Apontado como um dos favoritos no conclave, cardeal italiano Pietro Parolin possui laços com América Latina

Pietro Parolin é um dos cardeais mais cotados para assumir o lugar de Francisco como Papa. Pietro foi responsável por participar das negociações que culminou na volta das relações entre o Vaticano e o México, tendo estado como anúncio na Venezuela e mediado o diálogo entre os Estados Unidos e Cuba.


O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, participa de uma missa para o juramento de 34 novos recrutas da Guarda Suíça no Altar da Cátedra na Basílica de São Pedro em 06 de maio de 2021 na Cidade do Vaticano, Vaticano (Foto: reprodução/Vatican Pool/Getty Images Embed)


Parolin, além de ter sido o número dois durante o pontificado de Francisco, atuou como secretário de Estado, mantendo – se visível no cenário mundial.

Pietro Parolin conserva uma expressão calma, possui silhueta ligeiramente curvada e um traço de sua personalidade é o senso de humor sutil. Utilizou a diplomacia para liderar negociações importantes entre a China e o Vietnã.

No conclave que começa em uma semana, Pietro figura entre os favoritos na sucessão ao jesuíta argentino por representar a continuidade, e também por sua postura moderada, permitindo – lhe consertar fraturas dentro da Igreja.

Reconhecimento e papel institucional

Por suas relações diplomáticas, líderes mundiais e diplomatas o conhecem. Parolin conhece as sinuosidades da Cúria Romana, e também o esplendor da Santa Sé.

Ele é o cardeal mais conhecidos de todos. A questão é se o perfil dele ajudará a criar consenso. Ele nunca teve responsabilidades pastorais e assumiu poucas posições em questões de sociedade. Ele permaneceu em um papel muito institucional”, disse uma fonte anônima da Igreja à AFP em Roma.

Diferente de Francisco, Pietro Parolin é acessível, mas mantém uma atitude mais cautelosa e comedida em público. Francisco era muito franco e direto em suas declarações, Perolin prefere evitar qualquer declaração que venha ser mal interpretada.

O cardeal disse que celibato sacerdotal não é um dogma, mas sim um “presente de Deus para a Igreja”. Disse ainda que qualquer ideia que vincule a homossexualidade dentro da Igreja é “grave e cientificamente indefensável”.

Pietro se pronunciou contrário ao aborto e a barriga de aluguel alegando ser graves violações da dignidade humana, e criticou a ideia de que gênero pode ser diferente de sexo.

Parolin foi efetivado cardeal em 2014, e se tornou braço direito do Papa Francisco logo após assumir a cátedra de São Pedro.


Principais candidatos apontados como possíveis sucessores do Papa Francisco (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)


O cardeal na América Latina e diplomacia

Pietro Parolin pertence a uma família profundamente católica. Nasceu perto de Veneza em 17 de janeiro de 1955. Perdeu o pai em um acidente de carro quando tinha 10 anos. Aos 14 anos entrou para o seminário.

Viajou para Roma após ser ordenado aos 25 anos e estudou direito canônico e diplomacia, em seguida entrou no serviço exterior da Santa Sé em 1986 e durante quatro décadas esteve ao redor do mundo. O cardeal fala espanhol, francês, inglês, além de italiano.

No ano de 1989 chegou ao México acompanhado de delegação apostólica que reconstituiu mediante negociações a relação entre os dois países em 1992. O rompimento das relações havia ocorrido no final do século XIX, após o então presidente Benito Juárez ter confiscado propriedades da Igreja, dissolvendo ordens religiosas e criado um Estado laico.

Já em 2009, Paolin voltou à América Latina como embaixador na Venezuela de Hugo Chávez, o qual sempre teve relações tensas com a Igreja Católica.

Pietro Parolin também mediou via Vaticano a retomada das relações entre os Estados Unidos de Barack Obama e a Cuba de Raul Castro em 2014.

Também atuando como diplomata, exerceu papel fundamental na assinatura do acordo histórico de 2018 entre a Santa Sé e a China comunista sobre a nomeação de bispos, que terminou com quase 70 anos de tensões.

“Tolerância zero contra abusos sexuais”, um pedido unânime de vítimas ao próximo Papa

Nesta quarta-feira (30), três ativistas que defendem vítimas de abuso sexual clerical cobraram que o próximo papa coloque essa questão no centro de seu pontificado. Em sua declaração, eles expressaram indignação e apontaram falhas na atuação dos últimos três líderes da Igreja Católica.

Peter Isely, um dos fundadores do grupo de sobreviventes de abusos, afirmou que essa questão precisa ser o foco principal do conclave. Segundo ele, a urgência do tema exige uma abordagem centralizada por parte da Igreja.

