Irã está sem convicção sobre o compromisso de cessar-fogo de Israel

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, general Seyyed Abdolrahim Mousavi, demonstrou desconfiança em relação ao cessar-fogo proposto por Israel há cerca de uma semana. A declaração, divulgada pela agência semioficial Tasnim, sugere possíveis desdobramentos do conflito que podem resultar em mais vítimas.

Tasnim sobre o conflito entre Israel e Iran

A agência Tasnim informou que o general Seyyed Abdolrahim Mousavi conversou por telefone com o ministro da Defesa saudita, príncipe Khalid bin Salman, afirmando: “Não iniciamos a guerra, mas respondemos ao nosso agressor com todas as nossas forças”. O irã demonstra com a declaração que está preparado para revidar se houver nova ofensiva de Israel.

“Considerando que duvidamos totalmente da adesão do nosso inimigo aos seus compromissos, incluindo o compromisso com o cessar-fogo, permaneceremos prontos para responder caso repitam seus ataques”, disse Mousavi, segundo a citação.


Materia da CNN Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNBrasil)

Terã conversa com aliado

A agência saudita confirmou que o príncipe Khalid recebeu telefonema de Mousavi. O teor da conversa abordou relações bilaterais na área de defesa, o desenvolvimento regional e ainda esforços que mantenham a segurança e a estabilidade.

As conversas entre Irã e Arabia Saudita, potências regionais do Oriente Médio, aconteceram depois que o Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, deixou claro a Teerã, nesta sexta-feira (27), que realizará novos ataques. Se necessário, adotando uma ‘política de imposição’ para impedir que o Irã reconstrua seu poder aéreo e avance em projetos nucleares e desenvolva mísseis de longo alcance considerados ameaçadores. Katz destacou ainda que a ‘imunidade’ iraniana chegou ao fim.

No Irã, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Mousavi, teve sua nomeação em 13 de junho, quando seu antecessor foi vitimado por ataques realizados por Israel.
O bombardeio à usina de Fordow e a bases militares do Irã pelos Estados Unidos ocorreu no dia 13 de junho, sob a suspeita de que o local estivesse enriquecendo urânio para a construção de uma bomba atômica.

Guerra em Gaza se intensifica e ultrapassa 56 mil mortos com fracasso do cessar-fogo

Pelo menos 86 pessoas morreram em ataques israelenses nas 24 horas anteriores ao meio-dia deste domingo (29), segundo autoridades locais. Em meio à escalada do conflito, Israel ordenou evacuações no norte da Faixa de Gaza, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressiona por um cessar-fogo.

As autoridades orientaram os moradores da Cidade de Gaza e de Jabalia a seguirem para o sul, em direção à área costeira de al-Mawasi, enquanto a ofensiva israelense se intensifica e avança para o oeste da região.

Trump tenta um novo acordo

No sábado, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estava negociando um acordo com o Hamas neste período. Enquanto isso, no domingo, o porta-voz do exército de Israel afirmou que as tropas estavam atuando no norte da Faixa de Gaza para eliminar grupos armados e suas bases.

Os bombardeios aumentaram durante a madrugada de sábado para domingo, destruindo várias casas. A defesa civil de Gaza, controlada pelo Hamas, disse que pelo menos 23 pessoas morreram apenas no domingo.

Entre os mortos, cinco estavam em uma tenda que abrigava pessoas deslocadas em al-Mawasi, no sul da Faixa de Gaza para onde muitos haviam fugido por orientação de Israel. Cinco membros da mesma família, os Maarouf, incluindo três crianças, morreram nesse ataque.

Também no domingo, um soldado israelense de 20 anos, o sargento Yisrael Natan Rosenfeld, morreu durante operações no norte da Faixa de Gaza. A intensificação dos ataques de Israel acontece no momento em que mediadores internacionais tentam avançar em um novo acordo para encerrar a guerra e libertar os reféns que ainda estão sob poder do Hamas.

