Israel planeja controlar Faixa  Gaza e futuramente transferir para as forças árabes

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou a um canal de televisão norte-americano que pretende assumir o controle total da Faixa de Gaza, com a intenção de, posteriormente, transferir a administração do território para forças árabes. A entrevista, concedida à emissora Fox News e divulgada nesta quinta-feira (07), ocorre no momento em que conselheiros israelenses se reúnem para definir os próximos passos militares, exatamente 22 meses após o início da guerra

Controle estratégico territorial

Segundo Netanyahu, o objetivo é derrotar completamente o grupo Hamas, o que, de acordo com estimativas da imprensa local, poderia exigir uma operação militar de quatro a cinco meses. Para isso, seria necessário ocupar regiões densamente povoadas, onde se acredita que parte dos reféns ainda esteja mantida em cativeiro. A estratégia incluiria o deslocamento de civis para o sul do enclave, repetindo práticas adotadas em ofensivas anteriores.

A proposta, que vinha sendo discutida nos bastidores, gerou divergências internas entre o governo e o Exército israelense. Setores militares expressam preocupação de que uma ofensiva total possa levar o Hamas a executar reféns. Apesar dessas tensões, Netanyahu reforçou, em reuniões privadas, que a conquista integral de Gaza é fundamental para atingir o que considera ser a libertação de israelenses e palestinos do controle do grupo.

No cenário internacional, a posição de Israel colide com os apelos por uma trégua definitiva. Países como Inglaterra e França advertiram que reconhecerão formalmente o Estado Palestino caso não haja um acordo de cessar-fogo até setembro. A pressão diplomática busca conter o avanço militar e evitar uma escalada ainda maior do conflito, que já provocou milhares de mortes e um agravamento da crise humanitária.


Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aponta para um mapa da Faixa de Gaza durante uma coletiva de imprensa (Foto: reprodução/ABIR SULTAN/ Getty Images Embed)


Negociação diplomáticas na região

Enquanto as negociações políticas e militares avançam, familiares de reféns israelenses intensificam ações para chamar atenção para a situação de seus entes. Nesta quinta-feira, cerca de 20 parentes partiram em três embarcações rumo à costa da Faixa de Gaza, tentando se aproximar o máximo possível da região onde acreditam que os sequestrados estão. A movimentação foi acompanhada por jornalistas, incluindo um repórter da agência AFP (Agence France-Presse) que relatou a tensão e a incerteza no grupo.

A possibilidade de uma ocupação total de Gaza mantém o impasse entre a estratégia militar de Israel e as demandas internacionais por paz. Com os riscos de novas perdas humanas e a instabilidade regional, o desfecho das próximas semanas será decisivo para definir os rumos do conflito.

Entram em Gaza caminhões de comida em pausa humanitária

Nesta segunda-feira(28), vários caminhões chegaram com ajuda na Faixa de Gaza. Após uma pausa humanitária ser estabelecida por Israel, para resolver o problema da fome em massa que ocorre com os palestinos. Conforme a Cruz egípcia, foram enviados cerca de 135 veículos com 1.500 toneladas de ajuda ao local em questão, além de terem enviado itens de Higiene Pessoal e ajuda para Gaza.

Atividades suspensas conforme situação em Gaza

Segundo informações do Exército israelense, serão suspensas as atividades militares em Gaza diariamente das 10h até as 20h no horário local de 4h até as 14h em Brasília. A espera um novo aviso em Al Mawasi, no Sul, em Deir balah, e ao norte na cidade de Gaza, estarão ativas rotas de apoio seguras para os comboios que levarão a comida para acabar com essa situação na localidade em questão. O secretário da ONU falou que tudo isso é um show de horrores, já o governo de Netanyahu falou nesta segunda que “Não há fome ou política de fome em Gaza”.

A Guerra entre Israel e Palestina, começou em 2023 no dia 7 de outubro, quando um ataque terrorista do Hamas matou 1.200 israelenses em solo do país, além de ter tido 251 pessoas reféns para Gaza, a partir dai houve uma ofensiva do país de Benjamin Netanyahu matando quase 60 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, conforme os dados informados pelas autoridades de saúde locais chancelados pela ONU, reduzindo grande parte do enclave a escombros deslocando quase toda a população.