Entretanto, é bom lembrar que, por mais de três décadas, a Igreja tem enfrentado escândalos globais envolvendo padres acusados de abuso sexual e o acobertamento desses crimes. Esses episódios abalaram sua reputação e resultaram em acordos financeiros que somam centenas de milhões de dólares.

Francisco reforça ‘tolerância zero’ para abusos na Igreja

Bem como todos sabem, Papa Francisco, que morreu no último dia 21 de abril, teve um pontificado histórico na Igreja Católica. Diante das constantes denúncias de abusos, não foi diferente. Assim, ele convocou uma cúpula histórica em 2019, reunindo líderes religiosos de todo o mundo para discutir a proteção de menores.

Além disso, durante seu pontificado, ele aboliu o segredo pontifício para casos de abuso sexual, permitindo maior colaboração com autoridades civis. Também exigiu que todas as dioceses criassem sistemas acessíveis para denúncias.


O grupo de sobreviventes SNAP compartilham entrevista cedida ao jornal The Washington Times (reprodução/X/@SNAPNetwork)

Denúncias de abuso desafiaram papas antes de Francisco

Ainda em 2022, um relatório acusou Bento XVI de não ter tomado medidas contra denúncias de abuso sexual durante seu período como arcebispo de Munique, entre 1977 e 1982. O ex-papa, que renunciou ao cargo em 2013, reconheceu erros e pediu perdão antes de falecer no final de dezembro daquele ano.

Além disso, Bento, Francisco e João Paulo II foram criticados pela forma como lidaram com as acusações contra um ex-cardeal dos EUA, acusado de abusar de menores e adultos. McCarrick renunciou ao Colégio dos Cardeais em 2018 e, no ano seguinte, foi expulso do sacerdócio pelo Vaticano.

Denúncias de abusos sexuais é centro do conclave

Ainda na segunda-feira (28), a questão do abuso sexual foi um dos principais temas abordados pelos cardeais durante o preparatório para o conclave. Essas reuniões, que antecedem a escolha do novo líder da Igreja Católica, traçam um plano para enfrentar os escândalos que abalaram a instituição nas últimas décadas.

O conclave, evento secreto em que os cardeais se reúnem para eleger o próximo papa, está programado para começar no dia 7 de maio, no Vaticano.

Vaticano atualiza lista do conclave e confirma ausência de dois cardeais

Nesta terça-feira (29), o Vaticano anunciou que os cardeais Antonio Cañizares Llovera, da Espanha, e Vinko Puljic, da Bósnia, não participarão do conclave que elegerá o novo papa. Ambos já haviam comunicado sua ausência na semana anterior, mas agora foram oficialmente retirados da lista de votantes por razões de saúde, conforme confirmou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.

Conclave se aproxima com 133 cardeais votantes

Com essas duas ausências confirmadas, o número de cardeais com direito a voto fica em 133. Apenas aqueles com menos de 80 anos podem participar do processo, conforme as regras estabelecidas pela Igreja. A eleição do novo pontífice está marcada para o dia 7 de maio e ocorrerá na tradicional Capela Sistina, no Vaticano, cercada de expectativa, tradição e absoluto sigilo. Para que um novo papa seja eleito, são necessários no mínimo 89 votos — o equivalente a dois terços dos eleitores presentes, garantindo legitimidade ao resultado final da escolha.


Cardeais que não iram participar do Conclave (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Maioria dos votantes foi escolhida por Francisco

Outro dado relevante é que a maioria dos cardeais votantes — 108 dos 133 — foi nomeada pelo atual Papa Francisco. Os outros 25 foram escolhidos pelos papas anteriores, Bento XVI e João Paulo II. Isso indica que a escolha do novo papa deve manter, em certa medida, a linha ideológica e pastoral promovida por Francisco, com leve inclinação ao centro-direita, como avaliam especialistas em assuntos religiosos e estudiosos do Vaticano. Muitos observadores apontam ainda que esse perfil majoritário reforça a continuidade de temas como justiça social, meio ambiente e diálogo inter-religioso, que marcaram o pontificado de Francisco nos últimos anos.

Caso nenhuma candidatura atinja os dois terços após 34 rodadas de votação, o processo avança para um segundo turno, entre os dois mais votados. A expectativa em torno do conclave cresce, já que sua decisão definirá os rumos da Igreja Católica nos próximos anos e influenciará diretamente milhões de fiéis ao redor do mundo.

Líderes mundiais prestam suas últimas homenagens ao Papa Francisco

Mais de 160 delegações oficiais estiveram presentes neste sábado (26) na Praça São Pedro para prestar suas homenagens e dar seu adeus ao Papa Francisco. Dentre as comitivas religiosas e políticas, estavam 50 Chefes de Estado e Governo e 10 monarcas. 

