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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona na última sexta-feira, 31 de outubro, a lei que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE). A medida garante a integração de políticas educacionais no Brasil. Por meio de uma gestão colaborativa entre a União, estados e municípios. O objetivo é ajudar no acesso à qualidade e principalmente, equidade da educação, com um acompanhamento mais eficiente de todo o percurso dos estudantes, desde o ensino básico, até a universidade.
Mudança estrutural no setor educacional
Após a sanção do SNE, o país dá um passo importante em relação à educação no Brasil. A implementação do novo sistema tem como objetivo ajudar na transparência, planejamento e também no controle da educação, visto que estabelece uma coordenação mais integrada entre as esferas do governo. Ainda, com o Sistema Nacional de Educação, o objetivo é tornar a educação mais acessível e eficiente, garantindo o combate as desigualdades regionais que ainda persiste em diversas regiões do país.
Publicação de Lula (Vídeo: reprodução/YouTube/Lula)
Para isso, o SNE vai unificar dados sobre matrículas, frequência escolar, recursos financeiros e outras informações relevantes, facilitando a gestão e o planejamento de políticas públicas. Assim, o sistema permitirá intervenções rápidas em casos de dificuldades de aprendizagem ou evasão escolar, criando um acompanhamento contínuo do aluno ao longo de toda sua trajetória educacional.
Desafios e expectativas para o futuro da educação
Apesar de ser uma medida celebrada por muitos, a criação do SNE ainda traz desafios. De acordo com especialistas, a integração entre as esferas do governo precisam ser bem coordenadas, para que seja possível evitar a desorganização e também falhas no processo. Ainda, é importante que a distribuição dos recursos aconteça de forma justa, e principalmente, priorizando as regiões e escolas que precisam de mais apoio.
A expectativa é que com a criação do novo sistema, ofereça mais transparência e também qualidade de ensino em todo o Brasil. Pois a novidade é vista como uma forma de entregar acesso à educação de qualidade para todas as regiões nacionais, assim superando obstáculos que ainda aflige inúmeras famílias, crianças e jovens no país.
Nesta segunda-feira (03), o Governo Federal lançou oficialmente o programa Reforma Casa Brasil, iniciativa que oferece linhas de crédito para famílias realizarem reformas, ampliações e melhorias em suas moradias em todo o país. O programa será coordenado pelo Ministério das Cidades, em parceria com a Caixa Econômica Federal.
Como vai funcionar
Ao todo, Reforma Casa. Desse valor total, R$ 30 bilhões virão do fundo do programa do Minha Casa, Minha Vida, destinados a famílias com renda mensal de até R$ 9,6 mil. Os R$ 10 bilhões restantes serão liberados pelos bancos para famílias com renda superior a esse valor.
O programa irá oferecer duas modalidades de financiamento. Para as famílias com renda de até R$ 9,6 mil, o crédito disponível será de R$ 5 mil, com prazo de pagamento de até 60 meses. Já para rendas acima desse limite, o valor será definido pela própria Caixa, com financiamentos a partir de R$ 30 mil e possibilidade de parcelamento em até 180 meses.
Casa em maquete (Foto: Reprodução/Pinterest/@elmueblerevista)
As taxas de juros variam de acordo com a renda familiar apresentada no ato do cadastro: até 1,17% ao mês para quem recebe até R$ 3,2 mil; até 1,95% ao mês para rendas entre R$ 3,2 mil e R$ 9,6 mil; e entre 1,33% e 1,95% ao mês para rendas acima do valor mais alto de R$ 9,6 mil.
Parcelas e inscrições
O crédito de financiamento também poderá ser utilizado para mão de obra, compra de materiais de construção, projetos e outros acompanhamentos técnicos da reforma, entre outros serviços. As parcelas oferecidas não poderão ultrapassar o limite de 25% da renda mensal do beneficiário, para assim, evitar o endividamento familiar.
As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas de forma simples pelo site ou aplicativo oficial da Caixa Econômica Federal. O objetivo do programa é garantir melhorias habitacionais, qualidade de vida da população, estimular a economia e também a possibilidade de gerar empregos no setor da construção civil.
O príncipe William fez uma visita especial ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira. Durante sua passagem pela cidade, o herdeiro do trono britânico participou de uma cerimônia oficial, onde recebeu uma homenagem e as chaves da cidade. A agenda fez parte de sua viagem ao Brasil para compromissos diplomáticos e ambientais.
