Ouro atinge novo recorde com tensão global e corte de juros à vista

O ouro ultrapassou a marca histórica de US$ 4.100 por onça na segunda-feira (13), em meio ao aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e à expectativa de corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve. A cotação à vista chegou a US$ 4.116,77 no início da tarde, segundo dados de mercado. O movimento reflete a busca global por ativos considerados seguros em um cenário de instabilidade geopolítica e incertezas econômicas.

Investidores apostam em ouro meio à incerteza

A valorização do ouro neste ano já acumula alta de 56%, impulsionada por fatores como compras de bancos centrais, fluxo crescente de investidores institucionais e sinais de desaceleração monetária nos EUA. Com a tensão política reacendida pelo presidente americano Donald Trump e a sinalização do Fed para cortes em outubro e dezembro, investidores correram para proteger seus ativos.


Publicação da CNN Brasil (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil Money)

A corrida por segurança vem crescendo desde o rompimento da trégua comercial entre EUA e China. O anúncio de Trump, feito na última sexta-feira, desestabilizou os mercados globais e reforçou o papel do ouro como proteção contra riscos. Além disso, o Federal Reserve deve cortar os juros em 0,25 ponto percentual ainda em outubro, com chances de nova redução em dezembro. Taxas mais baixas favorecem o ouro, por se tratar de um ativo sem rendimento, que se valoriza quando o custo de oportunidade de mantê-lo cai.

Alta histórica atrai investidores e movimenta mercado brasileiro

Com o novo recorde internacional, o ouro também despertou o interesse de investidores brasileiros. Dados da B3 apontam crescimento de 700% no volume de negociação do Contrato Futuro de Ouro no último trimestre, com destaque para a participação de estrangeiros e pessoas físicas. Esse movimento reflete a busca por ativos mais seguros em meio à volatilidade do cenário econômico.

Além disso, a isenção de tarifas oferecida pela bolsa brasileira até novembro impulsionou ainda mais o número de negociações. Especialistas afirmam que, diante da valorização histórica, o ouro volta a ganhar força como alternativa de proteção e diversificação de carteira. ETFs como o GOLD11 e GLDX11 também ganharam força, oferecendo exposição direta ao metal. Para especialistas, a tendência é que o ouro continue em alta, podendo chegar a US$ 5.000 até o fim de 2026, especialmente se as tensões geopolíticas persistirem e os cortes de juros se confirmarem.

Profissionais STEM Têm 91% de Aprovação no Visto EB-2 NIW Dados Oficiais Revelam Quem Mais Consegue o Green Card Americano

O sonho do Green Card americano tornou-se significativamente mais desafiador nos últimos anos, mas dados oficiais do U.S. Citizenship and Immigration Services (USCIS) revelam que um grupo específico de profissionais continua obtendo aprovações expressivas: aqueles com formação em áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Enquanto a taxa geral de aprovação do visto EB-2 NIW (National Interest Waiver) despencou de 96% em 2022 para apenas 43% em 2024, profissionais de STEM mantiveram uma impressionante taxa de 90.9% de aprovação no ano fiscal de 2023, segundo relatório oficial do USCIS. 

Essa disparidade de 25.2 pontos percentuais em relação aos 65.7% de aprovação de profissionais não-STEM evidencia uma clara prioridade do governo americano por talentos em áreas estratégicas para a economia e segurança nacional.

A análise detalhada dos números oficiais mostra que, em 2023, das 21.240 petições NIW aprovadas em áreas STEM, apenas 2.120 foram negadas. Em contraste, profissionais de áreas não-STEM enfrentaram 3.920 negações contra 7.510 aprovações no mesmo período. 

Entre as profissões com maior sucesso destacam-se cientistas em biotecnologia e inteligência artificial, engenheiros de software e dados, pesquisadores biomédicos, e profissionais de saúde. Médicos, especialmente aqueles dispostos a atuar em áreas carentes, e dentistas também figuram entre os grupos com alta taxa de aprovação, impulsionados pela escassez crítica de 13.000 profissionais de odontologia e milhares de vagas médicas não preenchidas nos Estados Unidos. O setor de tecnologia da informação, com salários médios superiores a US$ 132.000 anuais para desenvolvedores de software, continua sendo um dos mais receptivos a talentos estrangeiros, particularmente em cibersegurança e ciência de dados.