Na quinta-feira (26), um alto representante do Hamas disse à BBC que os esforços de mediação aumentaram, mas que as negociações com Israel continuam travadas. Trump afirmou recentemente que está confiante de que um cessar-fogo em Gaza será firmado já na próxima semana.


Ofensiva de Israel vai se ampliar no Norte de Gaza após ataques (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)

Fim do cessar-fogo em Gaza

Em março, um cessar-fogo de dois meses não durou, pois Israel retomou os ataques para pressionar o Hamas a libertar os reféns. No mesmo período, o governo israelense impôs um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza. Esse bloqueio só começou a ser flexibilizado 11 semanas depois, após pressão de aliados dos EUA e alertas de especialistas sobre a fome enfrentada por cerca de meio milhão de pessoas.

Como parte da flexibilização, Israel e os Estados Unidos criaram a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), um grupo de ajuda. A medida veio após acusações de que o Hamas estaria desviando os suprimentos, algo que o grupo nega.

O último acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que começou em 19 de janeiro, tinha três etapas, mas só a primeira foi cumprida. A segunda etapa previa um cessar-fogo permanente, a libertação dos reféns restantes em Gaza em troca de palestinos presos em Israel e a retirada total das tropas israelenses do território. Nada disso avançou.


Cessar fogo na faixa de Gaza pode acontecer na próxima semana (Vídeo: reprodução/X/@jornal_cultura)

Trump pediu a retirada das acusações de corrupção contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, classificando o processo como uma “caça às bruxas política” que, segundo ele, atrapalha as negociações de paz. Em resposta, o líder da oposição israelense, Yair Lapid, disse que Trump não deveria interferir no sistema judiciário de um país independente.

A guerra começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e resultou em 251 reféns. Desde então, mais de 56.500 pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

Presidente dos EUA admite que guerra entre Israel e Irã pode reincidir em breve

Ao participar de uma coletiva de imprensa em Haia, na Holanda, após cúpula da OTAN nesta quarta-feira (25), o presidente norte-americano Donald Trump afirmou que o conflito entre Israel e Irã pode ter novo início em breve.

De acordo com Donald Trump, os dois estão cansados, mas que acha que pode acontecer novamente, e que pode ser em breve. Chegou ao fim na terça-feira (24), o combate entre os dois países que aceitaram a proposta de cessar-fogo pelos Estados Unidos. Em seguida à trégua ter seu início, os dois países trocaram acusações de violação de acordo.


Governo de Donald Trump promove acordo de cessar-fogo entre Israel e Irã (Foto: reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)


“Duas crianças que brigam no pátio da escola”

Também nesta quarta-feira (25), em breve entrevista, Donald Trump comentou com os repórteres em Haia, Holanda, que Israel e Irã brigaram como “duas crianças no pátio da escola. Trump viajou para a Holanda a fim de participar da cúpula da OTAN.

O presidente americano acredita que, deixando-os brigar por uns dois ou três minutos, fica mais fácil de pará-los. Trump disse ainda que eles não vão brigar entre si. Para o Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, o presidente americano precisa utilizar palavras mais fortes como se fosse um pai a brigar com os filhos.


O primeiro ministro de Israel aceitou por intermédio do governo americano cessar-fogo junto ao Irã (Foto: reprodução/Instagram/@b.netanyahu)


O que se sabe sobre os danos às instalações nucleares iranianas?

O presidente americano disse ainda que, os danos causados pelos ataques com mísseis às instalações nucleares iranianas no fim de semana foram graves, porém afirmou que as informações disponíveis foram inconclusivas. Para o presidente Donald Trump, os ataques ao Irã podem apenas ter atrasado o programa nuclear em alguns meses. Donald Trump sentou-se ao lado do Secretário de Estado Marc Rubio e do Secretário de Defesa Pete Hegseth.

