Jovem trans que teve o cabelo queimado acusa agressores de transfobia

Thaís Monteiro Por Thaís Monteiro
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Na noite de sábado (10), um homem ateou fogo no cabelo de Beatriz Sttefany, de 18 anos que trabalha como garota de programa nas proximidades do motel Top Kap, em Bangu, no Rio de Janeiro, junto com a amiga Gabrielly Vitoria, que também estava junto no momento da agressão.

Segundo um vídeo postado pelos próprios agressores, ele se aproxima do carro da vítima enquanto um outro homem usou um spray e um isqueiro para atear fogo em Beatriz e, depois acelerou o veículo e fugiu. A amiga Gabrielly conseguiu se afastar a tempo, mas Beatriz teve que cortar uma parte do cabelo, pois foi consumida pelas chamas, mas sua pele não foi atingida. Segundo as duas garotas, o mesmo carro já tinha passado no local, com os homens proferindo insultos contra elas que estavam no ponto.


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 “Ele foi muito preconceituoso dizendo que a gente é homem, ficou chamando a gente pra jogar futebol com eles, mandou a gente voltar a ser homem”, diz Beatriz.

De acordo Beatriz que é uma mulher trans assim como Gabrielly, isso é considerado  transfobia, que é o preconceito contra pessoas transsexuais.

Ele disse que era pra gente deixar de ser viado”, completa ela.

De acordo com as vítimas devido a representar do caso, o agressor teria retornado ao local do crime e oferecido uma quantia dinheiro para as jovens não denunciarem.

Ele depois voltou para oferecer dinheiro para a gente ficar de bico fechado e não ir na delegacia, mas mesmo assim fomos. A gente registrou o caso como transfobia”, declara Beatriz.

Beatriz procurou a polícia na segunda-feira (12). O caso foi registrado na 36ª DP localizada em Santa Cruz, e encaminhado para a 34ª DP em Bangu. A Polícia Civil está investigando os crimes de injúria por preconceito e tentativa de lesão corporal. Os suspeitos ainda não foram identificados a polícia analisa as imagens do vídeo para identificar os homens.

Foto Destaque: Gabrielle e Beatriz. Foto: Reprodução/G1

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