José Cohen, Business Development Manager do escritório Kravitz & Guerra Law, em Miami — referência nacional e internacional em processos de imigração baseados em mérito e habilidade extraordinária — explica o cenário atual: “O que estamos vendo é uma mudança radical no perfil de aprovação do EB-2 NIW. Não basta mais ter um diploma avançado; o USCIS está exigindo evidências concretas de que o trabalho do profissional serve ao interesse nacional americano. 



Profissionais de STEM têm vantagem porque suas contribuições são mais facilmente quantificáveis através de publicações, patentes, citações e impacto em áreas prioritárias como saúde pública, segurança cibernética e inovação tecnológica. Mas isso não significa que outras áreas estejam excluídas — significa que precisam de uma estratégia de petição muito mais robusta.”

O aumento dramático no rigor da adjudicação fica evidente quando observamos a evolução temporal das aprovações. Em 2022, praticamente qualquer profissional qualificado com um caso bem preparado tinha 96% de chance de aprovação. Esse número caiu para 80% em 2023, despencou para 43% em 2024, e embora tenha apresentado recuperação para 63% no primeiro trimestre de 2025, a taxa de negação simultânea de 37% no mesmo período indica que o ambiente continua altamente competitivo. Especialistas atribuem essa mudança a três fatores principais: o volume crescente de aplicações (as petições NIW quase dobraram de 21.990 em 2022 para 39.810 em 2023), um backlog de 39% de casos pendentes, e uma interpretação mais estrita dos critérios estabelecidos no precedente Matter of Dhanasar, que exige prova de mérito substancial, importância nacional e posicionamento único do candidato para avançar em sua área.

Curiosamente, a pesquisa revela que o título do diploma — se PhD, mestrado ou bacharelado com cinco anos de experiência — importa menos do que o impacto demonstrável do trabalho. Dados de aprovações recentes mostram casos de profissionais com mestrado liderando projetos de infraestrutura nacional sendo aprovados, enquanto PhDs com pesquisas de impacto limitado enfrentam negações. Um caso emblemático aprovado em setembro de 2025 envolveu um profissional de gestão de aviação com apenas 5 publicações e 14 citações — o menor número entre as aprovações daquela semana — mas cujo trabalho em segurança aérea, eficiência operacional e sustentabilidade foi considerado de clara importância nacional. O profissional, que esperou 622 dias pela decisão do Nebraska Service Center, demonstrou que inovação alinhada a prioridades nacionais pode superar métricas acadêmicas modestas.



Questionado sobre o que diferencia uma petição aprovada de uma negada no cenário atual, José Cohen é enfático: “A diferença está na narrativa e nas evidências. Não adianta simplesmente listar publicações e diplomas. É preciso conectar cada elemento da trajetória profissional ao benefício concreto para os Estados Unidos. Quando trabalhamos um caso de EB-2 NIW, construímos uma história que mostra não apenas o que o profissional já fez, mas o que ele está posicionado para realizar em solo americano. Cartas de recomendação de especialistas independentes, evidências de reconhecimento da comunidade científica ou empresarial, e um plano claro de como o trabalho avançará interesses nacionais — seja em saúde, tecnologia, educação ou economia — são absolutamente essenciais. O USCIS está aprovando casos que demonstram impacto, não apenas credenciais.”

Profissionais de áreas não tradicionais também têm obtido aprovações, desde que demonstrem alinhamento com prioridades nacionais. Educadores que desenvolvem currículos adotados em nível estadual, psicólogos e terapeutas que atendem à demanda crítica de mais de 8.000 vagas em saúde mental, empreendedores de tecnologia limpa alinhados às metas climáticas americanas, e até artistas e comunicadores trabalhando em projetos de conscientização ambiental figuram entre os aprovados recentes. O plano de investimento de US$ 1.2 trilhões em infraestrutura até 2026 também abriu oportunidades para engenheiros civis, elétricos e mecânicos. A chave para o sucesso, segundo análises de escritórios especializados, está em demonstrar que o trabalho não beneficia apenas o profissional ou seu empregador, mas serve a um interesse público amplo — seja melhorando a saúde pública, fortalecendo a segurança nacional, impulsionando a economia ou avançando o conhecimento científico. 