Israel e Irã afirmam o cessar-fogo organizado por Trump

Nesta segunda-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio em suas redes sociais, declarando que negociou com Israel e Irã uma proposta de cessar-fogo. O mandatário afirmou que eles haviam chegado a um acordo e a paz entraria em vigor pouco tempo após os ataques já programados por ambos os lados.

Ainda na presente data, os próprios governos em conflito confirmaram a assinatura de um tratado de cessar-fogo, mas alertaram para a vigilância diante de possíveis novos ataques.

O cessar-fogo entre Israel e Irã

Na madrugada desta terça-feira (24), em horário de Brasília, foi confirmado pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o cessar-fogo entre Israel e Irã havia entrado em vigor. Em seguida, a imprensa iraniana declarou que o país fez seus últimos ataques, que já estavam programados, e agora seguiriam para uma solução mais pacífica.


Iraniano comemorando o cessar-fogo entre seu país e Israel (Foto: reprodução/Nikoubazl/NurPhoto/Getty Images Embed)


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou o acordo de trégua e afirmou que Israel já havia concluído seus objetivos de eliminar os armamentos nucleares iranianos, que apresentavam uma ameaça. Ele também foi firme em declarar que, se houvesse alguma violação nos acordos de cessar-fogo, Israel iria responder fortemente a qualquer atitude.

Apesar de já ter sido afirmado o acordo de paz, ainda há risco, devido aos ataques já planejados. No anúncio de Donald Trump, ele explicou que as interrupções nos ataques ocorreriam em cerca de seis horas, no momento, até ambos os países concluírem suas missões em andamento. Em alguns dos ataques mais recentes do Irã a Israel, quatro pessoas morreram e pelo menos 12 ficaram feridas.

O conflito Israel x Irã

Os ataques começaram no dia 13 de junho, quando Israel, sob a justificativa de que o Irã estava produzindo armamentos nucleares, lançou uma operação para conter o avanço do seu programa nuclear. Durante os últimos dez dias, as forças armadas israelenses vêm bombardeando regiões militares e nucleares no Irã. Isso despertou revolta no governo iraniano, que também iniciou ataques militares ao território de Israel.


Destroços em cidade destruída em Israel (Foto: reprodução/Amir Levy/Getty Images Embed)


Os Estados Unidos também participaram dos ataques, lançando bombas ao território iraniano, em localizações que possuíam armamentos nucleares. O principal alvo foi a usina de Fordow, que fica a 80 metros da superfície.

Em retaliação, o Irã bombardeou uma base militar americana no Catar, porém, todos os mísseis foram interceptados, causando dano mínimo e sem fatalidades. Ao longo de todo esse período, dezenas de pessoas acabaram morrendo e milhares foram feridas. A maioria das vítimas foi de civis, de acordo com as autoridades de ambos Israel e Irã.

Trump sugere acordo entre Irã e Israel para paz e estabilidade

O presidente dos EUA, Donald Trump, falou neste domingo (15) sobre o conflito entre Irã e Israel, visando um acordo entre as partes. No entanto, a negociação para o fim dos ataques ainda não tem um prazo determinado para acontecer.

“Acho que está na hora de um acordo, vamos ver o que acontece. Às vezes, eles [Irã e Israel] têm que lutar, mas vamos ver o que acontece”, falou o presidente norte-americano.

Trump disse ainda que não responderia se pediu ao governo de Benjamin Netanyahu que suspendesse os ataques, mas afirmou que os EUA apoiam a defesa do aliado. O presidente americano fez o comentário enquanto se deslocava da Casa Branca com destino ao Canadá, onde participaria da cúpula do G7.


Presidente Donald Trump pede acordo militar (Vídeo: reprodução/Youtube/JPN)

Antes, Donald Trump tinha dito que os EUA poderiam se envolver no conflito, mas, por enquanto, não. O presidente americano respondeu que não há prazo para que o Irã retome as negociações nucleares, mas que os países estão conversando. “ Gostaria de fazer um acordo. Algo assim tinha que acontecer”, disse.

