Acordo de Paz entre Israel e Hamas é assinado

O grupo Hamas e o governo de Israel chegaram a um acordo de Paz na noite desta quarta-feira (8), marcando a primeira fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza, após semanas de intensas negociações. Anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em suas redes sociais, o compromisso foi mediado por potências internacionais, incluindo Catar, Egito e Turquia. Entre as medidas adotadas estão a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas desde o início da escalada, em 07 de outubro de 2023.

Em seu comunicado, Trump destacou que este é um passo importante que pode abrir caminhos para uma paz duradoura na região. Contudo, muitos detalhes da tratativa continuam sendo discutidos, com a implementação de várias cláusulas que dependem de condições políticas complexas e futuras negociações entre as partes envolvidas.

Complexidade do acordo

Ainda em fase inicial, o acordo prevê que o grupo Hamas liberte todos os reféns em um prazo de 72 horas, com expectativa de que, até o próximo sábado (11), a libertação seja concluída. No entanto, o Hamas solicitou um prazo maior para devolver os corpos das vítimas, indicando a complexidade das questões humanitárias ainda em jogo nas negociações. Segundo informações, 48 reféns israelenses são mantidos em território palestino, destes 20 estariam vivos.


Publicação de Benjamin Netanyahu sobre libertação dos reféns israelenses (Foto: reprodução/X/@netanyahu)

Em contrapartida, Benjamin Netanyahu se comprometeu a libertar prisioneiros palestinos mantidos em território israelense, algo imposto pelo grupo Hamas desde o início das negociações. Além disso, o governo de Israel deve retirar suas tropas da Faixa de Gaza, sinalizando um recuo militar. No entanto, essa é uma questão ainda em aberto, já que os detalhes sobre onde as tropas se posicionarão permanecem incertos.

As negociações

As negociações para o cessar-fogo começaram logo após o ataque ocorrido há dois anos, ao sul da Faixa de Gaza, em Re’im, no deserto de Negev, durante um festival de música eletrônica, quando o grupo Hamas sequestrou 251 reféns e matou centenas de pessoas na ofensiva, de acordo com informações divulgadas à época. Porém, os vários acordos anteriores foram violados e a assinatura deste novo compromisso oferece esperança para a redução das hostilidades na região.

A proposta aceita foi apresentada pela Casa Branca em setembro deste ano, com uma série de medidas, incluindo uma zona de segurança para Israel e um governo de transição palestino sob supervisão internacional, sem intervenção, direta ou indireta, do grupo Hamas. Porém, conforme especialistas, a assinatura do acordo não significa o fim imediato das tensões entre as partes, uma vez que as divergências ideológicas e políticas permanecem.


 

Publicação da Casa Branca sobre o acordo assinado entre o grupo Hamas e o governo de Israel (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)

Desde o ataque, a Faixa de Gaza tem sido palco de um intenso conflito, com mais de 60 mil mortos palestinos, segundo estimativas divulgadas pelo Hamas. Embora o novo plano indique que um Estado independente da Palestina poderia ser uma possibilidade futura, ele está condicionado a uma série de reformas internas e à pacificação do território.

O futuro da Faixa de Gaza também envolve a reconstrução da infraestrutura devastada e a entrada de ajuda humanitária, o que exigirá um esforço internacional considerável. O “Conselho da Paz”, será liderado por Donald Trump, que supervisionará a reconstrução e os recursos destinados à população Palestina.

Expectativas internacionais

Em suas declarações, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou a assinatura do acordo, ressaltando a importância da libertação dos reféns e o “grande dia” para o Estado de Israel. Se comprometendo a submeter o tratado à aprovação interna de seu governo e elogiando o trabalho das forças de defesa do país. “Graças à coragem e ao sacrifício dos nossos soldados, chegamos a este dia”, disse Netanyahu, referindo-se ao esforço militar israelense na região.

O grupo Hamas, por sua vez, expressou gratidão aos mediadores, mas reforçou a necessidade de garantir que Israel cumpra todos os termos do acordo, especialmente no que diz respeito ao fim das agressões e à implementação das condições acordadas.