A mensagem final para profissionais que consideram o EB-2 NIW é clara: a categoria continua sendo uma via viável e poderosa para a residência permanente nos Estados Unidos, mas exige preparação meticulosa, evidências robustas e, idealmente, orientação especializada. Com taxas de aprovação flutuando drasticamente e o USCIS aplicando critérios cada vez mais rigorosos, a diferença entre aprovação e negação frequentemente reside na qualidade da petição e na capacidade de articular, com clareza e evidências concretas, por que dispensar a exigência de uma oferta de emprego beneficia os Estados Unidos. Para profissionais de STEM, as estatísticas continuam favoráveis, mas para todos os candidatos, independentemente da área, o sucesso depende de demonstrar não apenas qualificação, mas impacto nacional comprovado e potencial futuro.

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Brasil elogia cessar-fogo entre Israel e Hamas e destaca papel dos EUA

Nesta quinta-feira (09), o governo federal, por meio do Itamaraty, divulgou uma nota exaltando a trégua na Faixa de Gaza e ressaltando a importância dos esforços diplomáticos que resultaram no acordo entre Israel e Hamas.

No comunicado, o Itamaraty também reforçou o compromisso do Brasil com a diplomacia internacional e a busca por soluções pacíficas para conflitos. A nota destacou ainda a importância de preservar a segurança e os direitos da população civil na região, ressaltando o papel das negociações multilaterais para a estabilidade do Oriente Médio.

O que diz a nota oficial do Itamaraty

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, saudou o anúncio de um novo cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, ressaltando que a primeira fase do plano para encerrar o conflito surge após dois anos de confrontos.

A nota destaca a urgência de interromper os ataques que já causaram mais de 67 mil mortes e deslocaram quase dois milhões de pessoas, além de provocar ampla destruição da infraestrutura civil. O comunicado também enfatiza que o acordo prevê a libertação de reféns, a troca de prisioneiros palestinos, a entrada irrestrita de ajuda humanitária e a retirada das tropas israelenses até os pontos previamente acordados.

O Itamaraty reforça ainda o caráter humanitário do cessar-fogo, defendendo que ele deve proporcionar alívio imediato à população civil e garantir acesso seguro à assistência internacional, incluindo equipes das Nações Unidas. O Brasil exorta todas as partes a cumprirem integralmente os termos do acordo, engajarem-se de boa-fé nas negociações e darem início à reconstrução da Faixa de Gaza sob supervisão palestina.


Detalhes sobre o pronunciamento do Itamaraty (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Itamaraty defende solução de dois Estados para o conflito

O Itamaraty reforçou a posição histórica do Brasil em favor da solução de dois Estados como caminho para a paz no Oriente Médio. De acordo com a nota oficial, a criação de um Estado palestino independente e viável deve permitir que Palestina e Israel coexistam em segurança e paz, respeitando as fronteiras de 1967 e garantindo Jerusalém Oriental como capital do novo Estado palestino.

O governo brasileiro ressalta que essa abordagem é essencial para a estabilidade da região, defendendo negociações multilaterais que respeitem o direito à autodeterminação do povo palestino. A nota enfatiza ainda que a implementação da solução de dois Estados deve vir acompanhada de esforços humanitários e diplomáticos, incluindo a reconstrução da Faixa de Gaza e a proteção da população civil.

O pronunciamento do Itamaraty reforça o compromisso do Brasil com a diplomacia e a busca por soluções pacíficas no Oriente Médio. Ao destacar a importância da trégua, da reconstrução humanitária e da criação de um Estado palestino viável, o país reafirma sua posição histórica de apoio à paz, à segurança da população civil e à coexistência pacífica entre Israel e Palestina.




Acordo de Paz entre Israel e Hamas é assinado

O grupo Hamas e o governo de Israel chegaram a um acordo de Paz na noite desta quarta-feira (8), marcando a primeira fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza, após semanas de intensas negociações. Anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em suas redes sociais, o compromisso foi mediado por potências internacionais, incluindo Catar, Egito e Turquia. Entre as medidas adotadas estão a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas desde o início da escalada, em 07 de outubro de 2023.

