Após tarifaço de Trump, China busca novos parceiros comerciais

O governo Chinês divulgou uma série de medidas de retaliação contra a economia dos Estados Unidos. Com a guerra comercial imposta por Trump, a China anunciou nesta sexta-feira (4), uma taxa de 34% sobre a importação de produtos americanos. O valor da tarifa é a mesma determinada pelo presidente americano contra a economia chinesa depois […]

05 abr, 2025
Foto destaque- Presidente Donald Trump impôs tarifas a mais de 180 países e regiões no que chamou de "Dia da Liberação" (reprodução/Instagram/@wallstreetmemoir)
Foto destaque- Presidente Donald Trump impôs tarifas a mais de 180 países e regiões no que chamou de "Dia da Liberação" (reprodução/Instagram/@wallstreetmemoir)
Presidente Donald Trump com o indicador em frente a boca como quem pede silêncio

O governo Chinês divulgou uma série de medidas de retaliação contra a economia dos Estados Unidos. Com a guerra comercial imposta por Trump, a China anunciou nesta sexta-feira (4), uma taxa de 34% sobre a importação de produtos americanos. O valor da tarifa é a mesma determinada pelo presidente americano contra a economia chinesa depois do “tarifaço” da última quarta-feira (2).

Pequim, capital chinesa, incluiu 11 companhias dos EUA em lista que proíbe qualquer relação comercial com empresas da China. O governo também limitou vendas de minerais raros e imprescindíveis para as indústrias tecnológicas estadunidenses. Por fim, o Estado chinês afirmou que vai denunciar o tarifaço de Trump à Organização Mundial do Comércio, embora a instituição esteja “paralisada” pela falta de indicação de juízes.

A China representa o segundo maior parceiro comercial dos Estados Unidos. No ano passado, indústrias chinesas venderam aproximadamente US$ 420 bilhões aos americanos e importaram US$ 140 bilhões. Trump, no entanto, declarou que a decisão do país foi um equívoco e que o governo chinês “entrou em pânico” ao adotar tais tarifas.


Após tarifaço de Trump, China busca novos parceiros comerciais
Presidente chinês Xi Jinping (Foto: reprodução/Vinícius Schmidt/METRÓPOLES)

Próximos passos da China

Com o estreitamento da economia americana para o mundo, espera-se que as empresas chinesas procurem outros países para negociar o excedente que o mercado interno do país não pode absorver. O Citigroup avalia que a guerra comercial deve impactar negativamente até 2,4% do produto interno bruto chinês só neste ano.

Com as imposições de Trump, a China tenta estender laços comerciais com a Europa, embora haja resistência dos líderes da região devido ao apoio de Pequim à Rússia na guerra contra a Ucrânia. A maior parte dos produtos chineses, no entanto, deve ser vendida aos vizinhos do país na Ásia, além da América Latina e África, continentes em que a China possui alto nível de investimento.

Tarifaço de Trump

As “tarifas recíprocas” impostas por Donald Trump aos países que mantêm relações comerciais com os EUA entraram em vigor neste sábado (5). A taxa inclui alíquotas – valores fixos que são aplicados para o cálculo do valor de um tributo – de 34% sobre todas as importações chinesas. Para o Brasil, essa quantia foi de 10%.


Donald Trump anuncia 'tarifaço'
Trump anuncia tarifas no “Dia da Liberação” (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/AFP)

O “tarifaço” já atinge mais de 180 países e regiões, como a União Europeia (20%), Coreia do Sul (25%) e o Japão (24%). O anúncio das taxas foi feito pelo republicano na quarta-feira (2), no que o presidente chamou de “Dia da Liberação”. Trump declarou que os EUA ficariam “livres” de produtos de origem estrangeira  “É a nossa declaração de independência econômica”, afirmou o americano.

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