Fertilização in vitro de rinoceronte-branco bem-sucedida é esperança para cientistas

Beatriz Lima Por Beatriz Lima
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Pela primeira vez, uma fertilização in vitro de um rinoceronte-branco foi bem sucedida, e cientistas acreditam que esse pode ser o caminho para salvar a espécie. Os pesquisadores utilizam apenas rinocerontes do sul em seus estudos para evitar que os que habitam no norte entrem em extinção, uma vez que existem somente duas fêmeas inférteis em todo planeta.


Cientistas observando a fertilização em destaque (Foto: reprodução/ BioRescue)


Detalhes do procedimento

A operação foi realizada com a transferência de um embrião de rinoceronte feito em um laboratório para uma mãe fêmea substituta. Esse procedimento é considerado como uma nova esperança para os cientistas com o principal objetivo de evitar a extinção da espécie.

Esse projeto demorou anos para finalmente ser colocado em prática, precisando superar diversos obstáculos, como, por exemplo, a coleta de ovos e a criação dos primeiros embriões. De fato, 13 tentativas foram essenciais para obter sucesso na primeira gestação.

Entretanto, apenas 70 dias depois da gravidez, a fêmea morreu por ter sido infectada pela bactéria Clostridia, que possui a possibilidade de ser fatal para os animais. Após a morte, uma autópsia realizada demonstrou que tinha 95% de chance do feto masculino de 6,5 centímetros, que já estava se formando, nascer vivo.

Novas possibilidades

De acordo com informações divulgadas pela Suzanne Holtze, cientista do Instituto Leibniz para Pesquisa em Zoológicos e Vida Selvagem, ao BBC, a conquista da gestação já foi um passo muito importante para o futuro: “Mas agora, com essa conquista, estamos muito confiantes de que seremos capazes de criar rinocerontes-brancos-do-norte da mesma maneira, e que seremos capazes de salvar a espécie”, revelou.

Ainda sobre a transferência dos embriões, o chefe do projeto BioRescue, Thomas Hildebrandt, afirma que “a situação para o rinoceronte-branco-do-norte é privilegiada para a transferência de embriões porque temos uma receptora intimamente relacionada, então o mapa interno delas é quase o mesmo”.

Os cientistas possuem o planejamento de implantar o embrião de um rinoceronte-branco-do-norte até maio ou junho de 2024.

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