Um dos países mais vulneráveis ao impacto da mudança climática, as Filipinas, foram atingidas nesta última quinta-feira (16), por um supertufão Rai, que atingiu milhares de pessoas da região. Dezenas de milhares de pessoas se encontram sem um lar e em busca de abrigo. Além disso, ainda há o medo das tempestades e vendavais voltarem a atacar o país.
Segundo a agência nacional de emergência, mais de 90 mil pessoas buscaram abrigo durante a tempestade Rai, que avançava violentamente pelo pacifico. Além de todo esse alvoroço, a possibilidade de grandes ondas causarem inundações fatais em áreas costeiras, cancelaram voos e fecham aeroportos.
Moradores sendo resgatados. Handout/Philippine Coast Guard (PCG)/AFP
Nos Estados Unidos, para um tufão ser considerado um supertufão, como este que atingiu as Filipinas, ele precisa estar na categoria 5, que é um das mais raras categorias registradas anualmente, chegando a apenas cinco casos, geralmente. O país tem uma média anual de 20 tempestades e tufões.
Nas Filipinas, o supertufão alcançou 195 km/h ao tocar o solo às 13H30 (horário local) na ilha meridional de Siargao. Após passar por Siargao, ele permanece em direção às ilhas Visayas, Mindanao e Palawan e chega no sábado ao Mar da China Meridional e posteriormente ao Vietnã.
“Esta tempestade monstruosa é aterrorizante e ameaça atingir comunidades costeiras como um trem de carga”, declarou o diretor da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho nas Filipinas, Alberto Bocanegra.
O fato da temporada de tufões no país ser de julho a outubro e o supertufão rai atingir as Filipinas na metade de dezembro, preocupa o diretor sobre a imprevisibilidade do evento.
“Estamos muito preocupados de que a mudança climática esteja tornando os tufões mais violentos e imprevisíveis”, acrescentou.
Os procedimentos de emergência para retirada dos moradores ainda estão em curso em algumas áreas e entre os moradores e turistas que vieram para o local em busca de suas praias, mesmo que ilegalmente devido a pandemia da Covid-19.
Estrada perto de Legazpi, na província de Albay, nas Filipinas. Reprodução/AFP