Justiça rejeita três acusações contra Diddy, mas processo continua em andamento

Tribunal de Nova York (NY) rejeitou nesta terça-feira (8) três das quatro acusações de estupro apresentadas por April Lampros contra o rapper e empresário Sean “Diddy Combs”, de 55 anos. A decisão, tomada pela juíza Leslie A. Stroth, baseou-se nos critérios de prescrição estabelecidos pela Lei de Violência Motivada por Gênero (GMVA), em vigor na justiça do estado norte-americano de Nova York.

Acusações contra Diddy

Lampros, ex-estudante do Fashion Institute of Technology, havia registrado em maio de 2024 uma ação contra Diddy Combs, alegando ter sido drogada e violentada em dois episódios distintos em 1995, além de ter sido coagida, em 1996, a manter relações sexuais com a então namorada do artista, Kim Porter. Essas três denúncias foram rejeitadas pela Justiça por se referirem a eventos ocorridos antes da data limite de 19 de dezembro de 2000, estabelecida pela legislação nova-iorquina.

Apesar da decisão favorável a Combs nesse ponto, o processo segue em tramitação com uma quarta acusação ainda válida. Trata-se de um suposto abuso ocorrido entre o final de 2000 e o início de 2001. Segundo Lampros, ela teria sido beijada e tocada sem consentimento, mas não conseguiu apontar com precisão a data exata dos fatos. Diante da incerteza, a magistrada optou por manter essa parte do processo em aberto, permitindo que novas investigações sejam conduzidas.


Diddy Combs participa do Invest Fest 2023 em Atlanta na Geórgia (Foto: reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)


Diddy absorvido de acusações

A decisão ocorre em meio a uma sequência de desafios legais enfrentados por Sean Combs. Recentemente, o artista foi absolvido de acusações graves como tráfico sexual e extorsão em outro julgamento de alto perfil que durou oito semanas. No entanto, foi considerado culpado por transporte para fins de prostituição, o que ainda pode acarretar pena de prisão. Combs nega todas as acusações que pesam contra ele. O andamento da ação atual pode influenciar diretamente sua situação judicial e sua imagem pública, já profundamente abalada por sucessivas denúncias.

Com o desdobramento do caso, a defesa de Lampros reforça a intenção de buscar justiça até a última instância. Já os advogados de Combs afirmam que seguirão contestando judicialmente qualquer alegação remanescente. O julgamento da quarta acusação pode se tornar decisivo para o futuro jurídico e profissional do artista.

Kevin Costner é processado por dublê por cena de estupro em filme “Horizon 2”

O ator e diretor Kevin Costner, de 70 anos, está enfrentando um processo judicial movido por uma dublê do filme Horizon 2. A denúncia aponta que a profissional Devyn LaBella foi obrigada a participar de uma cena de violência sexual sem o devido aviso prévio, preparo ou consentimento, violando protocolos de segurança e ética no set de filmagem, segundo a Variety.

Dublê alega improvisação e falta de preparo na gravação

Devyn LaBella está processando Kevin Costner e os produtores do filme Horizon: Uma Saga Americana – Capítulo 2 por assédio sexual, ambiente de trabalho hostil e quebra de contrato. Segundo a ação judicial, ela era a dublê principal da atriz Ella Hunt e foi chamada para substituí-la, sem ser informada sobre o conteúdo da cena, após Hunt se recusar a realizá-la.

LaBella afirma que foi forçada a gravar a cena de estupro de forma improvisada, sem a presença de um coordenador de intimidade, aviso prévio e consentimento. Kevin Costner teria instruído um ator a montá-la, imobilizá-la e levantar sua saia de maneira agressiva, também ordenando que o ator “realizasse repetidamente uma simulação violenta de estupro” enquanto “experimentava diferentes tomadas da ação”.

A profissional relata que o ambiente não estava fechado ao público nem protegido, aumentando sua vulnerabilidade. “Fiquei exposta, desprotegida e profundamente traída por um sistema que prometia segurança e profissionalismo. O que aconteceu comigo abalou minha confiança e mudou para sempre a forma como me desenvolvo nesta indústria”, declarou.


