União Brasil acelera ruptura com governo Lula e exige saída de filiados em 24h

Em um movimento decisivo, União Brasil deixa cargos no governo Lula em até 24 horas, sob risco de expulsão por infidelidade partidária. A medida atinge ministérios, autarquias, fundações e empresas públicas, consolidando a ruptura do partido com a gestão petista. Também, reforça a independência do partido e abre espaço para novas articulações políticas com foco nas eleições de 2026.

União Brasil deixa cargos e exige saída imediata de filiados

O partido definiu prazo de 24 horas para que todos os filiados peçam exoneração de cargos na administração federal. Caso contrário, estarão sujeitos a punição disciplinar, incluindo a expulsão.

Dessa forma, a resolução reflete a decisão do partido de romper formalmente com o governo Lula. Além disso, sinaliza um reposicionamento estratégico para o próximo ciclo eleitoral, fortalecendo alianças de centro-direita e enfraquecendo a base petista.

A medida afeta diretamente o Ministério do Turismo, comandado por Celso Sabino (União-PA), e outros cargos ocupados pelo partido em diferentes órgãos da administração. Inclusive, analistas apontam que a decisão reforça a independência do União Brasil e cria um impacto político relevante sobre o governo Lula.

Impacto da saída: ministros e cargos não afetados

Celso Sabino vinha buscando alternativas junto à direção do partido para permanecer à frente da pasta. No entanto, ainda não se manifestou sobre a resolução.

Por outro lado, ministros vinculados ao partido, mas ocupando cargos por indicação pessoal de dirigentes, como Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), não serão atingidos pelo afastamento determinado pelo União Brasil.


União Brasil e PP deixando governo Lula e pedindo que membros renunciem a cargos (Vídeo: reprodução/YouTube/Itatiaia)

Controvérsias envolvendo a direção do partido

A determinação de saída ocorreu após reportagens ligarem Antonio de Rueda, presidente nacional do União Brasil, a supostas atividades ilícitas do PCC. Rueda negou envolvimento e afirmou que se trata de uma tentativa de desgaste político.

Em nota oficial, o partido declarou:

União Brasil, por meio de sua Executiva Nacional e de suas Lideranças na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, manifesta irrestrita solidariedade ao Presidente Antonio Rueda, diante de notícias infundadas, prematuras e superficiais que tentam atingir a honra e a imagem do nosso principal dirigente.”

Nota oficial do União Brasil

Sem contar que, o comunicado ressaltou que a decisão de afastamento dos filiados foi legítima e amplamente debatida, reforçando a autonomia do partido frente ao governo federal.

Partido deixa cargos e traça estratégia política para 2026

O afastamento do União Brasil enfraquece a base do governo Lula e, ao mesmo tempo, cria oportunidades para novas articulações políticas de centro-direita.

O partido, em articulação com o Progressistas, avalia alianças estratégicas e possíveis candidaturas para 2026. Entre os nomes em evidência estão Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e Ronaldo Caiado, governador de Goiás.

Assim, especialistas avaliam que a medida fortalece a independência do partido e, consequentemente, impacta diretamente a estratégia eleitoral do PT, dificultando a manutenção da unidade política do governo na disputa de 2026.

Ministro Flávio Dino suspende repasses de emendas a municípios por indícios de irregularidades

Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal, anunciou nesta segunda (15) a suspensão de repasses de emendas de 9 municípios brasileiros. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), entre dez municípios, apenas um cumpriu os requisitos de transparência exigidos pelo Governo Federal.

Decisão do Ministro

A decisão do ministro Flávio Dino foi tomada após a identificação de indícios de crimes relacionados ao uso indevido dos recursos públicos. Dino informou que a suspensão é uma medida cautelar até que as investigações sejam de fato concluídas. Além disso, destacou que a ação visa garantir o uso legal e correto dos recursos federais destinados aos estados e municípios.