Após o evento, William aproveitou para conhecer um dos cartões-postais mais famosos do país: o Pão de Açúcar. Com vista para a Baía de Guanabara e o Cristo Redentor, o príncipe se encantou com a paisagem carioca e cumprimentou pessoas presentes no local.
Cerimônia e destaque para o meio ambiente
Durante a cerimônia, autoridades brasileiras ressaltaram a relevância da visita e a trajetória de William em defesa da preservação ambiental, citando sua atuação na fundação Earthshot Prize, que premia soluções inovadoras para desafios climáticos. Em seu discurso, o príncipe William destacou a importância do Brasil na proteção da biodiversidade e enfatizou a necessidade de cooperação entre países para enfrentar crises climáticas e combater o desmatamento. Ele também afirmou que a preservação é uma responsabilidade global e que iniciativas sustentáveis devem ser incentivadas em todas as regiões do mundo.
A homenagem e o discurso reforçaram o compromisso do príncipe com ações ambientais e seu empenho em apoiar projetos que protejam florestas, oceanos e áreas naturais. Com postura simples e acolhedora, William demonstrou proximidade com o público, acenou para presentes e trocou palavras rápidas com pessoas que acompanharam a cerimônia. Representantes locais afirmaram que a visita fortalece relações institucionais e pode abrir caminho para novas parcerias internacionais voltadas ao desenvolvimento sustentável e à proteção do meio ambiente.
Durante o evento, também foi ressaltado o interesse do príncipe em acompanhar iniciativas brasileiras que incentivam pesquisas, preservação e educação ambiental. William ouviu relatos de projetos realizados em comunidades e unidades de conservação e demonstrou entusiasmo com ações que buscam equilibrar desenvolvimento e responsabilidade ecológica. Para as autoridades presentes, a postura do príncipe reforça a importância de unir lideranças públicas, privadas e sociais em prol de um futuro mais sustentável para o Brasil e o mundo.
O príncipe William interagindo com o público (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Chris Jackson)
Passeio pelo Pão de Açúcar e interação com o público
Após o compromisso oficial, William seguiu para um dos destinos mais famosos do mundo: o Pão de Açúcar. Ele embarcou no tradicional bondinho e, durante a subida, apreciou cada detalhe da paisagem, observando a Baía de Guanabara, o Cristo Redentor e as praias cariocas. Fontes ligadas à organização afirmaram que o príncipe ficou impressionado com a beleza natural do Rio e comentou com membros da comitiva sobre a harmonia entre montanhas, mar e vegetação. No topo, tirou fotos, observou a vista com atenção e fez registros para a equipe oficial.
A presença do príncipe atraiu olhares e gerou surpresa entre turistas, que aproveitaram para fotografar e acenar. Embora cercado por seguranças, William manteve uma postura receptiva, acenou de volta e chegou a cumprimentar algumas pessoas de forma breve, reforçando sua imagem simpática e acessível. O passeio não apenas simbolizou o interesse do príncipe pela cultura brasileira, como também reforçou a importância do turismo para o Rio de Janeiro. Ao fim da visita, William deixou o local seguindo para outros compromissos privados, encerrando o dia com grande repercussão e deixando uma impressão positiva entre cariocas e visitantes.
A expectativa é de que William continue cumprindo agendas pelo país nos próximos dias, com foco em debates ambientais e encontros com iniciativas sociais. Sua passagem reafirma o interesse internacional pelo Brasil e destaca o papel do país nas discussões climáticas globais, além de fortalecer relações diplomáticas entre Brasil e Reino Unido. Com simpatia e atenção aos detalhes, o príncipe transformou a visita em um momento marcante para a cidade, unindo diplomacia, turismo e conscientização ambiental.
A megaoperação policial realizada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro, teve seu desfecho formalizado no Instituto Médico Legal (IML). De acordo com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, os 117 corpos dos suspeitos mortos no que é considerado o episódio mais letal da história recente do estado foram finalmente liberados para sepultamento, e a perícia do órgão foi oficialmente encerrada.
A ação da Defensoria Pública foi crucial, acompanhando de perto o processo de identificação e liberação dos cadáveres, que mobilizou mães e familiares dos mortos no IML durante os dias seguintes ao confronto. O órgão também atuou para garantir a isenção de taxas de sepultamento para famílias de baixa renda nos cemitérios municipais, permitindo que o luto não fosse sobrecarregado por custos. Até o último sábado, pelo menos 40 corpos já haviam sido enterrados, a maioria no Cemitério de Inhaúma, também na Zona Norte carioca.
