Nesta segunda-feira (22), a China afirmou que a apreensão de navios de outros países pelos Estados Unidos é uma grave violação do direito internacional. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês fez a declaração durante uma coletiva de imprensa diária. Segundo o ministro, Pequim se mantém firme em sua oposição a sanções unilaterais consideradas “ilegais”.
China alerta sobre tensões diplomáticas
Em posicionamento oficial, a China classifica as ações de apreensão dos Estados Unidos como arbitrárias, destacando que tais medidas não podem ser constatadas como respaldadas por organismos multilaterais e que desrespeitam normas de navegação internacional e também de comércio. O ministro ressaltou ainda que práticas desse tipo agravam as tensões diplomáticas entre os países e comprometem a estabilidade das relações de interesse.
Cargas com bandeira dos EUA e China (Foto: reprodução/Yaorusheng/Getty Images Embed)
Ainda durante a coletiva, o representante do governo chinês afirmou que a Venezuela possui pleno direito de manter relações políticas, comerciais e econômicas com qualquer outro país.
A China, até então, é um dos maiores aliados do governo venezuelano, que há alguns dias saiu em defesa de Nicolás Maduro diante das críticas que o regime vem enfrentando por parte dos Estados Unidos, atualmente sob a administração de Donald Trump.
Cenário geopolítico
Informações divulgadas neste último domingo (21) indicam a terceira interceptação, por parte dos Estados Unidos, de um navio petroleiro nas proximidades da costa da Venezuela. Tal fato culminou no posicionamento chinês referente a essas atitudes. Contudo, a ação foi noticiada por duas agências distintas, Bloomberg e Reuters, que apresentaram versões diferentes sobre o ocorrido.
Segundo a Bloomberg, o navio seria o petroleiro Bella 1 e forças norte-americanas já teriam embarcado na embarcação. Já a Reuters informou que o navio interceptado estaria sendo perseguido, mas que a abordagem ainda não teria sido concluída até o momento da publicação.
O episódio coloca em foco o cenário de tensão geopolítica envolvendo, mais uma vez, os Estados Unidos, a Venezuela e seus aliados, além de trazer novamente ao debate o uso de sanções econômicas como instrumento de pressão política no cenário internacional.