Soldado verificando ajuda humanitária (Foto: reprodução/Amir Levy/Getty Images Embed)


Crise humanitária em Gaza

Nas últimas semanas, vários moradores do enclave, faleceram por desnutrição, conforme o ministério da saúde do território informou, eles informaram ainda que desde quando o conflito se iniciou, já morreram 127 pessoas por conta de desnutrição, entre elas 85 crianças. No sábado uma bebê de cinco meses, Zainab Abu Haleeb morreu por falta de alimentação conforme o indicado por profissionais da área, em vídeo divulgado pelo Reuters na quinta-feira crianças da Palestina estariam lidando com essa questão constantemente.

Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, disse na quinta-feira (24) “que as pessoas que vivem na Palestina, estão como cadáveres ambulantes“, conforme ele informou que um colega disse sobre essa questão, comentando sobre essa situação toda. Foi divulgado pelo crescente exercito egípcio, que neste domingo seria enviado 1.200 toneladas de ajuda alimentar para Gaza.

Israel anuncia trégua parcial e envio de suprimentos a Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (27), que não há fome em Gaza, já que Israel tem permitido a entrada de ajuda humanitária durante a guerra. No mesmo dia, o governo israelense anunciou a suspensão das operações militares por 10 horas diárias em partes da Faixa de Gaza e a abertura de novos caminhos para o envio de suprimentos. Jordânia e Emirados Árabes Unidos também ajudaram, lançando alimentos e remédios por via aérea para os moradores da região.

Esforços de ajuda e pressão sobre Israel

De acordo com Benjamin Netanyahu, Israel tem permitido a entrada de ajuda humanitária em volumes exigidos pelo direito internacional. Ele afirmou que, desde o início da guerra, quase 2 milhões de toneladas de alimentos foram enviadas à Faixa de Gaza e que, no momento, centenas de caminhões com suprimentos ainda aguardam do lado israelense da passagem de Kerem Shalom.

Depois que imagens de palestinos passando fome chamaram a atenção do mundo, Israel começou a receber mais críticas de outros países por causa da situação em Gaza. O governo, no entanto, nega culpa pela crise humanitária. Enquanto isso, as conversas de paz entre Israel e o Hamas, que aconteciam em Doha, foram interrompidas e, por enquanto, não há sinal de um acordo.


Benjamin Netanyahu dizendo que não há política de fome em Gaza (Vídeo: reprodução/X/@netanyahu)

Negociações e situação atual

O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, afirmou que a resposta do Hamas demonstrou uma falta de desejo de alcançar um cessar-fogo. Em resposta, o Hamas acusou os mediadores de sabotarem os esforços de paz .

Militares israelenses informaram que, a partir deste domingo, rotas seguras para a passagem de comboios com alimentos e medicamentos estão funcionando todos os dias, das 6h às 23h.

Durante uma visita à Escócia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Israel precisa decidir o que vai fazer a partir de agora em Gaza. Ele comentou que não sabe o que deve acontecer depois que as negociações por um cessar-fogo e a libertação de reféns com o Hamas fracassaram.

Israel anuncia pausa humanitária parcial em Gaza

As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram que uma pausa humanitária nos combates em Gaza começará neste domingo (27). A princípio, a medida busca permitir o lançamento aéreo de suprimentos e a criação de corredores para entrega de ajuda coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Contudo, as operações militares seguem em outras áreas do território.

Segundo o comunicado das IDF, a trégua será limitada as regiões densamente povoadas, portanto, não significa o fim das ofensivas contra o Hamas. O governo israelense afirma que continuará atuando para libertar reféns e enfraquecer o grupo armado.

Pressão internacional e crise humanitária

A decisão ocorre em meio à crescente pressão de organismos internacionais. A ONU e a União Europeia pediram que Israel facilite o envio de ajuda à população civil. Desde maio, bombardeios constantes e a escassez de alimentos já mataram mais de mil pessoas. Ainda assim, o governo israelense nega a existência de fome generalizada na Faixa de Gaza e culpa o Hamas de desviar os alimentos destinados à população civil.


