A chamada Geração Z tem muitas particularidades, dentre elas, uma tendência de quebrar o peso de estereótipos ou o excesso de harmonia dos looks mais sérios, ou clássicos.
Essa tendência está muito bem expressa na nova composição de looks que virou uma febre nas redes sociais, os bag charms de pelúcia, um costume, para dizer a verdade, até mesmo nostálgico, já que foi importado dos longínquos anos 2000. Os bag charms de pelúcia são mascotes fofos e colecionáveis que se tornaram mais que acessórios estilosos, viraram uma verdadeira expressão cultural.
Alguns modelos específicos viralizaram nas redes sociais, como Labubu, Monchhichi, Miffy e até mesmo a nostálgica Hello Kitty, da Sanrio (empresa japonesa conhecida pela personagem Hello Kitty, entre outras marcas de personagens como My Melody e Chococat).
Bag charms e o mercado da moda
Modelo usa bag charms durante Paris Fashion Week, Coleção outono/inverno 2025/2026 (Reprodução/Edward Berthelot/Getty images embed)
As grandes marcas da moda têm levado aos desfiles, looks que combinam e misturam épocas, mas é evidente o resgate pela moda anos 2000. Desde sapatos e bolsas, jeans rasgados e com cintura baixa e bocas largas, a moda agora são os cortes e adornos maximalistas. Nesse universo entram os bag charms de pelúcia. Até mesmo celebridades como Rihanna e Dua Lipa aderiram aos mascotes pendurados nas bolsas.
Apelo emocional
Em tempos tão sérios e incertos, levar pendurado na bolsa um mascote peludo, nos remete à infância, um respiro subjetivo acerca das responsabilidades diárias do mundo adulto.
Marcas de grife, bolsa Dior e Hello Kitty (Reprodução/Christian Vierig/Getty images embed)
É claro que os mascotes e outros acessórios tem uma chamada visual, mas para além do look, tocam um ponto emocional e nos transportam para outros tempos, em que a vida era mais leve e simples. A junção da mascote com marcas de grife gera uma estética divertida, o personagem quase suaviza o luxo.
Além do apelo emocional, nota-se uma necessidade de personalização e uma tendência a valorizar o tangível em uma era de velocidades impossíveis de acompanhar. Afirmar identidade a partir de uma bag charms tem um tom afetivo e autêntico em tempos que o consumo está cada vez mais padronizado.