Protesto contra a PEC da Blindagem reuniu cerca de 42 mil pessoas na Avenida Paulista

A mobilização realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (21), contra a chamada PEC da Blindagem e o projeto que prevê anistia a condenados pelos atos de 8 de Janeiro, reuniu cerca de 42,4 mil participantes, conforme levantamento de pesquisadores da Universidade de São Paulo.

A estimativa elaborada pela equipe do Monitor do Debate Político do Cebrap em conjunto com a ONG More in Common, considerou o número de pessoas presentes. O cálculo foi feito a partir de imagens aéreas e processamento por software. Levando em conta a margem de erro, a quantidade variou entre 37,3 mil e 47,5 mil indivíduos.

Para efeito de comparação, o ato realizado na capital paulista em 7 de setembro, organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da anistia, teve público estimado em 42,2 mil pessoas, utilizando o mesmo método de contagem.

Manifestação durante a tarde

A manifestação, de caráter tranquilo, teve início por volta das 14h e foi articulada pelas redes sociais por coletivos ligados à esquerda, ocorrendo simultaneamente em outras capitais do país. Em São Paulo, a concentração chegou a ocupar aproximadamente quatro quarteirões da Paulista. Duas chuvas passageiras atingiram a região e diminuíram a presença de pessoas ao longo do ato.


Além de São Paulo, outras capitais também tiveram atos contra a PEC da Blindagem (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Os manifestantes cantaram coros contrários à proposta de anistia e exibiam faixas e cartazes. Durante a mobilização, também foi estendida uma enorme bandeira do Brasil, em contraste com o protesto de 7 de setembro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro exibiram uma bandeira dos Estados Unidos no mesmo endereço.

Sistema de contagem moderno

Entre o público presente, estavam os deputados federais Luiza Erundina (PSOL), Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Erika Hilton (PSOL). Ao longo da mobilização, foram registradas imagens em quatro momentos distintos: 14h10, 14h45, 15h22 e 16h06, somando 38 fotografias.

Ás 16h06, momento de maior concentração de participantes, abrangendo a totalidade da avenida ocupada, sem repetições de enquadramento. Na técnica adotada, drones capturam vistas aéreas da concentração e, em seguida, um programa de computador processa os registros para identificar e marcar automaticamente a presença de cada pessoa.

Com auxílio de inteligência artificial, o sistema reconhece os indivíduos e contabiliza os pontos correspondentes. Esse procedimento assegura maior rigor na estimativa, inclusive em trechos mais compactos da multidão.

Senadores articulam projeto para derrubar tarifaço de Trump contra o Brasil

Nesta quinta feira (18), senadores protocolaram um projeto de lei que visa remover as tarifas impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

O projeto foi apresentado por cinco senadores, sendo 4 opositores e um aliado do Presidente. Em nota, afirmaram que as taxações contra o Brasil elevariam os preços dos alimentos e poderia prejudicar a economia americana

Conflito comercial entre Brasil e Estados Unidos

No meio deste ano, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informando que iria impor tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. A medida foi justificada como uma repressão ao que se classificou como “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva dissertando em uma olimpíada de matemática no Rio de Janeiro. (Reprodução/Buda Mendes/Getty Images)


A medida foi aplicada no início do mês de Agosto, sendo anunciada pela Casa Branca quase 700 itens seriam isentos das tarifas, incluindo combustíveis, veículos, aeronaves e determinados tipos de madeiras e metais.

O senador republicano Rand Paul, que integra a base de Donald Trump, foi um dos autores do projeto. Em comunicado, ele demonstrou preocupação com o que chamou de “perseguição do governo brasileiro” contra Bolsonaro, mas afirmou que a ordem de Trump é inconstitucional.

“O presidente dos Estados Unidos não tem autoridade, com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, para impor tarifas unilateralmente. Política comercial é competência do Congresso, não da Casa Branca”, declarou.


Donald Trump em sua campanha na Geórgia. (Reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images)


Oposição de seus próprios aliados

O democrata Chuck Schumer, líder da minoria do senado, afirma que Trump tem jogado suas fichas em uma “guerra comercial” defendendo uma agenda política americana, não dando a devida importância aos custos da população americana.

“Os americanos não merecem que Trump faça política com seu sustento e seu bolso. Já passou da hora de os republicanos no Congresso encerrarem essa loucura e se unirem aos democratas contra a tarifa de Trump”, afirmou Chuck.

