Tributação sobre pequenas importações afeta comportamento de consumidores

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a porcentagem de brasileiros que desistem de compras online de pedidos internacionais após a aplicação da chamada “taxa das blusinhas”. Esse índice evidencia o forte impacto das políticas tributárias sobre o comércio eletrônico e o comportamento dos consumidores.

Pesquisa sobre as taxas

Segundo a pesquisa da CNI, 29% dos consumidores abandonam suas compras após a cobrança das tarifas. Quando se analisa o índice em relação ao total de compras, o percentual representa 18%, um aumento significativo em comparação com maio de 2024, quando o número era de apenas 13%.


Consumidor em compra online (Foto: Reprodução/Pinterest/@brandsleeks)

Ainda de acordo com a pesquisa, a taxa de 20% sobre importações de até US$ 50 provocou uma migração considerada positiva para o comércio nacional: 32% dos consumidores passaram a buscar produtos similares com importação nacional, enquanto 14% optaram por adquirir os produtos em lojas físicas. O levantamento também identificou aumento na busca por outros aplicativos internacionais, que subiu de 6% para 11%.

O lado positivo das taxas

Além da taxa de importação, fatores como ICMS, valores altos de frete e prazos longos de entrega também pesam na decisão do consumidor de desistir da compra internacional: 45% relataram que abandonaram o pedido ao saber do custo do frete e outros 32% por causa do prazo de entrega. Sobre o ICMS, o percentual de consumidores que deixaram de comprar por conta desse imposto subiu de 32% para 36%.
Para especialistas do departamento, a movimentação pode favorecer a indústria nacional ao reduzir a concorrência de produtos importados, mas há alerta de que a alta carga tributária e barreiras logísticas ainda podem distorcer o mercado. A CNI avalia que o atual patamar de imposto “ainda está aquém do ideal” para garantir competitividade de produtos locais frente às importações. 

O cenário também indica que muitos consumidores agora avaliam com mais cuidado a relação custo-benefício ao realizar compras internacionais, inclusive para itens de menor valor. A chamada “taxa das blusinhas” evidencia que até pequenas importações estão suscetíveis às políticas fiscais e que ajustes regulatórios podem ter efeito direto no consumo digital da população brasileira. 

Alimentos taxados pelos EUA terão destino no Brasil

Nesta segunda-feira (25) o governo federal anunciou a manutenção da compra de alimentos brasileiros afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida busca evitar que produtores fiquem no prejuízo por conta da sobretaxa de 50% aplicada a diversos produtos do setor agropecuário.

Alimentos terão novo destino

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar liderado por Paulo Teixeira, os alimentos que seriam exportados e acabaram sem destino poderão ser adquiridos pelo governo e direcionados a programas como a merenda escolar, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e outras compras institucionais. Assim sendo, produtos como açaí, manga, castanhas, pescados, mel e até água de coco, que estavam destinados ao mercado norte-americano, poderão abastecer escolas, hospitais e diferentes órgãos públicos no Brasil.


Querido por parte dos brasileiros, o café foi um dos alvos de taxação dos EUA (Foto: Reprodução/Bicafé Brasil)

O processo de compra será simplificado. Os produtores e exportadores não precisarão enfrentar licitações ou estudos técnicos demorados. A exigência será basicamente a apresentação de documentos que comprovem a perda de mercado externo, como declaração de exportação registrada no sistema Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). O preço pago seguirá os valores já praticados nos programas governamentais, sem qualquer variação ligada ao dólar.

Ação é vista como oportunidade

O governo busca atingir duas metas: evitar que os produtores brasileiros arquem sozinhos com as perdas provocadas por uma decisão unilateral dos Estados Unidos e aproveitar a oportunidade para fortalecer a rede de abastecimento de alimentos no país, garantindo que itens de qualidade cheguem a serviços públicos essenciais.

Mesmo sem que haja previsão para o fim dessa política emergencial, a continuidade de compras está ligada a avanços em negociações internacionais que podem gerar abertura para novos mercados. Enquanto isso, a ideia é que o governo siga atuando como comprador de última instância, impedindo que a produção nacional seja desperdiçada e oferecendo suporte a quem foi impactado diretamente pelas tarifas.

Em resumo, trata-se de uma solução provisória que busca dar fôlego ao setor, proteger a renda de agricultores e exportadores e, ao mesmo tempo, beneficiar programas sociais de alimentação em todo o Brasil.