Dublê Devyn LaBella em evento (Foto: reprodução/Michael Bezjian/Getty Images Embed)


Violação dos protocolos da indústria

O processo aponta que a gravação violou as regras da SAG-AFTRA, que exigem aviso prévio de pelo menos 48 horas e consentimento explícito para cenas com nudez ou simulação de sexo. O episódio ocorreu em 2 de maio de 2023. A denúncia ressalta que, no dia anterior, outra cena de agressão sexual foi feita corretamente, com ensaios, coordenador de intimidade presente e set fechado.

Advogada de LaBella, Kate McFarlane, classificou o episódio como um exemplo do ambiente machista e dominado por homens em Hollywood, destacando a falta de cuidados adequados e a falha na proteção da dublê diante de uma conduta abusiva durante as filmagens.

Kevin Costner nega as acusações e critica a dublê

Por meio de seu advogado, Marty Singer, Costner negou as acusações. Segundo Singer, o ator sempre preza pelo conforto e segurança dos profissionais em suas produções. O advogado afirmou que LaBella recebeu uma explicação detalhada sobre a cena, concordou em realizá-la e participou dos ensaios sem objeções.

Singer também acusou a dublê de ser uma acusadora recorrente de pessoas na indústria do entretenimento, citando processos anteriores, inclusive com o mesmo advogado, e declarou que a acusação não possui mérito. “Essas táticas de extorsão não funcionarão neste caso”, completou.


Kevin Costner na pré-estreia de “Horizon: Uma Saga Americana – Capítulo 1” (Foto: reprodução/Frazer Harrison/Getty Images Embed)


Versões contraditórias

O processo movido por LaBella apresenta uma versão diferente da relatada pelo advogado de Costner, dizendo que ela questionou a cena. LaBella afirmou que expressou seu desconforto e preocupação, mas os homens presentes a responsabilizaram por não ter se manifestado no momento da gravação. Disse que se sentiu isolada e desapontada, mas continuou trabalhando e manteve o profissionalismo, já que as filmagens ainda não haviam terminado.

Segundo o processo, nos dias seguintes ela sofreu crises de choro. Além disso, sentiu-se constrangida, já que alguns membros da equipe se aproximaram para pedir desculpas pelo comportamento de Costner. Depois disso, ela buscou ajuda psicológica para lidar com o trauma causado pela situação.

Em defesa de Costner, Singer mostrou uma mensagem que LaBella teria enviado ao coordenador de dublês após o término das filmagens: “Obrigada por essas semanas maravilhosas! Sou muito grata a você! Aprendi muito e obrigada novamente. Estou muito feliz que tudo tenha dado certo. Tenha um ótimo resto de filmagem e, sim, nos falamos em breve”, disse Singer.

P. Diddy sofre outro processo por estupro e vítima detalha o caso

O cantor P. Diddy está envolvido em uma nova acusação de estupro, que teria ocorrido no ano de 2001. A vítima do abuso deu seu depoimento e contou os detalhes do ocorrido. Ela relatou que, mesmo sofrendo o abuso, se sentiu aliviada quando viu o tamanho do pênis do rapper, que de acordo com ela, era pequeno e fino, como uma barra de chocolate.

O novo caso de Diddy

O rapper Sean Diddy, que vêm sendo processado por diversos casos de estupro e tráfico sexual, desde o ano passado, está sendo novamente acusado de ter abusado sexualmente uma mulher, em seu apartamento em Manhattan, nos Estados Unidos.


Foto de Diddy (Foto: reprodução/X/@tervisscoot)

De acordo com o TMZ, que obteve acesso ao caso, a suposta vítima teria relatado os detalhes do ocorrido, focando principalmente no tamanho do pênis do cantor, que segundo ela, seria pequeno e fino, como um chocolate em barra.

Eles teriam supostamente se conhecido em maio de 2001, porém o caso só teria acontecido em julho, após alguns encontros dos dois.

O relato da vítima

A vítima relatou que após passarem uma noite em uma boate, ele a levou de volta para o seu apartamento, onde trancou a porta e jogou-a na cama, virada de costas, segurando seu pescoço e dizendo: “Vou te sugar até a morte.”