Segundo os senadores, o projeto tem caráter privilegiado, que seria obrigatoriamente decidida por votação. Mas para que a lei seja aprovada, os democratas precisariam conquistar os votos de pelo menos 4 republicanos.

Além disso, para que as tarifas sejam efetivamente derrubadas, a proposta também teria de ser aprovada na Câmara, onde Trump também tem a maioria.

Julgamento da trama golpista: Barroso enaltece Moraes e diz que STF serviu “exemplo para o mundo”

Nesta quarta-feira (17), na abertura do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, elogiou Alexandre de Moraes pelo julgamento que condenou Jair Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista. De acordo com Barroso, o STF deu “exemplo para o mundo”. 

Gostaria de fazer a defesa do trabalho do Tribunal, antes de encerrarmos esse assunto [julgamento de Bolsonaro], virarmos a página e retomarmos a vida do país com paz e tranquilidade”, declarou o presidente Barroso.

Exaltação de Barroso

Na abertura do plenário, Luís Roberto Barroso exaltou os ministros que compõem a Primeira Turma do STF, colegiado responsável pelo julgamento que condenou réus por tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.


Luís Roberto Barroso citou nominalmente os ministros da Primeira Turma e elogiou condução do julgamento sobre tentativa de golpe de Estado (Foto: reprodução/EVARISTO SA/AFP via Getty Images Embed)


Além disso, o presidente da Corte também enalteceu o trabalho da Procuradoria-Geral da República (PGR), que elaborou a denúncia aceita por Alexandre de Moraes, relator do processo. 

De acordo com as palavras de Barroso, o julgamento foi dirigido com “serenidade”, “transparência”, dando “um bom exemplo pro mundo”. Para ele, o processo tem grande importância para a democracia brasileira. 

O julgamento

Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, condenou com um placar de 4 a 1, Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.  

Entre os cinco magistrados que votaram no julgamento, apenas Luiz Fux apresentou divergências em relação à culpabilidade dos indiciados. Na visão do ministro, dos oito réus, apenas Mauro Cid, que concedeu delação premiada à Polícia Federal, e o general Braga Netto, candidato à vice-presidência de Bolsonaro, foram os responsáveis pela trama golpista que desencadeou os atos de depredação dos prédios públicos de Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. 

Nesse sentido, os outros quatro magistrados da Primeira Turma votaram a favor da condenação de todos os réus indiciados no processo. Jair Bolsonaro, considerado culpado por cinco crimes, foi julgado e condenado a 27 anos e 3 meses de reclusão. Já os militares Walter Braga Netto, do Exército, e Almir Garnier, da Marinha, pegaram uma dosimetria de 26 e 24 anos, respectivamente. 

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal, foi sentenciado a 24 anos de reclusão. Por sua vez, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Alexandre Ramagem foram julgados  a 21, 19 e 16 anos de detenção, respectivamente. Por fim, com a menor pena entre todos os condenados, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e autor de uma delação premiada, foi condenado a dois anos em regime aberto.

Laudo confirma câncer de pele em Jair Bolsonaro, mas lesões foram retiradas com sucesso

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com um tipo comum de câncer de pele, em duas das oito lesões removidas durante procedimento médico realizado no último domingo (14). A informação foi confirmada nesta quarta-feira (17) pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro esteve internado devido a um quadro de tontura, vômitos e queda de pressão arterial. 

Apesar do diagnóstico causar preocupação, a equipe médica, liderada pelo Dr. Cláudio Birolini, afirma que as lesões já foram retiradas com sucesso e, no momento, não será necessário nenhum tratamento complementar. O ex-presidente recebeu alta no início da tarde de ontem e retornou à sua casa, no Jardim Botânico, em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar.

Laudo médico

Assinado pelos doutores Cláudio Birolini, Leandro Echenique, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges, o laudo médico apontou que o carcinoma está na fase “in situ”, ou seja, localizado apenas na camada mais superficial da pele, sem sinais de invasão para camadas profundas ou risco de metástase, o que poderia comprometer o quadro geral do ex-presidente. 

De acordo com o cirurgião Claudio Birolini o tipo de câncer detectado é considerado de baixa agressividade quando diagnosticado precocemente, como foi neste caso. Contudo, mesmo com esse diagnóstico, Bolsonaro deverá passar por acompanhamento dermatológico regular para monitorar possíveis novas lesões.