A CGU realizou uma auditoria nos dez municípios que vêm recebendo emendas desde 2020, após ordens do STF. Segundo informações, os valores totais chegam à marca de R$ 724,8 milhões. Alguns dos municípios afetados foram: Carapicuíba–SP; São Luiz do Anauá-RR; São João de Meriti–RJ; Iracema–RR; Rio de Janeiro–RJ, entre outros. Entre eles, apenas São Paulo, capital, cumpriu os requisitos de rastreabilidade e transparência exigidos.


Ministro do STF, Flávio Dino (Foto: Reprodução/Gustavo Moreno/STF)

Repasse de verbas

A chamada “emendas pix” foi criada em 2019 a fim de facilitar e agilizar os recursos fornecidos pelo Governo Federal aos estados e municípios. Em decisão, Flávio Dino orientou a CGU a enviar os relatórios de possíveis irregularidades à Polícia Federal, para que o órgão investigue os casos e apure supostos desvios ou superfaturamento de empresas.

Os motivos da suspensão variam entre obras paralisadas, indícios de superfaturamento e desvio de objetos. A apuração da CGU será ampliada a outros municípios por ordem de Dino, já que a grande maioria das cidades não cumpriu com os requisitos de transparência.

A continuidade é necessária para separar o joio do trigo e evitar injustiças“, declarou o ministro.

Até o momento, não há atualizações sobre as investigações ou sobre o retorno da liberação das emendas para os municípios afetados.

Irmã de Javier Milei é investigada por corrupção

A Argentina está atualmente investigando um esquema de corrupção ligado ao governo de Milei, após áudios terem sido divulgados na mídia local. Os áudios fariam menção à Karina Milei, irmã de Javier Milei, eu teria participado em um esquema de propina na distribuição de medicamentos para PCDs.

Os áudios

A mídia local do país publicou gravações de áudio, onde é possível identificar uma voz semelhante a de Diego Spagnuolo, chefe da Agência Nacional de Pessoas com Deficiência, pode ser ouvida, discutindo sobre uma ação de suborno dentro da instituição.

Nas gravações, é possível ouvir Diego dizendo: “Eles estão fraudando minha agência”. Suas palavras fazem referência à Karina Milei, que é chefe de gabinete do presidente da Argentina, que recebeu pagamentos de propina. Ele disse que contactou Javier Milei, porém o presidente não resolveu a situação.

Spagnuolo foi demitido na última quinta-feira (21), pelo governo atual, com a justificativa de ser uma medida preventiva. No dia seguinte, sexta-feira (22), autoridades argentinas invadiram diversas propriedades de Diego, incluindo sua própria casa, para coletarem seus celulares e uma máquina de dinheiro.

O governo não confirmou a autenticidade do áudio e o presidente ainda não se manifestou publicamente sobre o ocorrido.

Problemas no governo Milei

Esta polêmica envolvendo corrupção vem em meio de vários outros problemas legislativos no governo de Javier Milei. Esta semana, no Congresso, legisladores tentaram anular o veto presidencial, que se opunha a um aumento no apoio financeiro a pessoas com deficiência.


Presidente da Argentina, Javier Milei, discursando em evento (Foto: reprodução/Facundo Morales/NurPhoto/Getty Images Embed)


O governo se prepara para as eleições de meio de mandato, que ocorrerão no mês de outubro. Isso será uma maneira de verificar o sucesso do atual governo e suas medidas, como a agenda de austeridade e as reformas de mercado de Javier Milei. Essa investigação da corrupção pode atrapalhar e ameaçar o tom firme e severo do presidente da Argentina quando se refere à casta política.

Governo tenta reagir em CPI do INSS após derrota na escolha da presidência

Após perder o comando da presidência e da relatoria da CPI do INSS para a oposição, o Governo Federal tenta reorganizar sua base e reduzir danos políticos. A instalação da comissão ocorre em meio a um ambiente de instabilidade no Congresso, no qual a convocação de nomes ligados a Lula e a antigos adversários políticos tem potencial de ampliar a pressão sobre o Planalto. Entre os nomes citados nos bastidores está José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente, cuja eventual convocação é considerada sensível.