O Perfil dos Mortos
A operação, que visava combater o avanço e prender lideranças do Comando Vermelho (CV) que usavam os complexos como “quartel-general” e centro de treinamento tático, resultou em um número elevado de óbitos. A Defensoria Pública confirmou que dezenas dos mortos eram de outros estados do país, incluindo Bahia, Pará e Espírito Santo, o que reforça a dimensão da atuação interestadual das facções criminosas.
Uma informação que trouxe um novo elemento para o debate sobre a letalidade da operação é a revelação de que, entre os 109 corpos identificados até o sábado, nenhum havia sido denunciado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) na investigação que serviu de base para a ação policial. Contudo, as autoridades também apontaram que, desse total, pelo menos 42 dos mortos tinham algum mandado de prisão em aberto.
Matéria sobre a liberação dos corpos pelo IML (Vídeo: reprodução/X/@CNNBrasil)
Contagem de mortos é contestada e reacende debate
O número de mortos na operação, inicialmente reportado em 117, é objeto de controvérsia e denúncias. No dia seguinte à incursão, moradores chegaram a levar dezenas de corpos para a Praça do Complexo da Penha, em um ato que simbolizou o caos e a dor da comunidade após o evento.
Apesar do encerramento oficial da perícia no IML, o caso está longe de ter um ponto final. A alta letalidade da operação, que se destacou como a mais sangrenta na história do Rio, continua a gerar pedidos por investigação federal e levanta questionamentos sobre as diretrizes de segurança pública e o cumprimento das determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da ADPF das Favelas. O MPRJ, inclusive, anunciou o envio de técnicos ao IML para a realização de uma perícia independente.
Na tarde desta segunda-feira (03), o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a obrigatoriedade do uso da tornozeleira eletrônica imposta a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Cid havia sido condenado por participação na chamada “trama golpista”, ao lado de outros investigados no caso. A decisão ao não uso, no entanto, vale exclusivamente para ele.
Condenação e medidas
O militar, que atuou diretamente no gabinete do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, recebeu até o momento a pena mais branda entre os réus do processo da trama golpista. Em setembro, a Primeira Turma do STF definiu sua condenação a dois anos de prisão em regime aberto por tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023. A prisão será cumprida com uma série de restrições determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Portanto Mauro Cid não apresentou recurso contra a sentença.
Entre as medidas impostas por Moraes, Cid está proibido de sair de casa sem autorização judicial, portar armas de fogo, utilizar redes sociais ou manter qualquer tipo de contato com outros réus que estão envolvidos no processo. Ele também deve cumprir recolhimento domiciliar entre 20h e 6h. Uma das determinações mais rígidas é a proibição de deixar o país, o que inviabilizou os planos do militar de se mudar com a família para os Estados Unidos.
Próximos passos
Durante as investigações, Mauro Cid chegou a cumprir duas prisões temporárias não ultrapassando o período de seis cada decreto, esses dias que serão descontados do total da pena imposta pelo STF. A defesa também solicitou ao Supremo o abatimento do tempo referente às medidas cautelares já cumpridas pelo militar, porém, o pedido ainda será analisado por Moraes.
Enquanto Cid aguarda a possibilidade de usufruir 60 dias de férias no Exército e o processo de análise de sua aposentadoria, os demais réus da trama golpista poderão ter os julgamentos iniciados ainda nesta semana.
A crise entre poderes ganha um novo capítulo. A PGR apresentou denúncia contra Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, por suposta tentativa de constrangimento à Suprema Corte e articulação de sanções externas. Em resposta, a Primeira Turma do STF marcou para 21 de novembro o início do julgamento, reacendendo o debate sobre o equilíbrio entre Legislativo, Judiciário e diplomacia.
Bolsonaro pode virar réu
A acusação apresentada pela PGR sustenta que Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo teriam articulado, em território norte-americano, uma campanha de pressão sobre autoridades e parlamentares dos Estados Unidos. O objetivo seria influenciar decisões externas capazes de constranger ministros do STF e enfraquecer as investigações em curso no Brasil, especialmente aquelas relacionadas aos atos antidemocráticos de 2022.
Caso a denúncia seja aceita, Eduardo Bolsonaro passará da condição de investigado à de réu, abrindo caminho para a abertura de um processo penal no Supremo. A movimentação não se limita ao campo jurídico: ela tem potencial para reacender tensões políticas e mobilizar as bases bolsonaristas, que costumam reagir com forte engajamento a ações judiciais contra membros da família do ex-presidente. O episódio também pode representar um teste de resistência para o Congresso e para o próprio STF, em meio ao delicado equilíbrio entre liberdade política e responsabilidade institucional.