Doutor Cláudio Birolini e Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, ao sair do hospital na tarde da última quarta-feira, 17 de setembro (Fotos: reprodução/Evaristo SA/Julia Maretto/Getty Images Embed)


O episódio que levou o ex-presidente a retornar ao hospital na terça-feira (16) gerou preocupação, sobretudo por ocorrer enquanto ele cumpre pena em regime de prisão domiciliar, mas não tem a ver com o diagnóstico de câncer. Durante a internação, Jair Bolsonaro foi tratado com hidratação e medicação intravenosa, o que estabilizou seu quadro clínico.

A defesa informou a saída médica ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como previsto pelas medidas cautelares. Moraes, responsável por decisões envolvendo investigações contra Bolsonaro, foi notificado formalmente sobre a necessidade do deslocamento.

Análise laboratorial

O procedimento cirúrgico que identificou o câncer foi realizado de forma preventiva, após a verificação de lesões suspeitas na pele do ex-presidente. A biópsia coletada foi enviada para análise laboratorial, e o resultado confirmou a presença do carcinoma escamoso em duas manchas. Segundo especialistas, esse tipo de câncer é frequentemente associado à exposição excessiva ao sol, e sua detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura com cirurgia simples, sem necessidade de radioterapia ou quimioterapia.

A descoberta do câncer ocorre em um contexto de intensa vigilância jurídica e política sobre Jair Bolsonaro, que permanece como figura central no debate político brasileiro. Ainda que o diagnóstico não represente risco imediato à saúde, médicos alertam que a continuidade dos cuidados é essencial, especialmente devido ao histórico de exposição solar ao longo da carreira pública e militar do ex-presidente. 

Internação de Bolsonaro reacende debate sobre pré-síncope

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi novamente internado nesta terça-feira (16), no Hospital DF Star, em Brasília. A hospitalização ocorre menos de 48 horas depois de ter recebido alta do mesmo local, no qual realizou exames de rotina. Desta vez, o quadro que o levou de volta à unidade de saúde foi uma crise de soluços e vômitos, além de um episódio de pré-síncope, como descreveu a equipe médica.

A condição, embora não represente um desmaio completo, gerou preocupação e trouxe à tona a discussão sobre o que exatamente é a pré-síncope e os fatores que a desencadeiam. Também conhecida como quase síncope, a pré-síncope é a sensação iminente de que se vai desmaiar, mas sem a perda total da consciência. É um estado que pode durar de alguns segundos a poucos minutos e que traz consigo uma série de sintomas desconfortáveis e alarmantes.

Sinais e causas da pré-síncope

Entre os sinais mais comuns da pré-síncope, destacam-se a fraqueza repentina, suor frio, náusea ou sensação de estômago embrulhado, e palpitações cardíacas. O paciente também pode relatar dores abdominais e alterações na visão, como o embaçamento ou a percepção de pontos pretos. Tais sintomas, embora variem de intensidade, são indicativos de que algo está afetando o fluxo sanguíneo para o cérebro.


Matéria sobre internamento de Bolsonaro por pré-síncope (Vídeo: reprodução/YouTube/ O POVO)

A principal causa da pré-síncope é a diminuição do fluxo de sangue para o cérebro, um problema frequentemente associado a uma queda abrupta da pressão arterial. As razões para essa queda podem ser diversas, e incluem desde fatores emocionais — como ansiedade ou medo extremo — até condições físicas. A desidratação é uma causa comum, assim como o uso de certos medicamentos para pressão alta. Em alguns casos, problemas cardíacos subjacentes também podem ser a origem do problema.

Grupos de risco e o caso Bolsonaro

É importante notar que existem grupos com maior predisposição para esses episódios. Os principais fatores de risco para a pré-síncope incluem ter pressão alta ou diabetes. Histórico de tabagismo e a ocorrência prévia de episódios semelhantes também aumentam a probabilidade.

A condição é mais comum em mulheres do que em homens, embora possa afetar qualquer pessoa. A internação de Bolsonaro para monitoramento e exames aprofundados é um procedimento padrão, visto que a pré-síncope pode ser um alerta para condições de saúde que exigem atenção médica.

Boletim aponta melhoria parcial no quadro de saúde de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou sinais de melhora em seu quadro de saúde, após ser internado em um hospital em Brasília. De acordo com boletim médico divulgado hoje (17) por sua família, ele apresentou uma “melhora parcial” após hidratação e continuará sendo avaliado durante o dia pela equipe médica, visando a possibilidade de alta. 