Após isso ele segurou o braço dela e com a outra mão, desabotoou sua calça e colocou seu pênis ereto e nu para fora. Ela descreveu o pênis de Diddy com o comprimento e a grossura sendo do tamanho de um chocolate conhecido nos EUA, o Tootsie Roll. A vítima diz ter se sentido aliviada com isso, pois devido ao tamanho pequeno do pênis do rapper, ele não a machucaria tanto com a penetração.


Imagens de chocolates Tootsie Roll (Foto: reprodução/X/@TootsieRoll)

Ela adicionou que gritou para ele soltá-la, porém o rapper só a soltou quando terminou o ato. Após isso ela saiu para o banheiro, para se limpar e quando voltou, Diddy estava nu na cama. Ela então correu para destrancar a porta e saiu. Ela conversou com um guarda, que estava do lado de fora do quarto, perguntando onde era a saída.

A vítima afirmou ter lidado com traumas e danos psicológicos, após o abuso físico e emocional que sofreu.

SBT quebra silêncio sobre caso de estupro envolvendo Otávio Mesquita e Juliana Oliveira

O SBT se pronunciou nesta quarta-feira (16) sobre o caso de denúncia de estupro envolvendo o apresentador Otávio Mesquita e Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa “The Noite”, comandado por Danilo Gentili. Em 2024, Juliana acusou Mesquita de estupro durante uma gravação na emissora em 25 de abril de 2016.

Na noite desta terça-feira (15), Juliana se pronunciou publicamente sobre o caso e esclareceu que o SBT não tomou nenhuma atitude após sua denúncia ao compliance da empresa. Contou que perdeu espaço de trabalho após ter levado o caso para investigação interna na emissora. 

A empresa da família Abravanel, hoje sob o comando de Daniela Beyruti na presidência, uma das herdeiras de Silvio Santos, declara que tomou todas as medidas cabíveis sobre o assunto após a denúncia. A nota enviada à imprensa informa que “a propósito do episódio envolvendo a Srª Juliana Oliveira e o apresentador Octávio Mesquita, o SBT vem esclarecer que tomou, a tempo, todas as providências que lhe competia por meio do seu Departamento de Governança Corporativa”

Constrangimento ao vivo

A ex-assistente do “The Noite” decidiu denunciar o apresentador sob alegações de que ele teria tocado seu corpo sem consentimento durante uma gravação do programa. Ela conta que Otávio Mesquita a segurou, tocou seus seios sem o seu consentimento e simulou movimentos de sexo enquanto ela o ajudava a retirar equipamentos de segurança. Juliana afirma que nada daquilo foi previamente combinado e que tentou reagir. Posteriormente, ela buscou a direção e o apresentador do “The Noite” para reportar o caso.

“Eu reclamei, sim com o Danilo Gentili e com o meu diretor, com a minha produção. Eu falei que esse cara tinha passado do ponto, que ele passou a mão em todo o meu corpo, eu expliquei isso. Uma forma que eles acharam para me blindar foi que, a partir daquele dia, o Otávio não seria mais convidado para dar entrevistas no ‘The Noite’”, relata Juliana no vídeo desta semana em uma rede social.

A ex-SBT ainda contou que Otávio Mesquita invadia os bastidores durante as gravações quando estava no SBT e a produção a escondia no banheiro, onde ela ficava até que ele fosse embora. Juliana reclamou no vídeo que isso se repetiu por mais de 10 vezes e que, quando ele chegava, quem ficava presa como uma criminosa era ela.

Reação da emissora

A denúncia só foi feita em 2024 porque Juliana tinha medo de enfrentar o poder e o prestigio de Mesquita no SBT. Mesmo assim, ela relatou o abuso ao compliance e foi orientada a manter sigilo enquanto o caso fosse apurado. A empresa garantiu a ela que o caso seria tratado com a seriedade necessária.

No entanto, a profissional foi desligada da emissora em fevereiro deste ano. Ela esperava que houvesse uma reunião com a presidente do SBT, o que não aconteceu, e, ao questionar sobre o andamento do caso, ouviu de Daniela que uma coisa não tinha nada a ver com a outra. Juliana criticou a maneira como uma empresa comandada por mulheres não deu ouvidos à sua questão e tratou com muito descaso sua situação e sua saúde mental. 