Em seu comunicado, Trump destacou que este é um passo importante que pode abrir caminhos para uma paz duradoura na região. Contudo, muitos detalhes da tratativa continuam sendo discutidos, com a implementação de várias cláusulas que dependem de condições políticas complexas e futuras negociações entre as partes envolvidas.

Complexidade do acordo

Ainda em fase inicial, o acordo prevê que o grupo Hamas liberte todos os reféns em um prazo de 72 horas, com expectativa de que, até o próximo sábado (11), a libertação seja concluída. No entanto, o Hamas solicitou um prazo maior para devolver os corpos das vítimas, indicando a complexidade das questões humanitárias ainda em jogo nas negociações. Segundo informações, 48 reféns israelenses são mantidos em território palestino, destes 20 estariam vivos.


Publicação de Benjamin Netanyahu sobre libertação dos reféns israelenses (Foto: reprodução/X/@netanyahu)

Em contrapartida, Benjamin Netanyahu se comprometeu a libertar prisioneiros palestinos mantidos em território israelense, algo imposto pelo grupo Hamas desde o início das negociações. Além disso, o governo de Israel deve retirar suas tropas da Faixa de Gaza, sinalizando um recuo militar. No entanto, essa é uma questão ainda em aberto, já que os detalhes sobre onde as tropas se posicionarão permanecem incertos.

As negociações

As negociações para o cessar-fogo começaram logo após o ataque ocorrido há dois anos, ao sul da Faixa de Gaza, em Re’im, no deserto de Negev, durante um festival de música eletrônica, quando o grupo Hamas sequestrou 251 reféns e matou centenas de pessoas na ofensiva, de acordo com informações divulgadas à época. Porém, os vários acordos anteriores foram violados e a assinatura deste novo compromisso oferece esperança para a redução das hostilidades na região.

A proposta aceita foi apresentada pela Casa Branca em setembro deste ano, com uma série de medidas, incluindo uma zona de segurança para Israel e um governo de transição palestino sob supervisão internacional, sem intervenção, direta ou indireta, do grupo Hamas. Porém, conforme especialistas, a assinatura do acordo não significa o fim imediato das tensões entre as partes, uma vez que as divergências ideológicas e políticas permanecem.


 

Publicação da Casa Branca sobre o acordo assinado entre o grupo Hamas e o governo de Israel (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)

Desde o ataque, a Faixa de Gaza tem sido palco de um intenso conflito, com mais de 60 mil mortos palestinos, segundo estimativas divulgadas pelo Hamas. Embora o novo plano indique que um Estado independente da Palestina poderia ser uma possibilidade futura, ele está condicionado a uma série de reformas internas e à pacificação do território.

O futuro da Faixa de Gaza também envolve a reconstrução da infraestrutura devastada e a entrada de ajuda humanitária, o que exigirá um esforço internacional considerável. O “Conselho da Paz”, será liderado por Donald Trump, que supervisionará a reconstrução e os recursos destinados à população Palestina.

Expectativas internacionais

Em suas declarações, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou a assinatura do acordo, ressaltando a importância da libertação dos reféns e o “grande dia” para o Estado de Israel. Se comprometendo a submeter o tratado à aprovação interna de seu governo e elogiando o trabalho das forças de defesa do país. “Graças à coragem e ao sacrifício dos nossos soldados, chegamos a este dia”, disse Netanyahu, referindo-se ao esforço militar israelense na região.

O grupo Hamas, por sua vez, expressou gratidão aos mediadores, mas reforçou a necessidade de garantir que Israel cumpra todos os termos do acordo, especialmente no que diz respeito ao fim das agressões e à implementação das condições acordadas.


Publicação da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre o acordo de cessar-fogo (Foto: reprodução/X/@ONUNews)

Em contrapartida, a comunidade internacional observa de perto o desenvolvimento dos próximos passos, na esperança de que a primeira fase do cessar-fogo possa ser o início de uma negociação mais ampla e, eventualmente, de uma solução política para o impasse de décadas. Embora ambicioso, o compromisso enfrenta muitos obstáculos, desde a reconciliação interna da Palestina até a aceitação do governo de Netanyahu, que rejeita a criação de dois Estados.

