas mãos do Ministério Público do Distrito Federal, que analisará o relatório da PF para decidir sobre a apresentação de denúncia formal.

Defesa tenta arquivar processo

A equipe jurídica de Bruno Henrique tenta anular o processo. A defesa protocolou pedido para transferir o caso da Justiça Estadual para a Justiça Federal, alegando irregularidades processuais. Também solicitou o arquivamento do inquérito e a exclusão das provas colhidas até o momento, com o argumento de que elas teriam sido obtidas sem a devida competência legal.

Enquanto o caso segue em análise, Bruno Henrique continua treinando normalmente com o elenco do Flamengo. O clube ainda não se manifestou oficialmente sobre o depoimento do jogador ou o andamento do processo.



Procuradoria do STJD toma decisão sobre confusão na final da Copa do Brasil

Nesta segunda-feira (11), a procuradoria do STJD denunciou o Atlético-MG devido às cenas de violência que aconteceram na Arena MRV durante a final da Copa do Brasil, que aconteceu no último domingo (10). O time mineiro pode perder até dez mandos de campo, após ter sido denunciado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Procuradoria denuncia

O pedido que a Procuradoria realizou ao presidente do STJD é que a Arena MRV seja fechada até o julgamento da denúncia, que ainda não possui data marcada. Devido a isso, o Atlético iria mandar suas partidas em outro local e sem a presença dos torcedores.

Os procuradores da denúncia realizada são Paulo Dantas, Mariana Andrade Rabelo, Eduardo Araújo e João Marcos Siqueira. O documento relata as bombas arremessadas no campo, invasões ao gramado e aponta incapacidade da organização do estádio em realizar um jogo. No total, são 17 páginas, com imagens. A análise será realizada pelo presidente do STJD, Luis Octavio Veríssimo.

O documento cita: “as gravíssimas falhas do clube mandante ao não prevenir e conter imediatamente os atos de violência e de enorme desordem […] corroboram a existência de risco concreto, que somente será afastado quando houver a comprovação da tomada de medidas logísticas, estruturais, administrativas e disciplinarias necessárias para fins de manutenção da segurança do estádio”.


Raphael Claus, árbitro do jogo, observando a confusão na Arena MRV depois da final da Copa do Brasil (Foto: reprodução/Gilson Lobo/AGIF)

Briga dos torcedores

Aos 37 minutos do segundo tempo, Gonzalo Plata marca para o Flamengo, e com isso os ânimos se afloraram e a situação saiu totalmente do controle.

Aconteceram brigas entre jogadores e comissão técnica dentro de campo, a invasão de um atleticano no campo, arremesso de copos e objetos por parte dos torcedores, e até mesmo bombas atiradas o campo, chegando perto de alguns jogadores do Flamengo. Alguns sinalizadores foram acesos por torcedores na arquibancada. A partida ficou parada aproximadamente seis minutos até que o controle fosse retomado pelas forças de segurança.

Após o final do jogo, outra confusão se desenrolou. Torcedores mineiros danificaram uma das entradas laterais de acesso ao gramado, tentaram invadir, arremessaram objetos nos seguranças e precisaram ser contidos pela equipe de segurança. Hulk e Battaglia chegaram a ir ao local e pediram para que os torcedores parassem com os atos.

STJD pune Alcaraz e Yuri Alberto após confusão no jogo entre Flamengo e Corinthians

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou, na manhã desta sexta-feira (18), as punições decorrentes da confusão ocorrida ao final do jogo entre Corinthians e Flamengo, realizado no dia 1º de setembro, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Entre os envolvidos estão o atacante corintiano Yuri Alberto e o meia rubro-negro Carlos Alcaraz, que foram denunciados por agressão física. Além deles, outros membros de ambas as equipes foram penalizados. 

A confusão em campo

O confronto entre Corinthians e Flamengo, que terminou com uma vitória de 2 a 1 para o time paulista, foi marcado por uma confusão nos minutos finais, o que resultou em quatro expulsões. O estopim foi uma entrada violenta de Yuri Alberto em Wesley, jogador do Flamengo, que provocou reações imediatas de jogadores dos dois lados. 