Postagens na Internet criticam a maneira como o SBT tratou o caso de Juliana (Foto: reprodução/X/@RickSouza)

Após tomar conhecimento da acusação, Otávio Mesquita minimizou a seriedade do caso e garantiu que tudo havia sido uma brincadeira combinada anteriormente com Juliana. Ressaltou que tudo aconteceu dentro de um contexto de humor e não havia nenhuma intenção de cometer ato ilícito. Mesquita considera a fala de Juliana um absurdo e acredita que ela estaria magoada e buscando atenção por ter sido demitida do SBT.

Repercussão do caso

Após o desabafo público da ex-assistente, Danilo Gentili declarou em um pronunciamento em rede social nesta quarta-feira (16) que ele e o diretor João Mesquita deram todo o suporte à Juliana após tomarem conhecimento do ocorrido. Gentili sugeriu à então parceira de palco que a denúncia fosse feita ao SBT e à Justiça, mas a comediante, a princípio, não quis, preferindo apenas que Otávio Mesquita não participasse mais do programa dali pra frente. Por isso, o apresentador nunca mais foi convidado para o show. 


Danilo Gentili resolveu se manifestar e esclarecer alguns pontos da fala de Juliana (Vídeo: reprodução/YouTube/Splash)

Na ocasião, Gentili colocou um advogado à disposição da colega de trabalho, que afirmou que não queria nada de Otávio Mesquita, apenas que ele não estivesse no mesmo ambiente de trabalho que ela. 

Danilo acrescenta que o pronunciamento desta semana não foi em defesa ou ataque nem de Otávio Mesquita nem de Juliana Oliveira, mas em defesa de si mesmo, do diretor e da produção do programa, envolvidos publicamente na situação. 

O Ministério Público de São Paulo protocolou uma denúncia formal em março deste ano e um inquérito irá investigar o caso.  

Daniel Alves volta a justiça após espanhola recorrer à anulação do processo

Caso Daniel Alves ganha mais um capítulo. Após ter sido absolvido pelo “Tribunal Superior da Catalunha”, sob a alegação de inconsistências na sentença, a espanhola que denunciou o ex-jogador decide recorrer contra a anulação da condenação. 

A advogada da jovem declarou à imprensa espanhola que vai apresentar um recurso à justiça na segunda-feira (7). Ela já havia indicado que possivelmente recorreria desde a última semana, quando houve a anulação, porém optou por avaliar se a ação poderia acarretar danos psicológicos para a vítima, no entanto, ao ser consultada pela advogada, a espanhola decidiu seguir em frente com o caso. 


Daniel Alves em julgamento (Reprodução/Jordi Borras/Getty images embed)


Daniel Alves foi acusado de estuprar uma jovem espanhola no banheiro de uma discoteca em Barcelona. Na última semana, o processo contra o ex-jogador foi anulado pelo “Tribunal Superior da Catalunha”, que alegou inconsistências que não poderiam provar a acusação. Uma das inconsistências levantadas foi a de não contrastar o depoimento da vítima com outras provas. Alves havia sido sentenciado por um tribunal de primeira instância a 4 anos e 6 meses de prisão e já estava em liberdade provisória desde março de 2024, quando a justiça catalã acetou um recurso da defesa do ex-jogador. 

MP da Espanha anuncia que também irá recorrer contra anulação

O Ministério Público da Catalunha anunciou na quarta-feira (2) que também recorrerá ao Supremo Tribunal da Espanha contra a sentença que anulou a condenação do ex-jogador. O recurso será baseado nos fundamentos previstos no artigo 852 (violação de preceito constitucional) e no artigo 849.1 (violação da lei) do Código de processo Penal para contestar a decisão do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha. 

Com os novos recursos, a acusação voltará ao âmbito judicial. Os pedidos serão analisados e, se aceitos, o processo seguirá ao Tribunal Supremo da Espanha – instância mais alta da Justiça do país europeu. 

Passaportes recuperados


Ex-jogador Daniel Alves, acusado de estupro (Reprodução/Europa Press News/Getty images embed)


O ex-jogador Daniel Alves esteve nesta sexta (4) no Tribunal Superior da Catalunha para reaver seu passaporte. Alves jogou pelo Barcelona e, portanto, também tem nacionalidade espanhola.