Bolsonaro deu entrada no hospital no meio da tarde de ontem (16), com sintomas como soluço e vômitos, além de estar passando por uma crise de pressão baixa. Exames laboratoriais e de imagem foram realizados para avaliar as possíveis causas. Segundo sua defesa, o ex-presidente apresentou um quadro de mal-estar, pré-síncope e vômitos com queda da pressão arterial, o que levou a sua internação ao chegar no Hospital DF Star. Um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro, deu entrevistas na porta do hospital, afirmando que o pai teve falta de ar, devido a um problema no diafragma, o que posteriormente levou ao vômito. 

De acordo com o texto publicado pela sua esposa, Michelle Bolsonaro, e seu filho Flávio, apesar da melhoria em seu quadro, os exames apresentam permanência da anemia e alteração da função renal.

“Os exames evidenciaram persistência da anemia e alteração da função renal, com elevação da creatina.”

Após a hidratação e tratamento medicamentoso, Bolsonaro teve uma “melhora parcial”, entretanto ele segue internado, sendo acompanhado pela equipe médica, que deve avaliar a necessidade de permanência no hospital. 

Histórico médico 

Os problemas de saúde de Jair Bolsonaro se intensificaram após a facada que ocorreu durante a campanha eleitoral de 2018. No domingo (14), o ex-presidente foi ao hospital para tratar de lesões de pele, após autorização do ministro Alexandre de Moraes. De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, Bolsonaro realizou uma “retirada de lesões cutâneas”.

O procedimento médico ocorreu sem complicações, através de anestesia local e sedação. Através dessa entrada ao hospital para o procedimento, foi descoberto um quadro de anemia e uma tomografia de tórax também revelou “imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração”. O hospital afirmou que Bolsonaro recebeu reposição de ferro, devido a anemia.


Momento em que Flávio Bolsonaro conversou com imprensa na porta do hospital (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)


Prisão domiciliar e julgamento no STF

A internação ocorreu em meio à prisão domiciliar de Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente cumpre a medida desde agosto, após descumprimento de cautelares e inclui o monitoramento por tornozeleira eletrônica. Na semana passada, Bolsonaro e outros sete réus foram julgados pela trama golpista, e a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente a 27 anos e 3 meses, sendo considerado culpado.

Bolsonaro é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações racistas

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado, nesta terça-feira (16), a pagar R$ 1 milhão por danos morais coletivos devido a declarações racistas feitas durante uma live em 2021, quando ainda estava no cargo. Na ocasião, ele comparou o cabelo de um homem negro a “criatórios de baratas”. A decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) foi unânime, embora ainda seja possível recorrer.

Indenização por comentários racistas

O TRF4 analisou, nesta terça-feira, recursos do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União, que solicitavam uma indenização coletiva de R$ 5 milhões e uma retratação pública de Bolsonaro. A corte também condenou a União, de forma independente, ao pagamento de R$ 1 milhão. Em primeira instância, o pedido havia sido rejeitado. A ação civil pública classificou os comentários como “discriminatórios e ofensivos à população negra”.

Além disso, Bolsonaro precisará remover conteúdos discriminatórios de suas redes sociais e realizar uma retratação pública dirigida à população negra.

O relator do caso, desembargador federal Rogério Favreto, afirmou que a fala de Bolsonaro é uma “ofensa racial sob a aparência de piada“, atingindo “a honra e a dignidade de pessoas negras e reforçando um processo de desumanização”. Favreto ressaltou ainda que “não se trata de uma brincadeira inofensiva, nem do exercício legítimo da liberdade de expressão”. Todos os membros da 3ª Turma acompanharam o voto, confirmando a condenação.

Em maio de 2021, durante encontro com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro fez comentários racistas a um homem com cabelo estilo Black Power, comparando-o a uma “barata”. A transmissão foi ao vivo por uma rede social próxima ao ex-presidente. Dias antes, ele já havia feito provocações semelhantes. Em julho, convidou novamente o homem para uma transmissão, intensificando o conteúdo discriminatório das falas.

Condenação por trama golpista

Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, por participação na trama golpista. A pena ainda não foi cumprida, pois depende da análise de recursos.


Bolsonaro é condenado por falas racistas (Vídeo: reprodução/Instagram/@itirucuonline)


Atualmente, o ex-presidente cumpre prisão preventiva em regime domiciliar por descumprimento de medidas judiciais determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Porém, na tarde desta terça-feira (16), ele precisou ir ao hospital DF Star, em Brasília, devido à crise de pressão, vômitos e soluços. Segundo a equipe médica de Bolsonaro, ele está em avaliação e realiza uma série de exames.

