Líder de Belarus afirma que seu exército não participou de ataque à Ucrânia

Leticia Lopes Por Leticia Lopes
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Foto destaque: O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, é um dos principais parceiros da Rússia (Reprodução/Getty Images Embed)

O presidente Alexander Lukashenko, líder desde 1944 de Belarus é o principal aliado do presidente Russo Vladimir Putin. O mesmo informou a agência de notícias estatal Belta, que Belarus não permitirá quaisquer confrontos na fronteira com a Ucrânia. 

Garanto que não permitiremos nenhum conflito na fronteira com a Ucrânia. Nunca haverá nenhum.”, disse o Presidente de Belarus na coletiva. 

 Alexander Lukashenko

Na semana passada, a Rússia lançou uma grande ofensiva militar, com grandes bombardeios aéreos e disparos de mísseis contra as principais cidades ucranianas. Algumas horas mais tarde, tropas russas, apoiadas por tanques, iniciaram uma invasão terrestre à Ucrânia.

Nessa mesma semana, a Belarus anunciou que destacou forças de defesa aérea adicionais para sua fronteira com a Ucrânia para proteger suas “instalações de infraestruturas críticas” devido ao aumento da atividade de drones ucranianos na área.

O líder autocrata ainda negou que militares de seu país estejam participando da guerra iniciada pela Rússia.


Alexander Lukashenko e Vladimir Putin (Foto Destaque: Getty Images Embed)

Moscou movimenta em sua ofensiva terrestre os milhares de soldados russos que posicionou no sul de Belarus, há várias semanas, para a realização de manobras militares conjuntas. A capital ucraniana, Kiev, fica a apenas 150 quilômetros da fronteira bielorrussa.

De acordo com que diz Lukashenko, o presidente russo, Vladimir Putin, telefonou a ele para fazer “um briefing muito detalhado da situação”. “Por volta das 5h de hoje (23h de quarta-feira em Brasília), ocorreu uma conversa telefônica” entre os dois líderes, informou a presidência bielorrussa em um comunicado. O documento reitera que Putin informou Lukashenko sobre “a situação na fronteira com a Ucrânia”, ou seja, referindo-se a regiões separatistas no leste da Ucrânia.

Bielorrússia e a Ucrânia

Os serviços de fronteira da Bielorrússia asseguraram que ainda tinham encontrado material para a fabricação de bombas caseiras na mesma zona, acusando um grupo de russos Pró-Ucrânia de estar preparando operações naquela região. Mas, as acusações agora subiram ainda mais o tom e, alegam que a Ucrânia estaria mesmo  mobilizando soldados para a zona fronteiriça, falando em “sabotagem” e “atos terroristas” por parte dos ucranianos.

Já o Governo da Ucrânia anunciou que se trata apenas de uma ‘operação de informação’ feita pela Bielorrússia com o apoio de Moscou.

Não é a primeira vez que a Bielorrússia disponibiliza dados sobre ameaças e apoio ucraniano. Essa é mais uma etapa da operação de informação conduzida pela Bielorrússia com a ajuda da Rússia. Entretanto, a situação no local permanece perigosa e é necessário um número significativo de soldados ucranianos na fronteira.

Andriy Demchenko

indicou Andriy Demchenko, porta-voz da guarda fronteiriça ucraniana.

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