Alves e sua defesa ainda não se pronunciaram se ele poderá vir ou não ao Brasil. Ele e sua esposa, a modelo Joana Sanz, tem uma casa em Barcelona. 

Daniel Alves é absolvido pela justiça da Espanha: veja os argumentos

O ex-jogador Daniel Alves havia sido condenado há 4 anos e 6 meses de prisão, dos quais cumpriu apenas 15 meses. Alves já respondia em liberdade provisória desde março de 2024. A liberdade foi concedida após pagamento de fiança de 1 milhão de euros. 

A condenação veio a partir de uma acusação de abuso sexual a uma mulher em uma discoteca em Barcelona, em 2022. Nesta sexta-feira (28), porém, o Tribunal Superior da Catalunha anulou a condenação. Os juízes argumentam que, por conta das inconsistências, não podem aceitar a hipótese da acusação como provada, já que houve “lacunas e imprecisões” na sentença anterior. Uma das inconsistências foi a de não contrastar o depoimento da vítima com outras provas, bem como confiar no relato da testemunha. 

Os juízes também alegaram que a sentença anterior não esgotou a presunção de inocência. 


Daniel Alves em julgamento (Reprodução/Jordi Borras/Getty images embed)


Argumentos que condenaram Daniel Alves

Houve três elementos que, segundo a justiça, comprovaram a violação: existência de lesões nos joelhos da vítima; comportamento ao relatar o ocorrido; existência de sequelas. A partir desses três elementos, a justiça considerou como comprovado que a vítima não consentiu o ato. 

A resolução pontuou que para a existência de agressão sexual não é necessário ocorrerem lesões físicas, porém constatou-se que a vítima tinha lesões, o que reforçou que ela havia sofrido violência. Além das lesões físicas, houve comprovação por laudos de penetração vaginal com violência e que o sêmen do ex-jogador havia sido encontrado na vítima, segundo exames periciais. 

“Falta de confiabilidade”

A absolvição pela justiça da Espanha sobre Daniel Alves, ocorrida nesta sexta-feira (28), se deu pelo que o Tribunal considerou como “falta de confiabilidade”. A Justiça alega que a sentença havia sido dada sobre o depoimento da vítima, sem confrontação com outras provas (periciais dactiloscópica e biológica de DNA.)

“As insuficiências probatórias apontadas levam à conclusão de que não foi atingido o padrão exigido pela presunção de inocência, o que implica a revogação da sentença anterior e o consequente pronunciamento de uma absolvição”

O Tribunal também entendeu que as provas apresentadas não superaram o exigido para quebrar a presunção de inocência e que o relato da vítima não era suficientemente fiável para sustentar a condenação; as provas não atendem ao rigor necessário para validar uma condenação penal – o relato inconsistente da vítima compromete a hipótese acusatória. A defesa da jovem diz que irá recorrer.

Público em saída de tribunal aplaude Gisèle Pelicot após relatos de ter sido abusada pelo ex-marido e de 70 homens

Gisèle Pelicot, que foi drogada e estuprada pelo ex-marido e outros 51 homens durante dez anos, saiu aplaudida do tribunal no sul da França após as condenações, incluindo a do ex-marido, nesta quinta-feira (19). Em seu pronunciamento, ela agradeceu ao público pelo apoio e afirmou que, apesar das dificuldades do julgamento, nunca se arrependeu de tornar o caso público.


Gisèle Pelicot (Foto: reprodução/Instagram/@shannonrwatts)

Pronunciamento

“Para quem tem uma história desta nas sombras, estamos todas na mesma luta. O apoio das pessoas realmente me tocou e me deu a força para vir ao tribunal e dar a cara”, disse, ao sair do tribunal. ‘Eu nunca me arrependi desta decisão”. Disse Gisèle.

Gisèle Pelicot, de 52 anos, revelou que pensou em seus netos ao decidir enfrentar o caso e afirmou que foi por eles que liderou essa luta. Ao ser questionada sobre as sentenças, disse respeitar a decisão da Justiça. Após sua declaração à imprensa, ela foi ovacionada por manifestantes na porta do tribunal em Avignon.