Donald Trump fala em distribuir dinheiro proveniente de tarifas aos americanos

Neste domingo (3), o presidente Donald Trump, anunciou que alguns estadunidenses podem receberam algum tipo de valor como resultado das tarifas que serão impostas aos parceiros comerciais dos EUA. Conforme palavras do presidente, os cidadãos com baixa ou média renda poderão receber parte dos valores arrecadados pelo governo americano em decorrência dessa situação. O tarifaço, que entrará em vigor nesta terça-feira (5), ganhou uma novidade nesta última semana, pois ele assinou aumento em países como a Síria com 41% seguida por Laos e Mianmar com 40%.

Respostas ao governo brasileiro

Conforme informações da Casa Branca, a taxação de 50% contra o Brasil foi adotada devido às ações do governo do Brasil, pois eles estariam representando uma ameaça um tanto quanto incomum e extraordinária à segurança nacional na política externa, além de serem direcionados à economia da Terra do Tio Sam. A informação oficializa o percentual citado na carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, afirmando que a ordem executiva foi emitida por conta de ações que prejudicaram empresas americanas, a liberdade e a expressão.

O Brasil criou a lei de reciprocidade econômica para responder às taxas impostas pelo governo americano. Além de defender a soberania do país, Lula ainda falou que era falsa a fala de Donald Trump, que relata um déficit na balança comercial com o Brasil. Mediante a esta nova regra, o poder executivo estaria autorizado a trabalhar em conjunto com o setor privado para adotar contramedidas na forma de restrição nas importações de bens e serviços com medidas de suspensão de concessões comerciais.


Donald Trump em reunião com o presidente das Filipinas (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)


Países afetados

Além do Brasil, alguns países também tiveram aumento de tarifas por decisões de Donald Trump. Por exemplo, o Canadá que teve uma subida de 10%,(era 25% e agora está 35%), neste caso foi porque houve uma inação e retaliação do país em questão, o presidente achou melhor aumentar as tarifas. O governante dos EUA, disse ainda que ira aumentar as taxas sobre a Índia, por conta de eventuais compras de petróleo Russo, afirmando que os indianos não estão se importando com as pessoas que estão morrendo na Ucrânia.

Na última quinta-feira (31), Donald Trump listou taxas de 10% a 41%, para 69 parceiros comerciais, começando a valer em sete dias, alguns países fizeram acordo com ele, mais outros não conseguiram, como o Brasil. A decisão transmite a informação que os produtos dos países não listados no anexo, o aumento será de 10%.

Justiça e empresários dos EUA avaliam legalidade do tarifaço de Trump

Nos Estados Unidos, um tribunal de apelações em Washington analisou nesta quinta-feira (31), se as tarifas criadas por Donald Trump são legais. A audiência durou quase duas horas e contou com a participação de representantes de cinco pequenas empresas e 12 estados americanos que contestam os impostos sobre importações.

Essas tarifas foram anunciadas em abril e afetam produtos de diversos países, incluindo China, Canadá, México e até o Brasil. Os advogados dos empresários e estados argumentam que Trump usou de forma errada a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, que não autoriza, segundo eles, a aplicação de tarifas tão amplas. Um dos juízes comentou que a lei nem sequer menciona a palavra “tarifa”.

Apesar disso, o governo defendeu que a medida foi necessária para proteger os Estados Unidos de riscos econômicos e até de segurança, como déficits comerciais e tráfico de drogas. A equipe de Trump afirmou que esses desequilíbrios prejudicam até mesmo a preparação militar do país.

A justiça americana questionou a legalidade das tarifas

Durante a audiência, uma juíza questionou a lógica do governo: ela disse que impor uma tarifa sobre o café, por exemplo, não resolveria um problema ligado às Forças Armadas.


Em discurso, Presidente da Reserva Federal Americana diz que valor dos produtos sancionados nas tarifas serão repassados ao consumidor (Foto: reprodução/X/@essenviews)


O grupo que entrou com a ação também ressaltou que o déficit comercial americano não é novidade e, por isso, não se trata de uma emergência.

A decisão final da Justiça pode levar semanas e, caso haja apelação, o caso pode chegar à Suprema Corte. Enquanto isso, Trump segue com a sua estratégia. Ele determinou que, a partir de sexta-feira (1), países com maior déficit comercial com os EUA pagarão tarifas mais altas.

Trump aplicou taxas para outros países também

O presidente também enviou cartas a quase 30 líderes de outros países avisando sobre as novas taxas, pressionando-os a fechar acordos comerciais melhores para os EUA. Até agora, nove acordos foram anunciados, mas alguns recuos também ocorreram.

O México, por exemplo, ganhou um prazo extra de 90 dias para evitar uma tarifa de 30%, após um telefonema entre Trump e a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum. Já a Coreia do Sul fechou um acordo na quarta-feira (30) para manter a tarifa em 25%.

Um novo decreto publicado na quinta-feira formalizou o tarifaço, incluindo países que ainda não chegaram a um entendimento com os EUA. O documento também altera algumas das tarifas anunciadas anteriormente, mas ainda não diz quando todas essas mudanças vão começar a valer.

Outro decreto elevou as tarifas sobre produtos canadenses, que passarão a pagar 35% a partir de sexta-feira (1).

Os consumidores norte-americanos podem pagar mais caro em seus medicamentos

Um relatório encomendado pela Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (PhRMA), principal lobby farmacêutico dos Estados Unidos, revelou possíveis impactos negativos de uma tarifa de 25% sobre o setor. A pesquisa, realizada pela Ernst & Young, apontou que a taxação pode aumentar os custos em aproximadamente 51 milhões de dólares, o que representaria um acréscimo de 12,9%.

Sobre o relatório

Segundo o relatório, os Estados Unidos importam cerca de 203 bilhões de dólares em produtos farmacêuticos, sendo 73% provenientes da Europa. Os principais fornecedores são a Suíça, a Alemanha e a Irlanda. O documento foi concluído no dia 22 de abril, mas não se tornou público. Entre as empresas que integram a PhRMA e participaram da encomenda do estudo estão Amgen, Bristol Myers Squibb, Eli Lilly e Pfizer.

As farmacêuticas defendem que a implementação da tarifa pode enfraquecer a produção nacional de medicamentos, causando um efeito contrário ao objetivo do então presidente Donald Trump. Na semana anterior à divulgação do relatório, Trump anunciou o início de uma investigação sobre a dependência norte-americana da produção externa na área farmacêutica, alegando que isso poderia representar um risco para a segurança nacional. Até aquele momento, o setor de medicamentos havia sido poupado da guerra comercial, mas o presidente ameaçou aplicar uma tarifa de 25% sobre o segmento.

Declaração da empresa suíça Roche

Os produtores acreditam que a investigação poderá mostrar ao governo o impacto negativo que a taxação provocaria, especialmente em relação ao custo dos medicamentos e à segurança do abastecimento. A empresa suíça Roche tentou negociar com o governo dos Estados Unidos uma isenção tarifária para o setor. A companhia argumenta que existe um equilíbrio comercial entre os dois países, pois muitos diagnósticos suíços dependem de insumos exportados pelos Estados Unidos.


Sede da empresa suíça Roche (Foto: reprodução/x/Amand_)

As tarifas deverão incidir tanto sobre produtos prontos quanto sobre insumos em estágio avançado de manipulação. Ainda não está definido se os aumentos de custo seriam integralmente repassados aos consumidores, mas há expectativa de que os produtos finais, comercializados pelas distribuidoras, sejam mais suscetíveis a esse repasse.

“Brasil está seguro com reservas internacionais”, diz Lula em relação às medidas de Trump

Diante de declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre possíveis tarifas contra produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que o Brasil está preparado para enfrentar eventuais turbulências econômicas. Segundo Lula, a solidez das reservas internacionais do país garante estabilidade e segurança à economia nacional.

Brasil está seguro diz Lula

A declaração foi dada nesta última segunda-feira em meio à ascensão de tarifas comerciais que o presidente Donald Trump estabeleceu a países que vendem para os EUA, incluindo Brasil. Em suas palavras Lula disse: “Mesmo Trump falando o que quer, o Brasil está seguro com reservas internacionais”.

Segundo G1, em relação ao reflexo da guerra comercial, o mercado derreteu no mundo inteiro, ou seja, houve queda das bolsas e do dólar e no Brasil fechou em alta de 1,29%, cotada a R$ 5,91. Lula ainda relembrou que o Brasil pagou a dívida externa brasileira  um valor de 30 bilhões de dólares, e declarou que pela primeira vez o país fez reserva, de 370 bilhões de dólares, deixando assim para o Brasil em uma posição de segurança contra qualquer crise.


