Nunes Marques, ministro do STF, derruba autorizações municipais para exploração de loterias e bets

Na quarta-feira (4), o ministro da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, suspendeu, liminarmente, todas as leis municipais no Brasil que autorizavam o funcionamento de loterias e bets.

A decisão de Nunes Marques também suspende todas as licitações decorrentes dessas legislações. Ou seja, quando as prefeituras abrem licitações para contratar empresas responsáveis por operar esses jogos, concursos públicos e outros tipos de contratos, todos ficam, no momento, suspensos.

Neste mesmo documento apresentado pelo ministro Nunes Marques, é solicitado um referendo da decisão pelo plenário da Corte. Ou seja, que os outros ministros da Segunda Turma do STF votem para manter a decisão, alterá-la ou derrubá-la.

Ele solicitou também que o presidente do STF, Edson Fachin, agende uma sessão virtual para que os ministros analisem a medida e, depois, possam votar.

Decisão do Ministro Nunes Marques

A liminar foi concedida pelo ministro Nunes Marques por conta da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1212, apresentada pelo partido Solidariedade. Ou seja, ela serve para questionar leis, atos ou decisões que possam violar princípios essenciais da Constituição.

A liminar alega haver uma proliferação de loterias municipais e que, portanto, essas iniciativas estariam passando por cima da competência privativa da União para legislar sobre consórcios e sorteios.


Post sobre a Liminar do ministro Nunes Marques (Foto: Reprodução/X/@STF_oficial)


O ministro Nunes Marques, na suspensão, destacou que a medida é justificada para propor uma solução que busca uniformizar as leis em âmbito nacional.

Além disso, Nunes definiu uma multa de R$ 500 mil aos municípios e empresas que continuarem prestando serviços de loterias e bets, e de R$ 50 mil aos prefeitos e presidentes das empresas que também continuarem prestando o serviço após essa suspensão.

Outras considerações para a suspensão

Além dos motivos citados anteriormente, o ministro do STF Nunes Marques entende que essa sistemática é difusa e pulverizada — ou seja, quando as decisões ou normas são desorganizadas e criadas por várias autoridades separadamente.

Ela está promovendo “um esvaziamento drástico” da fiscalização conduzida pelo Executivo federal e dificultando a uniformização de parâmetros, regras publicitárias e mecanismos de defesa dos direitos do consumidor e da saúde do usuário das loterias e bets.


Post sobre a suspensão dos serviços de loterias e apostas esportivas (Foto: Reprodução/Instagram/@supremotribunalfederal)


Para concluir, o ministro Nunes Marques enfatizou que, somente neste ano de 2025, após o ajuizamento da ação, 55 municípios de 17 estados criaram loterias para explorar as modalidades de apostas, inclusive as esportivas (bets). Isso exemplifica exatamente o porquê de se sistematizá-las: para garantir um melhor controle da União e também por uma preocupação com a saúde pública dos usuários dessas modalidades de jogos de apostas.

Zagueiro do Internacional enfrenta julgamento no STJD e pode perder jogos importantes

O zagueiro Vitão, do Internacional, terá o recurso analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na manhã desta quinta-feira (31). A análise vai decidir se ele pode continuar jogando normalmente, depois de ter recebido uma suspensão de dois jogos no meio do ano. A punição aconteceu por conta de comentários feitos pelo jogador logo após a derrota do time para o Corinthians, quando ele reclamou da arbitragem.

Na reclamação, Vitão apontou que o árbitro Paulo César Zanovelli da Silva e seus assistentes favoreceram o time adversário, principalmente ao expulsar o volante Bruno Henrique.

O que Vitão falou e o pedido para continuar jogando

As declarações que motivaram a punição foram feitas na zona mista da Neo Química Arena, onde Vitão afirmou que o Internacional enfrentava um time desfavorecido pela arbitragem, que parecia atuar contra ele. Ele questionou, por exemplo, a expulsão do volante e outras decisões como um pênalti que, segundo ele, não foi analisado pelo VAR.

Após receber a suspensão, o departamento jurídico do Internacional entrou com um pedido para que Vitão pudesse continuar jogando enquanto o recurso fosse avaliado. Isso permitiu que ele atuasse nas partidas contra Vitória, Ceará e Santos.