Ex-marido

Dominique Pelicot foi condenado a 20 anos de prisão pela Justiça da França por drogar e estuprar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, juntamente com outros homens. O caso ganhou notoriedade internacional após Gisèle torná-lo público. Dominique foi considerado culpado de estupro agravado e outros crimes, incluindo sedar Gisèle e entregá-la a dezenas de homens para abusos filmados.

Outros 50 réus envolvidos também foram considerados culpados, enfrentando penas que variam de 4 a 18 anos de prisão. O julgamento, iniciado em setembro em Avignon, revelou que Dominique dopou Gisèle durante 10 anos, resultando em quase 200 estupros. Gisèle descobriu os abusos após a prisão de Dominique em 2020 por assédio sexual. A sentença gerou celebração entre os apoiadores da vítima.

Durante o julgamento, a polícia apresentou a Gisèle fotos e vídeos em que ela era estuprada por diversos homens, encontrados no computador de seu ex-marido, Dominique. Ao longo de três meses e meio, Dominique confessou os crimes e pediu perdão à sua família. Outros 50 homens, réus no caso, também depuseram, com alguns afirmando que não estavam cientes de que Gisèle havia sido dopada.

Três suspeitos foram presos no Maranhão por assalto a um circo e estupro de uma artista circense

Nesta quinta-feira (28), a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) prendeu três pessoas suspeitas de participação no assalto a um circo e no estupro de uma artista circense em Central do Maranhão, a 68 km de São Luís. O governador do estado, Carlos Brandão (PSB), confirmou a informação em suas redes sociais. Segundo ele, outros cinco envolvidos já foram identificados e estão sendo procurados pelas autoridades. Até o momento, não há detalhes sobre a localização das prisões ou a identidade dos detidos.

As investigações apontaram que o responsável pelo estupro da artista circense Camila Gomes, ocorrido na última sexta-feira (23), é um adolescente de 17 anos. Ele foi identificado após retirar a máscara durante o crime, o que permitiu o reconhecimento por parte da vítima. Em um relato feito na quarta-feira (27), Camila afirmou que o jovem chegou a disparar contra ela e cometeu o ato na presença de sua filha, de apenas 1 ano.


A Circense, Camila (Foto: reprodução/Instagram/@camila_gomes_circo)


Relato de Camila

Camila Gomes relatou que os criminosos agiram com violência, arrastando-a pelos cabelos e levando-a para o trailer onde sua filha, de apenas 1 ano, estava dormindo. Um dos agressores chegou a disparar contra ela, mas a bala não a atingiu. “Eu senti Deus comigo. Ele fez com que a bala não acertasse“, declarou Camila, emocionada. Apesar do choque, ela afirmou estar tentando se manter forte por sua família, embora ainda enfrente as consequências do trauma.

Familiares

Os criminosos, agressivos, roubaram dinheiro e pertences pessoais e, além do estupro da jovem artista, agrediram outros membros da equipe circense, incluindo dois idosos, um deles portador de Alzheimer.

A Polícia Civil conseguiu recuperar parte dos itens roubados, mas ainda busca prender todos os envolvidos. Em decorrência do trauma, o circo decidiu cancelar suas apresentações e deixar a cidade. A vítima recebeu atendimento médico e psicológico, enquanto sua família, natural do Pará e em turnê, expressou indignação e clamor por justiça diante do medo e da impotência.

A dona do circo, Poliana Ostok, destacou o desespero e a revolta da família após o crime, reforçando o impacto devastador do ocorrido.

Felipe Prior é condenado por novo caso de estupro 

Na tarde desta segunda-feira (11), O Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou mais uma vez o ex-BBB Felipe Prior por mais uma acusação de crime de estupro, desta vez, ocorrido em 2014, no interior de São Paulo.

Na decisão, a autoridade do caso, Vinicius Castrequini Bufulin, declarou a sentença diante dos depoimentos e provas anexadas no processo, onde o Ministério Público de São Paulo, acabou aceitando pela condenação do empresário em 6 anos inicialmente em regime semiaberto.

