Nesta quinta-feira (25), O Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou o ex-presidente, Jair Bolsonaro, em 2ª instância, por ataques contra jornalistas. O político de PL, terá que pagar indenização de R$ 50 mil por danos morais desferidos contra jornalistas, durante seu mandato.
Segundo o Ministério Público, o valor deverá ser colocado no Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos. A quantia inicialmente seria de R$100mil, determinada pela juíza Tamara Hochgreb Mato, ainda na primeira instância. Porém, agora na segunda, o valor foi reduzido pela metade.
Sobre a acusação, a defesa de Jair Bolsonaro, afirma que comentários pelos qual o ex-presidente está sendo condenado, não foram ataques, mas “apenas o seu direito de crítica a reportagens que, na sua visão, não representavam a verdade dos fatos, e que eram ofensivas e atentatórias à sua própria reputação”.
Jair Bolsonaro em discussão (Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ao todo, segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), foram 175 ataques desferidos por Bolsonaro à imprensa em 2020. No ano de disputa eleitoral com o atual presidente, Lula, foram 557, segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
O levantamento da Fenaj, foi usado como base para ação aberta pelo Sindicato de Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, que levou a condenação. Segundo o Sindicato, os danos morais que o ex-presidente causou, possuem ainda mais consequências, pois seus apoiadores, ainda atacam jornalistas diariamente.
“A conduta reiterada do réu tem desencadeado uma série de ataques a profissionais de imprensa por parte de seus apoiadores em todo o país, violando os princípios da dignidade humana, da moralidade e da impessoalidade. Alega ocorrência de assédio moral sistemático praticado contra a categoria, atingindo, diretamente toda a sociedade e a própria democracia”, diz trecho da justificativa do sindicato sobre o levantamento da ação.
Foto destaque: Bolsonaro é condenado por ataques a jornalistas durante seu mandato. Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil