Milei restringe imigração e altera regras para utilização de serviços públicos por estrangeiros

O presidente argentino, Javier Milei, fez um anúncio nesta quarta-feira comunicando que será transformada em decreto a restrição e a entrada e permanência na Argentina. Ainda não existe previsão para sair no Diário Oficial argentino, mas o político disse que em breve as mudanças irão entrar em vigor.

Quando oficializada, a medida irá cobrar os serviços públicos do país, como ensino e saúde, para moradores em situação irregular ou até mesmo transitórios. No caso de turistas, será necessário a apresentação de um seguro médico para entrar em território argentino.


Anúncio no perfil oficial do governo da Argentina no X. (reprodução/X/OPRArgentina)

Declarações do governo

Segundo um comunicado oficial do governo de Javier Milei: 

“A Argentina, desde suas origens, sempre foi um país aberto ao mundo. No entanto, isso não pode dizer que os pagadores de impostos devam sofrer as consequências de estrangeiros que chegam unicamente para usar e abusar de recursos que não são seus. (…) As facilidades extremas que até essa data existiam para entrar na Argentina fizeram com que, nos últimos 20 anos, 1,7 milhões de estrangeiros migrassem de forma irregular no nosso território.”

Problema para brasileiros

A medida relata que visa a manutenção financeira dos cofres públicos argentinos, além de procurar estabelecer que os recursos sejam utilizados em prol do contribuinte local. O decreto impacta diretamente estudantes brasileiros em universidades do país, que viajam ao país para realizar a graduação em um curso de medicina. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, no ano de 2023, cerca de 90 mil brasileiros viviam na Argentina.

A partir da presidência de Javier Milei, o governo argentino realizou um implante de alterações na política econômica, um número crescente de estrangeiros têm deixado o país, que passou de um destino acessível a um dos mais caros da América Latina. Em dezembro de 2024, a Argentina recebeu 581.600 visitantes, sendo a maioria deles (22,5%) originária do Brasil.

Governo notifica aposentados do INSS sobre descontos indevidos e abre canal para contestação

Mais de 9 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começaram a ser notificados nesta terça-feira (13) em todo o Brasil por conta de descontos indevidos em seus benefícios. A ação foi motivada pela identificação de mensalidades cobradas por entidades associativas, sem autorização formal dos beneficiários. As notificações estão sendo enviadas exclusivamente por meio do aplicativo Meu INSS, com a possibilidade de contestação disponível a partir de quarta-feira (14).

Conforme o INSS, o objetivo é permitir que os beneficiários confirmem ou neguem a autorização dos valores registrados em suas folhas de pagamento. A ferramenta busca garantir mais transparência e segurança no repasse dos benefícios previdenciários.

A central telefônica 135 também foi liberada como alternativa para quem não possui acesso ao aplicativo.

Canal para contestar descontos é lançado pelo INSS

O novo recurso digital, chamado “Consultar desconto de entidades associativas”, foi ativado nesta quarta-feira. Com ele, os segurados conseguem verificar todos os vínculos existentes com associações e informar se reconhecem os descontos.

Se a resposta for negativa, nenhuma comprovação por parte do beneficiário será exigida. O ônus da prova caberá à entidade que realizou o desconto, que terá 15 dias úteis para apresentar a documentação necessária.

As associações que não comprovarem vínculo com os beneficiários deverão realizar o ressarcimento. Caso contrário, serão encaminhadas à Advocacia-Geral da União (AGU) para que medidas judiciais, como o bloqueio de bens, sejam adotadas. Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, cerca de R$ 2,1 bilhões já foram retidos preventivamente pela Justiça.

Ressarcimento será garantido em caso de irregularidade

Os aposentados e pensionistas que comprovarem terem sido vítimas de cobranças indevidas entre março de 2020 e março de 2025 serão ressarcidos. O valor será devolvido diretamente pelo INSS caso a entidade não consiga comprovar o vínculo ou não efetue o pagamento.

A medida reforça o compromisso do órgão em proteger os direitos dos beneficiários e evitar fraudes recorrentes no sistema.


Aplicativo Meu INSS- Central de Serviços (Foto: reprodução/Captura de tela/Meu INSS)

Waller também alertou para possíveis tentativas de golpe. Segundo ele, o único canal oficial de contato é o aplicativo Meu INSS, sendo mensagens via WhatsApp, e-mail ou SMS passíveis de fraude. A recomendação é que nenhum dado pessoal seja informado fora dos canais oficiais.

A ação faz parte de um esforço para ampliar a transparência nas relações entre entidades associativas e beneficiários do INSS, além de garantir a devolução dos valores descontados indevidamente ao longo dos últimos cinco anos.

Trump anuncia programa que irá pagar US$1.000 a imigrantes ilegais que decidirem deixar os EUA

Nesta segunda-feira (05) foi anunciado pelo governo do presidente americano Donald Trump o lançamento de um programa que fará um pagamento no valor de US$ 1.000 (aproximadamente R$ 5.658 na cotação atual) para imigrantes com situação irregular que decidirem deixar os Estados Unidos de maneira voluntária. Aqueles que aceitarem a autodeportação receberão também assistência para a viagem e seus nomes serão retirados da lista de detenção da agência de imigração americana.

A autodeportação

Em uma entrevista à Fox News, a secretária assistente do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughin afirmou que a passagem para o país de origem dos imigrantes será totalmente custeada pelo governo americano. Em entrevista, a secretária de segurança interna, Kristi Noem, comenta sobre o novo programa implementado nos EUA.

Se você está aqui (nos EUA) ilegalmente, a autodeportação é a melhor, mais segura e mais econômica maneira de deixar os Estados Unidos e evitar a prisão. O DHS (Departamento de Segurança Interna) agora oferece assistência financeira para viagens a imigrantes ilegais e um auxílio para retornar ao seu país de origem por meio do aplicativo CBP Home.

Já a quantia de US$ 1.000 será paga individualmente por cidadão aprovado no programa que garantir ter chegado ao seu país de origem. O governo estima um prazo de 21 dias para concluir a viagem de retorno ao país natal do imigrante. 


Em vídeo, o presidente dos EUA Donald Trump explica sobre o lançamento da Autodeportação (Vídeo: Reprodução/X/@BrasilParalelo)

Estimativa do governo

O primeiro registro da utilização do programa de autodeportação foi de um imigrante residente de Chicago. O imigrante era natural de Honduras e foi o primeiro a utilizar o serviço para retornar ao seu país. 

Com a chegada deste novo programa, o governo dos EUA prevê uma economia de 70% com custos de deportação, que atualmente possui um custo médio de US$ 17.121 (aproximadamente R$ 96,9 mil na cotação atual).

Embora o programa esteja em seus primeiros estágios nos EUA, outros países da Europa já utilizam o mesmo, chamando-o de programa de retorno voluntário. Um exemplo a ser citado é o Reino Unido, que paga a quantia de 3 mil libras (cerca de R$ 22,5 mil na cotação atual) para aqueles que forem aprovados. No entanto, existe uma regra que o imigrante que deixar o país não pode regressar em seu território nos próximos 5 anos.

Trump determina tarifa total sobre importação de filmes produzidos fora dos EUA

Durante a noite de domingo (4), Donald Trump utilizou sua rede social, Truth Social, para anunciar que orientou o Departamento de Comércio e o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) a implementar uma tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros importados pelos EUA.

Segundo ele, a indústria cinematográfica americana estaria em declínio acelerado, com outros países oferecendo vantagens para atrair produções que antes eram feitas em solo americano. Como resposta, Trump afirmou ter autorizado oficialmente o início do processo para estabelecer essa tarifa, com o objetivo de incentivar que os filmes sejam novamente produzidos nos Estados Unidos.

Dificuldades de produção e baixo retorno financeiro

Diversas cidades ao redor do mundo têm atraído produções cinematográficas e televisivas com generosos incentivos fiscais, levando muitos estúdios a deixarem Hollywood em direção a destinos como por exemplo Toronto e Dublin. Em reação a essa fuga de produções, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, propôs um pacote de créditos fiscais para incentivar o retorno das filmagens ao estado.


Postagem de Donald Trump na rede Truth Social (Foto: reprodução/X/eixopolitico)

Apesar de Hollywood não estar em colapso, a indústria enfrenta desafios. A venda de ingressos nos EUA continua em queda desde a pandemia, com menos grandes lançamentos nos cinemas e uma mudança no comportamento do público, que passou a consumir mais conteúdo via streaming. 

A bilheteria doméstica, que chegou a quase US$ 12 bilhões em 2018, despencou para pouco mais de US$ 2 bilhões em 2020 e, desde então, não conseguiu ultrapassar a marca de US$ 9 bilhões anuais, com o número de estreias ainda bem abaixo dos níveis pré-pandemia.

Serviços de Streaming

Embora os principais serviços de streaming sejam, em sua maioria, dos grandes estúdios de Hollywood, poucos conseguiram se tornar lucrativos até agora. A Netflix é uma exceção e há pouco tempo o Disney+ e o Max também começaram a registrar lucro.

No entanto, vários outros streamings ainda operam no vermelho. E medidas como tarifas ou restrições comerciais sobre produções estrangeiras podem, na prática, acabar complicando ainda mais a atuação dos próprios estúdios americanos no mercado global.

Governo divulga 3.352 vagas para o CNU 2025; provas começam em outubro

O Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025 foi anunciado com a oferta de 3.352 vagas distribuídas entre 35 órgãos federais. As oportunidades abrangem áreas como saúde, educação, infraestrutura, tecnologia e gestão pública, com cargos para níveis médio e superior. Os salários iniciais variam de R$ 9.000 a R$ 21.070, dependendo da função e da instituição. A aplicação das provas objetivas está prevista para o dia 5 de outubro, enquanto as discursivas ocorrerão em 7 de dezembro.

Inclusão e transparência no processo seletivo

A edição de 2025 do CNU destaca-se pelo compromisso com a diversidade e a inclusão. Cerca de um terço das vagas será destinado a candidatos negros, indígenas e pessoas com deficiência, seguindo as diretrizes estabelecidas na primeira edição. Além disso, o concurso será realizado simultaneamente em 228 cidades brasileiras, facilitando o acesso dos candidatos e promovendo maior transparência no processo seletivo.


Estudante marcando gabarito (Foto: Reprodução/Pinterest/@Dr. Concursos)

Etapas e cronograma do CNU 2025

Segundo o governo federal, o edital completo com a distribuição de vagas por cargo será publicado em maio. As inscrições devem acontecer entre junho e julho, com isenção da taxa garantida para pessoas de baixa renda, doadores de medula óssea e inscritos no CadÚnico.

O resultado está previsto para o primeiro trimestre de 2026, com início das convocações logo em seguida. O cronograma detalhado, incluindo datas para recursos e orientações para os candidatos, será divulgado nos canais oficiais do Ministério da Gestão e Inovação.

Com a expectativa de atrair milhões de inscritos em todo o país, o CNU 2025 consolida-se como uma das maiores seleções públicas do Brasil, reforçando o compromisso do governo com a modernização do serviço público e com a democratização do acesso a cargos federais.

A iniciativa também busca padronizar os critérios de seleção entre os órgãos, garantindo mais justiça, agilidade e transparência em todas as etapas do concurso.

Apagão geral de energia afeta Espanha e Portugal

Nesta segunda-feira (28) ocorreu um forte apagão geral de energia em algumas regiões de Portugal e Espanha.

A interrupção no fornecimento de eletricidade, que teve início por volta do meio-dia no horário local (7h em Brasília), causou a suspensão de diversos serviços. Entre os locais afetados estão aeroportos e estações ferroviárias, mas as operadoras de rede elétrica afirmam estar em busca de solucionar o problema.

Dificuldades nos transportes

A empresa ferroviária espanhola Renfe disse que suspendeu suas operações às 12h30. A Aena, responsável pelos aeroportos no país, comunicou que, apesar de alguns atrasos, geradores foram acionados para minimizar os impactos.

Diversas companhias aéreas reportaram problemas nos aeroportos de Barajas, em Madrid, e El Prat, em Barcelona. Controladores de tráfego aéreo também mencionaram restrições ou redução do fluxo de aeronaves no aeroporto de Lisboa.

Em Madri, as estações de metrô foram evacuadas, enquanto o tráfego no centro da cidade ficou caótico devido aos engarrafamentos causados pela falta de semáforos.


Portal português divulga andamento do apagão. (Foto: Reprodução/X/Expresso)

Em Portugal, a polícia confirmou que os semáforos ficaram fora de operação em todo o território, o metrô foi fechado em Lisboa e Porto, e os serviços ferroviários também foram interrompidos.

A responsável pelo fornecimento de eletricidade em Portugal, E-Redes, divulgou um comunicado informando que está empenhada em restaurar o fornecimento de energia. A empresa também indicou que já notificou o Centro Nacional de Cibersegurança sobre o ocorrido.

Até mesmo na França houve uma pequena falta de energia, mas a operadora de rede responsável, RTE, informou que a energia já foi restaurada.

Governo ainda sem explicações

De acordo com o jornal El País, os governos da Espanha e de Portugal estão conduzindo investigações sobre o incidente, com o apoio de equipes técnicas especializadas. Mas ainda não foi fornecida uma explicação oficial para o apagão, embora todas as hipóteses estejam sendo consideradas, incluindo a possibilidade de um ataque cibernético.

Sob pressão de empresas, governo pode adiar nova norma sobre saúde mental no ambiente de trabalho

O governo federal planeja adiar em um ano a atualização da Norma Regulamentadora n.º 1 (NR-1), que passaria a incluir os riscos psicossociais, como estresse e jornadas exaustivas, nos Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR) das empresas. Essa decisão ocorre após pressão de sindicatos, que representam as empresas e vinham contestando a mudança desde o seu anúncio em agosto de 2024.

O adiamento ainda não foi oficializado. A decisão de adiar a norma foi comunicada em uma reunião do MTE nesta segunda-feira (14).

Motivo do adiamento

O recuo do governo ocorreu não apenas por pressão das empresas, mas também devido à falta de estrutura do ministério para implementar a nova medida. O governo havia anunciado a norma pouco antes da divulgação do balanço anual de afastamentos do trabalho e estipulou um prazo de seis meses para que ela entrasse em vigor.

No entanto, até esta quinta-feira (17) — faltando pouco mais de um mês para o fim do prazo — o governo ainda não publicou a cartilha que esclarece, de forma objetiva, as exigências a serem cumpridas.

Segundo Ana Luiza Horcades, Auditora-Fiscal do Trabalho, “o Ministério do Trabalho está desenvolvendo um material explicativo para facilitar a compreensão das obrigações.”

Apesar do cenário, os auditores ressaltam que as regras exigidas não representam uma novidade e, portanto, não apresentariam grandes dificuldades para serem implementadas. Além disso, eles destacam que a única alteração consiste na inclusão dos riscos psicossociais.


A síndrome de burnout é um distúrbio emocional causado por estresse crônico no trabalho (Vídeo: reprodução/YouTube/Drauzio Varella)


Críticas ao adiamento

Especialistas alertam que a mudança representa um retrocesso, especialmente considerando que o trabalho se configura como um dos principais fatores estressores para a saúde mental.

A mestre em ciências sociais e consultora em questões laborais, Thatiana Cappellano, destaca que muitas empresas resistem às novas exigências porque evitam enfrentar problemas estruturais internos.

As empresas são contra porque para discutir saúde mental é preciso olhar para a estrutura do trabalho. Não é que a empresa não tem clareza ou verba para fazer isso, é que ela não está interessada em fazer isso, disse Thatiana.

Diante de todos esses dados, é importante lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a depressão e a ansiedade fazem o mundo perder, anualmente, cerca de 12 bilhões de dias úteis. Como resultado, a economia global sofre um prejuízo de aproximadamente 1 trilhão de dólares por ano. Esses números reforçam, portanto, a urgência de enfrentar os impactos da saúde mental no ambiente de trabalho de forma responsável.

Governo propõe ampliar tarifa social de energia para mais famílias

Com novo projeto de lei, o Ministério de Minas e Energia propõe expandir o número de beneficiários da tarifa social de energia elétrica, que disponibiliza descontos ou até isenção total na conta de luz para famílias de baixa renda. A proposta foi enviada à Casa Civil na quarta-feira (16) e ainda pode sofrer mudanças antes de seguir para o Congresso Nacional.

A Tarifa Social de Energia Elétrica foi criada em 2002, por meio de uma lei federal, para ajudar famílias de baixa renda a pagar menos na conta de luz. O benefício foi regulamentado em 2010 e 2011, e é aplicado e fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Isenção para consumo de até 80 kWh

Segundo a nova proposta, consumidores inscritos no CadÚnico que tenham consumo mensal de até 80 quilowatts-hora (kWh) passarão a ter isenção total na conta de luz. Essa regra também vale para:

  • Pessoas com deficiência ou idosos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC);
  • Famílias indígenas ou quilombolas cadastradas no CadÚnico;
  • Famílias do CadÚnico que vivem em áreas isoladas (fora do sistema interligado nacional).

Se o consumo ultrapassar os 80 kWh, a conta de luz terá apenas o valor sobre o que exceder esse limite.

Como funciona hoje?

Atualmente, como parte já vigente da lei, a tarifa social dá desconto de até 65% para famílias de baixa renda com consumo de até 30 kWh/mês e isenção integral para famílias indígenas e quilombolas com até 50 kWh/mês. Com os pré-requisitos de estar inscrito no CadÚnico, ter renda familiar mensal de até meio salário mínimo por pessoa e consumo de energia de até 220 kWh por mês.


Tarifa social de energia (Reprodução/YouTube/EDP Brasil)

O desconto social é outra medida prevista, que prevê abranger famílias com renda entre meio e um salário mínimo por pessoa e consumo de até 120 kWh por mês. Nesse caso, o benefício será a isenção da cobrança da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que representa cerca de 12% da conta de luz. Ou seja, as famílias desse grupo teriam um desconto de 12% no valor total da fatura.

Impacto e compensação

Se aprovada, a medida pode beneficiar até 60 milhões de brasileiros, incluindo 21 milhões de famílias que passariam a ter redução de até 12% na conta de luz.

No entanto, o governo estima que, se a proposta for aprovada, poderá haver um aumento imediato de R$ 4,45 bilhões no custo da conta de luz, que seria incorporado aos reajustes anuais feitos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A compensação para esse custo será feita gradualmente, mas ainda não há previsão de início ou fim desse processo.

Essa iniciativa faz parte da reestruturação do setor elétrico. Com objetivo de abertura do mercado de energia, permitindo que todos os consumidores escolham o seu fornecedor de energia e o rateio dos custos do setor entre consumidores que compram energia no mercado livre e aqueles que continuam com as distribuidoras locais (mercado regulado).

Governo determina que bancos reportem movimentações suspeitas ligadas a apostas ilegais

Como parte de uma ação mais ampla para coibir irregularidades no setor de apostas, o Governo Federal já retirou do ar mais de 11 mil sites considerados clandestinos. Desde 20 de março, entrou em vigor uma norma que obriga bancos e instituições financeiras a reportarem à Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda, qualquer movimentação suspeita relacionada a operadores não regulamentados. Desde então, foram registradas nove notificações formais, que levaram ao bloqueio de 32 contas sob investigação.

Instituições financeiras devem denunciar atividades irregulares

A legislação que regulamenta o setor de apostas já proibia as instituições bancárias de operarem contas associadas a plataformas não autorizadas. No entanto, uma portaria publicada no mês passado intensificou esse controle ao obrigar instituições financeiras a notificarem o Ministério da Fazenda sempre que identificarem indícios de movimentações suspeitas, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas.

Com a entrada em vigor da nova regulamentação, espera-se uma atuação mais rigorosa por parte dos bancos e instituições de pagamento no rastreamento de movimentações suspeitas, explicou Régis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas.

Ele destacou que uma das estratégias para combater a atuação de sites não autorizados envolve o comprometimento dessas instituições em cumprir sua obrigação legal de compartilhar dados com o governo sobre agentes que operam fora da lei no setor de apostas.

Conforme a norma, qualquer suspeita de que contas estejam sendo usadas para apostas ilegais deve ser comunicada à Secretaria de Prêmios e Apostas no prazo de até 24 horas.

A notificação deve conter informações do titular, detalhes da transação e eventuais providências adotadas, como bloqueio ou encerramento das contas.


Mais de 10 mil sites de aposta já foram bloqueados (Foto: reprodução/Agência Gov)

Apostas levantam alerta sobre perdas financeiras

Os dados, que indicam a movimentação mensal de R$ 30 bilhões em apostas virtuais no Brasil, foram apresentados durante uma audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas no Senado.

A criação da CPI teve como objetivo investigar o impacto financeiro das apostas online nos lares brasileiros, além de examinar suspeitas de envolvimento dessas plataformas com grupos criminosos que utilizam o setor para lavar dinheiro.

Ao realizar um depósito em uma plataforma de apostas, o usuário corre o risco de nunca mais recuperar o valor investido.

Faturamento

O setor de apostas de quota fixa já arrecadou aproximadamente R$ 2 bilhões em outorgas para os cofres públicos, conforme informações do secretário Régis Dudena.

Atualmente, cerca de 160 sites de apostas estão ativos no Brasil, operados por empresas que detêm setenta e três licenças emitidas até o momento. Cada autorização, que custa R$ 30 milhões, permite que uma empresa administre até três plataformas distintas de apostas.

A Receita Federal, por sua vez, informou que os dados referentes à arrecadação tributária do setor continuam em fase de consolidação.

Governo afirma que irá se proteger de tarifas dos EUA

Após Donald Trump anunciar que irá taxar uma tarifa de 10% em todos os produtos brasileiros exportados, o Congresso Nacional se reuniu para discutir medidas para defender a economia brasileira. Foi aprovado um projeto que estabelece critérios para decisões unilaterais de outros países não impactarem tanto o Brasil. Esse projeto foi anunciado pelo atual presidente do brasileiro, Lula nesta quinta-feira (3).

O anúncio do presidente

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um comunicado, durante um evento em Brasília, que o país irá tomar todas as medidas possíveis para se proteger das tarifas impostas pelo governo americano. O presidente dos Estados, Donald Trump, anunciou que faria taxações sobre produtos exportados de outros países, para os EUA. Nessa situação, o Brasil acabou recebendo uma taxação de 10%.


Presidente Lula, durante seu pronunciamento, em Brasília (Foto: reprodução/Ton Molina/NurPhoto/Getty Images Embed)


Lula disse que um projeto de reciprocidade comercial já foi aprovado pelo Congresso Nacional. O presidente brasileiro ainda aproveitou para defender o multilateralismo e o livre comércio, dizendo que não há mais lugar para protecionismo no mundo de hoje.

O projeto

Na noite de quarta-feira (2), foi aprovado, pela Câmara dos Deputados, um projeto que estabelece critérios para a reação do Brasil, perante imposições e barreiras comerciais, feitas contra os produtos nacionais. O projeto dará ao poder Executivo instrumentos legais, para reagir a possíveis medidas feitas por países ou blocos econômicos, que prejudiquem o Brasil. O projeto já foi aprovado pelo senado e agora aguarda sanção presidencial. A votação no Congresso ocorreu imediatamente após o anúncio da taxação de Trump.


Foto do Congresso Nacional (Foto: reprodução/Ton Molina/Bloomberg/Getty Images Embed)


Uma vez que os EUA registram recorrentes e expressivos superávits comerciais em bens e serviços com o Brasil ao longo dos últimos 15 anos, totalizando US$410 bilhões, a imposição unilateral de tarifa linear adicional de 10% ao Brasil com a alegação da necessidade de se restabelecer o equilíbrio e a ‘reciprocidade comercial’ não reflete a realidade”, disse o governo, adicionando que ainda possui diálogo aberto com os Estados Unidos.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) fizeram uma nota na noite de quarta-feira (2), que as tarifas dos Estados Unidos violam os compromissos do país com a Organização Mundial do Comércio. O governo também acrescentou que os EUA registraram superávit comercial em sua relação com o Brasil, no ano de 2024, de aproximadamente US$7 bilhões no caso de bens s de US$28,6 milhões em bens e serviços.