Publicação da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre o acordo de cessar-fogo (Foto: reprodução/X/@ONUNews)

Em contrapartida, a comunidade internacional observa de perto o desenvolvimento dos próximos passos, na esperança de que a primeira fase do cessar-fogo possa ser o início de uma negociação mais ampla e, eventualmente, de uma solução política para o impasse de décadas. Embora ambicioso, o compromisso enfrenta muitos obstáculos, desde a reconciliação interna da Palestina até a aceitação do governo de Netanyahu, que rejeita a criação de dois Estados.

 

 

Trump não fará mais esforço para acordo com Venezuela

Na última segunda-feira, dia 6 de outubro, o jornal americano The New York Times (NYT) publicou uma reportagem a respeito das relações diplomáticas entre os Estados Unidos da América e a Venezuela. Segundo o veículo de comunicação, o presidente dos EUA, Donald Trump, teria desistido de fazer esforços para estabelecer um acordo diplomático entre as duas nações. A decisão de Trump pode dar abertura à possibilidade de uma escalada militar contra o tráfico de drogas ou contra o governante Nicolás Maduro.

As informações do NYT

O jornal americano The New York Times divulgou que uma reunião estava acontecendo com líderes militares americanos na última quinta-feira, dia 02 de outubro. Richard Grennel, presidente executivo do Kennedy Center, era um dos principais representantes dos Estados Unidos na negociação do acordo diplomático com a Venezuela. Durante o encontro, o presidente Donald Trump fez uma ligação para Richard Grennel, pedindo que a negociação do acordo fosse suspensa: Trump estava desistindo dos esforços para firmar o acordo. 


Análise das tensões EUA X Venezuela (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNN Brasil)

Marco Rubio, Secretário de Estado e Conselheiro Nacional de Segurança  dos Estados Unidos, também deu depoimentos a respeito de Nicolás Maduro. Segundo Marco Rubio, Nicolás Maduro é um líder ilegítimo, e também possui acusações de tráfico de drogas por parte dos Estados Unidos.

Tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela

A negociação entre Richard Greenel, presidente executivo do Kennedy Center, e o governo venezuelano estava acontecendo já havia vários meses. O contato entre as duas partes ficou mais intenso após ameaças e ataques militares dos Estados Unidos à Venezuela: barcos foram atingidos, e pessoas perderam a vida. Nicolás Maduro chegou a enviar uma carta ao presidente Donald Trump, dizendo que não possui relação com o tráfico de drogas. O governo dos Estados Unidos está oferecendo uma recompensa de 50 milhões de dólares para obter informações que provam que Nicolás Maduro está envolvido com o tráfico e com organizações criminosas.

Presidente dos EUA anuncia nova tarifa sobre caminhões médios e pesados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (6) que uma tarifa de 25% será aplicada a todos os caminhões médios e pesados importados a partir de 1º de novembro. O anúncio, feito por meio de sua rede social, tem como objetivo proteger fabricantes nacionais como Peterbilt, Kenworth, Freightliner e Mack Trucks, além de garantir a saúde financeira dos caminhoneiros americanos.

Trump já havia sinalizado a medida em setembro, mas com previsão de início em 1º de outubro. O novo prazo foi divulgado com a justificativa de garantir tempo hábil para adaptação do setor e reforçar a segurança econômica do país. Segundo o presidente, a decisão responde à “inundação em larga escala” de produtos estrangeiros no mercado interno.

Indústria nacional recebe incentivo, mas importadores reagem

De acordo com o governo, a medida fortalece a indústria nacional e protege empregos em setores estratégicos. Trump destacou que a tarifa é essencial não apenas por questões econômicas, mas também de segurança nacional. “Precisamos proteger nosso processo de fabricação”, escreveu o presidente.


 Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Chip Somodevilla)

Fabricantes americanos elogiaram a decisão, enquanto representantes do setor de importação demonstraram preocupação. Para empresas que dependem de caminhões estrangeiros, o aumento repentino nos custos pode impactar diretamente a cadeia de suprimentos e atrasar entregas em setores logísticos, agrícolas e da construção civil.

Especialistas veem risco de tensão comercial e aumento de preços

Analistas alertam que a nova tarifa pode acirrar as relações comerciais com países exportadores, como China, México e Alemanha, além de elevar os preços finais dos caminhões no mercado americano. O temor é de que a medida, embora beneficie os fabricantes locais, resulte em retaliações comerciais e desequilíbrios no comércio internacional.

Trump, no entanto, mantém-se firme na defesa de políticas protecionistas. “Nossos caminhoneiros devem ser fortes e saudáveis. Não podemos deixá-los à mercê de práticas injustas”, declarou. O impacto da medida deve ser sentido nas próximas semanas, à medida que o mercado se ajusta à nova regra e os países afetados reagem.

Trump elogia conversa com Lula e planeja encontro bilateral

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (6) que gostou da ligação que fez com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que a conversa foi centrada em economia e comércio. Segundo Trump, novas discussões serão mantidas, e os dois líderes “vão se encontrar em um futuro não tão distante, no Brasil e nos Estados Unidos”. 

O Palácio do Planalto informou que Lula solicitou durante a chamada a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros e o fim de sanções contra autoridades nacionais. A conversa, que durou cerca de 30 minutos, foi conduzida “em tom amistoso” e contou com a participação de ministros do governo brasileiro e foi descrita como uma oportunidade de restaurar relações diplomáticas fortes entre os dois países

Relação entre Brasil e Estados Unidos ganha novo impulso 

A recente conversa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump marcou um novo capítulo nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Segundo informações do Palácio do Planalto e da Casa Branca, o diálogo, realizado por telefone nesta segunda-feira (6), teve duração aproximada de 30 minutos e manteve um tom cordial e construtivo.

Durante a ligação, Lula pediu a retirada da tarifa de 40% imposta a produtos brasileiros e o fim das sanções aplicadas a autoridades nacionais. Em resposta, Trump destacou a importância de fortalecer o comércio entre os dois países e afirmou que “Brasil e Estados Unidos vão se dar muito bem juntos”.

O presidente norte-americano também revelou que pretende se encontrar pessoalmente com Lula em breve, tanto em Washington quanto em Brasília, o que reforça a intenção de aprofundar a cooperação bilateral. Analistas internacionais apontam que esse movimento representa uma tentativa de reconstruir pontes diplomáticas após um período de tensões comerciais e políticas entre as duas nações.


 

Trump diz ter gostado de conversa com Lula e fala em encontro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Expectativa cresce para o primeiro encontro presencial entre Lula e Trump

Após a conversa telefônica que reacendeu o diálogo diplomático entre Brasil e Estados Unidos, cresce a expectativa para o primeiro encontro presencial entre Lula e Trump. De acordo com fontes ligadas à diplomacia brasileira, as equipes de ambos os governos já discutem possíveis datas e locais para a reunião, que pode ocorrer ainda neste trimestre.

O objetivo, segundo interlocutores, é transformar o tom amistoso da ligação em resultados concretos. Entre os temas esperados para a pauta estão novos acordos comerciais, cooperação em infraestrutura e segurança regional, além da ampliação de investimentos norte-americanos em território brasileiro.

Nos bastidores, diplomatas avaliam que a aproximação representa um realinhamento estratégico entre as duas maiores economias do continente, com potencial de abrir espaço para uma agenda mais pragmática e menos ideológica. O encontro é visto como uma oportunidade para consolidar uma parceria de resultados, capaz de fortalecer o papel do Brasil no cenário internacional e melhorar o ambiente de negócios entre os dois países.

Acordo de paz de Donald Trump é criticado pelo Hamas

Em entrevista para um jornalista da BBC, um alto dirigente do grupo terrorista Hamas afirmou que eles devem rejeitar o plano de paz em Gaza arquitetado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O plano foi apresentado em uma reunião na Casa Branca na segunda-feira (29) e aceito pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que estava presente na reunião. 

