Covid-19: Fiocruz estuda intercambialidade entre imunizantes

Arianny Xavier Por Arianny Xavier
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Uma pesquisa sobre a intercambialidade de imunizantes no Brasil será executada pelos pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o intuito de examinar os resultados imunológicos com base na combinação entre imunizantes, os produzidos pelo Instituto Butantan, CoronaVac, e pela Fiocruz, Astrazeneca.


Imunizantes contra a Covid. (Foto: Reprodução/Johaehn/Pixabay)


A mistura das vacinas pode ser aplicada como tática para pode aumentar a coberta vacinal dos cidadãos, principalmente perante a uma escassez mundial de imunizantes. Porém, para determinar instruções e políticas públicas sobre a combinação das vacinas, é necessário aumentar os conhecimentos sobre este assunto.

Adriana Vallochi, coordenadora do plano e pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC (Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz), aborda que a mistura das vacinas pode resultar em um retorno de imunidade forte e prolongada.

A pesquisadora acrescenta que, “Ainda não há dados publicados sobre a intercambialidade das vacinas Coronavac e AstraZeneca. Os resultados do projeto devem esclarecer se os protocolos com combinação dessas vacinas induzem proteção e a duração da imunidade. Essas informações podem contribuir para o planejamento do PNI [Programa Nacional de Imunizações], apontando esquemas mais efetivos e permitindo a substituição de vacinas caso haja falta de doses de um dos imunizantes”.

O estudo sobre a intercambialidade entre as vacinas da CoronaVac e Astrazeneca vai englobar 5 regiões do país, incluindo a atuação de 7 unidades da Fiocruz e da Lacens ( Laboratórios Centrais de Saúde Pública) dos estados.

O estudo tem o intuito de examinar as repostas imunológicas obtidas na intercambialidade e sua segurança da aplicação. E terá a cooperação de 1.400 voluntários, com divisão de 5 grupos: os que tiveram a primeira dose da CoronaVac e a segunda com Astrazeneca; com a primeira dose da Astrazeneca e a segunda da Coronavac; os não vacinados; os com esquema regular das doses desses imunizantes.

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O avanço das respostas obtidas no estudo será observado durante o tempo mínimo de 1 ano. Também serão recolhidos, além de entrevistas, amostras em 2, 6 e 12 meses depois da segunda dose.

A coordenadora do projeto, Adriana Vallochi, explica: “Existem dois mecanismos que podem ser induzidos pelas vacinas: a produção de anticorpos, que neutralizam o vírus, impedindo a sua entrada nas células, e a atuação de linfócitos, que reconhecem e destroem as células infectadas”.

Adriana ainda fala que é importante apurar as respostas imunológicas. Indivíduos que possuem baixos anticorpos podem estar imunes da infecção, devido ao retorno celular, que é um relevante instrumento de proteção do sistema imune contra o coronavírus.

Foto Destaque: Reprodução/Maksim Goncharenok/Pexels

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