Confusão na partida entre Corinthians e Flamengo (Reprodução/Youtube/TNT Sports Brasil)


A briga se intensificou quando Carlos Alcaraz, do Flamengo, reagiu ao lance, acertando um soco no zagueiro Cacá, do Corinthians, que havia segurado o pescoço do meia flamenguista. Essa troca de agressões escalou rapidamente, envolvendo jogadores, membros das comissões técnicas e até gandulas.

Além dos jogadores, o auxiliar técnico do Corinthians, Emiliano Díaz, foi expulso por conduta antidesportiva ao proferir ofensas ao árbitro. A súmula da partida relatou uma série de comportamentos inadequados, incluindo acusações de retardo na reposição de bola por parte dos gandulas. O incidente gerou grande repercussão, e todos os envolvidos foram submetidos ao julgamento do STJD, que aplicou punições rigorosas.

As punições aplicadas pelo STJD

O STJD foi duro em suas decisões. Yuri Alberto, por ter desferido chutes fora da disputa de bola, foi enquadrado no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de agressões físicas durante a partida, recebendo uma suspensão de dois jogos. Já Alcaraz, por ter dado um soco no zagueiro Cacá, foi punido de forma mais severa, com quatro partidas de suspensão. Ambas as punições são válidas exclusivamente para jogos do Campeonato Brasileiro, o que significa que os jogadores poderão atuar normalmente em outras competições, como a Copa do Brasil.


As punições para as duas equipes foram severas (Foto: reprodução/TNT Sports/Renan Melo/MyPhoto Press/Gazeta Press)

O zagueiro Cacá, do Corinthians, que havia se envolvido segurando o pescoço de Alcaraz, também foi penalizado com dois jogos de suspensão por conduta hostil, enquadrado no artigo 250 do CBJD. O auxiliar técnico Emiliano Díaz foi suspenso por um jogo, após ser expulso por ofensas ao árbitro, enquanto outros envolvidos na confusão, como os gandulas Thiago Rezetti e Alessandro da Silva, receberam suspensões de 20 dias por retardarem o reinício da partida, o que foi relatado na súmula.

Os clubes também não escaparam das sanções: Corinthians e Flamengo foram multados em R$ 5 mil cada um por suas participações no tumulto. Além disso, ambas as equipes foram penalizadas em R$ 3 mil cada pelo atraso de três minutos no início da partida.

As consequências para as equipes no Brasileirão

As suspensões causam impacto direto nas equipes, especialmente no Campeonato Brasileiro. No caso do Corinthians, a ausência de Yuri Alberto por dois jogos é um desfalque importante, já que ele é uma das principais referências no ataque. O time paulista precisará buscar alternativas para manter o desempenho ofensivo nas próximas rodadas, especialmente em um momento decisivo da temporada. Já Emiliano Díaz, auxiliar técnico de Fernando Lázaro, também desfalca a comissão técnica corintiana, mas sua ausência deve ser menos sentida em campo.


Yuri Alberto foi punido com 2 jogos de suspensão (Foto: reprodução/Instagram/@yurialberto)

Para o Flamengo, a perda de Alcaraz por quatro partidas é ainda mais significativa, considerando que o meia é peça-chave na construção das jogadas. O técnico rubro-negro precisará reorganizar o setor de meio-campo para os próximos compromissos no Brasileirão. No entanto, ambos os clubes têm a vantagem de contar com os jogadores para a semifinal da Copa do Brasil, o que pode minimizar o impacto imediato das punições.


Alcaraz teve uma punição de 4 jogos suspenso (Foto: reprodução/Instagram/@_alcaraz22)

Além disso, as multas impostas às duas equipes e as punições aos membros da equipe técnica e aos gandulas refletem uma mensagem clara do STJD sobre a intolerância a qualquer tipo de comportamento antidesportivo. As penalidades financeiras e as suspensões servem de alerta para outros clubes e atletas quanto à importância da disciplina em campo.