Um dos principais pontos do plano do presidente norte-americano é o desarmamento do grupo terrorista, algo que o alto dirigente do Hamas afirmou que dificilmente aceitará. Até o momento o Hamas não apresentou uma resposta oficial ao plano de paz proposto.

Negociação com o Hamas

Outro ponto que dificulta a aceitação do plano é a presença da  Força Internacional de Estabilização, que é vista como uma ocupação de território. O alto dirigente do grupo afirma que o plano proposto por Donald Trump serve aos interesses de Israel e ignora o povo palestino. 

O comandante militar do Hamas em Gaza, Ez al-Din al-Haddad, estaria decidido a não aceitar o plano de paz e continuar com a luta. A negociação para a aceitação do plano de paz depende de líderes que estão dentro e fora de Gaza e muitos que estão fora têm perdido espaço na negociação por não terem o controle direto sob os reféns que o grupo mantém. Além de líderes do grupo Hamas, outras facções palestinas estão envolvidas na negociação, como o grupo armado Jihad Islâmica Palestina. 


Crianças palestinas se protegem de ataques à prédio em Gaza (Foto: reprodução/Ebrahim Hajjaj TPX/ Reuters)


Dentro de Gaza, muitos moradores apoiaram o plano de paz proposto pelos Estados Unidos, mesmo que tenham cláusulas ruins. Para os moradores e jornalistas, a recusa do Hamas seria uma carta branca para Benjamin continuar com a guerra e destruir por completo a região de Gaza.

Israel e Estados Unidos

Apesar da aceitação do plano de paz entre os Estados Unidos e Israel, existem possíveis pontos de discórdia e que podem prejudicar o cessar fogo. Em um mapa de Gaza, divulgado pelo governo norte-americano, aparenta ter uma zona-tampão planejada ao longo da fronteira sul com o Egito. Não está claro se Israel tem envolvimento com essa zona.

Com a recente tentativa de assassinato aos líderes do Hamas pelas tropas israelenses, em resposta aos Estados Unidos, estão sendo levantadas suspeitas de uma retomada das operações militares de Israel após a recuperação do reféns. 

Além disso, Benjamin tem dado sinais de que irá recuar em relação ao plano de paz aceito. Em redes sociais, o primeiro ministro de Israel afirmou que o exercito israelense vai permanecer em algumas regiões de Gaza e que estavam resistentes a criação do estado Palestino.

Crise orçamentária: paralisação do governo dos EUA após impasse no Congresso

Nesta quarta-feira (1º), o governo dos Estados Unidos entrou em “shutdown” depois que o Congresso não aprovou o projeto orçamentário que garantiria a extensão do financiamento federal. Com a paralisação, grande parte dos serviços públicos deve ser suspensa nas próximas horas.

Sem autorização para gastar, milhares de servidores federais foram colocados em licença obrigatória. Já aqueles que atuam em funções consideradas essenciais devem continuar trabalhando, mas terão seus salários suspensos até o fim do impasse.

Porque estão fazendo o “shutdown

No centro do impasse para essa decisão está a saúde. Os parlamentares democratas publicaram que concordarão com o orçamento se os programas de assistência médica prestes a expirar forem prolongados.

Já os republicanos, representados por Donald Trump, pedem que a saúde e o financiamento federal sejam separados. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas próprias antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso.


Trump fala sobre quem é o culpado pelo “shoutdown” (Reprodução/X/@ReallyAmerican1)

O que fica fechado?

No Departamento de Defesa, metade da força de trabalho civil, além de técnicos militares e membros da Guarda Nacional, foram dispensados sem pagamento durante o período de paralisação.

Programas financiados por leis que não dependem de dotações anuais também podem sofrer interrupções, caso necessitem de recursos renovados ano a ano para continuar funcionando.

Como essa determinação afeta os turistas?

Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são prováveis nos próximos dias. O “shutdown” de 2019 provocou enormes filas nos pontos de controle dos aeroportos americanos. Na época, as autoridades optaram por reduzir o tráfego aéreo em Nova York.