Jair Bolsonaro tem um de seus filhos envolvido em polêmica (Foto: reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro)
Entre o plenário virtual e a arena política
O julgamento da denúncia ocorrerá no plenário virtual da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, com início em 21 de novembro e previsão de encerramento até 1º de dezembro. Nesse formato, cada ministro deposita seu voto eletronicamente, sem debate presencial, o que costuma acelerar decisões, mas também reduzir a visibilidade pública dos argumentos e votos.
A defesa de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, representada pela Defensoria Pública da União (DPU), sustenta que a acusação da PGR carece de base fática e jurídica. Os advogados afirmam que o deputado não possui poder de decisão sobre políticas externas ou atos soberanos dos Estados Unidos, e que sua atuação se limitou ao exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar.
O caso, entretanto, extrapola as fronteiras do processo penal. Ele reflete a persistente tensão entre os poderes da República e reacende o debate sobre até onde vai a imunidade parlamentar diante de manifestações que tangenciam temas institucionais sensíveis. A repercussão internacional também adiciona um componente inédito: o entrelaçamento de política doméstica com diplomacia, em um contexto em que cada movimento é lido como sinal do equilíbrio, ou do atrito, entre as instituições brasileiras.
Nesta segunda-feira (03), Carlo Ancelotti anuncia mais uma convocação da Seleção Brasileira. O técnico italiano anunciará a quarta lista desde a sua chegada no Brasil. Até agora, Ancelotti já convocou 45 atletas, e a expectativa é que os testes continuem até a lista final para a Copa do Mundo no próximo ano. O Brasil enfrenta Senegal no próximo dia 15, e fecha a Data Fifa contra a Tunísia no dia 18. A convocação será feita em um evento, às 15h, na sede da CBF.
Olhos voltados ao Brasil
Desde que assumiu o comando da Seleção Brasileira, em maio deste ano, Carlo Ancelotti tem aproveitado cada convocação para realizar testes, observar novos talentos e ampliar seu conhecimento sobre o futebol brasileiro. Ao longo desse início de trabalho, o treinador já convocou diversos jogadores diferentes em suas três primeiras listas, demonstrando uma busca constante por opções e equilíbrio dentro do elenco.
Vitor Roque vive sua melhor fase desde o retorno ao Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@vitor_roque9)
Nove atletas foram convocados atuando no futebol brasileiro: Hugo Souza (Corinthians); Wesley, Danilo, Léo Ortiz e Gerson (Flamengo); Estêvão (Palmeiras); Paulo Henrique (Vasco); Vitinho (Botafogo) e Jean Lucas (Bahia), mostrando que o bom desempenho em território nacional está sendo observado pela comissão técnica de Carlo Ancelotti.
Novos nomes
No último domingo (02), o treinador acompanhou de perto a partida entre Vasco e São Paulo, válida pelo Campeonato Brasileiro. Diretamente de São Januário, Ancelotti acompanhou jogadores que estão no radar, e podem compor a convocação desta segunda. Pelo lado cruzmaltino, além de Paulo Henrique, presente na última Data Fifa, o jovem Rayan, de 19 anos, é o destaque do time na temporada e pode ter sua primeira oportunidade na seleção principal. Outro nome conhecido pode voltar a vestir a amarelinha: Philippe Coutinho faz boa temporada e pode aparecer na lista.
Rayan é destaque da boa temporada vascaína (Foto: reprodução/Instagram/@rayann)
Na mesma partida, o italiano pode observar Marcos Antônio. O meio campista do São Paulo foi titular e fez um bom jogo. O atleta de 25 anos, que esteve presente na última “pré-lista”, busca sua primeira convocação. Além dos atletas observados neste jogo, outros três jogadores do Brasileirão se destacam na temporada e podem pintar na lista de convocados: Vitor Roque, artilheiro do Palmeiras na temporada, vive ótima fase, Luciano Juba e Jean Lucas, destaques do Bahia na quinta melhor campanha do Brasileirão 2025.
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, já tem 191 países credenciados, incluindo a Argentina de Javier Milei. O credenciamento, embora não garanta presença, representa um sinal de interesse político e diplomático. Até o momento, 143 delegações confirmaram presença na 30ª conferência climática, que será realizada em Belém–PA em novembro de 2025. A informação foi confirmada pela organização do evento e ressalta a expectativa de recorde de participação internacional.