Reunião de emergência para alinhar ações

Na tentativa de reagir, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reuniu parlamentares aliados para ajustar a estratégia e evitar novas derrotas. A principal recomendação foi garantir presença total nas reuniões, já que ausências recentes teriam facilitado a movimentação da oposição. Uma das medidas discutidas também foi o pedido para que a Mesa do Senado revise a configuração dos blocos parlamentares, que acabaram favorecendo a ascensão dos opositores ao comando da CPI.


Oposição assume a CPI do INSS (Vídeo: reprodução/YouTube/@radiobandeirantes)


Outro ponto central da rearticulação é a eleição da vice-presidência do colegiado. O governo decidiu lançar Duarte Júnior (PSB-MA) como candidato, após Paulo Pimenta (PT-RS) desistir da disputa para atuar como coordenador político nos bastidores. Paralelamente, líderes governistas tentam enfraquecer o plano de trabalho proposto pela relatoria, visto como alinhado às prioridades da oposição. Essa disputa mostra que o controle da agenda da comissão tornou-se tão relevante quanto a ocupação dos cargos.

Convocações em debate e pauta sobrecarregada

A CPI já recebeu mais de 900 requerimentos, entre eles convocações de ex-integrantes dos governos Lula e Bolsonaro, além de pedidos de acesso a relatórios sobre fraudes previdenciárias. Embora Frei Chico não conste da pauta imediata, a possibilidade de seu depoimento preocupa o Planalto. O sindicato em que ele ocupa cargo de direção foi mencionado em relatório da Controladoria Geral da União, mas a entidade nega qualquer irregularidade. O volume de pedidos evidencia que a comissão tende a se tornar um campo de disputa política intensa.

A vitória da oposição, que levou Carlos Viana (Podemos-MG) à presidência e Alfredo Gaspar (União-AL) à relatoria, revelou fragilidades na articulação do governo, mesmo com maioria numérica no colegiado. Agora, o desafio do Planalto é duplo: conter o avanço da oposição e preservar a imagem de transparência, sem abrir flancos que possam gerar desgaste público. Para aliados de Lula, a CPI é mais do que uma investigação: trata-se de um teste de força política que pode influenciar diretamente a estabilidade do governo no Congresso.

Alimentos taxados pelos EUA terão destino no Brasil

Nesta segunda-feira (25) o governo federal anunciou a manutenção da compra de alimentos brasileiros afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida busca evitar que produtores fiquem no prejuízo por conta da sobretaxa de 50% aplicada a diversos produtos do setor agropecuário.

Alimentos terão novo destino

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar liderado por Paulo Teixeira, os alimentos que seriam exportados e acabaram sem destino poderão ser adquiridos pelo governo e direcionados a programas como a merenda escolar, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e outras compras institucionais. Assim sendo, produtos como açaí, manga, castanhas, pescados, mel e até água de coco, que estavam destinados ao mercado norte-americano, poderão abastecer escolas, hospitais e diferentes órgãos públicos no Brasil.


Querido por parte dos brasileiros, o café foi um dos alvos de taxação dos EUA (Foto: Reprodução/Bicafé Brasil)

O processo de compra será simplificado. Os produtores e exportadores não precisarão enfrentar licitações ou estudos técnicos demorados. A exigência será basicamente a apresentação de documentos que comprovem a perda de mercado externo, como declaração de exportação registrada no sistema Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior). O preço pago seguirá os valores já praticados nos programas governamentais, sem qualquer variação ligada ao dólar.

Ação é vista como oportunidade

O governo busca atingir duas metas: evitar que os produtores brasileiros arquem sozinhos com as perdas provocadas por uma decisão unilateral dos Estados Unidos e aproveitar a oportunidade para fortalecer a rede de abastecimento de alimentos no país, garantindo que itens de qualidade cheguem a serviços públicos essenciais.