O conflito tem feito vítimas após ofensivas neste domingo (15). O Ministério da Saúde do Irã informou que o país registra 224 mortos até o momento. Do lado israelense, 13 mortes foram confirmadas. As negociações nucleares entre EUA e Irã estavam sendo mediadas nos últimos meses por Omã. Porém, a rodada mais recente de negociação foi cancelada, após Israel iniciar ofensivas contra Teerã. O Catar, aliás, teve papel importante na intermediação entre Israel e Irã no passado.

Tanto Omã, quanto Catar tm boas relações com Irã e Estados Unidos e se comunicam diretamente com Israel. Por fim, os governos do Irã, Catar e Omã foram questionados sobre o relato, mas optaram por não se manifestar.

Rússia entrega proposta de cessar-fogo à Ucrânia

Nesta segunda-feira (2), em Istambul, Turquia, negociadores da Rússia entregaram um documento detalhado à delegação ucraniana com os termos propostos por Moscou para um possível cessar-fogo total. A informação foi divulgada por Vladimir Medinsky, assessor do Kremlin e chefe da delegação russa nas negociações de paz.

Declaração de Medinsky

Segundo Medinsky, além do plano principal de cessar-fogo, a Rússia propôs uma pausa temporária nos combates, sugerindo um cessar-fogo localizado com duração de dois a três dias em determinadas regiões. A agência de notícias russa RIA informou que foram apresentadas duas alternativas principais: a primeira exige que a Ucrânia retire completamente suas tropas de quatro regiões que a Rússia considera como parte de seu território; a segunda proposta envolve um acordo mais amplo, que incluiria um pacote de condições para avançar com o cessar-fogo.

A Ucrânia afirmou que ainda está analisando o conteúdo do documento. O principal negociador ucraniano, Rustem Umerov, explicou que a delegação só teve acesso ao memorando russo durante a reunião desta segunda-feira e que a análise deve levar cerca de uma semana. Umerov também criticou o fato de que a Rússia segue rejeitando um cessar-fogo incondicional, o que, segundo ele, dificulta avanços mais significativos nas negociações.

Sobre a reunião

As conversas em Istambul começaram com quase duas horas de atraso, sem que houvesse explicação oficial, e duraram apenas cerca de uma hora, de acordo com autoridades turcas. Apesar da breve duração do encontro, houve um avanço humanitário: Rússia e Ucrânia concordaram com uma nova rodada de troca de prisioneiros, priorizando aqueles que estão gravemente feridos ou que têm menos de 25 anos. Também foi acordada a repatriação dos corpos de soldados mortos em combate. Medinsky afirmou que a Rússia pretende devolver cerca de 6 mil corpos à Ucrânia.


Foto da reunião em Istambul (Foto: reprodução/x@Margth9)

Rustem Umerov destacou ainda que os temas mais importantes só poderão ser resolvidos em um encontro direto entre os presidentes dos dois países. Por isso, propôs que uma reunião entre os líderes ocorra entre os dias 20 e 30 de junho. Ele sugeriu também que outros líderes internacionais, como o presidente dos Estados Unidos, participem do encontro.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reforçou essa ideia e afirmou que trabalhará para organizar uma reunião entre Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e Donald Trump, possivelmente em Istambul ou Ancara, com o objetivo de destravar o processo de paz.

Gaza: EUA propõem cessar-fogo de 60 dias com troca de prisioneiros e reféns

A Reuters, agência de notícias internacional, na manhã desta sexta-feira (30), divulgou o conteúdo conseguido com exclusividade sobre o plano dos EUA para um cessar-fogo de 60 dias em Gaza. De acordo com a agência, na proposta consta a libertação de 28 reféns israelenses, em troca da libertação de mais de 1.200 prisioneiros palestinos. Além da devolução de restos mortais por ambos os lados. 

