Cime relata dano em tornozeleira de Bolsonaro e STF mantém prisão preventiva
Órgão Público aponta que tornozeleira de Bolsonaro sofreu avarias; STF nega pedido de prisão domiciliar e apoiadores organizam acampamento em Brasília
O Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) informou ao ministro Alexandre de Moraes que a tornozeleira de Jair Bolsonaro tinha marcas de queimadura. A princípio, a equipe registrou o problema após vistoriar o equipamento na residência do ex-presidente durante a madrugada deste sábado (22/11).
Ainda segundo o Cime, Bolsonaro primeiro disse que havia batido a tornozeleira na escada. Porém, após nova pergunta, ele admitiu que usou um ferro de solda para tentar abrir o dispositivo. As autoridades trocaram o equipamento imediatamente. Horas depois, a Polícia Federal prendeu o ex-presidente.
Bolsonaro admite usar ferro quente em tornozeleira (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)
Movimentações no STF e avanços do processo
Anteriormente, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou de forma unânime o pedido de revisão feito pela defesa. Assim, o processo do plano golpista avançou para a fase final. A decisão mostrou o entendimento de que os elementos reunidos sustentam a continuidade da ação.
Além disso, o tribunal havia tomado outra decisão recente ligada ao caso. Em momento anterior, o STF suspendeu o uso obrigatório da tornozeleira eletrônica por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. O colegiado fixou pena de dois anos de prisão em regime aberto. Também anteriormente, Cid já havia cumprido duas prisões temporárias, cada uma com duração inferior a seis dias.
Defesa tenta domiciliar e Moraes rejeita pedido
Mesmo assim, a defesa de Bolsonaro enviou uma nova petição ao Supremo. Os advogados pediram que ele permanecesse em prisão domiciliar por razões humanitárias. Eles citaram problemas de saúde, como fragilidades físicas e o diagnóstico recente de câncer de pele. Segundo a defesa, o ex-presidente precisaria de acompanhamento contínuo.
Advogado do ex-presidente critica prisão (Vídeo: reprodução/YouTube/Itatiaia)
Apesar disso, Moraes negou o pedido após analisar os documentos. Em suma, o ministro afirmou que não encontrou elementos que justificassem a mudança do regime. A decisão manteve a prisão preventiva e ampliou a tensão política. Enquanto isso, apoiadores do PL iniciaram articulações em Brasília. Eles planejam montar um acampamento diante da sede da Polícia Federal. Como resultado, o grupo pretende demonstrar apoio a Bolsonaro e intensificar críticas ao Supremo.