Os lugares reservados para as autoridades estavam à direita do altar, sob a perspectiva de frente para a fachada da basílica. A delegação da Argentina, país natal do Papa, ocupou o lugar de honra e foi liderada pelo presidente da República, Javier Milei, e sua irmã Karina, secretária-geral. 

Logo após, sentou-se a delegação italiana: o presidente da República Sergio Mattarella, sua filha Laura, a presidente do Conselho Giorgia Meloni, o presidente do Senado Ignazio La Russa, o presidente da Câmara Lorenzo Fontana, o presidente do Tribunal Constitucional Giovanni Amoroso, os vice-presidentes e primeiros-ministros Antonio Tajani e Matteo Salvini, o subsecretário da Presidência do Conselho Alfredo Mantovano e o embaixador junto à Santa Sé, Francesco Di Nitto. 


Chefes de estado comparecem em peso ao funeral do Papa Francisco (Vídeo: reprodução/YouTube/@veja)

Realeza presente

Em seguida, sentaram-se os soberanos reinantes em ordem alfabética pelo nome do país em francês, e dentre eles estavam os monarcas da Bélgica, Rei Philippe e Rainha Mathilde, a Rainha Mary da Dinamarca, o Rei Felipe VI e Rainha Letizia, da Espanha, Rei Abdullah II e Rania, da Jordânia, o Príncipe Albert e sua esposa Charlene, de Mônaco, e o Rei Carl Gustav e a Rainha Silvia, da Suécia. 

Além destes, também estiveram presentes o príncipe herdeiro Wiliam, do Reino Unido, o Príncipe Haakon e a Princesa Mette-Marit, da Noruega, e os soberanos dos Emirados Árabes Unidos, Lesoto, Principado de Andorra e Liechtenstein. Os Grão-Duques de Luxemburgo também foram a Roma. 

Principais chefes de estado

Com relação aos Chefes de Estado e Governo, a ordem alfabética francesa do país também foi respeitada. 

O site oficial Vatican News deu um destaque especial para a presença do alemão Frank-Walter Steinmeier e o chanceler Olaf Scholz, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa Janja, o presidente estadunidense Donald Trump e sua esposa Melania, o francês Emmanuel Macron e sua esposa Brigitte, o ucraniano Volodymyr Zelensky e sua esposa Olena e o húngaro Tamás Sulyok, acompanhado de seu primeiro-ministro Viktor Orban.

O Vatican News também destacou alguns líderes europeus presentes: o Presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Callas e a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola. 

O Secretário-Geral Antonio Guterres representou a Organização das Nações Unidas (ONU), o Vice-Presidente Chen Chin-Jen representou a China e a Ministra da Cultura Olga Borisovna Lyubimova representou a Federação Russa. A presidente do Banco do Brics, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, também prestou suas homenagens ao Papa. 

Israel se fez representar por seu Embaixador junto à Santa Sé, Yaron Sideman, e a Palestina, que é reconhecida pela Santa Sé, foi representada por seu Primeiro-Ministro Mohamed Mustafa. 

O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden e sua esposa, Jill, também compareceram à Missa Exequial que antecedeu o sepultamento de Francisco. 

Comitiva brasileira

Segundo a Agência Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou as últimas homenagens representando o país acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, de quatro ministros e doze parlamentares. O assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente, Celso Amorim e a ex-presidente Dilma Rousseff também acompanharam o grupo. 


Vatican News dá destaque à presença da comitiva brasileira no velório de Francisco (Vídeo: reprodução/X/@vaticannews_pt)

Os ministros que foram com a comitiva são o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o ministro das Relações Exteriores, o embaixador Mauro Vieira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo. 

Os parlamentares brasileiros presentes foram o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos – PB), o senador Renan Calheiros (MDB – AL), a senadora Leila Barros (PDT – DF), a senadora Soraya Thronicke (Podemos – MS), e os deputados Luis Tibé (Avante – MG), Odair Cunha (PT – MG), Padre João (PT – MG), Reimont (PT – RJ), Luiz Gastão (PSD – CE), Dagoberto Nogueira (PSDB – MS) e Professora Goreth (PDT – AP).

Países representados

Confira a lista das principais autoridades presentes no último adeus ao Papa Francisco:

África

  • Cabo Verde: o presidente José Maria Neves;
  • República Centro-Africana: o presidente Faustin-Archange Touadéra. 