A presença da Argentina, porém, gera incerteza. O presidente Javier Milei tem se posicionado contra parte da agenda climática global. No ano passado, ele retirou sua equipe técnica da COP29, no Azerbaijão, e chegou a ameaçar a saída do país do Acordo de Paris. Similarmente, a postura repete a estratégia adotada por Donald Trump nos Estados Unidos. Mesmo assim, o Brasil vê a adesão argentina como um gesto diplomático relevante.
EUA ficam fora e China ganha espaço nas negociações
Enquanto a Argentina chega à lista, os Estados Unidos permanecem fora. À primeira vista, o governo norte-americano decidiu não enviar representantes de alto nível para as negociações da COP30. A decisão coincide com a extinção do Office of Global Change, órgão do Departamento de Estado que coordenava a diplomacia climática do país. Consequentemente, a ausência norte-americana pode alterar o equilíbrio político da conferência e abrir espaço para maior protagonismo da China, que já sinalizou interesse em ampliar acordos de energia limpa e cooperação ambiental com países da América Latina.
Trump diz preferir a poluição causada pelo petróleo à energia eólica (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Durante o G20 de 2024, no Rio de Janeiro, a delegação argentina já havia criado impasses sobre o tema climático, dificultando consensos. O histórico retoma a dúvida sobre o engajamento efetivo de Milei na conferência.
Hospedagem e custos entram na pauta da COP30
Até setembro, 79 delegações já haviam confirmado a hospedagem em Belém. Contudo, o custo das diárias se tornou tema de debate entre a Organização das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro e o governo do Pará. Após negociações, ficou definido que as diárias não poderão ultrapassar US$ 600. A ONU também revisou o valor da Diária de Subsistência (DSA) para países em desenvolvimento, que passou de US$ 144 para US$ 197, visando equilibrar custos operacionais.
A capital Belém foi escolhida como sede durante a COP28, em Dubai. É a primeira vez que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas será realizada em uma cidade amazônica, reforçando a centralidade do Brasil no debate ambiental global.
O ministro Wellington Dias, responsável pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, gerou polêmica após uma declaração durante um evento em Montes Claros (MG). Ele afirmou que os brasileiros deveriam “trocar a carteira de trabalho pelo cartão do Bolsa Família”, frase que chamou atenção e circulou rapidamente nas redes sociais.
Segundo o ministro, a fala teria sido um “lapso”, e a ideia defendida por ele seria justamente o oposto: incentivar que as pessoas deixem o benefício social e passem a ter emprego formal, representado pela carteira de trabalho. O comentário, no entanto, abriu espaço para críticas e discussões sobre as políticas de emprego e assistência do governo.
Contexto da declaração e repercussão política
O episódio aconteceu durante o lançamento do programa Acredita no Primeiro Passo. Durante o discurso, o prefeito de Salinas, Kinca Dias, afirmou: “Como foi dito pelo nosso ministro, que nós possamos, no futuro, trocar a carteira de trabalho”. Em seguida, o ministro completou: “Pelo cartão do Bolsa Família, porque saiu da pobreza”. O prefeito concluiu: “Esse é o nosso objetivo”. A declaração provocou repercussão imediata nas redes sociais e na imprensa.
Em seguida, a assessoria do ministro esclareceu que se tratou de um equívoco: “Apenas um lapso, compreensível num ambiente com muitas informações sendo trocadas”. A equipe também reforçou: “O ministro, na verdade, vem utilizando desde o início da sua gestão a frase inversa: ‘Trocar o cartão do Bolsa Família pela carteira de trabalho’. A mensagem central e recorrente do ministro é a valorização do trabalho e do empreendedorismo como caminho para superar a pobreza”. Com isso, o governo buscou corrigir a interpretação e reafirmar que o foco continua sendo incentivar o emprego formal e reduzir a dependência de benefícios sociais.
O caso mostra como um pequeno erro de fala pode gerar confusão e críticas imediatas, especialmente quando envolve temas importantes como emprego formal e benefícios sociais. Situações como essa reforçam a necessidade de o governo comunicar com clareza as intenções de suas políticas, para que a população compreenda corretamente os objetivos dos programas. Especialistas afirmam que, sem explicações claras, mesmo declarações que visam incentivar o trabalho e a autonomia econômica podem ser interpretadas de forma equivocada, gerando dúvidas e questionamentos públicos. Além disso, a repercussão demonstra como as redes sociais e a imprensa rapidamente amplificam essas falas, tornando essencial que ministros e assessores verifiquem cuidadosamente o que é comunicado em eventos públicos.