Médico segue com urgência para Brasília a fim de cuidar do ex-presidente Bolsonaro 

Nesta terça-feira (16), na parte da tarde, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi internado em Brasília, no hospital DF Star, após sentir mal-estar com vômitos, soluços fortes e pressão arterial baixa.

A equipe médica deu os primeiros socorros, porém foi pedido para que o médico que fez sua última cirurgia fosse chamado. O Dr. Cláudio Birolini saiu de São Paulo e está a caminho da capital federal para cuidar do ex-presidente. O doutor é diretor de cirurgia geral do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo). É especialista em cirurgias gastrointestinais e emergenciais. 

Ex-presidente Bolsonaro, após decreto de prisão domiciliar 

O ex-presidente Jair, assim que sofreu o decreto de prisão domiciliar (03/08), foi pela terceira vez ao hospital. No último domingo (14), o ex-presidente, foi ao hospital para a remoção de oito lesões na pele, que foram levadas à biópsia, feita pelo Dr. Cláudio Birolini. Naquele momento, ele foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro e pneumonia recente. Devido à, seu histórico de saúde após a facada e a idade, era um pouco preocupante esse atual estado. 


Post de Flávio Bolsonaro na rede social sobre o estado de saúde de seu pai (Foto: reprodução/X/@FlavioBolsonaro)

Normalmente, o procedimento padrão para sair do regime e ir ao hospital é pedir autorização ao Supremo, mas há exceções em casos emergenciais como este. Em seguida, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, usou as redes sociais para informar que seu pai havia sido internado e pediu orações pela vida dele.

Histórico de cirurgias do ex-Chefe de Estado Jair

6 de setembro de 2018, O ex-chefe Estado Jair Messias Bolsonaro teve a primeira grande cirurgia logo após a facada. Em seguida, no mesmo mês, ainda de 2018, teve uma cirurgia de desobstrução intestinal. Já em janeiro de 2019, o ex-presidente retirou a bolsa de colostomia em consequência da cirurgia de 2018.

Para o segundo turno, em setembro de 2019, ele foi submetido a uma correção de hérnia incisional. No final do ano, em dezembro de 2019, ele removeu as lesões na face/orelha, crioterapia no tórax/antebraço. No ano de 2020, ele foi também submetido a uma retirada de cálculo na bexiga. Entretanto, após três anos bem, em 2023, ele teve um conjunto de cirurgias: correção de hérnia de hiato, septoplastia, outros procedimentos nas vias respiratórias e digestivas.


Matéria da CNNBrasil sobre histórico de saúde do Ex-Chefe de Estado Bolsonaro (Foto: reprodução/X/@CNNBrasil)

Em abril deste ano, ele teve uma cirurgia abdominal para obstrução intestinal, já no último domingo (14), o Ex-presidente Bolsonaro fez um procedimento médico para remover lesões de pele. Portanto a atual situação de saúde do ex-Chefe de Estado Jair Messias Bolsonaro segue em observação, e novos exames devem ser realizados assim que o Dr. Cláudio Birolini, especialista, chegar a Brasília.

Bolsonaro apresenta atestado e STF cobra explicações sobre saída de hospital

Em meio a questionamentos sobre a demora paura deixar o hospital, o ex-presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o atestado de comparecimento referente à sua internação no Hospital DF Star, no dia 14. A defesa apresentou o documento na tarde desta segunda-feira (16), atendendo ordem do magistrado.

O relatório médico entregue ao STF detalha que Bolsonaro deu entrada na unidade hospitalar às 8h da manhã para exames de rotina e acompanhamento de queixas clínicas. Os exames realizados detectaram anemia por deficiência, além de sinais compatíveis com uma pneumonia recente, ainda em fase de recuperação.

O que diz o atestado

O documento também registra que o ex-presidente foi submetido à remoção de oito lesões de pele, em procedimento feito sob anestesia local. Parte dessas lesões já havia sido classificada como benignas em avaliações anteriores, mas outras foram encaminhadas para a biópsia, a fim de verificar possíveis alterações malignas.

Segundo os médicos, a escolha por realizar a retirada nesse momento foi preventiva, diante do histórico de exposição solar e do risco dermatológico associado. Bolsonaro permaneceu em observação até as 14h, quando foi liberado para deixar o hospital.