Américas

  • Argentina: o presidente Javier Milei, a irmã Karina (secretária-geral da Presidência), e vários ministros, dentre eles o chanceler Gerardo Werthein;
  • Brasil: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Janja, e uma comitiva de 18 autoridades;
  • Estados Unidos: o presidente Donald Trump e a primeira-dama Melania;
  • Honduras: a presidente Xiomara Castro. 

Ásia

  • Filipinas: o presidente Ferdinand Marcos e a primeira-dama, Liza Marcos. 

Europa

  • Alemanha: o presidente Frank-Walter Steinmeier e o chefe de goveno Olaf Sholz;
  • Áustria: o chefe de governo Christian Stocker; 
  • Bélgica: o rei Phillippe, a rainha Mathilde e o primeiro-ministro Bart De Wever;
  • Bulgária: o primeiro-ministro Rosen Jeliazkov;
  • Croácia: o presidente Zoran Milanovic e o primeiro-ministro Andrej Plenkovic; 
  • Dinamarca: a rainha Mary;
  • Eslováquia: o presidente Peter Pellegrini;
  • Eslovênia: a presidente Natasa Pirc Musar e o primeiro-ministro Robert Golob;
  • Espanha: o rei Felipe VI e a rainha Letícia;
  • Estônia: o presidente Alan Karis; 
  • Finlândia: o presidente Alexander Stubb;
  • França: o presidente Emmanuel Macron e sua esposa Brigitte, o ministro das Relações Exteriores Jean-Noël Barrot e o ministro do Interior Bruno Retailleau;
  • Grécia: o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis;
  • Hungria: o presidente Tamás Sulyok;
  • Irlanda: o presidente Michael D. Higgins, o primeiro-ministro Micheál Martin e o vice-primeiro-ministro Simon Harris;
  • Kosovo: a presidente Vjosa Osmani;
  • Letônia: o presidente Edgars Rinkevics;
  • Lituânia: o presidente Gitanas Nauseda;
  • Macedônia do Norte: a presidente Gordana Siljanovska-Davkova;
  • Moldávia: a presidente Maia Sandu;
  • Mônaco: o príncipe Albert II e a esposa, Charlêne;
  • Noruega: o príncipe Haakon, a princesa Mette-Marit e o chanceler Espen Barth Eide;
  • Países Baixos: o primeiro-ministro Dick Schoof e o chanceler Caspar Veldkamp; 
  • Polônia: o presidente Andrzej Duda e o presidente do Parlamento, Szymon Holownia;
  • Portugal: o presidente Marcelo Rebelo de Souza, o primeiro-ministro Luís Montenegro, o presidente da Assembleia Nacional José Pedro Aguiar Branco e o ministro das Relações Exteriores Paulo Rangel; 
  • Reino Unido: o príncipe William, representando o rei Charles III, e o primeiro-ministro Keir Starmer;
  • República Tcheca: o primeiro-ministro Petr Fiala;
  • Romênia: o presidente interino Ilie Bolojan; 
  • Rússia: Olga Liubimova, ministra da Cultura da Rússia;
  • Suécia: o rei Carl XVI Gustav, a rainha Silvia e o primeiro-ministro Ulf Kristersson;
  • Ucrânia: o presidente Volodymyr Zelensky e sua esposa, Olena. 

Oriente Médio

  • Israel: o embaixador no Vaticano, Yaron Sideman;
  • Palestina: Mohamed Mustafa.

Lula presta homenagem no velório do Papa Francisco

Nesta sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do velório do Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Lula estava acompanhado da primeira-dama Janja, da ex-presidente Dilma Rousseff, além dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Ricardo Lewandowski (Justiça) e do assessor Celso Amorim. Também integraram a comitiva os presidentes da Câmara, do Senado e do STF. A presença de tantas autoridades brasileiras refletiu o impacto global da liderança espiritual do pontífice.

Cerimônia marcada pela emoção

O adeus ao Papa Francisco tem comovido fiéis do mundo todo, tornando-se um dos momentos mais marcantes e tocantes vividos no Vaticano nos últimos tempos. A comoção tomou conta da Praça de São Pedro, que recebeu mais de 150 mil pessoas vindas de várias partes do mundo para prestar suas últimas homenagens ao pontífice, que marcou gerações com sua postura acolhedora e compromisso com os mais vulneráveis. Fiéis, religiosos e líderes de países dividiram espaço na imensa praça, onde o silêncio e a oração deram o tom de respeito e admiração.


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comitiva Brasileira (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/@lulaoficial)

Como será a despedida solene do Papa Francisco

Neste sábado, com o caixão lacrado, o cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, dará início à Missa das Exéquias — rito tradicional da Igreja Católica em homenagem aos falecidos. A cerimônia será realizada ao ar livre, como em velórios papais anteriores, reforçando a ligação entre o papa e o povo. O cenário imponente da Praça de São Pedro, cercada pelas colunatas de Bernini, torna-se palco de um último adeus coletivo, carregado de simbolismo e emoção.

