Simone Tebet diz que governo cortará despesas após rombo estimado em R$ 120 bilhões

Welyson Lima Por Welyson Lima
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A Ministra do Planejamento do Governo Lula, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira (23) que o rombo para este ano de 2023 está estimado em R$ 120 bilhões, o que deve fazer com que o governo federal corte gastos.

O valor estimado pela Ministra, se contrapõe ao anteriormente citado pelo governo, em torno de R$ 107 bilhões. No entanto, a cifra não incluía até então o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320, já confirmado pelo Presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).

A previsão de R$ 120 bilhões para 2023 está acima do valor que tinha sido divulgado, nesta quarta-feira. As pastas dos ministérios da Fazenda e Planejamento estimaram, em relatório, que o valor seria menor, em torno de R$ 107,6 bilhões.

Segundo a Ministra Tebet, “Podemos ter uma pequena alteração quando vier o reajuste do salário-mínimo em torno de mais alguns gastos, em R$ 120 bilhões”, disse.


Ministra do Planejamento, Simone Tebet. (Foto: Reprodução/Instagram)

A previsão originalmente feita no Orçamento do Governo para 2023 foi um rombo em torno de R$ 230 bilhões. No entanto, ainda em 2022, as contas do governo tiveram um superávit de R$ 54, 1 bilhões. O que gerou um resultado positivo.

Tebet disse ainda que o governo vai cortar gastos. Uma das iniciativas é a diminuição na taxa Selic, que atualmente está em 13,75%. Outras iniciativas por parte do Ministério do Planejamento é a revisão de restos a pagar (despesas deixadas pelo governo de Jair Bolsonaro).

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse estar preocupado com o comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco do Brasil (COPOM) em virtude de este manter a taxa básica de juros da economia em 13,75%.  No entanto, o COPOM argumentou que o cenário externo piorou e que a inflação no Brasil segue pressionada e que ainda há indefinição sobre nova regra de controle de gastos no governo, assim como afirmou que pode subir os juros, caso seja preciso.

Porém, a ministra Tebet afirmou que, no cenário atual, com a estimativa de reduzir o déficit fiscal no tocante ao estimado no orçamento, há possibilidade de diminuição da taxa básica de juros, e que segundo ela, é um desejo da equipe econômica do governo. Sobre corte nos gastos, a ministra afirmou que o governo fará tal corte.

“Está dentro do prazo para que os ministérios revejam todos os restos a pagar”, disse.

A pressão ao Banco Central (BC) tem sido feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva constantemente, a fim de reduzir a taxa Selic. No entanto, o Copom continua mantendo em 13,75%.

Simone Tebet diz que os juros podem ainda recuar já na próxima reunião com o Copom, marcada no começo do mês de maio, caso o novo arcabouço fiscal for “bom”. Esse novo arcabouço fiscal é uma proposta com novas regras às contas públicas, em substituição ao teto de gastos. Essa proposta deverá ser anunciada pelo governo nas próximas semanas. Com base nessa proposta, o governo pretende fazer investimentos e despesas orçamentárias, principalmente em saúde e educação, porém sem gerar desequilíbrio nas contas públicas.

Foto Destaque: Ministra do Planejamento, Simone Tebet. Reprodução/Instagram

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