No último sábado, 25, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que possui a intenção de instalar armas nucleares “táticas” em território bielorrusso, seu aliado que faz fronteira com a Polônia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte(OTAN).
Antigo aliado de Putin, o presidente Bielorrusso, Alexander Lukashenko, já demonstrou em diversos momentos estar disposto a receber qualquer ajuda ou até mesmo permitir a instalação do arsenal nuclear russo em seu território. Vale lembrar que as tropas russas também invadiram a Ucrânia advindas da Bielorrússia, mas até o momento nenhuma força militar própria do país lutou formalmente na Ucrânia.
Vladimir Putin e Alexander Lukashenko. (Reprodução/Aljazeera/Reuters)
Ademais, ainda no pronunciamento feito na TV Estatal russa, Putin informou que “não há nada incomum aqui”, acrescentou também que “em primeiro lugar, os Estados Unidos vêm fazendo isso há décadas, posicionando suas armas nucleares no território de países aliados“, se antecipando a qualquer opinião contrária vinda do Ocidente à medida do presidente russo.
O mandatário russo se limitou apenas eu informar a intenção de instalar o armamento nuclear no país vizinho, mas não deu mais detalhes de quando começará a colocar em prática tal intenção. Restringiu-se a indicar que até 1 de julho a construção de uma instalação e armazenamento dessas armas estarão concluídas, e que o controle das armas não será transferido à Bielorrússia.
Concluindo sua fala, Vladimir Putin informou também: “Concordamos que faremos o mesmo — enfatizo, sem violar nossas obrigações internacionais sobre a não proliferação de armas nucleares“.
Tal medida adotada pelo presidente russo seria uma resposta ao Ocidente, após o Reino Unido informar através do seu ministro da Defesa do Reino Unido, de que a Grã-Bretanha enviaria projéteis feitos com urânio empobrecido para a Ucrânia. No entanto, as munições de urânio empobrecido não possuem a capacidade de gerar uma explosão nuclear, porém, se utilizam de uma alta densidade do metal para penetrar blindados. Após a declaração, Putin advertiu o Reino Unido, caso prosseguisse com as entregas, iria tomar as medidas cabíveis.
Foto destaque: Vladimir Putin, Presidente da Rússia. Reprodução/CNN