@g1

Trump pode ‘falar o que quiser’ – O presidente Lula afirmou nesta segunda-feira (7) que o Brasil está preparado para enfrentar turbulências econômicas, mesmo com a escalada do dólar e o agravamento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Segundo Lula, o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, pode “falar o que quiser”, pois não vai abalar o Brasil. A declaração foi dada em meio à elevação de tarifas comerciais que o presidente Donald Trump impôs a países que vendem para os EUA, inclusive para o Brasil. 📉📈Como reflexo da guerra comercial, os mercados derreteram no mundo inteiro (queda das bolsas) e o dólar no Brasil fechou em alta de 1,29%, cotada a R$ 5,91. 💬“Nós pagamos a dívida externa brasileira, 30 bilhões de dólares. Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva de 370 bilhões de dólares, o que segura esse país até hoje contra qualquer crise, qualquer crise. Mesmo o presidente Trump falando o que ele quer falar, o Brasil está seguro porque nós temos um colchão de 350 bilhões que dá ao Brasil e ao Fernando Haddad uma certa tranquilidade”, afirmou Lula. Leia mais no #g1 #lula #donaldtrump #economia #tarifaço #tiktoknotícias

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Vídeo sobre fala de Lula (Vídeo: reprodução/ TilkTok/@g1)

Ainda segundo site G1, as tarifas que foram impostas pelos Estados Unidos sobre importação de mais de 180 países e tiveram início no último fim de semana, o primeiro país a sofrer reações foi a China, que impôs retaliação. O presidente Donald Trump ameaçou, nesta segunda-feira , aumentar as tarifas sobre os produtos chineses em aproximadamente 50%.

Os mercados estão apreensivos com a possibilidade de que a guerra comercial resulte em uma alta generalizada dos preços, pressionando a inflação. Esse cenário poderia frear o consumo e levar à recessão nas principais economias globais. Nesta segunda-feira, o Ibovespa teve queda de 1,31%, acumulando 3,52% de perdas na semana. Enquanto isso, na Ásia, a bolsa de Hong Kong caiu expressivos 13,22%.

Posição do Brasil

Na última semana, o Ministério das Relações Exteriores considerou a taxa de 10% aplicada aos produtos brasileiros como contrária às normas da OMC e informou que estuda possíveis respostas. O Congresso Nacional aprovou um projeto que autoriza o Brasil a adotar sanções comerciais contra países que não garantem igualdade econômica, aguardando agora a sanção do presidente Lula.

EUA enfrenta retaliação comercial após novas tarifas impostas por Trump

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, anunciou novas tarifas sobre produtos importados do Canadá, México e China, alegando que as medidas são necessárias para conter o tráfico de drogas, especialmente o fentanil, e a imigração ilegal. As novas taxas impõem um acréscimo de 25% sobre todos os produtos canadenses e mexicanos e de 10% sobre os chineses, com exceção dos recursos energéticos do Canadá, que foram tarifados em 10%.

Justificativa da Casa Branca

Em comunicado oficial, a Casa Branca afirmou que a medida objetiva ser uma resposta à crise de drogas e imigração.

Trump argumenta que China, México e Canadá não cumpriram compromissos para conter o problema, tornando necessária essa intervenção econômica.

“As autoridades chinesas não tomaram as medidas necessárias para conter o fluxo de precursores químicos para cartéis criminosos conhecidos e impedir a lavagem de dinheiro por organizações criminosas […] O governo do México proporcionou refúgios para os cartéis se envolverem na fabricação e transporte de narcóticos, que coletivamente levaram à morte por overdose de centenas de milhares de vítimas americanas.”

Casa Branca

A administração também defende que as tarifas são uma forma de proteger a economia americana e reforçar a segurança nacional, alegando que governos anteriores não utilizaram o poder econômico dos EUA para pressionar parceiros comerciais a adotarem medidas mais rígidas contra o tráfico e a imigração irregular.

Reação global e impacto econômico

As medidas provocaram reações imediatas dos países afetados. O Canadá anunciou tarifas retaliatórias de 25% sobre US$ 106 bilhões em produtos americanos, atingindo setores como laticínios, carnes, grãos, cerveja, cosméticos e eletrônicos. O primeiro-ministro Justin Trudeau classificou as tarifas americanas como “um erro grave” e afirmou que o país tomará “todas as medidas necessárias” para proteger seus interesses.