Além dos procedimentos, o atestado reforça a necessidade de acompanhamento contínuo, sugerindo a realização de novos exames laboratoriais e avaliações médicas periódicas. Para a defesa, esse ponto é importante porque reforça que a ida ao hospital não se limitou a uma visita simples, mas se tratou de um atendimento de caráter essencial para a saúde do ex-presidente.

O foco da controvérsia

O ponto central da polêmica é o intervalo entre a liberação médica e o efetivo transporte de Bolsonaro para sua residência. Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal explique, em até 24 horas, por que o ex-presidente não deixou o hospital imediatamente após receber alta. Relatos apontam que, após a alta, Bolsonaro permaneceu na porta do hospital, assistindo à entrevista de seus médicos com jornalistas.

Às 13h55, a equipe médica falou à imprensa, e o ex-presidente acompanhou por cerca de seis minutos antes de deixar o local. O questionamento do STF gira em torno da condução da escolta, já que os agentes responsáveis deveriam zelar pelo cumprimento estrito da medida judicial. Caso seja constatada alguma irregularidade, tanto a defesa de Bolsonaro quanto a corporação poderão ter de prestar novos esclarecimentos ao Supremo.


Reportagem Globonews (Vídeo: reprodução/X/@Globonews)

Primeira saída desde a condenação

O episódio marcou a primeira vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar desde a condenação imposta pela Primeira Turma do STF na última quinta-feira (11). O ex-presidente recebeu pena de 27 anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado, mas cumpre medida alternativa em regime domiciliar por determinação judicial.

Desse modo, a condenação está ligada a processos que investigam sua conduta durante o mandato, incluindo acusações de incitação a atos antidemocráticos e uso da estrutura pública para disseminação de informações falsas. Assim, a saída de Bolsonaro foi cercada por um forte esquema de segurança, com seis motos e seis veículos da Polícia Penal, além da presença de viaturas da Polícia Militar no entorno do hospital.

Cerca de 50 apoiadores também se reuniram no local, vestindo camisetas e portando bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos. Acompanhando o ex-presidente estavam seus filhos Carlos Bolsonaro (vereador no Rio de Janeiro) e Jair Renan Bolsonaro (vereador em Balneário Camboriú – SC).


Bolsonaro retira lesões na pele e recebe novos diagnósticos

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido neste domingo (14) a um procedimento no Hospital DF Star, em Brasília, para a retirada de oito lesões na pele, localizadas no tronco e no braço direito. O procedimento contou com anestesia local e sedação e, segundo boletim divulgado, ocorreu sem complicações. As amostras coletadas foram enviadas para análise anatomopatológica, que deve confirmar se alguma das lesões apresenta risco maior para a saúde.

Diagnósticos identificados

Durante a passagem pelo hospital, Bolsonaro também foi submetido a uma série de exames clínicos e laboratoriais. Os resultados apontaram um quadro de anemia por deficiência de ferro, condição que pode provocar fadiga, queda de imunidade e maior vulnerabilidade a infecções. Para corrigir o problema, os médicos optaram pela aplicação de ferro de forma intravenosa, considerada mais eficaz em situações de carência significativa.


Bolsonaro enfrenta problemas de saúde (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Getty Images Embed)

Outro ponto de atenção foi identificado nos exames de imagem, que revelaram uma pneumonia residual ligada a um episódio recente de broncoaspiração, quando alimentos ou líquidos entram nas vias respiratórias de forma acidental. Embora a inflamação esteja em fase de recuperação, o caso ainda requer monitoramento para evitar complicações, como infecções pulmonares mais graves. Os especialistas reforçaram a necessidade de cuidados adicionais durante a reabilitação, combinando acompanhamento médico frequente, disciplina no tratamento e atenção a sintomas que possam indicar agravamento.

O boletim médico destacou ainda que o ex-presidente seguirá monitorado quanto a problemas crônicos que já enfrenta, como hipertensão e refluxo gastroesofágico. Todos esses fatores exigem acompanhamento regular e disciplina no tratamento.

Recuperação e próximos passos

Após a intervenção, Bolsonaro recebeu alta no mesmo dia e retornou à prisão domiciliar, onde cumpre decisão judicial desde agosto. O comunicado da equipe médica ressaltou que ele deve manter os cuidados estabelecidos e seguir o tratamento para os diferentes diagnósticos em andamento.

A avaliação definitiva sobre as lesões retiradas depende da análise laboratorial, que irá indicar se há necessidade de novas intervenções. Enquanto isso, o foco permanece na recuperação pós-procedimento e no controle das condições já diagnosticadas, garantindo estabilidade clínica no curto prazo.