Ainda, segundo a Reuters, o acordo tem o aval do presidente americano Donald Trump, do Egito e do Catar, que são os países mediadores, e inclui o envio de ajuda humanitária por parte de organizações sem fins lucrativos e organizações multilaterais. Entre elas a Organização das Nações Unidas (ONU).

A previsão para que a proposta seja colocada em prática depende da assinatura e da concordância do grupo Hamas. O grupo informou que analisará e oferecerá uma resposta entre hoje, sexta-feira (30) e amanhã, sábado (31). As operações militares israelenses serão cessadas na região, tão logo o acordo seja aceito pelas partes envolvidas. 

Enviado especial ao Oriente Médio 

Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para assuntos estratégicos no Oriente Médio, se reuniu na data de ontem, quinta-feira (30), com autoridades israelenses a fim de apresentar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, desenvolvido pelo governo de Donald Trump em cooperação com países do Oriente Médio. 

Conforme a mídia local israelense noticiou, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aceitou a proposta e já comunicou aos familiares dos reféns que estão em posse do grupo Hamas. Ao todo são 58 reféns mantidos em Gaza. Destes, 28 serão libertados nessa primeira fase e, os demais, quando houver um cessar-fogo permanente na região. 

Apelo internacional

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) tem feito duras críticas à situação vivida pela população de Gaza. De acordo com relatos, a proibição de entrada de ajuda humanitária por Israel tem desencadeado uma situação insustentável para os moradores. O comissário geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, declarou que a “ajuda humanitária nunca deve ser politizada


Publicação sobre a situação em Gaza (Foto: reprodução/X/@UNRWA)

Além de organizações ligadas diretamente ao assunto, diversos países condenam os ataques contra Gaza e a proibição da entrada de ajuda humanitária no local. A comunidade internacional tem acompanhado e se manifestado constantemente para que seja encontrada uma forma que promova a Paz, sobretudo na região. Seja com a criação de um Estado Palestino ou um cessar-fogo permanente.

Segundo relatos diários, apesar da entrada de caminhões com suprimentos terem sido autorizados a poucos dias pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, devido a escassez, a população local não consegue as condições necessárias para se manter. Além de denúncias de que, nem todos os moradores conseguem acesso a esta ajuda.

Encontro em Washington D.C

O Ministério da Defesa de Israel publicou em suas redes sociais na data de ontem, quinta-feira (30), o encontro entre o Diretor Geral, Major Amir Baram, e autoridades da Casa Branca em Washington D.C, nos EUA. A reunião contou com a presença do Subsecretário de Defesa para Política dos EUA, Elbridge Colby e ocorreu no mesmo dia da apresentação do acordo de cessar-fogo por Witkoff a Netanyahu.

Em sua primeira viagem de trabalho aos EUA desde que assumiu o cargo em março (2025),  Baram, informou que na reunião foram discutidos assuntos referentes ao fortalecimento da segurança, da cooperação estratégica entre os dois países e medidas conjuntas para enfrentar e solucionar os atuais desafios. 


Publicação sobre o encontro entre Amir Baram e autoridades do governo Trump (Foto: reprodução/X/@MoDIsrael) 

As forças de defesa tanto de Israel quanto dos EUA têm realizado reuniões permanentes para discutir assuntos estratégicos. Não somente os relacionados ao cessar-fogo na Faixa de Gaza, assim bem como, a transferência de conhecimentos tecnológicos entre eles. Uma vez que a “Cúpula Dourada” a ser desenvolvida pelo governo Trump será baseada no “Domo de Ferro” israelense.  

Para muitos especialistas, o empenho da Casa Branca em encontrar uma solução para a guerra travada entre Israel e o grupo Hamas, deve-se muito ao fato de que, não é interessante para os EUA que o seu parceiro estratégico no Oriente Médio envolva-se em um conflito permanente, com desdobramentos condenados pela comunidade internacional. No entanto, todo o esforço para um cessar-fogo na região que leve a acordos de Paz entre as partes envolvidas, devem ser incentivados.