 

 

Relator define: manifestações de Eduardo Bolsonaro não configuraram quebra de decoro

O deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), relator do processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, votou nesta quarta-feira (8) pelo arquivamento do pedido de cassação. O parecer preliminar, lido na sessão, concluiu que a representação movida contra o parlamentar carece de sustentação fática e jurídica, recomendando que o caso seja encerrado sem a abertura de um processo formal.

O processo contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi motivado por uma representação que o acusava de quebra de decoro parlamentar, alegando que ele teria atuado em favor de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil com o objetivo de “desestabilizar instituições republicanas”.

Relator aliado de Bolsonaro rejeita responsabilização

No entanto, o relatório de Freitas, que é publicamente conhecido por ser um aliado da família Bolsonaro, rechaçou essa premissa. O documento argumenta que a representação comete um “erro de raciocínio” ao tentar responsabilizar um deputado brasileiro por ações que são de exclusiva soberania de um país estrangeiro. “A decisão de um país estrangeiro de adotar ou não sanções econômicas, diplomáticas ou políticas é, em essência, ato de soberania”, declarou o relator em seu parecer.

O deputado do União-MG sustentou que a alegação de que Eduardo Bolsonaro seria o responsável por eventuais medidas coercitivas dos EUA é “factualmente insustentável e juridicamente improcedente”. Para Freitas, a representação confunde “atos de Estado soberano com manifestações individuais de natureza política”. Ele enfatizou que imputar a um parlamentar a responsabilidade por um ato dessa natureza representaria uma “ignorância ao princípio fundamental do Direito Internacional Público”, que reconhece a autonomia de cada Estado para tomar suas próprias decisões.


Trecho da fala de Marcelo Freitas no Conselho de Ética da Câmara (Vídeo: reprodução/YouTube/globonews)

Relator defende atuação de Eduardo Bolsonaro

Além disso, o relator defendeu a legitimidade das ações do deputado, argumentando que a prática de recorrer a organismos internacionais para expressar críticas a governos não constitui quebra de decoro, especialmente por parte de parlamentares de oposição. “Em democracias consolidadas, parlamentares de oposição frequentemente recorrem a organismos internacionais para expor visões críticas sobre políticas internas, sem que isso seja interpretado como ato de traição ou quebra de decoro”, destacou Freitas.

Após a leitura do voto favorável ao arquivamento, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) solicitou pedido de vista, adiando a deliberação do Conselho de Ética. A expectativa é que o relatório seja levado à votação do colegiado já na próxima semana. Caso o parecer de Freitas seja rejeitado, o processo será reencaminhado a um novo relator. Se aprovado, o arquivamento ainda poderá ser contestado via recurso no Plenário da Câmara, conforme o regimento interno da Casa. O destino do mandato de Eduardo Bolsonaro agora está nas mãos dos demais membros do Conselho.

Ouro atinge recorde inédito e se firma como refúgio diante da turbulência nos mercados internacionais

Ouro atinge recorde histórico ao ultrapassar US$ 4.000 por onça, refletindo fatores econômicos e geopolíticos que aumentam a procura pelo metal como ativo de proteção. A expectativa de cortes na taxa de juros do Federal Reserve (Fed), somada à paralisação parcial do governo americano, intensifica a instabilidade nos mercados e eleva a percepção de risco entre investidores.

Os contratos futuros de ouro para entrega em dezembro avançaram cerca de 1,3%, atingindo US$ 4.058, enquanto o ouro à vista negociava próximo de US$ 4.036. Especialistas afirmam que a valorização evidencia o papel do metal como proteção frente à volatilidade cambial e às oscilações financeiras, atraindo atenção de investidores institucionais e privados.

Expectativa de cortes de juros impulsiona valorização

Analistas apontam que a perspectiva de redução da taxa básica de juros nos EUA é um dos principais fatores por trás da alta do ouro. Um corte de 25 pontos-base neste mês, seguido por outra possível redução em dezembro, estimula a demanda pelo metal, que historicamente se valoriza em períodos de juros baixos, preservando valor mesmo sem gerar dividendos.