A China respondeu impondo tarifas de 15% a 25% sobre produtos dos EUA, afetando itens como frango, milho, trigo, carne bovina e suína, soja, frutos do mar e laticínios. Além disso, Pequim incluiu 15 empresas americanas em uma lista de restrição de exportação e iniciou uma investigação antidumping sobre produtos de fibra óptica dos Estados Unidos.

O México ainda não divulgou sua lista de produtos tarifados, mas autoridades sinalizaram que as medidas devem impactar setores como agropecuária e manufatura americana, aumentando a pressão sobre exportadores dos EUA. até domingo (9).


Resposta da Presidente do México, Claudia Sheinbaum (Vídeo: Reprodução/Youtube/Diario AS)

Especialistas alertam que o aumento das tarifas pode resultar em maiores custos para consumidores americanos, especialmente em setores como automobilístico, eletrônico e alimentício. Montadoras como Volkswagen e Stellantis registraram quedas expressivas em suas ações logo após o anúncio das tarifas, refletindo a preocupação do mercado.

Escalada das tensões comerciais

Trump já sinalizou que pode ampliar ainda mais as tarifas caso os países afetados mantenham as retaliações, o que pode desencadear um novo ciclo de sanções. A China afirmou que responderá “à altura” caso a guerra comercial se intensifique, enquanto Trudeau alertou que “não há vencedores em disputas tarifárias prolongadas”.

Com a economia dos EUA já enfrentando sinais de desaquecimento e consumidores pressionados pela inflação, analistas questionam se a estratégia de Trump pode ter efeitos contrários ao desejado, impactando a indústria americana e reduzindo a competitividade do país no comércio global.

Nos próximos meses, as reações do mercado e o desdobramento das negociações comerciais irão determinar se essa nova rodada de tarifas fortalecerá a posição dos Estados Unidos ou agravará as tensões econômicas em escala global.

Donald Trump promete aplicação de tarifas em produtos da União Europeia

Os líderes europeus estão enfrentando tensões comerciais com os Estados Unidos devido às ameaças do presidente Donald Trump de impor tarifas sobre produtos europeus, é o que promete o presidente Donald Trump em uma entrevista, embora não tenha dado uma data, declarou que “com certeza” irá acontecer, o que acabou por impactar o mercado de ações europeu, segundo site G1.

Eles não levam os nossos carros, não levam os nossos produtos agrícolas: eles não levam quase nada, e nós pegamos tudo”, disse Trump justificando sua decisão de impor tarifas à UE. As taxas devem entrar em vigor nesta terça-feira (4).


Vídeo sobre taxas que Trump deve impor ( Vídeo: reprodução/@uolnews)

Diálogo com líderes do Canadá e México

Donald Trump Planeja nesta terça-feira realizar telefonemas separados, com primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, para uma discussão sobre as tarifas que anunciou.

Em resposta, a União Europeia afirmou, que “responderá com firmeza”, caso venha a ser taxada pelos Estados Unidos, segundo a Comissão Europeia, as tarifas baixas promovem o crescimento e também a estabilidade econômica.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que uma guerra tarifária seria uma “corrida para o abismo” e destacou a importância de negociar com os EUA para evitar uma escalada nas tensões comerciais. 

O bloco europeu ainda declarou que as relações comerciais e investimentos os Estados Unidos são mais importantes e globais e por isso devem ser fortalecidas, um porta voz fez uma declaração à EuroNews que “as tarifas criam perturbações econômicas desnecessárias e promovem a inflação, sendo prejudiciais para todas as partes”.

Já o ministro da Indústria da França, Marc Ferraci, sobre a necessidade de uma resposta ao que chamou de “ameaças” de Trump, afirmando que é crucial que os EUA esteja preparados para reagir.

Reações do México, Canadá e China

Os países, Canadá e México prometem retaliar, caso as promessas de Donald Trump venham a se cumprir.  A presidente do México Claudia Sheinbaum falará sobre seus planos esta semana, enquanto Trudeau falou sobre tarifas retaliatórias de 25% sobre produtos dos EUA.

A China também pode ser atingida por uma taxa de 10%, e promete contramedidas correspondentes, não especificando quais serão estas ações. Trump respondeu que pode aumentar ainda mais as tarifas em caso de retaliação.