Ao final da celebração, o caixão será conduzido em procissão solene até a Basílica de Santa Maria Maggiore, um dos templos mais importantes do catolicismo em Roma, onde acontecerá o sepultamento. O momento contará com a presença de autoridades, representantes religiosos e também de pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente convidadas para estar nos degraus que levam ao local de descanso final do pontífice — um gesto que ecoa os valores de humildade e inclusão que marcaram seu papado.

“Conclave” retorna aos cinemas após morte do Papa Francisco

Após a morte do Papa Francisco, o premiado filme “Conclave” volta aos cinemas brasileiros a partir desta quinta-feira (24), reacendendo o interesse do público por um dos dramas mais aclamados dos últimos tempos. Com distribuição da Diamond Films, a reestreia acontece em aproximadamente 40 cidades do país e coincide com o aumento expressivo de audiência da produção nas plataformas de streaming.

Retorno aos cinemas

Originalmente lançado em 2024, “Conclave” conquistou crítica e público, sendo indicado a oito categorias no Oscar 2025 e vencendo na categoria de Melhor Roteiro Adaptado. O longa já havia levado mais de 700 mil pessoas às salas de cinema em sua primeira exibição, e agora retorna em um novo momento histórico em meio ao luto global pela perda do pontífice.


Capa de divulgação do filme “Conclave” (Foto: reprodução/Instagram/@conclavethefilm)

Disputa pelo novo Papa

A história acompanha o cardeal Lawrence, interpretado por Ralph Fiennes, responsável por organizar o Conclave que definirá o novo Papa. O enredo se desenrola em meio a tensões políticas e revelações surpreendentes dentro dos muros do Vaticano. Quatro cardeais despontam como favoritos: Bellini, amigo do antigo Papa; Adeyemi, representante da ala progressista da Igreja; Tedesco, defensor de uma postura mais conservadora; e Tremblay, figura envolta em mistério. A disputa ganha um novo rumo com a chegada inesperada de Benitez, um cardeal mexicano nomeado em segredo.


Ralph Fiennes e Stanley Tucci como Cardeal Lawrence e Cardeal Bellini (Foto: reprodução/Instagram/@conclavethefilm)

Além do sucesso nas telonas, o filme também se destaca no streaming. Com exibição no Prime Video, “Conclave” teve um aumento de 283% nas visualizações globais logo após o anúncio da morte do Papa Francisco, saltando de 1,8 milhão para 6,9 milhões de minutos assistidos em um único dia. Outra produção com temática semelhante, Dois Papas, também viu sua audiência crescer significativamente na Netflix.

Com direção de Edward Berger, conhecido pelo premiado “Nada de Novo no Front”, “Conclave” se firma como um retrato poderoso dos bastidores da Igreja Católica e das disputas internas que moldam seu futuro. A nova exibição do longa oferece ao público a chance de revisitar essa história intensa em um momento de grande reflexão sobre o papel do Vaticano no mundo contemporâneo.

Corpo do Papa Francisco chega à Basílica de São Pedro

Cardeais e autoridades do Vaticano realizaram uma procissão para encaminhar o corpo do Papa Francisco até a Basílica de São Pedro. A condução ocorreu nesta quarta-feira (23) e foi feita com um momento de oração que o cardeal Kevin Joseph Farrell, que é camerlengo da Igreja Católica, função de quem presta assistência pessoal ao papa, presidiu.

O translado teve início às 4h no horário de Brasília. A procissão seguiu rumo a Praça Santa Marta e a Praça dos Protomártires Romanos, até chegar à Praça de São Pedro, onde o corpo do papa entrou na Basílica pela entrada principal. A condução contou com a presença de cardeais solenes, prelados e guardas suíços que escoltaram o corpo do pontífice.

No altar da confissão, o cardeal Kevin Farrell conduziu uma Liturgia da Palavra composta por leituras da Bíblia e abriu o espaço em seguida para que cardeais se aproximassem e se despedissem do papa. A cerimônia foi encerrada com o canto da Salve Regina, um hino mariano.

De acordo com o Vaticano, o rito contou com a presença de mais de 20 mil pessoas, o que inclui cardeais e pessoas na Praça São Pedro.


Momento em que o corpo do Papa Francisco chega à Basílica de São Pedro (Vídeo: reprodução/X/@vaticannews_pt)


Será possível visitar o corpo do papa nos seguintes horários (horário de Brasília): Das 6h às 19h de quarta-feira; das 2h às 19h de quinta-feira; e das 2h às 14h de sexta-feira.