Mesmo sem que haja previsão para o fim dessa política emergencial, a continuidade de compras está ligada a avanços em negociações internacionais que podem gerar abertura para novos mercados. Enquanto isso, a ideia é que o governo siga atuando como comprador de última instância, impedindo que a produção nacional seja desperdiçada e oferecendo suporte a quem foi impactado diretamente pelas tarifas.

Em resumo, trata-se de uma solução provisória que busca dar fôlego ao setor, proteger a renda de agricultores e exportadores e, ao mesmo tempo, beneficiar programas sociais de alimentação em todo o Brasil.

Governo envia projeto para punir big techs por crimes online

O envio de um projeto de lei para regular as big techs e punir crimes cometidos nas redes sociais foi anunciado nesta terça-feira (12) pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, em Brasília. A proposta, que será encaminhada ao Congresso Nacional nos próximos dias, foi motivada pela denúncia do youtuber Felca sobre casos de exploração de crianças e adolescentes em plataformas digitais. O objetivo é responsabilizar empresas de tecnologia pela veiculação e estímulo de conteúdos criminosos, especialmente aqueles que afetam pessoas vulneráveis.

Segundo o ministro, as redes sociais não querem ser fiscalizadas, já que muitas lucram ao viabilizar crimes. Rui Costa destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a regulamentação e a fiscalização dessas plataformas, citando que a saúde física e mental de crianças, adolescentes e mulheres vem sendo colocada em risco.

Repercussão no Congresso

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que pretende incluir na pauta desta semana projetos que reforcem a proteção de menores no ambiente digital. Um levantamento será feito para identificar propostas já em tramitação e priorizar as mais atualizadas. No entanto, líderes da oposição sinalizaram a possibilidade de obstruir a votação caso o texto apresente trechos considerados como censura à internet.

Contexto jurídico e decisão do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no fim de junho, que redes sociais podem ser responsabilizadas por conteúdos ilícitos publicados por terceiros. A decisão estabelece que, em casos como anúncios pagos ou redes artificiais de distribuição, as empresas respondem mesmo sem notificação prévia. Elas só ficam isentas se comprovarem que removeram o conteúdo de forma diligente e em tempo razoável.


Vídeo onde o youtuber Felca expõe sua opinião sobre o assunto (Vídeo: reprodução/YouTube/Felca)


A denúncia de Felca, que expôs a atuação de pedófilos e a “adultização” de crianças, ampliou a pressão para que medidas mais rigorosas sejam adotadas. O caso também reacendeu o debate sobre a responsabilidade das big techs na moderação de conteúdos.

Saiba para onde vão os bilhões de dólares arrecadados pelas tarifas de Trump

O presidente Donald Trump reafirmou, no último final de semana, que está recebendo muito mais dinheiro do que os Estados Unidos já viram, observando os bilhões de dólares obtidos graças ao aumento dos impostos sobre a maioria dos produtos importados.

Um levantamento feito pelo Departamento do Tesouro dos EUA mostra que o país arrecadou quase US$ 30 bilhões em receita tarifária no mês de julho, o que significava um aumento de 242% na receita tarifária em comparação com julho do ano passado.

Além disso, o governo de Trump arrecadou US$ 100 bilhões em receitas, desde que o presidente implantou, em abril, uma tarifa de 10% sobre a maioria dos produtos, juntamente com outras taxas maiores que também foram implantas, um valor adquirido três vezes maior do que o foi arrecado nos últimos quatro meses de 2024. Diante disso, houve um grande questionamento sobre para onde esse dinheiro vai ser destinado.

Distribuição da receita entre os americanos

Uma das justificativas apresentadas por Trump é que o governo estaria considerando a possibilidade de redistribuir a receita tarifária entre a população americana, por conta da grande quantidade de dinheiro arrecada, afirmação que foi adiantada na semana passada em um projeto apresentado pelo senador americano Josh Hawley.


Donald Trump em discurso (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)


O diretor de economia Budget Lab da Universidade de Yale e ex economista do governo de Biden, Ernie Tedeschi, afirmou para a CNN Internacional que a ação apresentada não é uma alternativa viável, pois poderia causar um aumento na inflação.