Vitão foi campeão gaúcho com o Inter em 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@vitao44)

Se o STJD decidir manter a punição, Vitão não poderá jogar contra São Paulo, no próximo domingo (3), no Beira-Rio, nem contra o Bragantino, no sábado seguinte (9), em São Paulo.

Situação atual do jogador e próximos jogos

No domingo passado (27), Vitão ficou fora do jogo contra o Vasco porque estava suspenso automaticamente por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Nesta quarta-feira (30), ele voltou a ficar disponível para o técnico Roger Machado e pode ser escalado no jogo contra o Fluminense, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

O julgamento desta quinta será importante para definir se Vitão poderá atuar nas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro.

Anvisa suspende protetor solar e cosméticos vendidos sem autorização no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta segunda-feira (15), por meio de publicação no Diário Oficial da União (DOU), a suspensão da comercialização, distribuição, propaganda e uso de diversos cosméticos irregulares no Brasil. Entre eles está o protetor solar Antiox C FPS 58, da marca Cosmobeauty, que não possui registro sanitário válido no país. Todos os lotes do produto, fabricado pela empresa Biodomani Indústria e Comércio Ltda., devem ser recolhidos do mercado.

Além disso, a agência proibiu todos os produtos da empresa Treelife Pharmah Ltda., que, além de não possuir registro de seus cosméticos, não tem sequer autorização para funcionar como fabricante no Brasil. A empresa promovia cremes com alegações consideradas enganosas, como a promessa de “alto gasto calórico em repouso”, sem qualquer comprovação científica.

O que uma empresa precisa para vender cosméticos no Brasil?

Para comercializar produtos cosméticos no Brasil, as empresas precisam seguir regras rigorosas da Anvisa. Em primeiro lugar, é necessário obter Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), documento que comprova que a empresa está apta a operar no setor regulado. Depois disso, cada produto cosmético deve ser regularizado, o que pode ocorrer por registro sanitário (no caso de produtos mais complexos, como filtros solares) ou notificação (para cosméticos de risco menor).


Processo farmacêutico de produção de cosméticos (Foto: reprodução/Mr Vito/Getty Images embed)


No caso dos produtos suspensos, nem a Cosmobeauty regularizou seu protetor solar Antiox C, nem a Treelife Pharmah tinha qualquer autorização para operar, o que torna sua atuação completamente ilegal no território nacional.

Produtos com promessas exageradas e riscos à saúde

A Anvisa também alertou para os riscos do consumo de cosméticos com alegações falsas ou não comprovadas, como os vendidos pela Treelife Pharmah. Produtos que prometem resultados milagrosos sem respaldo técnico ou científico podem representar sérios riscos à saúde pública, além de induzir o consumidor ao erro. A medida da agência visa proteger a população contra o uso de itens que não passaram por testes adequados de eficácia e segurança.

O papel da Anvisa

A suspensão dos produtos irregulares reforça o papel da Anvisa na proteção da saúde pública e no combate à atuação de empresas que operam à margem da legislação sanitária. A população deve sempre verificar se um produto é regularizado e se a empresa responsável está autorizada a operar no Brasil antes de realizar a compra.

PSG enfrenta o Real Madrid desfalcado na semifinal do Mundial

O técnico Luis Enrique tem dois desfalques confirmados para a semifinal do Mundial de Clubes. O PSG enfrenta o Real Madrid na próxima quarta-feira (9), às 16h (de Brasília), no MetLife Stadium, em Nova Jersey. Quem vencer o jogo vai para a final contra o ganhador de Fluminense x Chelsea.

Suspensos do Mundial

O Comitê Disciplinar da Fifa suspendeu Lucas Hernández e Willian Pacho, do PSG, por dois jogos após as expulsões com cartão vermelho direto contra o Bayern de Munique, pelas oitavas de final do Mundial de Clubes. Com isso, os dois estão fora do restante do torneio, mesmo que o time avance à final. A decisão é definitiva e não cabe recurso.

As suspensões foram aplicadas com base no artigo 14, parágrafo 1, alínea e do Código Disciplinar da Fifa. Na partida contra o Bayern, Willian Pacho foi expulso por uma falta violenta em Goretzka. Já Lucas Hernandez levou o cartão vermelho por uma cotovelada em Raphaël Guerreiro, fora da disputa pela bola, em uma atitude considerada agressiva.

