Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, teve parte do braço esquerdo amputado durante cirurgia para retirada de miomas no útero. A passista foi internada dia 3 de fevereiro no Hospital da Mulher Heloneida Studart, localizado em São João de Meiriti, na
Baixada Fluminense.
Além de passista da Grande Rio, a moça era trancista e também cabeleireira. E agora sem poder trabalhar devido à amputação e às sequelas emocionais, Alessandra se lamenta.
“Eles destruíram minha vida. Agora tudo acabou, não tenho mais sonhos e planos. Eu sonhava à beça. Era cabeleireira, trancista, implantista. Como que eu trabalho agora? Vou sobreviver de quê? Estou aqui falando bem com você, mas, de repente, começo a chorar Acabaram com minha autoestima, com meu psicológico, com meu noivado de 11 anos”, disse Alessandra em entrevita à Quem.
A passista está noiva há 11 anos e tinha o sonho de ser mãe.
Alessandra acredita que houve erro médico, e a família ja fez um boletim de ocorrência na delegacia. Atualmente, afirmou que esta recebendo apoio da escola de Samba da Grande Rio- a qual ela desfilava há 19 anos- e da família e amigos.
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Alessandra e sua mãe contam em reportagem como tudo aconteceu. (Reprodução/Youtube/G1).
Como tudo aconteceu?
A passista é internada e operada dia 3 de fevereiro, e na noite do mesmo dia os médicos detectam uma hemorragia. No dia seguinte (4) a família é avisada que Alessandra tera de fazer uma histerectomia total, ou seja, a retirada total do útero. Em 5 de fevereiro, alguns parentes da vítima que foram visita-lá, notaram que as pontas dos dedos esquerdos estavam escurecidas e braços e pernas estavam enfaixados. Segundo a mãe, falaram que a paciente “estava com frio”.
Alessandra , ainda intubada, foi transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro(Iecac), em Botafogo. De acordo com parentes, o braço da mulher estava praticamente preto, e um médico informou que iria drenar o braço, já que estava começando a necrosar.
No dia 10 de fevereiro, o Iecac informou que a drenagem não deu certo e que “ou era a vida de Alessandra, ou era o braço”. A família da vítima autoriza a amputação. A cirurgia é feita, porém o estado de Alessandra se agrava com o rim e o figado prejudicados, e um risco de infecção generalizada.
Dias depois, a passista recebe alta e toda sua luta começa. Ao voltar ao Iecac para a revisão da cirurgia de amputação, o médico se assusta com o estado dos pontos no braço e na barriga, e recomenda que ela volte ao hospital Heloneida Studart, onde se internou e retirou os miomas. Porém, Alessandra e sua família decidem não retornar à unidade.
Em 4 de março, a moça é internada no Hospital Maternidade Fernando Magalhães e depois transferida para o Hospital Municipal Souza Aguiar. Alessandra teve alta um mês depois.
Foto Destaque: Reprodução/Globo.