A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou na terça-feira de ontem (1) que as indústrias farmacêuticas que exportaram vacinas ao Brasil enviem informações sobre o nível de eficácia dos imunizantes contra a nova variante do Coronavírus, a Ômicron.
Confira abaixo os dados cedidos pelas empresas:
Pfizer/BionTech
A Pfizer já deu início às análises clínicas a fim de descobrir o impacto da nova linhagem do Coronavírus quando em contato com a vacina. A expectativa é a de que os dados provenientes do teste sejam divulgados ainda no mês de dezembro. Somente após o resultado da avaliação clínica será possível informar se haverá a necessidade de produzir um novo insumo para combater a Ômicron.
“A Pfizer e a Biontech já começaram os estudos do impacto da variante ômicron na eficácia da vacina atualmente distribuída e espera ter resultados já em dezembro. Com isso, avaliará se será preciso desenvolver uma nova versão do imunizante”, declarou a empresa.
Caso seja necessária a criação de um novo imunizante, será preciso “6 semanas para o desenvolvimento e cem dias para a produção”, resumiu.
Sputnik
A Rússia divulgou na última segunda-feira (29) que, se necessário, estará equipada para fornecer vacinas de reforço para proteção contra a cepa Ômicron da Covid-19. Ainda, o Kremlin relatou que a forma como o mercado financeiro reagiu à nova variante foi emocional e não baseada em dados científicos.
“O Instituto Gamaleya acredita que a Sputnik V e a Light neutralizarão a ômicron, pois têm maior eficácia em relação a outras mutações”, disse o chefe do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF), Kirill Dmitriev, via Twitter pelo perfil oficial da Sputnik V.
CNN News 18: “Sputnik V, Sputnik Light will ‘neutralise Omicron’; have ‘highest efficacy vs other mutations”
????https://t.co/EuaBYb7FWu— Sputnik V (@sputnikvaccine) November 29, 2021
“No caso improvável de uma modificação ser necessária, forneceremos várias centenas de milhões de reforços da Sputnik [contra a] ômicron até 20 de fevereiro de 2022”, resumiu Dmitriev.
AstraZeneca
A Universidade de Oxford divulgou na terça-feira passada (30) que não há qualquer indício de a vacina AstraZeneca não conseguir evitar o avanço de sintomas graves provenientes da cepa Ômicron. Contudo, acrescentou já estar preparada para desenvolver imunizantes atualizados, se necessário.
Um grupo de pesquisas já faz alguns testes em regiões, onde a variante foi encontrada, como nos países de Botsuana e Essuatini.
Janssen
A Janssen veiculou na mídia que realiza estudos sobre a eficácia de sua vacina atual contra a variante Ômicron ao passo que já desenvolve uma versão do imunizante própria para combater a cepa.
“Começamos a trabalhar para projetar e desenvolver uma nova vacina contra a ômicron e vamos progredir rapidamente em estudos clínicos, se necessário”, relatou o chefe global de pesquisa da unidade farmacêutica da Janssen, Mathai Mammen.+
CoronaVac
A diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Instituto Butantan, Sandra Coccuzzo, informou numa entrevista ao Jornal da CBN que o instituto recolheu amostras dos indivíduos infectados pela linhagem Ômicron em SP e os testes já tiveram início. De acordo com Coccuzzo, o resultado das análises clínicas deve sair dentro de duas à três semanas.
Já a Sinovac, distribuidora e empresa biofarmacêutica da Corona Vac, disse que avalia a eficácia do imunizante quando em contato com a nova variante a fim de verificar se será necessário produzir outras vacinas.
Moderna
O laboratório da empresa Moderna afirmou que já deu início, na semana passada, à produção de uma nova vacina que deve chegar ao mercado se for preciso.
Stephane Bancel, executivo-chefe da farmacêutica, deu uma entrevista ao jornal Financial Times na qual disse que “não existe um mundo em que a eficácia da vacina seja do mesmo nível que tivemos com a delta. Nós temos que esperar os dados, mas todos os cientistas com quem falei dizem que não vai ser bom”.
Foto de destaque: Reprodução/Cura.com.br.