Trump sobre Putin: “Não sei se ele realmente quer paz”

Nesta quarta-feira (28), Donald Trump expressou decepção com os bombardeios russos na Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos também afirmou que Vladimir Putin pode estar retardando propositalmente as negociações de cessar-fogo.

Em conversa com jornalistas na Casa Branca, ele disse que deu ao presidente russo duas semanas para chegar a uma decisão. “Em cerca de duas semanas, saberemos se ele está nos enrolando ou não e, se estiver, mudamos o tom da negociação”, declarou o presidente americano.

“EUA agirá de forma diferente” diz Trump

Ainda na coletiva de imprensa, Trump disse que vai tentar entender se há interesse real nas negociações, por parte de Vladimir Putin. “Se não houver acordo, se ele [Putin] permanecer indeciso, minha resposta será diferente. Não sei se ele realmente quer paz”, completou o republicano.

Além disso, o presidente dos EUA expressou profunda decepção com os acontecimentos de algumas noites atrás, quando pessoas morreram durante o que deveria ser uma negociação. Recentemente, através da rede social GETTR, ele já havia dito que o líder russo estaria “brincando com fogo“.


Trump alerta Putin sobre negociações de paz (Foto: reprodução/X/@SamPancher)

Trump e Putin discutem possível tratado de paz

No dia 19 de maio, Putin conversou por telefone com Trump e sugeriu uma colaboração para definir um tratado de paz entre Rússia e Ucrânia, além de estabelecer condições para um possível cessar-fogo.

Poucos dias antes, em 16 de maio, representantes dos dois países se reuniram em Istambul, na Turquia, marcando a primeira conversa direta em três anos. O encontro resultou em um acordo para a troca de prisioneiros, com mil detidos sendo liberados de cada lado.

Embora esse avanço tenha sido concretizado, a guerra entre os dois países se agravou nos últimos dias. As forças russas intensificaram bombardeios em Kiev e em outras cidades ucranianas, levando a uma resposta com drones e reforçando os apelos de Zelensky e dos líderes europeus por sanções mais rígidas contra Moscou.

Condições de Putin para cessar-fogo

Em contrapartida, o presidente russo exige que líderes ocidentais assumam, por escrito, o compromisso de interromper a expansão da OTAN para o leste da Europa. Além disso, a Rússia busca garantir a neutralidade da Ucrânia, obter o fim de algumas sanções e resolver o impasse dos ativos russos congelados no Ocidente.

Portanto, para aceitar o cessar-fogo, Putin quer o controle total das quatro regiões ucranianas que a Rússia reivindicou — Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia. Caso suas condições não sejam aceitas, ele pretende demonstrar força militar para pressionar a Ucrânia e os países europeus a aceitarem um acordo sob seus termos.

Kremlin confirma ausência de Putin em reunião de Paz com Zelensky

Na manhã desta quinta-feira (15), horário local, o governo russo confirmou que o presidente Vladimir Putin não comparecerá à reunião sobre o cessar-fogo referente à guerra Rússia/Ucrânia. Prevista para hoje à tarde, em Istambul, na Turquia, a Rússia será representada por ministros e outras autoridades russas. 

De acordo com informações do Kremlin, Putin nomeou seu assessor presidencial Vladimir Medinsky, o vice-ministro das Relações Exteriores Mikhail Galuzin, o general das Forças Armadas russas Igor Kostyukov e o vice-ministro da Defesa Alexandre Fomin, para representá-lo neste encontro. 

A decisão sobre o comparecimento da delegação russa em Istambul foi tomada na noite de ontem, quarta-feira (14), horário local, em reunião a portas fechadas entre o presidente russo e diversas autoridades do país.