Peter Grant, vice-presidente de metais, afirma que o ouro atua como um refúgio seguro em tempos de incerteza, destacando que a demanda de investidores institucionais fortalece sua importância estratégica.

Paralisação do governo reforça recorde histórico

A paralisação parcial do governo americano, agora no sétimo dia, interrompeu a divulgação de indicadores oficiais, obrigando investidores a recorrer a dados alternativos e projeções independentes para avaliar o ritmo de cortes de juros. Assim, o cenário reforça a atratividade do ouro, que atinge recorde histórico e segue valorizando-se em períodos de instabilidade política.


Ouro alcança valor recorde no mercado internacional (Vídeo: reprodução/YouTube/G1)

Crises geopolíticas em países como França e Japão pressionam os mercados internacionais, consolidando o metal como principal ativo seguro frente a ações e moedas tradicionais. Enquanto isso, investidores ajustam carteiras para proteger capital e aproveitar oportunidades de valorização.

Compras estratégicas e crescimento do ouro atinge recorde histórico

Valorização do ouro atinge recorde histórico em 2025, acumulando alta superior a 50% no ano, superando os mercados acionários e reforçando sua posição como ativo de destaque. Compras estratégicas de bancos centrais, somadas a aportes em fundos de índice (ETFs), sustentam essa trajetória de valorização.


         Ouro alcança valorização de 50% (reprodução/X/@DocRoger)


A prata acompanhou parcialmente o movimento, registrando crescimento de 2,4% e aproximando-se de seu próprio recorde histórico. Outros metais, como platina e paládio, apresentaram variações mais moderadas, mantendo o foco dos investidores no ouro como principal porto seguro.

Cenário futuro e perspectivas do ouro atinge recorde histórico

Segundo analistas, a evolução do ouro atinge recorde histórico nos próximos meses e dependerá de três fatores: decisões do Fed, paralisação governamental e volatilidade global. Um corte mais profundo de juros ou a extensão da instabilidade política poderia impulsionar ainda mais o metal, consolidando seu papel como refúgio seguro.

Além disso, a demanda deve permanecer elevada, impulsionada por investidores individuais e institucionais que buscam diversificação. Mercados monitoram indicadores alternativos, já que a paralisação limita dados oficiais.

Portanto, ajustes estratégicos em carteiras são esperados, aproveitando oportunidades de valorização e mitigando riscos de desvalorização. A expectativa é que o ouro continue desempenhando papel estratégico, oferecendo proteção contra incertezas econômicas e turbulências geopolíticas.

Consequentemente, especialistas reforçam que a evolução do metal pode impactar ativos correlacionados, como prata, platina e ETFs de metais preciosos, tornando o ouro um termômetro confiável da percepção de risco global. Também, variações no preço do metal influenciam decisões de alocação de capital em mercados internacionais, afetando estratégias de investidores institucionais e privados, fundos de investimento e políticas de reservas de bancos centrais.

Trump não fará mais esforço para acordo com Venezuela

Na última segunda-feira, dia 6 de outubro, o jornal americano The New York Times (NYT) publicou uma reportagem a respeito das relações diplomáticas entre os Estados Unidos da América e a Venezuela. Segundo o veículo de comunicação, o presidente dos EUA, Donald Trump, teria desistido de fazer esforços para estabelecer um acordo diplomático entre as duas nações. A decisão de Trump pode dar abertura à possibilidade de uma escalada militar contra o tráfico de drogas ou contra o governante Nicolás Maduro.

As informações do NYT

O jornal americano The New York Times divulgou que uma reunião estava acontecendo com líderes militares americanos na última quinta-feira, dia 02 de outubro. Richard Grennel, presidente executivo do Kennedy Center, era um dos principais representantes dos Estados Unidos na negociação do acordo diplomático com a Venezuela. Durante o encontro, o presidente Donald Trump fez uma ligação para Richard Grennel, pedindo que a negociação do acordo fosse suspensa: Trump estava desistindo dos esforços para firmar o acordo. 