A declaração do ministro Wellington Dias e do prefeito Kinca Dias (Vídeo: reprodução/YouTube/Poder 360)
Impacto para políticas de empregos e programas sociais
O caso reacendeu o debate sobre o equilíbrio entre programas sociais e geração de emprego no Brasil. Atualmente, em alguns estados, há mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada, o que levanta preocupações sobre dependência de auxílio e desafios no mercado de trabalho. Especialistas afirmam que essa situação evidencia a necessidade de políticas públicas que incentivem a formalização do emprego, ao mesmo tempo, em que garantam proteção social às famílias mais vulneráveis. Além disso, o episódio mostra como é importante conciliar programas de assistência com oportunidades reais de capacitação e renda, evitando que os benefícios se tornem a única fonte de sustento e promovendo a autonomia econômica dos cidadãos.
Apesar da confusão, o governo afirma que o programa Acredita no Primeiro Passo tem como foco incentivar a qualificação profissional, oferecer microcrédito e criar oportunidades para que beneficiários consigam emprego formal e deixem gradualmente de depender do benefício social. A discussão reforça a importância de políticas públicas que combinem assistência social com estímulo à autonomia financeira das famílias.
O episódio também evidencia como a comunicação do governo é fundamental para evitar mal-entendidos. Mesmo quando a intenção das políticas é positiva, declarações mal formuladas podem gerar críticas e repercussão negativa na mídia e nas redes sociais. Por isso, especialistas destacam a importância de esclarecer continuamente os objetivos dos programas, mostrando que o foco é capacitar as pessoas, incentivar o emprego formal e promover a autonomia econômica, sem criar confusão sobre o papel dos benefícios sociais.
O Brasil registrou a menor taxa de desmatamento na Amazônia em 11 anos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada entre agosto de 2024 e julho de 2025 foi de 5.796 km², o que resultou em uma redução de 11% em relação ao período anterior.
O dado foi divulgado nesta sexta-feira (30) e representa o quarto ano seguido de queda. A informação chega em um momento estratégico: o governo Lula prepara-se para apresentar na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, com o Fundo Tropical das Florestas, que financiará ações de proteção ambiental.
Queda histórica, mas com sinais de alerta
Apesar do avanço, pesquisadores identificam um aumento expressivo da degradação florestal, que atingiu 38% neste ciclo, sendo, portanto, a maior taxa já registrada. Logo, o fenômeno ocorre quando a floresta perde cobertura vegetal gradualmente, sem desmatamento total.
Já entre 2022 e 2025, a degradação subiu de 7% para 38%, impulsionada por incêndios, secas extremas e cortes seletivos. O Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, destacou que, sem os impactos do fogo, “teríamos o menor índice de corte raso da história”.
Vista aérea de uma área da floresta amazônica desmatada por queimadas ilegais (Foto: reprodução/EVARISTO SA/AFP/Getty Images Embed)
Ações e fatores que explicam a redução
O governo atribui a queda ao aumento da fiscalização e ao uso de tecnologia de monitoramento. Foram realizadas 9.540 operações em um ano, com 4 mil autos de infração e mais de 3 mil fazendas embargadas. Consequentemente, o Ibama e o ICMBio aplicaram R$ 8 bilhões em multas entre 2023 e 2025, valor 63% maior que o triênio anterior. Eventualmente, o número de operações subiu 80%, e as apreensões de produtos ilegais cresceram 42%.
A integração com o sistema financeiro também teve papel importante. O governo bloqueou R$ 6 bilhões em crédito rural para produtores com histórico de desmatamento. Além disso, municípios engajados no programa federal de combate à devastação reduziram em média 65% o desmate.
Resultados por estado e no Cerrado
Como resultado, entre os estados da Amazônia Legal, área administrativa e de planejamento que abrange nove estados brasileiros, o Tocantins teve a maior redução, com 62,5%, seguido pelos estados do Amapá (48,1%) e Roraima (37,3%). O único aumento ocorreu no Mato Grosso, com alta de 26%.
Similarmente, o Cerrado também registrou queda de 11%, totalizando 7.235 km² de desmatamento, sendo o menor índice em cinco anos. Contudo, apesar dos avanços, especialistas reforçam que a degradação silenciosa ameaça a estabilidade climática e o futuro da floresta que cobre a maior parte da Bacia Amazônica na América do Sul.