De acordo com o Vaticano, o funeral ocorrerá em frente à Basílica de São Pedro no sábado a partir das 5h no horário de Brasília. O decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, presidirá a cerimônia. Ele também será responsável por realizar a Santa Missa Exequial, rito litúrgico para a morte de pontífices.


O corpo do papa dentro da Basílica de São Pedro (Foto: reprodução/Alessandro Di Meo/POOL /AFP)

No final do funeral, o decano Giovanni Battista fará a recomendação final, uma oração de encerramento em que o papa será formalmente confiado a Deus. Seu corpo será levado para Santa Maria Maior para o sepultamento.

Causa da morte

Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos às 2h35 pelo horário de Brasília e às 7h35 pelo horário local. As causas de sua morte foram uma insuficiência cardíaca e um AVC.

O papa nasceu no dia 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina. Ele foi o primeiro pontífice latino-americano da história e comandou a Igreja Católica ao longo de quase 12 anos.

O testamento

Em seu testamento divulgado pelo Vaticano, o único desejo que o papa expressou foi o de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. 

‘Sentindo que o fim da minha vida terrena se aproxima e com viva esperança na Vida Eterna, desejo expressar minha vontade somente quanto ao local do meu sepultamento.

Sempre confiei minha vida e meu ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que meus restos mortais descansem aguardando o dia da ressurreição na Basílica Papal de Santa Maria Maggiore.

Desejo que a minha última viagem terrena termine precisamente neste antigo santuário mariano, onde ia rezar no início e no fim de cada Viagem Apostólica, para confiar com confiança as minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecer-Lhe o seu dócil e maternal cuidado.

Peço que meu túmulo seja preparado no nicho da nave lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani ) e a Capela Sforza da mencionada Basílica Papal, conforme indicado no documento anexo.

O túmulo deve estar na terra; simples, sem decoração particular e com a única inscrição: Franciscus .

As despesas para a preparação do meu sepultamento serão cobertas pela quantia do benfeitor que providenciei, para ser transferida para a Basílica Papal de Santa Maria Maggiore e sobre a qual dei instruções oportunas a Mons. Rolandas Makrickas, Comissário Extraordinário do Capítulo Libérico.

Que o Senhor dê a merecida recompensa àqueles que me amaram e continuarão a orar por mim. Ofereci ao Senhor o sofrimento que se fez presente na última parte da minha vida pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos’.

Outros cinco papas estão sepultados na Basílica de Santa Maria Maggiore: Clemente VIII, Clemente IX, Paulo V, Sixto V, Pio V, Nicolau IV e Honório III. A última visita do papa Francisco ao local ocorreu após uma internação no Policlínico Gemelli, no dia 23 de março.

Funeral simples encerra pontificado do Papa Francisco

O Papa Francisco aprovou em 2024 o livro litúrgico “Ordo Exsequiarum Romani Pontificis”, que revisou e modificou profundamente os protocolos fúnebres do líder da Igreja Católica, no Vaticano, e deixou orientações estritas para que seu funeral fosse simples.

Geralmente, essa última vontade é informada pelo papa ao carmelengo, o qual é o cardeal responsável por gerenciar a Igreja, planejar o funeral e convocar o conclave durante a Sede Vacante, que é o período entre a morte do papa e a eleição de um novo pontífice, em que o trono do Vaticano fica vago. 

No momento em que um papa morre, o centro do mundo católico para. Todos os cargos dos cardeais são extintos, as eventuais dívidas do papa são zeradas. As únicas posições que permanecem durante a Sede Vacante são aqueles que participam do período de transição. 

Antigos e novos protocolos

O objetivo do novo formato da cerimônia fúnebre é comunicar que o papa é um “pastor e discípulo de Cristo”, e não uma pessoa poderosa, como um governante ou chefe político. 

O camerlengo iniciou os primeiros ritos do funeral papal nessa segunda-feira (21), logo após a morte de Francisco. O cardeal irlandês Kevin Farrell se certificou da morte do papa, lacrou os seus aposentos na Casa Santa Marta e, conforme dita a tradição, destruiu o anel papal, simbolizando a suspensão do poder pontifício. A partir desse momento, o poder da igreja passa interinamente para as mãos do Sagrado Colégio dos Cardeais.  

Diferentemente de outros papas, Francisco não usava o “Anel do Pescador”, o anel de sinete de ouro, símbolo oficial papal, com uma gravura de São Pedro lançando suas redes de um barco e o nome do pontífice inscrito na borda. O papa jesuíta escolheu colocar em seu dedo apenas seu anel de bispo, mais simples e de prata. 

Até 1958, a morte papal não era um acontecimento o qual o público tinha acesso. Naquele ano, o médico de Pio XII vazou fotos dos momentos finais e, por isso, foi expulso do Vaticano e da ordem médica. No entanto, foi só quando João Paulo II faleceu, em 2005, que todo o mundo passou a acompanhar a cerimônia fúnebre aberta ao público. 

Último desejo de Francisco

As recomendações que o pontífice deixou para o seu funeral foram:

  • Um enterro bem simples;
  • Um rito mais curto, em que o corpo não passará pelo Palácio Apostólico;
  • O caixão será apenas um: de madeira, revestido de zinco. 
  • O caixão será levado diretamente da capela da Casa Santa Marta para a Basílica de São Pedro;
  • O caixão ficará no chão da basílica e não em posição elevada;
  • O corpo do papa deverá permanecer dentro do caixão para que o público preste suas últimas homenagens;
  • O corpo de Francisco deverá ser enterrado em uma basílica romana única: a de Santa Maria Maggiore (Santa Marta Maior), considerada a maior igreja mariana do mundo;
  • Sua tumba será simples e sem adornos, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, com uma única inscrição – “Franciscus”; 
  • O líder da Igreja Católica será chamado apenas de papa ou bispo de Roma, desprezando outros títulos ou nomes mais longos ou complexos. Mas poderá ser chamado em alguns momentos de Romanus Pontifex, que significa “Romano Pontífice” em latim. 

Na tradição secular do Vaticano, o corpo dos papas era colocado em três caixôes, sendo dois de madeira e um de chumbo. Depois, era sepultado na Gruta dos Papas, chamada de Necrópole Vaticana, uma cripta que fica embaixo da Basílica de São Pedro. Ali repousam os restos mortais de mais de 100 papas. 


Papa Francisco registrou seu último desejo em testamento (Vídeo: reprodução/X/@jornalnacional)

O corpo do Papa Francisco será levado para uma missa de corpo presente na praça São Pedro no próximo sábado (26), às 10h, horário de Roma (5h em Brasília). 

As “três estações” do adeus

O livro litúrgico aprovado pelo Papa Francisco estrutura o processo fúnebre papal em três “estações”:

  • A primeira estação ocorre logo após a morte do papa, na capela privada do pontífice, onde o Camerlengo confima o óbito. O corpo é embalsamado e colocado dentro de um caixão de madeira, revestido de zinco, para retardar a decomposição do corpo. Dali, o caixão é levado à Basílica de São Pedro. 
  • A segunda estação ocorre na Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde o corpo é exposto ao público em uma estrutura baixa e acontece a Missa Exequial, em homenagem ao líder espiritual da Igreja Católica. Após a missa, o caixão é fechado e iniciam-se as “novendiais”, celebrações de missas por nove dias. O caixão será fechado e prosseguirá para a última estação. 
  • A terceira estação é o sepultamento, que acontecerá na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, considerada o maior santuário à Virgem Maria do mundo cristão ocidental. A igreja tem partes que datam do ano 432 depois de Cristo. 

Formato do funeral de Francisco é inédito na Igreja (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A igreja do coração

Em um documento de 29 de junho de 2022, Francisco escolheu a igreja onde costumava rezar com frequência para seu sepultamento. O papa a visitava especialmente antes e depois das viagens internacionais ou após a alta de uma internação. 

“Minha vida e meu ministério sacerdotal e episcopal confiei sempre à Mãe do Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, desejo que minha última viagem terrestre termine justamente neste antigo santuário mariano, onde tantas vezes rezei no início e no fim de cada missão apostólica, entregando-lhe minhas intenções com confiança e gratidão”, registrou o Papa Francisco. 

Graças aos novos protocolos aprovados pelo Papa, será possível sepultá-lo fora de Roma, o primeiro papa em quase 150 anos a não ser enterrado na Basílica de São Pedro, desde Pio IX (1846-1878), que foi transferido três anos após a sua morte para a Basílica Romana de San Lorenzo fuori le Mura (São Lourenço Fora dos Muros), como desejava.

César Tralli mostra bastidores da cobertura da morte do Papa no Vaticano

O jornalista César Tralli, da Globo, embarcou, nesta segunda-feira (21), para Roma, na Itália, para acompanhar os desdobramentos da morte do Papa Francisco. O âncora do Jornal Hoje compõe o time de jornalistas da Globo fazendo a cobertura diretamente da Cidade do Vaticano. Além de Tralli, os jornalistas Murilo Salviano, Ilze Scamparini e Nilson Klava formam a equipe.