Análise das tensões EUA X Venezuela (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNN Brasil)

Marco Rubio, Secretário de Estado e Conselheiro Nacional de Segurança  dos Estados Unidos, também deu depoimentos a respeito de Nicolás Maduro. Segundo Marco Rubio, Nicolás Maduro é um líder ilegítimo, e também possui acusações de tráfico de drogas por parte dos Estados Unidos.

Tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela

A negociação entre Richard Greenel, presidente executivo do Kennedy Center, e o governo venezuelano estava acontecendo já havia vários meses. O contato entre as duas partes ficou mais intenso após ameaças e ataques militares dos Estados Unidos à Venezuela: barcos foram atingidos, e pessoas perderam a vida. Nicolás Maduro chegou a enviar uma carta ao presidente Donald Trump, dizendo que não possui relação com o tráfico de drogas. O governo dos Estados Unidos está oferecendo uma recompensa de 50 milhões de dólares para obter informações que provam que Nicolás Maduro está envolvido com o tráfico e com organizações criminosas.

Presidente dos EUA anuncia nova tarifa sobre caminhões médios e pesados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (6) que uma tarifa de 25% será aplicada a todos os caminhões médios e pesados importados a partir de 1º de novembro. O anúncio, feito por meio de sua rede social, tem como objetivo proteger fabricantes nacionais como Peterbilt, Kenworth, Freightliner e Mack Trucks, além de garantir a saúde financeira dos caminhoneiros americanos.

Trump já havia sinalizado a medida em setembro, mas com previsão de início em 1º de outubro. O novo prazo foi divulgado com a justificativa de garantir tempo hábil para adaptação do setor e reforçar a segurança econômica do país. Segundo o presidente, a decisão responde à “inundação em larga escala” de produtos estrangeiros no mercado interno.

Indústria nacional recebe incentivo, mas importadores reagem

De acordo com o governo, a medida fortalece a indústria nacional e protege empregos em setores estratégicos. Trump destacou que a tarifa é essencial não apenas por questões econômicas, mas também de segurança nacional. “Precisamos proteger nosso processo de fabricação”, escreveu o presidente.


 Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Chip Somodevilla)

Fabricantes americanos elogiaram a decisão, enquanto representantes do setor de importação demonstraram preocupação. Para empresas que dependem de caminhões estrangeiros, o aumento repentino nos custos pode impactar diretamente a cadeia de suprimentos e atrasar entregas em setores logísticos, agrícolas e da construção civil.

Especialistas veem risco de tensão comercial e aumento de preços

Analistas alertam que a nova tarifa pode acirrar as relações comerciais com países exportadores, como China, México e Alemanha, além de elevar os preços finais dos caminhões no mercado americano. O temor é de que a medida, embora beneficie os fabricantes locais, resulte em retaliações comerciais e desequilíbrios no comércio internacional.

Trump, no entanto, mantém-se firme na defesa de políticas protecionistas. “Nossos caminhoneiros devem ser fortes e saudáveis. Não podemos deixá-los à mercê de práticas injustas”, declarou. O impacto da medida deve ser sentido nas próximas semanas, à medida que o mercado se ajusta à nova regra e os países afetados reagem.

Trump elogia conversa com Lula e planeja encontro bilateral

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (6) que gostou da ligação que fez com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que a conversa foi centrada em economia e comércio. Segundo Trump, novas discussões serão mantidas, e os dois líderes “vão se encontrar em um futuro não tão distante, no Brasil e nos Estados Unidos”. 

O Palácio do Planalto informou que Lula solicitou durante a chamada a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros e o fim de sanções contra autoridades nacionais. A conversa, que durou cerca de 30 minutos, foi conduzida “em tom amistoso” e contou com a participação de ministros do governo brasileiro e foi descrita como uma oportunidade de restaurar relações diplomáticas fortes entre os dois países

Relação entre Brasil e Estados Unidos ganha novo impulso 

A recente conversa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump marcou um novo capítulo nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Segundo informações do Palácio do Planalto e da Casa Branca, o diálogo, realizado por telefone nesta segunda-feira (6), teve duração aproximada de 30 minutos e manteve um tom cordial e construtivo.