Pagamento de dívida e destino da receita

Trump também afirmou que além de distribuir dividendos entre os estadunidenses, seu objetivo é pagar a dívida trilionária do governo.

O Departamento do Tesouro administra um fundo chamado de Talão de Cheques dos Estados Unidos, que serve como depósito para toda receita obtida pelo governo e é usado para pagar contas. Quando as receitas arrecadas são inferiores às contas do governo, surge um déficit orçamentário e gera a necessidade para o governo pedir empréstimos para compensar a diferença.

Atualmente, o governo tem um valor de US$ 36 trilhões para ser reembolsado, o que vem gerando preocupação aos economistas, que afirmar que a economia americana vai ser prejudicada observando que o valor tem aumentado.


Donald Trump ao lado do economista Stephen Moore (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/ Getty Images Embed)


Isso ocorre porque o governo americano precisa pagar juros em meio aos empréstimos solicitados. Quanto maior for o empréstimo, maiores os juros que têm que ser pagos, gerando uma despesa maior para o governo.

O economista sênior do Deutsche Bank nos Estados Unidos, Deutsche Bank, afirmou durante uma entrevista para a CNN que, mesmo que a receita tarifária arrecadada não seja suficiente para combater o déficit orçamentário adquirido, a arrecadação de tarifas causou uma diminuição neste valor, mostrando não haver uma urgência do governo de pedir empréstimos tão altos quanto precisaria sem a presença da receita tarifária.

Tarifas podem causar problemas financeiros

O uso das tarifas, mesmo ajudando o governo na teoria, pode causar alguns problemas financeiros, em especial para algumas empresas, que tem absorvido custos altos sem que seus preços aumentassem, e muitas delas, como Walmart e Procter & Gamble, emitiram um alerta sobre um aumento visível de preços.

Relatórios recentes feitos pelo governo mostram que muitos produtos, como eletrodomésticos, brinquedos e eletrônicos de consumo, estão ficando mais caros. Tedeschi afirmou, ainda em conversa com a CNN, que as tarifas trarão consequências negativas para a economia.

O economista diz que mesmo com a diminuição do Produto Interno Bruto dos EUA causado pelas tarifas, prevista para ocorrer neste ano e no próximo conforme um levantamento feito pelo Yale Budget Lab, não ajudaria a receita das tarifas por completo, porque mesmo com o aumento da receita com tarifas, graças ao um crescimento econômico menor que o previsto, é arrecado um valor menor em impostos de renda e dentro da folha de pagamento.

Mesmo com todas as preocupações envolvendo o futuro da economia americana, o governo de Trump vê a situação de maneira positiva, argumentando que os mega cortes de impostos e a lei de gastos, juntamente com a receita das tarifas, irão fazer a economia dos Estados Unidos crescer futuramente.

YouTube entra na restrição para menores de 16 anos na Austrália

O governo australiano confirmou que a plataforma de vídeos, YouTube, será incluída na legislação que proíbe o acesso de menores de 16 anos a redes sociais, revertendo uma promessa anterior de excluí-la. A medida, que entrará em vigor em dezembro, alinha o YouTube às mesmas regras aplicadas a outras grandes plataformas como Facebook, Instagram, Snapchat, TikTok e X. A decisão impõe às empresas a responsabilidade de impedir que crianças e adolescentes abaixo da idade mínima criem contas em seus sites, sob pena de multas que podem atingir quase 50 milhões de dólares australianos (equivalente a R$ 165,5 milhões).

Repercussão e Justificativa

A inclusão do YouTube na proibição surpreendeu a empresa, que, por meio de um porta-voz, manifestou que a decisão “reverte um compromisso público claro” do governo de tratar a plataforma como uma ferramenta educacional. O YouTube Kids, no entanto, permanecerá isento da proibição, uma vez que não permite o envio de vídeos por usuários nem comentários. A Ministra das Comunicações, Anika Wells, defendeu a medida, comparando-a a ensinar crianças a nadar em um ambiente controlado, protegendo-as dos “tubarões” e “correntes de retorno” do oceano aberto da internet. Ela enfatizou a importância de proteger o bem-estar das crianças australianas, recusando-se a ser intimidada por possíveis ameaças legais.

