primeiro capítulo da final da Copa do Brasil terminou sem vantagem para nenhum dos lados. Corinthians e Vasco empataram por 0 a 0 na noite desta quarta-feira (17), na Neo Química Arena, em um confronto marcado por muita disputa no meio-campo, intensidade tática e poucas oportunidades claras de gol. Diante de 47.339 torcedores, o Timão fez valer o mando de campo no apoio das arquibancadas, mas encontrou dificuldades para transformar o ambiente favorável em superioridade no placar.
A decisão do título, portanto, ficou totalmente aberta para o jogo de volta. No próximo domingo (21), às 18h (de Brasília), o Maracanã será o palco da definição do campeão, com mando da torcida vascaína e ingressos já esgotados. Quem vencer levanta a taça e garante vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores da América de 2026. Em caso de novo empate, a disputa será decidida nos pênaltis.
Pressão vascaína e gols anulados
Desde os minutos iniciais, o Vasco deixou claro o plano de jogo adotado por Fernando Diniz. A equipe carioca subiu as linhas e passou a pressionar a saída de bola corintiana, dificultando a construção ofensiva do time da casa. Desconfortável, o Corinthians errou passes no campo defensivo e ofereceu a posse ao adversário em diversos momentos, ainda que o Vasco tenha encontrado obstáculos para transformar domínio territorial em chances claras.
Aos 18 minutos, a pressão quase resultou na abertura do placar. Andrés Gómez lançou Rayan em profundidade, o atacante venceu a defesa e tocou rasteiro na saída de Hugo Souza. A arbitragem, porém, assinalou impedimento, confirmado após revisão. O lance esfriou a animação dos vascaínos e manteve o equilíbrio no marcador.
Pouco depois, foi a vez do Corinthians balançar as redes, também sem validade. Em jogada ensaiada após bola parada, Gustavo Henrique desviou de cabeça, Yuri Alberto tentou uma bicicleta e a sobra ficou com Memphis, que finalizou para o gol. Novamente, o impedimento anulou o lance, desta vez do ataque alvinegro. O primeiro tempo seguiu com tentativas de fora da área, mas sem exigir grandes defesas. Philippe Coutinho e Gómez arriscaram pelo Vasco, enquanto Raniele e Martínez tentaram pelo Corinthians.
Timão segura a pressão do Cruz-maltino (Vídeo: reprodução/YouTube/TNT Sports Brasil)
Segundo tempo mantém equilíbrio
Na volta do intervalo, o cenário pouco mudou. O Vasco seguiu incomodando com marcação alta, enquanto o Corinthians teve dificuldades para sair jogando com qualidade. Para tentar alterar a dinâmica, Dorival Júnior promoveu mudanças precoces. Maycon e Carrillo entraram nos lugares de Martínez e Breno Bidon, buscando maior controle no setor central. Mais tarde, Vitinho e André foram acionados para dar fôlego novo ao ataque e à proteção defensiva.
Memphis e Cuesta disputando a bola na Arena do Corinthians (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ricardo Moreira)
As melhores oportunidades da etapa final surgiram principalmente em bolas paradas. Em escanteio cobrado por Coutinho, Barros aproveitou o cruzamento e, após desvio de André Ramalho, acertou a trave, arrancando suspiros da torcida visitante. A resposta corintiana veio também pelo alto: Memphis cobrou escanteio e Gustavo Henrique subiu bem, mas cabeceou para fora, desperdiçando boa chance.
Pelo chão, a principal ameaça foi novamente Coutinho, que protagonizou jogada individual de qualidade e finalizou com desvio, levando perigo ao gol defendido por Hugo Souza. Apesar do esforço de ambos os lados, o jogo seguiu travado, com forte disputa física e poucas brechas entre as linhas defensivas.
Com o apito final, o empate sem gols refletiu o equilíbrio visto ao longo dos 90 minutos. A final da Copa do Brasil segue aberta, prometendo um duelo tenso e decisivo no Maracanã. Corinthians e Vasco chegam em igualdade total, cientes de que qualquer detalhe poderá definir não apenas o título nacional, mas também um lugar garantido na principal competição continental de 2026.