Trump promete impor tarifas em países que querem prejudicar os EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, que o Brasil é um grande  “criador de tarifas” e que “querem mal aos EUA”, em sua fala ainda mencionou a necessidade de imputar tarifas em outros países, pois segundo ele querem prejudicar os EUA, este declaração foi feita durante um evento com congressistas republicanos na Flórida. 

Segundo o jornal Metrópole, Trump ainda diz  que vai colocar tarifas em outros países e pessoas de fora que realmente querem prejudicar os Estados Unidos. “Eles querem nos prejudicar, mas eles basicamente querem tornar seu país bom. Olhem o que os outros fazem. A China é um tremendo criador de tarifas e a Índia e o Brasil, tantos países”, ressaltou.


Vídeo sobre fala de Trump (Vídeo: reprodução/@cnnbrasil)

O presidente dos EUA promete que América será rica novamente

No discurso, Donald Trump defendeu a imposição de tarifas adicionais a esses países como forma de proteger os interesses americanos. “Vamos estabelecer um sistema muito justo em que o dinheiro vai entrar em nossos cofres, e a América vai ser muito rica novamente. E vai acontecer muito rapidamente”, disse ele.

Trump disse ainda que a política econômica externa do governo dele, retornará ao passado, quando o país era mais rico: “É hora de os Estados Unidos voltarem para o sistema que nos tornou mais ricos e mais poderosos do que nunca. Você sabe, os Estados Unidos entre 1870 e 1913 taxavam tudo. E esse foi o período mais rico da história dos Estados Unidos “, enfatizou.

Promessas de taxas foram feitas ainda 2024

Vale lembrar que após ser reeleito, Donald Trump em dezembro de 2024, prometeu taxar produtos brasileiros: “A Índia taxa muito, o Brasil nos taxa muito. Se eles querem nos taxar, tudo bem, mas vamos taxá-los da mesma forma”, declarou ele à época.

Neste caso já havia uma expectativa que logo que assumisse o governo, Trump daria início a  emissão de ordens para taxar alguns países. Entretanto, em um primeiro momento não ocorreu. Ainda segundo o jornal Metrópole, o que pode ter levado a uma queda do dólar, que voltou a operar abaixo dos R$ 6.

O governo brasileiro até o momento não se pronunciou oficialmente sobre as declarações de Trump.

Trump anuncia taxação 25% em produtos vindos do México e Canadá

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a taxação de 25% sobre produtos vindos dos países vizinhos, Canadá e México. Essa é uma medida considerada polêmica, mas não chega a ser surpreendente devido ao anúncio prévio feito sobre ela.

Medidas devem entrar em vigor em 20 de janeiro

Trump, que assumirá a Casa Branca em 20 de janeiro, fez o anúncio da medida através de um post em sua própria rede social, a Truth Social, onde mencionou as fronteiras.

“Em 20 de janeiro, como um dos meus muitos primeiros decretos, assinarei todos os documentos necessários para cobrar do México e do Canadá uma tarifa de 25% sobre TODOS os produtos que entram nos Estados Unidos e suas ridículas fronteiras abertas”.

Além disso, Trump afirmou que as medidas devem permanecer em vigor até que os dois países reprimam o tráfico de medicamentos, como o fentanil, e impeçam que imigrantes cruzem a fronteira ilegalmente, algo que tem sido um problema amplamente relacionado ao México.


Fronteiras sempre foram ponto emblemático para Trump (Foto:reprodução/Getty Images News/Rebecca Noble/Getty Images Embed)


Essa medida faz parte de um polêmico pacote de ações que devem ser implementadas durante os primeiros dias do governo do presidente conservador. Durante sua campanha, a política anti-imigração foi um dos principais focos de Trump.

Ele também destacou que o combate à entrada de produtos que considera prejudiciais à economia americana é uma prioridade. Especialistas acreditam que essas ações podem gerar tensões diplomáticas e econômicas com os países vizinhos, afetando negociações futuras.

Críticos apontam para possíveis retaliações

Alguns críticos, no entanto, apontam que a taxação de 25% pode provocar retaliações econômicas por parte do Canadá e do México, comprometendo importantes parcerias comerciais e prejudicando setores da própria economia americana, como o agronegócio e a indústria automobilística, que dependem de insumos importados.

Por outro lado, entre os apoiadores de Trump, a decisão é vista como uma forma de fortalecer a produção nacional e reforçar o controle das fronteiras, alinhando-se à promessa de campanha de colocar os interesses dos Estados Unidos em primeiro lugar.