Business Insider prevê 2023 desafiador para Twitter, Amazon, Microsoft e Google

Ana Paula Sousa Por Ana Paula Sousa
5 min de leitura

As maiores big techs do mundo deverão passar apertos em 2023. Segundo o Business Insider, a era da abundância no meio das tecnologias deverá ser freada e empresas precisarão passar por ajustes significativos para se tornarem sustentáveis. 

Um dos sintomas de transtornos do setor foi exemplificado com a compra do Twitter por Elon Musk, uma aquisição de 44 bilhões de dólares, feita de maneira apressada, considerando os valores do mercado de 2021. Logo após a compra, o mercado econômico apresentou uma desaceleração, ocasionando diversos cortes de gastos, eliminação de projetos e funcionalidades caras por Musk, em tentativa de deixar a rede social viva.


2023 é ano pontencial para surgimento de concorrente do Twitter. (Foto: Reprodução/Getty Images)


Mesmo companhias maiores e que ainda geram lucro, como a Amazon, a Meta e a Microsoft, precisaram passar o ‘pente fino’ no quadro de funcionários, realizando centenas de demissões. Para não fazer o mesmo, o Google tem realizado avaliações rigorosas de desempenho entre os colaboradores, exigindo uma maior produtividade.  

No momento, apenas a Apple segue imune entre as companhias, mas o bom desempenho deve seguir sendo monitorado em 2023.

Confira as previsões do Business Insider para o 2023 das maiores empresas de tecnologia.

Twitter

Com a lenta desintegração do Twitter, que já vem acontecendo na gestão de Elon Musk, a plataforma ainda passa por problemas de pornografina, bots, funções instáveis, que desaparecem a todo momento, e tentativas constantes de Musk em chamar atenção do mundo.

Para o Business Insider, usuários continuarão na plataforma por um tempo, principalmente aquelas que estão a mais de uma década construindo presença na rede social e resistindo às mudanças, mas a grande maioria já pensa em migrar assim que outra alternativa boa suficiente apareça.

Algumas opções como a Mastodom, Hive e True têm apresentado crescimentos consideráveis de número de usuários, e funcionalidades parecidas ao Twitter, mas nenhuma delas ainda parece ser o substituto perfeito para competir com a rede social de Musk, que conta hoje com 254 milhões de usuários. 

O ano de 2023 pode ser o momento ideal para o nascimento de uma plataforma que conquiste os que buscam sair do Twitter.

Microsoft

O primeiro desafio de 2023 será conseguir a aprovação de órgãos regulatórios para a aquisição da subsidiária de games Activision Blizzard, por 69 bilhões de dólares. A decisão estabeleceu um precedente importante para fusões e aquisições no setor.

A Federal Trade Comission, entidade reguladora dos EUA, impediu a realização do negócio, por possíveis prejuízos que poderia causar aos concorrentes, já que games populares como “Call of Duty” ficariam restritos ao Xbox.

Brad Smith, presidente da Microsoft, afirmou estar aberto para acordos, deixando Call of Duty disponível em outros consoles por mais 10 anos. Caso o negócio, com grandes chances, seja estabelecido, a Microsoft se tornará a terceira maior empresa de games do mundo.

Amazon

Para a Business Insider, a empresa deve desacelerar ainda mais em 2023, devido à queda de demanda nos três pilares que mantém a empresa, sendo esses o e-commerce e serviços de nuvem e streaming, por conta da recessão econômica americana esperada para esse ano.

Lojistas unidos à Amazon estão voltando com lojas físicas, atrapalhando a área de vendas, e clientes da AWS já começaram a cortar as despesas com o serviço na nuvem.

Além disso, o Prime Videos se encontra no nível máximo de saturação nos EUA. Tudo isso tem refletido na política de corte de gastos e foco em resultados, que deve seguir no ano 2023 dentro da empresa.

Alphabet/Google

Em 2023 as aplicações em inteligência artificial cresceram em número e popularidade. Plataformas como a ChatGPT and DALL-e ainda não são uma ameaça imediata para o Google, mas deixam a empresa em um dilema para 2023, já que a tecnologia possui milhares de adeptos pelo mundo. 

O CEO da Google, Sundar Pichai, disse preferir esperar até que  a empresa possa “colocar essas aplicações em produtos reais, de forma mais marcante e com segurança”, porém existe uma incerteza sobre até que ponto isso pode prejudicar a aceitação dos produtos da Alphabet quando eles chegarem ao mercado, e de quando o empesa irá dar seus passos triunfais nesse universo.

 

Foto destaque: Twitter, Amazon, Microsoft e Google poderão passar por desafios em 2023, segundo previsão. Reprodução/ Unsplash.

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