Neymar chegou ao Catar novamente como um dos protagonistas da Seleção. Esse ano, o jogador vem assumindo outro papel dentro e fora dos campos, usando a bagagem de experiência de três Copas para dar suporte aos atletas mais novos da equipe brasileira. No total, são 16 atletas disputando o evento pela primeira vez e o camisa 10 tomou a função de aconselhar e acolher os jovens.
Aos companheiros de time, Neymar declarou que deseja ser o “escudo” que não teve nos seus primeiros anos na Seleção. Em meio a aposentadoria de diversos craques, e diminuição de rendimento de diversos outros nomes do futebol brasileiro, a responsabilidade de conduzir o Brasil na Copa de 2014 caiu nas mãos do jogador do PSG que, na época, estava no auge dos seus 22 anos.
Desde o início do Mundial de 2022, várias atitudes do jogador foram notadas pelos internautas e pela imprensa. Pouco depois da derrota para a seleção do Camarões, na sexta-feira passada, Neymar, que estava machucado e assistia a partida das arquibancadas, foi a campo para abraçar o jogador Rodrygo – um dos caçulas da Seleção, com apenas 21 anos. Mais tarde, em suas redes sociais, o camisa 10 postou foto do momento e buscou animar o rapaz.
Neymar e Rodrygo se abraçam após derrota. (Foto: Reprodução/DeFodi Images)
Na partida seguinte, o craque foi visto novamente dando apoio a um dos companheiros. Em uma entrevista concedida ao GE, Raphinha já havia destacado a importância de Neymar para a equipe – não só como jogador, mas como orientador e amigo.
“Eu estava me preparando para entrar no jogo contra a Venezuela, que eu ia entrar no segundo tempo, aí ele, no vestiário, me perguntou se eu ia entrar. Eu disse que eu não sabia. Ele me perguntou se poderia me dar um conselho, e eu, obviamente, disse que sim. Pediria mais dez conselhos naquele momento se fosse possível” destacou o jogador do Barcelona, que ainda completou: “O Neymar é uma pessoa incrível, acolhedora. Como um dia ele foi acolhido, hoje ele acolhe os mais novos na Seleção da melhor maneira possível. Ele me abraçou!”
Nas coletivas de imprensa, o técnico Tite trata Neymar como liderança técnica, mas em diversas situações já reconheceu o papel moral do atacante ao longo dos anos na Seleção. A faixa de capitão chegou a ser do jogador por um tempo, como uma maneira de prestigiá-lo depois das muitas críticas que recebeu pelo seu mau desempenho na Copa de 2018. No entanto, a braçadeira foi passada a Daniel Alves, depois de Neymar ter agredido um torcedor na final da Copa da França.
Foto destaque: Neymar e Raphinha na seleção brasileira. Reprodução/Lucas Figueiredo/CBF.