Publicação sobre a nomeação da delegação russa para negociações de Paz com a Ucrânia (Foto: reprodução/X/@mfa_russia)

Apesar da ausência de Vladimir Putin, em nota, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a Rússia está pronta para trabalhar seriamente com o governo ucraniano.

Lula pede a ida de Putin

Conforme declaração do Palácio do Planalto, na última quarta-feira (14), em conversa por telefone com o líder russo Vladimir Putin, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, encorajou Putin a comparecer ao encontro. 

Apesar de entender que o envio de uma delegação é lícito, Lula declarou que o comparecimento da autoridade máxima da Rússia nesta reunião demonstraria não só boa vontade como, também, seria um gesto sinalizando que o governo russo está aberto ao diálogo.


Presidente Lula e presidente Vladimir Putin, Moscou, Rússia (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/Arquivo Oficial da Presidência)

O presidente brasileiro reforçou, ainda, a existência de uma declaração conjunta entre Brasil e China em apoio ao cessar-fogo na Ucrânia. Denominada de “Grupo de Amigos da Paz”, formada por países do Sul Global, a declaração reforça a preocupação destes países com o conflito Rússia/Ucrânia e a esperança de que haja empenho para solucioná-lo quanto antes.

Presença de Donald Trump

Em visita ao Oriente Médio, o presidente americano Donald Trump declarou que talvez possa comparecer à reunião entre Rússia/Ucrânia, se isso ajudasse a alcançar um cessar-fogo entre os dois países mais rapidamente.

“Não sei se ele (Putin) iria se eu não estivesse lá. (…)  Sei que ele gostaria que eu estivesse lá, e é uma possibilidade. Se pudéssemos acabar com a guerra, eu consideraria.” Donald Trump

Trump, que estará nos Emirados Árabes Unidos nesta quinta-feira (15), disse que haveria a possibilidade de ir a Istambul, Turquia, se “isso” fosse para salvar muitas vidas.” De qualquer forma, o secretário de Estado, Marco Rubio, estará na cidade turca na próxima sexta-feira (16).

Zelensky na Turquia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou à Ancara, capital da Turquia, nesta manhã de quinta-feira (15), horário local, para se reunir com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan.

Em postagem em suas redes sociais, Zelensky informou que a delegação da Ucrânia estará representada pelo mais alto nível em busca de soluções que levem à Paz. Informou, ainda, que a reunião inicial será com Erdoğan, agradecendo o líder turco por mediar esta reunião com a Rússia.


Publicação da chegada de Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, à Ancara, Turquia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Volodymyr Zelensky informa que os próximos passos referentes ao acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, serão decididos após conversas com a delegação turca. Uma vez que não sabe qual o poder de decisão dado por Vladimir Putin a seus representantes russos. 

A reunião entre Rússia e Ucrânia, marcada para esta tarde de quinta-feira (15), horário local, em Istambul, na Turquia, continua em aberto sobre quem de fato serão os participantes presentes e se, decisões concretas serão tomadas para pôr fim ao conflito no leste Europeu em curso há mais de três anos.

Lula solicita que Trump tome medidas para cessar-fogo em Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou preocupação com a atual condição vivida por moradores da Faixa de Gaza, em entrevista a jornalistas na última terça-feira (13). Lula chamou a situação de “genocídio” e pediu para que Donald Trump intervenha positivamente para acabar com a guerra em curso entre Israel e Hamas na região. 

Lula, também, solicitou maior intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU), com ajuda humanitária mais eficaz. Além de criticar o desejo de Trump de construir um Resort de luxo no território hoje habitado pelos palestinos. 

“ A única coisa que eu quero é o seguinte: que a ONU possa tomar uma decisão. E Trump contribui para isso… Agora, se ele quiser fazer daquilo um resort, não dá certo.” Presidente Lula

O atual conflito entre o grupo Hamas e o estado de Israel iniciou em 07 de outubro de 2023, após um ataque coordenado pelo grupo contra civis israelenses. O ponto focal do ataque ocorreu em um festival de música, na comunidade de Re’im, ao sul de Israel, próximo à fronteira com a faixa de Gaza. 

