No dia 21 de abril de 1792, Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, foi enforcado e apedrejado em praça pública. Por isso que, no Brasil, o dia 21 de abril é decretado feriado nacional. Envolvido na Inconfidência Mineira, ele lutava em um dos primeiros movimentos com a organização de brasileiros, o objetivo principal era conquistar a independência do Brasil, o que o faria deixar de ser colônia de Portugal.
O seu sacrifício marcou a história do país, de maneira, que, mesmo após séculos, ainda é lembrado.
Tiradentes esquartejado. Foto: Reprodução/ Pedro Américo. Pintura.
Tiradentes foi morto como um criminoso, mas, logo depois da independência, em 1822, se tornou o primeiro herói brasileiro. Porém, foi somente em 9 de dezembro de 1965, cerca de 170 anos após a sua morte, que o dia 21 de abril se tornou feriado. Além disso, o presidente Castelo Branco, por meio da Lei N. 4.897, também o forneceu o título de “Patrono da Nação Brasileira”.
Quando era colônia de Portugal, o Brasil gerava muito lucro para sua metrópole. Durante o século XVIII, foi descoberto, na região de Minas Gerais, muito ouro e diamantes, o que tornou essa região centro econômico do país, nela se desenvolveram diversas cidades ricas e importantes.
Essas riquezas com o tempo e a alta exploração se tornaram escassas, o fato de nem todos os trabalhadores das minas pagarem os impostos que a metrópole exigia e o contrabando das riquezas, geraram a diminuição dos lucros que o governo português recebia. No entanto, a coroa acreditava que essa diminuição fora ocasionada pelo contrabando e sonegação de brasileiros, aumentando assim os impostos e repreendendo os naturais da terra.
Diante disso, os nativos se rebelaram contra o domínio português gerando a Inconfidência Mineira. Em paralelo, os Estados Unidos se tornaram independentes da Inglaterra e, na Europa, filósofos e pensadores faziam duras críticas à monarquia e ao absolutismo. Esses fatos, motivaram as elites de Minas Gerais e as fizeram conspirar contra a coroa portuguesa, buscando a independência do Brasil.
Por a maioria dos conspiradores ser ricos e cultos, somente Tiradentes, um simples alferes e também dentista, foi condenado à pena máxima, tendo ainda o corpo esquartejado e exposto ao público. Os que tinham posses foram somente presos ou exilados.
Foto destaque: Pintura de Oscar Pereira da Silva. Reprodução/Acervo do Museu Paulista da USP