A decisão foi fortemente influenciada por uma pesquisa recente da eSafety Commission, a comissão independente de segurança online da Austrália. O estudo revelou que 37% das crianças entrevistadas relataram ter sido expostas a conteúdo prejudicial no YouTube. Tais conteúdos abrangem desde ideias sexistas, misóginas e de ódio até desafios online perigosos, vídeos de brigas e materiais que promovem hábitos alimentares ou de exercícios não saudáveis. A Ministra Wells argumentou que o YouTube utiliza os mesmos recursos de design persuasivo de outras redes sociais, como rolagem infinita, reprodução automática e feeds algorítmicos, que tornam as crianças vulneráveis.


Matéria sobre a proibição de redes sociais para menores de 16 anos na Austrália (Vídeo: reprodução/YouTube/Rádio BandNews FM)

Implementação e Desafios da Verificação de Idade

O governo australiano, após aprovar a legislação no ano passado com um prazo de 12 meses para definir sua aplicação, encomendou testes de verificação de idade para embasar as novas regras. Um relatório preliminar divulgado em junho indicou que a verificação de idade pode ser realizada de forma “privada, robusta e eficaz”, embora não exista uma “solução única e ubíqua” ou 100% eficaz. O documento também levantou preocupações sobre a coleta excessiva de dados por algumas plataformas, que estariam desenvolvendo ferramentas para rastrear as ações dos usuários na verificação de idade, o que poderia levar a violações de privacidade.

Críticos da proibição expressaram preocupações com a privacidade e argumentaram que a medida pode limitar o acesso a fontes de apoio para crianças isoladas e vulneráveis que dependem das redes sociais. A Ministra Wells reconheceu que a proibição não será infalível, mas reiterou o compromisso do governo.

Resposta da Indústria e Argumentos Contrário

Plataformas como o YouTube afirmam já estar implementando medidas para proteger crianças online. O YouTube, por exemplo, anunciou testes com inteligência artificial nos Estados Unidos para identificar usuários menores de 18 anos com base em seus padrões de navegação. Caso a IA determine que o usuário é menor de idade, anúncios personalizados são desativados, ferramentas de bem-estar são ativadas e a visualização repetitiva de certos conteúdos é limitada.

As plataformas têm feito lobby contra a proibição australiana. O TikTok, por exemplo, veiculou anúncios na Austrália promovendo a plataforma como uma ferramenta educacional. A Ministra Wells revelou que o YouTube chegou a enviar um representante do popular grupo infantil australiano The Wiggles para argumentar contra sua inclusão na proibição, um argumento que ela considerou não convincente diante dos riscos de danos online para as crianças.

Uma pesquisa recente, que entrevistou quase 3.500 crianças australianas entre 10 e 17 anos, mostrou que três em cada quatro relataram ter visto conteúdo prejudicial online, reforçando a urgência da medida governamental.

Governo prepara medida para tornar CNH mais acessível sem autoescola

O governo federal está prestes a aprovar uma medida que poderá mudar significativamente o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. A proposta, elaborada pelo Ministério dos Transportes e enviada para avaliação no Palácio do Planalto, dispensa a obrigatoriedade de frequentar autoescolas para conseguir as habilitações de categoria A (motocicletas) e B (veículos de passeio).

Foco é a redução de custos e aumento da acessibilidade

Segundo o secretário-executivo da pasta, George Santoro, a resolução já está pronta e aguarda apenas o aval do governo para ser oficializada. “Estamos com tudo pronto para soltar”, afirmou. A medida mantém as provas teórica e prática, exigidas atualmente pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), mas permite que o candidato se prepare por conta própria, sem a intermediação obrigatória de uma autoescola.