Julgamento que pode anular duelo entre São Paulo e Fluminense é adiado pelo STJD

Na última quinta-feira (26), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou o julgamento que analisa o pedido do São Paulo para anulação do jogo com o Fluminense, que foi disputada no dia 1º de setembro, pela 25ª rodada do Brasileirão, no Maracanã. A auditora Antonieta Pinto pediu vista para avaliar melhor o caso. Com isso, o julgamento foi adiado para a próxima sessão, que ainda não tem data.

Pedido do São Paulo

O time paulista ingressou com o processo pedindo a anulação do jogo contra o Fluminense por considerar que o árbitro Paulo César Zanovelli descumpriu uma regra da partida no lance em que Kauã Elias marcou o gol da equipe carioca. O São Paulo ainda afirma que aconteceu um “erro de direito”, o que abre brecha para a anulação e remarcação do jogo.

Com isso, o clube quer o não reconhecimento do resultado da partida, anulação devido a um erro de direito, remarcação do embate nos mesmos moldes, com exceção da equipe de arbitragem, e afastamento de Paulo César Zanovelli da Silva de futuros jogos do São Paulo.


torcida do São Paulo (Foto: reprodução/Instagram/@saopaulofc)

 Posicionamento do Fluminense

O time carioca argumenta que a falta foi para o próprio time e que essa ação não resultou em uma vantagem, uma vez que se a bola não parasse, Thiago Silva poderia ter tomado uma ação mais rápida e conseguiria uma vantagem maior. Ainda é destacado o atraso para entrar com o pedido e um possível benefício para o infrator.

O caso polêmico

O lance em questão acontece no primeiro gol, que foi marcado por Kauã Elias. Aos 31 minutos do primeiro tempo, na origem da jogada, o juiz teria dado vantagem em falta de Thiago Santo em Calleri. Logo depois, Thiago Silva pega a bola com a mão para cobrar rapidamente a suposta infração.

Ao iniciar a comunicação com o VAR, o árbitro afirma ter mandado o jogo seguir, porém, ao se deparar com o lance, Zanovelli se contradiz, fator que fez com que o STJD aceitasse a notícia de infração impetrada pelo São Paulo.

O Fluminense venceu o jogo por 2 a 0. Nos acréscimos, Keno marcou o segundo gol.

Luis Zubeldía será julgado pelo STJD na próxima semana

Nesta quinta-feira (29), o treinador Luis Zubeldía, do São Paulo, foi denunciado pelo Superior Tribunal da Justiça Desportiva (STJD) pela expulsão no duelo contra o Athletico, quando o Tricolor venceu por 2 a 1, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico argentino será julgado pela 1ª Comissão Disciplinar na próxima segunda-feira (2), às 11 horas, no horário de Brasília.

A expulsão

Naquele jogo que aconteceu no início de julho, Zubeldía tomou dois cartões amarelos por invadir o campo. Além dele, o STJD ainda vai julgar o auxiliar Maxi Cuberas, expulso por reclamação, e o ganho pode ser de um a seis jogos de suspensão, o que pode ser substituído por advertência a depender da gravidade de atitude.

Os dois foram enquadrados no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, CBJD, o de “assumir qualquer conduta contrária a disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras”.



As suspensões de Zubeldía tem sido recorrente desde a chegada do treinador ao São Paulo, no final de abril. Até aqui, ele tomou 14 cartões amarelos e dois vermelhos, e vive desfalcando o time em partidas importantes, como no duelo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG, no Morumbis.

Maxi Cuberas assumiu o lugar de Zubeldía no último jogo

O auxiliar de Zubeldía foi criticado por ter efetuado somente uma substituição na derrota do São Paulo para o Atlético-MG, que aconteceu na última quarta-feira (28). A partida foi válida pela ida das quartas de final da Copa do Brasil, no Morumbis, e o profissional explicou a sua decisão afirmando que a equipe estava bem na partida.

A análise da comissão técnica era de que o time conseguia impor seu estilo de partida, e por isso, não julgou que era necessário fazer grandes mudanças. Somente Rodrigo Nestor saiu do banco de reservas e substituiu Wellington Rato, aos 44 minutos do segundo tempo.