Os parques nacionais, museus e zoológicos federais também podem fechar ou ter serviços suspensos. A Estátua da Liberdade deve interromper as visitas.


Anúncio oficial da Casa Branca (Reprodução/X/@Casa Branca)

E para os moradores?

Alguns serviços devem continuar funcionando, como o pagamento de aposentadoria e os benefícios de invalidez, além de programas de serviços essenciais. Programas de assistência alimentar, serviço postal continuaram a funcionar normalmente, já os Tribunais Federais e a Receita Federal podem ter operações limitadas caso a paralisação se prolongue.

Agentes do FBI, Guarda Nacional, patrulhas de fronteira, fiscalização de imigração e outras forças federais continuarão trabalhando normalmente. A paralisação também pode ter impacto direto em políticas públicas, no mercado financeiro e no acesso a empréstimos e serviços para pequenas empresas.

Em suas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, que chamou de: “shutdown democrata”. Na terça-feira, republicanos e democratas trocaram acusações sobre quem seria culpado pelo shutdown.

Donald Trump apresenta plano de paz para encerrar guerra em Gaza 

O presidente Donald Trump se reuniu na segunda-feira (29) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca e apresentou um plano para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê a criação de um conselho internacional presidido pelo presidente dos EUA, anistia a integrantes do Hamas, caso eles aceitem entregar as armas, e a possibilidade da criação de um Estado palestino no futuro.

Enquanto Netanyahu diz aceitar a proposta, o presidente Trump afirma que o Hamas teria 72 horas para aceitar o acordo. Caso não aceitem, os EUA irão apoiar Israel para eliminar o Hamas de uma vez por todas.

Plano de paz para Faixa de Gaza

O plano presidido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, prevê a libertação de todos os reféns israelenses que estão sob o domínio do Hamas em até 72 horas após o governo israelense aceitar a proposta (em tese, o tempo já estaria correndo, porque o primeiro-ministro israelense havia aceitado o acordo).

Por outro lado, Israel libertaria mais de 1.900 prisioneiros palestinos e iria incluir os 250 que receberam a pena de prisão perpétua. E também, os líderes e integrantes do grupo terrorista Hamas que se renderem receberão anistia pelos crimes e poderão ir embora.

Além disso, o acordo prevê que a ajuda humanitária seria ampliada imediatamente, com entrada de alimentos, medicamentos e materiais para reconstrução. A distribuição seria comandada pela ONU, pelo Crescente Vermelho e por outras ONGs internacionais.


Vídeo: Presidente dos EUA Donald Trump fala sobre plano de paz para Faixa de Gaza (Reprodução/Youtube/CNNBrasil)

Além disso, o plano de Trump indica que Gaza será transformada em uma zona “desradicalizada”, ou seja, livre de grupos armados. O território passará por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e de especialistas internacionais, sem os líderes de grupos terroristas como o do Hamas. 

Esse conselho indicado pelos Estados Unidos atuará sob supervisão de um novo órgão internacional, o chamado Conselho da Paz, presidido pelo presidente Trump. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também deve integrar o conselho, segundo informações divulgadas. Ainda não está claro se Israel participará desse conselho. O Hamas terá túneis, locais de esconderijo e fábricas de armas destruídos, além de uma nova Força Internacional de Estabilização ser criada.

Outras propostas do plano

Ademais, o plano de paz deixa claro que Israel não anexaria o território da Faixa de Gaza. Além disso, as Forças de Defesa de Israel se retirariam gradualmente do local, entregando as áreas. E a Força Internacional cuidaria da segurança do local. A Força Internacional de Estabilização treinará e dará suporte às forças policiais palestinas em Gaza, em consulta com a Jordânia e Egito, que têm experiência próxima à área.


Foto: Faixa de Gaza destruída por conta da guerra (Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Em síntese, o plano de paz de Trump será executado mesmo com a rejeição do grupo terrorista Hamas. Então, caso o grupo terrorista rejeite o plano, ele irá começar em partes onde o grupo não tem mais poder. Esse plano indica que a Autoridade Palestina tomaria o poder definitivamente, o que consolidaria a criação do Estado Palestino ao final da transição de poderes na Faixa de Gaza. O grupo terrorista Hamas, que tem o Egito e Catar como intermediadores, comentou que não recebeu uma proposta formal ainda, mas que estariam dispostos a analisar positivamente a proposta.

Trump apresenta plano de paz e impõe ultimato ao Hamas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (29), na Casa Branca, um plano de paz para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta, aceita por Israel, impõe um ultimato ao grupo Hamas: libertar todos os reféns em até 72 horas ou enfrentar uma nova ofensiva militar apoiada pelos EUA. O plano também prevê um governo temporário administrado por um comitê palestino tecnocrático, sob a supervisão de um Conselho da Paz, liderado pelo próprio Trump.

A proposta surge em meio à crescente pressão internacional por uma solução duradoura. De acordo com a Casa Branca, o objetivo é estabilizar Gaza, iniciar sua reconstrução e, futuramente, abrir caminho para um Estado palestino. O Hamas, por sua vez, ainda avalia o plano e não definiu prazo para uma resposta oficial. Enquanto isso, moradores da região demonstram ceticismo quanto à implementação da proposta.

Plano inclui governo técnico e desmilitarização

Segundo os detalhes divulgados, o plano prevê a formação de um governo transitório composto por palestinos não filiados a facções e especialistas internacionais. Esse comitê ficaria responsável por administrar os serviços públicos e gerir os fundos para reconstrução da região. O Hamas e outros grupos armados seriam excluídos do novo governo.


Publicação de CNN Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Além disso, todas as infraestruturas militares da Faixa de Gaza seriam destruídas. Para garantir a segurança interna, uma nova força policial Palestina seria treinada por uma Força Internacional de Estabilização. Tropas israelenses deixariam gradualmente o território, com a manutenção de um perímetro de segurança temporário.

Acordo é visto com otimismo no exterior, mas receio entre civis

A proposta recebeu apoio de países como França, Reino Unido e membros da Liga Árabe. A Autoridade Palestina também se mostrou favorável à iniciativa, desde que haja garantias para a criação de um Estado palestino no futuro. Em Gaza, no entanto, muitos moradores questionam a sinceridade do plano e temem que ele sirva apenas como manobra para pressionar o Hamas.

Grupos aliados ao Hamas, como a Jihad Islâmica, rejeitaram abertamente a proposta, afirmando que ela representa uma “receita para a explosão” da região. Mesmo assim, Trump reforçou que esta é uma “última chance” para que a paz seja alcançada com diplomacia.

Ariana Grande critica governo Trump e Casa Branca reage

No último domingo (28), a cantora Ariana Grande utilizou suas redes sociais para criticar o atual governo dos Estados Unidos, iniciando um embate com a Casa Branca, sede do governo americano. A artista publicou em seu Instagram uma mensagem direcionada aos apoiadores de Donald Trump. A resposta da Casa Branca veio nesta segunda-feira (29), em entrevista ao site TMZ.

O que aconteceu

Ariana Grande compartilhou uma postagem sobre a situação imigratória do país: “Já se passaram 250 dias. Agora que imigrantes foram violentamente separados de suas famílias, que pessoas trans vivem com medo e que a liberdade de expressão está em risco… sua vida melhorou? Suas compras ficaram mais baratas? Seu plano de saúde ficou mais acessível? Seu equilíbrio entre vida pessoal e profissional melhorou? Já pode tirar férias? Está mais feliz? O sofrimento generalizado dos outros trouxe algum benefício para você, da forma como ele prometeu, ou você ainda está esperando?”


Ariana Grande compartihou post com mensagem a eleitores de Trump (Foto: reprodução/Instagram/@arianagrande)

A publicação teve grande repercussão. Em resposta, a porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, declarou: “Guarde suas lágrimas, Ariana, porque as ações do presidente Trump encerraram a crise inflacionária de Joe Biden e estão trazendo trilhões em novos investimentos”.

Desai ainda acrescentou que Trump teria beneficiado os próprios fãs da cantora: “Ele até assinou uma ordem executiva que abriu caminho para que o FTC combatesse o Ticketmaster, que explorava os fãs da Ariana Grande. Melhoras para você, Ariana”.

Situação atual dos imigrantes no país

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) informou que mais de dois milhões de imigrantes em situação irregular deixaram o país desde que Donald Trump reassumiu a presidência, no fim de janeiro.

Segundo a pasta, cerca de 1,6 milhão de pessoas optaram pela autodeportação e outras 400 mil foram deportadas em menos de 250 dias.

O governo republicano também converteu um aplicativo criado durante a gestão democrata de Joe Biden — inicialmente voltado ao acolhimento de solicitantes de asilo — em uma ferramenta de “autodeportação” na qual imigrantes sem documentos informam voluntariamente sua intenção de deixar os EUA.

Além disso, o ICE segue realizando operações em várias regiões do país, o que tem gerado protestos. O combate à imigração irregular é uma das principais bandeiras do segundo mandato de Trump.

Nas eleições de 2024, Ariana Grande declarou apoio público a Kamala Harris e, no pleito anterior, a Bernie Sanders. A cantora é defensora de pautas progressistas, da comunidade trans e crítica das políticas de deportação nos EUA.

Até o momento, a artista não respondeu à declaração da Casa Branca.

Governo avalia contato entre Lula e Trump em meio a tensão comercial

O governo brasileiro estuda a possibilidade de uma conversa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump nos próximos dias. A princípio, a ideia é que o primeiro contato aconteça por telefone ou videochamada antes de uma reunião presencial. Há pouco, o presidente dos Estados Unidos afirmou durante um encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) que teve “química” com Lula e que acertou conversar sobre tarifas, mas ainda não há definição oficial do encontro.

Contato ainda em negociação

No Planalto e no Itamaraty, diplomatas defendem que haja cautela. Dessa forma, eles avaliam que um telefonema seria mais rápido e viável diante das agendas lotadas. Ao tempo que Lula tem viagens previstas à Ásia em outubro, Trump pode participar da cúpula da Asean na Malásia. Assim, há a possibilidade de um encontro em país terceiro.

Já interlocutores afirmam que uma conversa inicial ajudaria a alinhar os pontos de divergência e a construir uma confiança. Por outro lado, auxiliares de Lula consideram essencial mostrar firmeza sem abrir espaço para interpretações de concessão política.

Relação marcada por desconfiança

Desde que Trump assumiu, em 2024, a relação bilateral tem sido difícil. O republicano impôs tarifas de 50% a produtos brasileiros e, recentemente, sancionou a advogada Viviane Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky. Para diplomatas, essas medidas revelam imprevisibilidade.


Eduardo Bolsonaro critica Trump após evento da ONU (Vídeo: reprodução/YouTube/MetrópolesTV)

Apesar da tensão, Lula reforçou na ONU que está aberto ao diálogo sobre comércio. Ele destacou, porém, que soberania e independência do Judiciário não entram na negociação. Especialistas afirmam que a diplomacia brasileira deve manter firmeza e prudência diante das pressões americanas.

Pressão econômica em Washington

Nos últimos anos, empresas brasileiras como JBS e Embraer investiram bilhões nos Estados Unidos, gerando milhares de empregos. Consequentemente, esse cenário pressiona Trump a recuar parcialmente nas tarifas. Embora analistas avaliam que, mesmo sem acordo imediato, dificilmente o Brasil sairá prejudicado, o professor Laerte Apolinário, da PUC-SP, afirma que o governo deve insistir em negociações justas. Já Carolina Pedroso, da Unifesp, prevê um encontro mais discreto que outros conduzidos por Trump. Para Rodrigo Amaral, também da PUC-SP, a postura firme de Lula pode evitar desgastes.