O principal objetivo da proposta é tornar o processo mais acessível financeiramente. De acordo com dados recentes, o custo médio para obter a CNH no Brasil gira em torno de R$ 3.215,64, enquanto o salário mínimo vigente em 2025 é de R$ 1.518. Para muitos brasileiros, essa discrepância torna o documento inacessível. Ao eliminar a obrigatoriedade das aulas práticas e teóricas oferecidas por instituições privadas, o governo pretende facilitar o acesso à habilitação para pessoas de baixa renda.

Impacto pode ser significativo para a população de baixa renda

Se aprovada, a nova regra pode ter um impacto direto na vida de milhões de brasileiros que sonham em dirigir, mas são barrados pelos altos custos. A flexibilização do processo não implicará, segundo o governo, em perda de qualidade na formação dos condutores. “A principal mudança é a redução de custos e burocracia. Não há perda de qualidade”, garantiu Santoro.


George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes (Foto: reprodução/Instagram/@santoro.george)

A proposta, divulgada inicialmente pela Folha de S.Paulo e confirmada pela CNN Brasil, representa um possível marco na política de mobilidade nacional. Ao democratizar o acesso à CNH, o governo atende a uma demanda histórica e alinha o processo de habilitação com uma perspectiva mais inclusiva e econômica. Se implementada, a medida pode diminuir significativamente as barreiras enfrentadas por trabalhadores de baixa renda e jovens que buscam maior independência e oportunidades no mercado de trabalho. Ainda é preciso aguardar a decisão final do Palácio do Planalto, mas o debate sobre acessibilidade e custos no processo de habilitação ganha força. A expectativa é de que a medida traga impactos concretos para milhões de brasileiros.

Milei reage à aprovação de aposentadoria com veto e ataque a vice

O presidente da Argentina, Javier Milei, chamou a vice-presidente Victoria Villarruel de “traidora” depois que o Senado aprovou propostas que ampliam benefícios da aposentadoria no país. A declaração foi feita nesta quinta-feira (10), durante um discurso no qual Milei exaltava conquistas do seu governo. Ele disse ter feito “2.500 reformas estruturais” e aproveitou para criticar Villarruel, mencionando que conseguiu avançar mesmo com apoio limitado no Congresso e “uma traidora” no Senado, se referindo diretamente à vice.

Motivação da revolta de Milei

O motivo do desentendimento foi o apoio de Villarruel aos projetos, aprovados durante uma sessão em que ela esteve presente. Como vice-presidente da República, ela também atua como presidente do Senado. A atitude irritou Milei, que se posicionou contra as medidas, prometendo vetar os projetos. Ele ainda afirmou que, caso o veto seja derrubado, pretende recorrer à Justiça para barrar os efeitos.


Em discurso, Milei chama sua vice de “traidora” (Foto: reprodução/X/@gorrasdeljavo)


As propostas aprovadas incluem um aumento de 7,2% nas aposentadorias e a prorrogação de uma regra que permite a aposentadoria mesmo sem o tempo mínimo de contribuição exigido por lei. Segundo Milei, tais medidas comprometem o controle fiscal do país. “Vamos vetar. Se o veto cair, vamos judicializar. Mesmo que a Justiça seja rápida, o dano será pequeno”, afirmou.

Relação desgastada entre Milei e Villarruel

As divergências entre Milei e Villarruel não é novidade. Desde novembro de 2024, o presidente já dizia que sua vice não tinha voz nas decisões de governo e não participava das reuniões ministeriais. Ele também a acusou de manter laços com políticos tradicionais — a quem chama de “casta” — e com setores da esquerda.

Villarruel é conhecida por seu posicionamento polêmico sobre a ditadura militar. Ela afirma que o regime foi uma “guerra” contra o comunismo, visão rejeitada por historiadores. Sua família tem histórico militar, e ela lidera um centro que iguala crimes da ditadura a ações de guerrilheiros. Durante a campanha de Milei, ela propôs rever indenizações pagas às vítimas do regime militar.