Com o aumento de casos de Covid-19, ao menos 12 estados e o DF já relatam novos infectados pela doença

João Victor Oliveira Por João Victor Oliveira
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Após um longo período de baixos registros na pandemia, pelo menos 12 estados brasileiros, além do Distrito Federal, relatam aumento de notificações da doença. É o que mostra levantamento feito pelo GLOBO com secretarias estaduais de saúde de todo o território.

O crescimento dos casos de Covid-19 acendem um alerta entre autoridades de saúde, principalmente para grupos mais vulneráveis e pessoas que não completaram o esquema vacinal. Com aumento nos casos de Covid-19, a procura por vacinação fica maior. Além disso, há um crescimento de testagem nos postos de saúde Gabriel de Paiva.

O aumento de contágios, deve-se também pela nova subvariante da Ômicron, a BQ.1, o que gera a circulação do coronavírus no país. Os testes com resultados positivos para Covid ampliou no Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo, e no Distrito Federal. Em alguns estados, a alta de contágios já se reflete na maior procura por atendimento em ambulatórios e hospitalizações.

A maioria está internada em unidade não crítica, fora da UTI, o que significa que os casos são mais leves“, afirma o infectologista Ícaro Boszczowski, do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Mas do fim de outubro para cá tivemos que dedicar uma ala inteira do hospital para internações de Covid”, conclui o infectologista.


Exame PCR para Covid-19 (Foto: Reprodução/Laboratório Lustosa)


No mês de novembro houve um aumento de 60% no número de pacientes sintomáticos respiratórios que buscaram atendimento em relação a outubro no hospital Oswaldo Cruz. De acordo com as secretarias consultadas pelo GLOBO, a positividade de testes e a pressão sobre os leitos de enfermaria e UTI ainda estão muito abaixo das piores ondas da pandemia, mas reiteram a importância dos cuidados e da vacinação para prevenir agravamento da doença e morte.

Temos boa parte da população vacinada, com pelo menos duas doses, mas ainda temos problemas, especialmente com as doses de reforço”, diz o infectologista Max Igor, coordenador do Laboratório de Doenças Infecciosas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

No estado de São Paulo, 10 milhões de adultos ainda não tomaram a terceira dose, ou a primeira dose de reforço, que é considerada essencial para prevenir qualquer complicação. Outros 7 milhões estão sem a segunda dose de reforço. 

Apesar de ser um dos estados com maior taxa de vacinação do país. Nas últimas duas semanas, as internações por Covid em leitos de enfermaria subiram 50% e, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 56%.

Segundo os especialistas, a recomendação para prevenção é a volta do uso de máscaras em ambientes fechados e com aglomerações, como: hospitais e no transporte público.

Eles salientam que é necessário que principalmente entre pessoas dos grupos de risco se previnem. Por fim, os especialistas orientam que as pessoas retomem medidas básicas, como: lavar sempre as mãos e isolamento para quem apresentar sintomas.

 

Foto Destaque: Paciente realizando exame de PCR para Covid-19. Reprodução/Prefeitura Municipal de Contagem

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