“Em vista do ocorrido, julgo procedente o pedido de condenação do réu Felipe Antoniazzi Prior à pena do artigo 213, caput, do Código Penal, que estabeleço em 6 anos de reclusão a ser cumpridos inicialmente em regime semiaberto. Considerando que as circunstâncias não são prejudiciais, o regime semiaberto é o mais adequado”. Decretou o juiz.

Outro caso

Em setembro deste mesmo ano, Prior foi condenado em 8 anos por outro caso de estupro, ocorrido há dez anos. De acordo com informações concedidas no processo, em decisão unânime, os desembargadores do Tribunal de Justiça da capital paulista, decidiram aumentar de seis para oito anos a pena do ex-BBB após analisarem os recursos de sua defesa.

O crime teria ocorrido em agosto de 2014, conforme a denúncia do Ministério Público. Felipe Prior, responde atualmente mais três acusações por estupro, na Justiça. 


Felipe Prior em suas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@felipeprior)

Sobre o caso 

Segundo os relatos citados no processo, o ex-BBB teria forçado uma relação sexual com uma jovem, em uma barraca durante o Carnaval, em fevereiro de 2015. Durante um de seus esclarecimentos à justiça, Felipe assumiu que praticou sexo com a vítima, mas negou que tenha ocorrido sem o consentimento da moça e que tenha se dado de maneira agressiva. 

Conforme os depoimentos da vítima e de algumas testemunhas presentes, o empresário só parou com ato quando escutou que uma amiga da jovem estava indo em direção à barraca. Nesse momento, ela teria se desvencilhado do acusado e consequentemente se livrar do abuso sexual.

Depoimento inédito da vítima de estupro de Robinho é revelado em série documental

O primeiro episódio da série documental O Caso Robinho, que estreia nesta quarta-feira (30), na Globoplay, apresenta pela primeira vez ao público o relato da albanesa Mercedes, vítima de estupro coletivo na madrugada de 22 de janeiro de 2013, em uma boate em Milão. A série, dirigida por Carol Zilberman e Rafael Pirrho, traz detalhes inéditos da investigação que resultou na condenação do ex-jogador do Milan e outros cinco homens a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual de grupo.

“Perdi uma parte de mim”, diz Mercedes

No documentário, Mercedes relembra a noite de seu aniversário de 23 anos, quando foi à boate Sio Café com duas amigas para celebrar. Ela descreve que, na época, se sentia “como uma música brasileira, cheia de cores e alegria”, mas que essa luz se apagou após o crime. O relato é marcado por emoção e traz uma visão íntima da dor e dos impactos do abuso. Chorando na contraluz, Mercedes explica que, apesar de ter conseguido seguir em frente, jamais voltou a ser a mesma pessoa.

Mercedes conta que já conhecia alguns amigos de Robinho e que, ao reencontrá-los na festa, se sentiu segura para passar um tempo com eles. No entanto, ao longo da noite, a jovem percebeu que havia ficado sozinha e relata que, quando saiu da boate para respirar, um dos homens a abordou de forma agressiva, insistindo em beijos indesejados. Mesmo após resistir e retornar ao local, ela relata ter sido levada ao camarim, onde o abuso ocorreu.


Mulher albanesa, vítima de estupro, da entrevista no documentário (Foto: reprodução/TV Globo)

Áudios de conversas revelam nova perspectiva

O documentário apresenta também grampos e interceptações telefônicas realizadas pela polícia italiana, que trouxeram novas evidências ao caso. Os procuradores Pietro Forno e Stefano Ammendola e o advogado Jacopo Gnocchi participam da série e relatam a dificuldade de reunir provas em crimes de abuso sexual, especialmente após meses ou anos do ocorrido. As gravações, no entanto, foram decisivas, revelando detalhes e comentários dos acusados sobre o ocorrido.

Segundo Mercedes, foi por meio dos grampos que ela encontrou parte de sua “vitória”, ao ver confirmada a verdade sobre o abuso. Ela afirma que, embora o tempo tenha lhe ajudado a lidar com a dor, as gravações comprovaram que ela não estava consciente e não teve controle durante o crime.

A defesa de Robinho, no entanto, contesta a versão apresentada na série. De acordo com seu advogado, José Eduardo Alckmin, a relação foi consensual e Mercedes teria retornado voluntariamente ao convívio dos homens após o episódio inicial.