Durante a ligação, Lula pediu a retirada da tarifa de 40% imposta a produtos brasileiros e o fim das sanções aplicadas a autoridades nacionais. Em resposta, Trump destacou a importância de fortalecer o comércio entre os dois países e afirmou que “Brasil e Estados Unidos vão se dar muito bem juntos”.

O presidente norte-americano também revelou que pretende se encontrar pessoalmente com Lula em breve, tanto em Washington quanto em Brasília, o que reforça a intenção de aprofundar a cooperação bilateral. Analistas internacionais apontam que esse movimento representa uma tentativa de reconstruir pontes diplomáticas após um período de tensões comerciais e políticas entre as duas nações.


 

Trump diz ter gostado de conversa com Lula e fala em encontro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Expectativa cresce para o primeiro encontro presencial entre Lula e Trump

Após a conversa telefônica que reacendeu o diálogo diplomático entre Brasil e Estados Unidos, cresce a expectativa para o primeiro encontro presencial entre Lula e Trump. De acordo com fontes ligadas à diplomacia brasileira, as equipes de ambos os governos já discutem possíveis datas e locais para a reunião, que pode ocorrer ainda neste trimestre.

O objetivo, segundo interlocutores, é transformar o tom amistoso da ligação em resultados concretos. Entre os temas esperados para a pauta estão novos acordos comerciais, cooperação em infraestrutura e segurança regional, além da ampliação de investimentos norte-americanos em território brasileiro.

Nos bastidores, diplomatas avaliam que a aproximação representa um realinhamento estratégico entre as duas maiores economias do continente, com potencial de abrir espaço para uma agenda mais pragmática e menos ideológica. O encontro é visto como uma oportunidade para consolidar uma parceria de resultados, capaz de fortalecer o papel do Brasil no cenário internacional e melhorar o ambiente de negócios entre os dois países.

Haddad confirma reunião entre Lula e Trump e classifica como positiva

Nesta segunda-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma reunião por videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A videoconferência também deu continuidade ao diálogo iniciado entre os dois presidentes durante a Assembleia Geral da ONU, quando Lula e Trump manifestaram interesse em fortalecer a cooperação entre os dois países.

De acordo com interlocutores do governo, o tom da conversa foi cordial e produtivo, com foco na ampliação das relações comerciais e na busca por maior equilíbrio nas trocas econômicas. Haddad ressaltou que o encontro representou um passo importante para restabelecer a confiança diplomática entre Brasil e Estados Unidos, sinalizando uma fase de diálogo mais constante e menos marcada por divergências.

Haddad destaca tom cordial e avanço nas negociações comerciais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião entre Lula e Trump transcorreu em um ambiente de respeito e cooperação, marcado por trocas diretas e objetivas. Segundo ele, o diálogo abordou temas econômicos sensíveis, como as tarifas impostas recentemente por Washington a produtos brasileiros. Haddad destacou que parte dessas medidas já começou a ser revista, abrindo espaço para um entendimento comercial mais equilibrado.

Além disso, segundo o Presidente Trump, houve uma boa “química” entre Lula e ele.


Conversa de Lula com Trump foi "positiva", diz Haddad (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNBrasil)

Próximos passos incluem nova rodada de diálogo em Washington

Após a reunião entre Lula e Trump, o ministro Fernando Haddad informou que novas conversas estão previstas para este mês, durante sua viagem a Washington para participar das reuniões do G20. O encontro presencial deve servir para aprofundar os temas tratados na videoconferência e consolidar medidas de cooperação econômica.

Haddad explicou que o governo brasileiro pretende aproveitar a oportunidade para discutir ajustes nas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos nacionais e propor um plano conjunto de incentivo ao comércio bilateral. Segundo ele, a disposição mostrada por ambos os líderes indicam um momento de reaproximação diplomática, com expectativa de resultados concretos a curto prazo.

O ministro reforçou que a reunião virtual foi apenas o início de uma agenda mais ampla de entendimento político e econômico entre Brasil e Estados Unidos. A intenção do governo, disse Haddad, é transformar o diálogo positivo em ações práticas que favoreçam a competitividade das exportações brasileiras e o fortalecimento das relações entre os dois países.