Normalmente, o regulamento do Mundial de Clubes prevê suspensão de um jogo em casos de cartão vermelho direto. No entanto, devido à gravidade das atitudes de Pacho e Hernandez, a Fifa decidiu aumentar a punição para dois jogos, conforme determina o artigo 14 do Código Disciplinar.


Treinamento do PSG antes da partida contra o Real Madrid no Mundial de Clubes (Foto: reprodução/X/@PSG_inside)

Prováveis escalações

Com as mudanças, o Paris Saint-Germain deve entrar em campo contra o Real Madrid com a seguinte formação: Donnarumma; Achraf Hakimi, Marquinhos, Beraldo e Nuno Mendes; João Neves, Vitinha e Fabián Ruiz; Doué, Dembélé e Kvaratskhelia.

O Real Madrid também terá desfalques para essa partida, o zagueiro Huijsen foi expulso na partida contra o Borussia Dortmund e Endrick está se recuperando de uma lesão muscular. O provável Real Madrid conta com: Courtois, Alexander-Arnold, Rüdiger, Asencio, Fran García, Valverde, Tchouameni, Arda Güler, Bellingham, Gonzalo García, Vinícius Júnior.

Funcionários venezuelanos são suspensos pela Disney após decisão da Suprema Corte

A Disney World Company, na última terça-feira (20), enviou um comunicado aos seus funcionários de nacionalidade venezuelana, sediados na Flórida, de que perderão seus empregos caso não comprovem o status de permanência legal no país. A ação é baseada na decisão da Suprema Corte dos EUA que permitiu a revogação de 350 mil vistos destes imigrantes. 

No comunicado, a empresa informa que tais funcionários cumprirão licença não remunerada  por 30 dias, a partir do recebimento do comunicado e, caso não apresentem uma nova autorização de permanência legal, serão demitidos. 

Conforme informou um funcionário sob condição de anonimato, ele foi impedido de assumir seu posto de trabalho em um Resort da Companhia no estado da Flórida, nos EUA, devido às medidas adotadas pela Disney. O impedimento abrange cidadãos venezuelanos que possuem “Status de Proteção Temporária” (TPS).

Status de Proteção Temporária

O TPS, ou Status de Proteção Temporária, foi criado pelo Congresso dos EUA na década de 1990. Este programa de ajuda humanitária, concede autorização de trabalho a imigrantes de países que enfrentam epidemias, desastres naturais ou conflitos armados, por exemplo.  

Apesar de “temporária”, a autorização pode ser prorrogável, com muitos desses imigrantes vivendo nesta condição por décadas, no país. Estima-se que, atualmente, mais de meio milhão de pessoas vivem nos EUA  com o TPS. 


Publicação sobre o programa “Status de Proteção Temporária’ (Foto: reprodução/Instagram/@entrefronteirasusa)


Em seu primeiro mandato, o presidente Donald Trump pretendeu acabar com o Status de Proteção Temporária, sem sucesso. Enquanto o seu sucessor, Joe Biden, estendeu o programa a outras nacionalidades, além de propor leis para que muitos desses imigrantes conseguissem cidadania americana. 

Agora, em seu segundo mandato, Trump conseguiu autorização da Suprema Corte dos EUA para a deportação de 350 mil venezuelanos. Gerando debates na comunidade internacional, uma vez que, segundo especialistas, a Venezuela permanece como um país inseguro para se viver. 

Decisão da Suprema Corte

A autorização, que ocorreu na última segunda-feira (19), concedida a Donald Trump pela Suprema Corte do país, permite que o presidente americano deporte 350 mil venezuelanos, avaliados por seu governo como “estereótipos negativos”. 

Ao tomar posse, em janeiro (2025), Kristi Noem, secretária de Segurança Interna dos EUA, havia revogado a permanência desses imigrantes no país. Decisão barrada, anteriormente, pelo juiz distrital Edward Chen. No entanto, o caso teve uma reviravolta quando a Suprema Corte decidiu a favor de Noem esta semana.

A FDW.us, uma organização não governamental voltada para assuntos relacionados a imigração, sediada em Washington, nos EUA, declarou em carta aberta preocupação com a decisão da Suprema Corte. Segundo a organização, tanto o presidente Donald Trump, quanto o Secretário de Estado Marco Rubio, classificam a Venezuela como um país sem condições humanitárias para se viver.