Resort de Luxo 

Em fevereiro deste ano (2025), o presidente americano Donald Trump utilizou suas redes sociais para publicar um vídeo realizado com a ajuda de Inteligência Artificial (IA). Nele, Trump faz a demonstração de como ficaria a Faixa de Gaza após transformar a região em um local turístico no Oriente Médio.


Postagem sobre o possível Resort de luxo na Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/X/realdonaldtrump)


Em um “agora e depois”, Trump intercala cenas da precariedade atual da região, assolada pela guerra entre Israel e o grupo Hamas, com episódios onde é possível ver líderes e personalidades mundiais desfrutando do que ele classifica de “Riviera do Oriente Médio”. 

O vídeo gerou indignação na comunidade internacional, uma vez que, em meio à guerra e todas as consequências advindas dela, enfatiza o luxo e o lucro. Transformando a Faixa de Gaza, território administrado pela Autoridade Palestina desde a década de 1990, em um resort de luxo.

Intervenção da ONU

Em discurso no Conselho de Segurança da ONU, na data de ontem, terça-feira (13), o subsecretário geral para Assistência Humanitária, Tom Fletcher, classificou a atual situação na faixa de Gaza como “atrocidade do século 21” e solicitou ações mais eficazes para deter o que ele chama de “situação desumana”.

“Israel está impondo deliberada e descaradamente condições desumanas aos civis no Território Palestino Ocupado”. Tom Fletcher

O subsecretário ressaltou, ainda, que os palestinos estão sendo deslocados à força e que, atualmente, permanecem confinados em espaços cada vez menores dentro de Gaza. Declarou, também, que comida, água, medicamentos e tendas, há 10 semanas, não entram na região por intervenção de Israel.


Discurso de Tom Fletcher no Conselho de Segurança da ONU (Vídeo: reprodução/X/@UN_News_Centre)

Diante dessa situação, Fletcher solicita apoio internacional para que profissionais ligados à ajuda humanitária possam trabalhar livremente na região em apoio aos civis palestinos. Além de solicitar à ONU que crie mecanismos para que tal ajuda seja destinada aos civis e não ao grupo Hamas. 

Em sua fala, Tom Fletcher, informa que se encontrou com líderes israelenses por diversas vezes para traçarem um plano de cessar-fogo. No entanto, segundo Fletcher, a proposta de representantes de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, é um “espetáculo cínico e distração deliberada”, utilizando a fome como “moeda de troca”. Sem, efetivamente, resolver a situação.

Incursão de Israel na Faixa de Gaza 

As forças armadas israelenses têm realizado diversas incursões na Faixa de Gaza nos últimos meses. A ação, segundo informou Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, é uma tentativa para a libertação de reféns em posse do grupo Hamas. 

De acordo com Netanyahu, as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão fazendo “um trabalho maravilhoso na Faixa de Gaza” e o “Hamas está sofrendo cada vez mais golpes”.

Em uma postagem nas redes sociais, o IDF informou que, em conjunto com o Shin Bet, Agência de Segurança de Israel, atacou terroristas do grupo Hamas em um complexo localizado sob o Hospital Europeu em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza. Essa ação ocorreu na tarde de ontem, terça-feira (13), horário local.


 Postagem sobre o ataque de Israel no sul da Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/X/@idfonline)

Atualmente, segundo informações, mais de 50 reféns estão em posse do grupo Hamas. Na última segunda-feira (12), o israelense-americano Edan Alexander foi liberto pelo grupo como sinal de um possível acordo de cessar-fogo. Porém, autoridades de Israel informaram que, até que todos os reféns sejam libertados, as ofensivas contra o Hamas seguirão com força total.