Em seu Instagram, Tralli compartilhou um vídeo gravado na Praça de São Pedro, onde pode se ver inúmeros turistas e fieis que estão acompanhando os momentos antes do funeral do Papa Francisco, que faleceu na manhã de segunda-feira (21).

Falecimento do Papa

O Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, faleceu na manhã de segunda-feira (21), aos 88 anos, vítima de um AVC seguido de insuficiência cardíaca. Horas antes, ele apareceu em público durante a bênção Urbi et Orbi, no domingo de Páscoa (20), já demonstrando sinais de fragilidade. O cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano, anunciou a morte.


Papa Francisco (Foto: reprodução/Alberto Pizzoli/AFP)

Francisco foi o primeiro latino-americano e o primeiro jesuíta a assumir o cargo mais alto da Igreja Católica. Em seu papado, ele promoveu reformas dentro da Igreja, com tolerância zero para religiosos envolvidos em casos de pedofilia, combate a abusos sexuais e diálogo entre religiões. Também discursou a favor do acolhimento a grupos marginalizados e minorias. O velório do pontífice começa nesta quarta-feira (23) e vai até a sexta-feira (25).

Conclave

Atualmente, o Vaticano segue as regras definidas em 2013 pelo Papa Bento XVI. De acordo com essas diretrizes, o Conclave começa entre 15 e 20 dias após a morte do papa. Portanto, a previsão é que ocorra entre os dias 6 e 11 de maio. No entanto, as normas também permitem flexibilidade. Por exemplo, se todos os cardeais já estiverem no Vaticano, o Conclave pode começar antes. Além disso, em casos excepcionais, o início pode ser adiado por “motivos graves”.

O Vaticano, após a morte do papa, convoca todos os cardeais do mundo para compor o Colégio dos Cardeais, que atualmente é formado por 252 religiosos — incluindo oito brasileiros. O grupo ajuda a organizar o Conclave.

Na primeira etapa do Conclave, todos os cardeais participam, incluindo os que têm mais de 80 anos. Os cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto na escolha do novo Papa. Atualmente, são 135 os cardeais que se enquadram nesse critério.

A votação do Conclave ficou mais famosa devido ao sucesso do filme de mesmo nome, que concorreu ao Oscar desse ano em várias categorias, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Roteiro adaptado, categoria na qual foi vencedor.

Papa Francisco se despede de enfermeiro antes de morrer

Nesta terça-feira (22) o Vaticano confirmou os últimos momentos do Papa Francisco antes de falecer na segunda-feira (21). De acordo com as autoridades, o pontífice se despediu e gesticulou para seu enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappetti. Eles também disseram que os problemas de Francisco não o fizeram sofrer, já que tudo aconteceu muito rápido.

A despedida do Papa Francisco

O Vaticano informou, nesta terça-feira (22), que durante seus últimos momentos de vida, o Papa Francisco estava com seu enfermeiro, Massimiliano Strappetti, que cuidava-lhe 24 horas por dia.

Ele se despediu de Strappetti, fazendo um gesto de tchau com a mão, antes de entrar em coma. De acordo com o Vaticano, os sintomas começaram a aparecer por volta de 5h30 da manhã de segunda-feira (21), em horário local (0h30 no horário de Brasília), duas horas antes de sua morte.


Retrato do Papa Francisco, exposto em catedral no Vaticano (Foto: reprodução/Beata Zawrzel/NurPhoto/Getty Images)


Pouco mais de uma hora depois [do início dos sinais], fazendo um gesto de despedida com a mão para Strappetti, o pontífice entrou em coma. Ele não sofreu, e tudo aconteceu muito rápido”, disse o Vaticano.

O Vaticano ainda informou que Francisco, em suas últimas palavras, agradeceu Strappetti por auxiliá-lo a andar de papamóvel na Praça de São Pedro, no Domingo de Páscoa. O ato para cumprimentar os fiéis foi uma grande surpresa, visto o estado de saúde fragilizado do pontífice.

Os esforços do Papa

O Papa Francisco era conhecido por ser muito conectado ao povo, sempre andando em meio a multidões acenando e falando com as pessoas. Nesse sentido, ele era muito esforçado em seu trabalho e, até mesmo em seu último dia vida, contra as recomendações médicas, Francisco passou o dia trabalhando.


Papa Francisco em seu passeio pela Praça de São Pedro, no Domingo de Páscoa (Foto: reprodução/Isabella Bonotto/Anadolu/Getty Images Embed)


Esses esforços não foram em vão, visto que, em seu passeio pela Praça de São Pedro, cerca de 35 mil fiéis católicos estiveram lá para louvá-lo. Eram ouvidos gritos de “viva o papa”, enquanto o carro parava para Francisco abençoar os bebês que eram trazidos por auxiliares.