Carta aberta da FDW.us sobre desisão da Suprema Corte dos EUA (Foto: reprodução/X/@FWDus)

Conforme a FDW.us, ao revogar o Status de Proteção Temporária de imigrantes venezuelanos, a decisão “desestabilizará famílias, empregadores e comunidades americanas em todo o país”. Uma vez que, esses trabalhadores realizam funções em “setores essenciais que sustentam a economia dos EUA”. 

A decisão da Disney World Company, além de fomentar debates sobre direitos humanos, imigração e trabalho legal, acentua a polarização política no país entre apoiadores das políticas adotadas pelo governo Trump e opositores a essas medidas.

Donald Trump paralisa mais de US$ 450 milhões de dólares para universidade de Harvard

O governo do presidente Donald Trump informou nesta terça-feira (13) que as verbas direcionadas à universidade de Harvard seriam suspensas devido às práticas contrárias que estão ocorrendo na instituição. Recurso congelado pelo governo, é superior a US$ 450 milhões de dólares. Vale ressaltar que a faculdade já teria perdido US$ 2,2 bilhões de dólares.

Segundo a declaração enviada pela agência Associated Press ao centro educacional, Harvard perderá oito bolsas de agências federais.

“Há um problema sinistro no campus de Harvard e, ao priorizar o apaziguamento em detrimento da responsabilização, os líderes da instituição perderam o direito de a universidade receber suporte [com dinheiro] dos contribuintes”, dizia a carta.

A universidade ainda não se pronunciou sobre o novo corte.

Harvard vs. Governo Trump

Não é de agora o conflito entre a instituição e o governo americano, que vem pressionando a universidade a aceitar as novas ordens ideológicas do atual presidente.

Na semana passada, o setor de educação de gestão de Trump informou à instituição que os fundos que seriam liberados para futuras bolsas de pesquisa e os financiamentos voltados para outras áreas estariam interrompidos até que a faculdade aceite as novas regras exigidas pelo governo.

Os motivos seriam para combater o antissemitismo, revogar políticas destinadas ao perfil racial dos alunos e adotar medidas sobre as acusações do governo de que o centro universitário renunciou ao plano de “excelência acadêmica” por conta do baixo número de contratação de professores conservadores.


Donald Trump em discurso (Foto: Reprodução/Andrew Harnik/Getty Images embed)


Corte de 2,2 bilhões de dólares

Esse não foi o único prejuízo para a universidade, pois no mês passado, a faculdade comunicou por meio de uma carta que não cederia às novas ordens exigidas pelo atual governo, que propunham uma reforma na gestão de liderança da instituição.

Além da aplicação de políticas de admissão de alunos e a contratação de funcionários, que, conforme o governo, deveriam ser baseados por mérito, uma revisão dos corpos docente e discente, e da organização administrativa da faculdade em relação à diversidade.

Em retaliação, o presidente Donald Trump divulgou o bloqueio de US$ 2,2 bilhões para bolsas plurianuais e US$ 60 milhões direcionados a contratos plurianuais. A instituição entrou com uma ação para revogar a paralisação realizada pelo governo.

Vale lembrar, que o presidente ameaçou revogar a isenção fiscal do centro universitário e a permissão que garante a admissão de estudantes estrangeiros na universidade.

CBF afasta três árbitros após polêmicas

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) suspendeu três árbitros do Campeonato Brasileiro no último domingo (27). Ramon Abatti Abel, Bráulio da Silva Macho e Flávio Rodrigues de Souza foram afastados após polêmicas arbitragens nas partidas que comandaram no final de semana.

Os árbitros apitaram os seguintes jogos: Palmeiras x Fortaleza, Flamengo x Juventude e Vitória x Fluminense, respectivamente, no último sábado (26), pelo Campeonato Brasileiro. 

Árbitros de vídeo também suspensos

Não foram apenas os árbitros de campo afastados de suas funções. Além dos citados, mais quatro comandantes do VAR também foram suspensos. Diego Pombo Lopez, VAR no Maracanã, Pablo Ramon, VAR no Allianz Parque, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral e José Claudio Rocha Filho, VAR no Barradão, também foram afastados pela CBF.


Ramon Abatti Abel, um dos três árbitros suspensos (Foto: reprodução/César Greco/Palmeiras)

Diego Pombo Lopez e Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral atuariam em jogos da Série B do Brasileirão em jogos que vão ser realizados nesta segunda-feira (28). No entanto, eles foram substituídos por conta do fato de estarem em processo de avaliação de desempenho, segundo documento divulgado pela Comissão de Arbitragem da CBF.

