Na última terça-feira a jornalista Susana Naspolini faleceu vítima de um câncer, Susana travou e venceu algumas batalhas contra a doença, sempre com muita fé e alto astral. Mas foi diagnosticada pelos médicos com um tumor no osso da bacia que se espalhou para outros órgãos e acabou não resistindo.
A jornalista que tinha 49 anos, era conhecida e querida por suas abordagens nas reportagens, com um jeito único de interagir com os moradores e cobrar as autoridades por soluções para os problemas comunitários que abordava, sempre com muita leveza. Julia Naspolin, filha de Susana, comunicou sua morte através das redes sociais. “É com o coração doendo que venho contar pra vocês que mamãe não está mais com a gente. Ela lutou muito, nossa guerreira! Agradeço muito pelas orações, muito mesmo, muito obrigada, mas infelizmente não deu”, disse Julia.
Naspolin que integrava o Grupo Globo desde 2002 conseguiu com o seu jeito especial tornar popular um quadro de serviço, na maior parte em questões locais em áreas abandonas pelo poder público. A repórter se envolvia com os entrevistados e as pautas, cobrava os responsáveis dos órgãos públicos com data agendada em seu calendário de papel, e sempre voltava para conferir se o problema tinha sido resolvido.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>O jornalismo perdeu, nesta terça-feira (25), uma das profissionais mais talentosas, comunicativas e queridas do público do Rio de Janeiro. Depois de uma batalha longa contra o câncer, morreu, aos 49 anos, a repórter Susana Naspolini. <a href=”https://twitter.com/hashtag/JN?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#JN</a> <a href=”https://t.co/eIsyk2mhcZ”>pic.twitter.com/eIsyk2mhcZ</a></p>— Jornal Nacional (@jornalnacional) <a href=”https://twitter.com/jornalnacional/status/1585069562311024641?ref_src=twsrc%5Etfw”>October 26, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Susana Naspolini interagindo com os seus entrevistados (Reprodução/Twitter)
“É o meu jeito de trabalhar, podem ou não gostar. Sou muito feliz fazendo, me sinto em casa. No outro dia, minha filha falou: ‘Mãe, sua blusa estava toda suada’. Respondi: ‘Filha, estava gravando em Bangu, meio-dia, não vai ter suor?’. Tem suor, tem o cafezinho. Se eu tiver andando e tropeçar, vai entrar o tropeço. Se eu sentar na calçada pra falar com alguém, vai mostrar. Ah, esse ângulo tem mais sol do que o outro? Não tem problema, é ali que a gente está” ,contou em uma entrevista para Memória Globo.
Sua trajetória foi marcada por muitas conquistas, além de todas as matérias que ela conduziu com maestria, a repórter, participou da cobertura da ocupação policial Vila Cruzeiro em 2011 que rendeu ao jornalismo da Globo o Prêmio o Prêmio de Emmy Internacional. Entre suas conquistas profissionais e pessoais, Susana lançou dois livros “Eu escolho ser feliz”, em 2019, e “Terapia com Deus”, de 2021.
Foto Destaque: Susana Naspolini. Reprodução/O Tempo