As polêmicas

O final de semana foi marcado por polêmicas de arbitragem, que resultaram na suspensão dos árbitros. Times se sentiram prejudicados com algumas marcações durante as partidas. No Allianz Parque, o árbitro Ramon Abatti Abel foi muito criticado pelas marcações de dois pênaltis a favor do Palmeiras em lances envolvendo o ponta Yago Pikachu e o zagueiro Titi.


Braulio da Silva Machado durante jogo do Flamengo e Juventude (Foto: reprodução/Fernando Alves/Juventude)

Já no Maracanã, a equipe e torcida do Juventude não gostou da arbitragem de Bráulio da Silva Machado por conta da expulsão do meio-campo Nenê e de um pênalti marcado a favor do Flamengo, os donos da casa, na ocasião. O Fluminense questionou a decisão de Flávio Rodrigues de Souza ao marcar pênalti do meia Lima em Matheuzinho nos minutos finais da partida no Barradão, casa do Vitória.

STF começa julgamento sobre suspensão do X no Brasil

A primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar na madrugada desta segunda-feira (2) se cabe ou não confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre a suspensão do funcionamento da rede social X, antigo Twitter, no Brasil. O julgamento será feito no plenário virtual do STF e os ministros terão até 23h59 do mesmo dia para inserirem seus votos no sistema eletrônico. Além de Moraes, votam outros ministros: Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.

Descumprimentos de Musk

Desde do mês de abril, o bilionário Elon Musk, dono do X, tem descumprido ordens do ministro Alexandre de Moraes, quanto ao pedido de bloqueio de inúmeros perfis dentro da rede social. Essas contas estão ligadas ao processo de investigação do STF e são acusadas de afrontar a democracia e a legislação brasileira.


Prédio do Supremo Tribunal Federal e a estátua A Justiça (Foto: reprodução/Instagram/@supremotribunalfederal)

Musk também ainda não pagou as multas sobre o descumprimento das várias ordens judicias que até o momento chegam a 18,35 milhões de reais. O dono do X postou imagens com sátiras ao ministro em sua própria conta no X e acabou sendo incluso como investigado no inquérito das milícias digitais, do qual Moraes é relator.

A suspensão da rede X foi decretada em todo território até que Elon Musk cumpra a ordem judicial, pague a multa e nomeie um representante no país. O X fechou seu escritório no Brasil no dia 17 de agosto, alegando que Moraes havia ameaçado prender o representante legal da empresa no país.

Ódio contra a suprema corte

O ministro Alexandre de Moraes decidiu nesta última sexta-feira (30) a suspensão do X no país, devido à desobediência judicial da plataforma e por agir criminosamente ao divulgar uma mensagem incitando o ódio contra a Suprema Corte.

Moraes ainda afirmou que Elon Musk confunde liberdade de expressão com liberdade de agressão, e que ele confunde censura com a proibição constitucional ao discurso de ódio e de incitação a atos antidemocráticos. O ministro complementou falando que uso de redes sociais como instrumentos criminosos vem sendo investigado em diversos países.

Alexandre de Moraes bloqueia recursos de Starlink de Musk

Como não houve resposta ao pedido a justiça brasileira, o ministro do Tribunal bloqueou as contas de outra empresa do empresário, a Starlink Holding. Na última semana, Alexandre de Moraes considerou a existência de um “grupo econômico de fato”, e ordenou o bloqueio de todos os valores e recursos financeiros desse empreendimento para garantir o o pagamento de todas as multas em exercício.

Conflito Entre Moaraes e Musk

O conflito entre Alexandre de Moraes e Elonk Musk não é de hoje, e depois de esfriar nos últimos meses, as trocas de farpas voltou a aquecer nos últimos dias, após o bilionário tirar os representantes de sua rede, o X, do Brasil e fechar o escritório da rede no país. A razão dessa atitude se deve a Musk não concordar com as multas aplicadas pelo STF e a derrubada em sequência de vários perfis que segundo Moraes afrontam o Estado Democrático de Direito e a legislação brasileira.


Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/ Ton Molina/Bloomberg/ Getty Images)

Desde então o ministro do Supremo ordenou que o antigo Twitter volte a ter um representante no país, e nessa última quarta (28), ele deu 24 horas para que a rede social volte a ter um representante legal no país, sob pena se suspensão no serviço.Mesmo com a ordem do Supremo, o X afirmou: “Como resultado, para proteger a segurança de nossa equipe, tomamos a decisão de encerrar nossas operações no Brasil, com efeito imediato. O serviço X continua disponível para a população do Brasil.”

STF Age de forma inédita

E pela primeira vez na história o STF intimou alguma de forma online em uma rede social, e continua a esperar que o X indique formalmente um representante legal no Brasil, caso não o faça, a rede social de Musk caminha a passos largos para uma suspensão em todo território nacional, decisão que deve ser validada por todo o plenário do Supremo Tribunal Federal.

Atleta que maltratou cavalo pode ser processada na Inglaterra

Charlotte Dujardin, um dos principais nomes do hipismo, pode ser processada criminalmente na Inglaterra pela Federação Equestre Internacional (FEI). Em um vídeo vazado, a campeã olímpica aparece agredindo um cavalo.

Após a divulgação do registro de maus tratos, a britânica decidiu não participar dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e foi suspensa, provisoriamente, durante 6 meses pela FEI. Segundo informou o jornal “The Sun”, da Inglaterra, a Federação Equestre deverá repassar o caso e todas as provas da má conduta do atleta para a polícia.


Charlotte durante um treino (Foto: reprodução/Instagram/@charlotte_dujardincbe)

O vídeo foi divulgado por uma fonte anônima e gravado há 4 anos. No trecho, Charlotte Dujardin é flagrada utilizando um chicote para machucar o animal diversas vezes. O advogado Stephan Wensing, representante oficial da fonte responsável por vazar o vídeo, disse que o cliente não queria que Charlotte vencesse nas Olimpíadas após o ocorrido.


Cenas da agressão de Charlotte (Reprodução/YouTube/GuardianSport)

Em um comunicado oficial, a FEI informou que não irá comentar mais sobre o assunto. “Para manter a integridade da investigação, a FEI se reserva de fazer mais comentários sobre o assunto enquanto o processo é concluído”, disse em nota.

Fora de Paris 2024

Com a divulgação do vídeo de maus tratos, a medalhista olímpica fez um pronunciamento oficial no Instagram anunciando a desistência dos Jogos de Paris e lamentando o ocorrido. “Tomei a decisão de me retirar de todas as competições enquanto este processo acontece”, escreveu a medalhista.

O que aconteceu foi completamente fora de caráter e não reflete como treino os meus cavalos ou treino meus alunos; no entanto, não há desculpa. Estou profundamente envergonhada e deveria ter dado um exemplo melhor naquele momento”, disse Dujardin.


Pronunciamento oficial da atleta (Foto: reprodução/Instagram/@charlotte_dujardincbe)

A atleta pediu desculpas ao time, aos fãs e aos patrocinadores pela atitude que teve com o cavalo e garantiu que irá cooperar com as investigações da FEI, da Federação Equestre Britânica e do British Dressage, organização que monitora o adestramento no Reino Unido.

Charlotte Dujardin conquistou duas medalhas de ouro, por equipe e individual, em Londres 2012. Na Rio 2016, a atleta também foi medalhista de ouro no individual e prata na disputa por equipes. Em Tóquio 2020/2021, Dujardin finalizou com dois bronzes.

Hipismo nas Olimpíadas

A ONG de proteção PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) pediu que as competições de hipismo não sejam mais realizadas nos Jogos Olímpicos. Em entrevista ao jornal  britânico “The Guardian”, a vice-presidente da organização Kathy Guillermo pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que seja feita a retirada


“Os únicos participantes competindo nas Olimpíadas deverão ser voluntários dispostos!” (Reprodução/X/@peta)


A mensagem para o COI já deve estar clara: remova os eventos equestres dos Jogos Olímpicos. Mais uma vez, uma amazona olímpica foi flagrada em vídeo abusando de um cavalo para forçar o animal a se comportar de uma forma totalmente anormal, simplesmente para sua própria glória”, disse Kathy ao The Guardian.

A vice-presidente da PETA finaliza dizendo que os cavalos não são voluntários e que a retirada do hipismo nas Olimpíadas seria uma entrada na “era moderna”.