Fome em Gaza vira arma de guerra (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Anteriormente, o comissário da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, Philippe Lazzarini, alertou para o agravamento da fome entre civis e trabalhadores humanitários. Segundo ele, “uma em cada cinco crianças” apresenta desnutrição severa, e muitos profissionais da saúde desmaiam de exaustão nos hospitais.

Números alarmantes do conflito

O Ministério da Saúde de Gaza estima que, desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, mais de 58 mil palestinos morreram e 138 mil ficaram feridos. A ONU afirma que grande parte das vítimas são mulheres e crianças.

Além das mortes, a fome e o deslocamento forçado se intensificaram: mais de 700 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas desde março. Logo, a intensificação da ofensiva afetou mais de 80% do território. Relatos de jornalistas locais descrevem risco iminente de morte por desnutrição em várias regiões do território.

Ofensiva de Israel em Gaza mata 72 e reacende cessar-fogo

Pelo menos 72 pessoas morreram após Israel realizar ataques aéreos entre sexta-feira (27) e sábado (28), segundo autoridades de saúde da Faixa de Gaza. A princípio, a ofensiva atinge áreas residenciais e acampamentos, enquanto aumentam as expectativas por um possível cessar-fogo.

Crianças, civis deslocados e pessoas reunidas que esperavam ajuda humanitária estão entre as vítimas. Em Muwasi, um casal e os três filhos morreram dormindo.

Cessar-fogo e negociações

Donald Trump afirmou que um enviado israelense deve se reunir nos próximos dias com autoridades em Washington para tratar das negociações de um novo cessar-fogo. Desde março, os diálogos indiretos entre Israel e Hamas continuam.

Ao passo que Israel afirma atacar apenas os militares do Hamas, a guerra em Gaza já dura 21 meses e estima-se que mais de 6 mil pessoas morreram em ataques e conflitos e mais de 50 mil ficaram feridas. Enquanto isso, desde maio protestos israelenses bloqueiam ajuda humanitária em Gaza, agravando a fome no país.

Além disso, Israel já atacou um centro de distribuição, ocasionando mais mortos e feridos. O Itamaraty diz que Israel usa a fome como ‘estratégia de guerra’ ao limitar o que entra no território de Gaza. 


Palestinos em Gaza arriscam suas vidas por ajuda na cidade de Khan Yunis (Foto: reprodução/Doaa Albaz/Getty Images Embed)


Pressões e críticas contra governo israelense

Anteriormente, a União Europeia iniciou uma reavaliação do Acordo de Associação com Israel devido à contínua ofensiva em Gaza. Já o presidente Lula reforçou nesta semana que a ofensiva de Israel é um “genocídio” e que autoridades pelo mundo “compram mentiras” do Hamas.

O governo israelense tem sido pressionado por familiares de reféns que esperam que Trump repita o sucesso do cessar-fogo com o Irã e pressione Israel. Em contrapartida, o premiê Benjamin Netanyahu insiste que a guerra só acabará quando o Hamas for totalmente derrotado.

Médicos dizem que ataques de Israel nas últimas 24 horas mataram 140 palestinos

A situação que envolve os ataques e disparos de tiros contra os palestinos, acabou por ser esquecida devido à guerra entre Israel e Irã. De acordo com autoridades de saúde locais, pelo menos 140 pessoas morreram em Gaza nas últimas 24 horas.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, das 140 pessoas que morreram no último dia, pelo menos 40 desse total morreram devido a tiros e ataques aéreos dos israelenses nesta quarta-feira (18).

Muitos palestinos morreram, quase que diariamente, em busca de ajuda humanitária nas três semanas as quais Israel suspendeu parcialmente o bloqueio total ao território.


Cidade de Gaza segue passando por necessidades devido guerra entre Israel e Hamas (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


A ofensiva de Israel contra Gaza

Médicos informaram que ao menos 21 pessoas foram mortas após ataques aéreos separados que atingiram casas no campo de refugiados de Maghazi, no bairro de Zeitoun e na Cidade de Gaza, somando-se ainda a região norte do território palestino. Em outra ofensiva aérea, pelo menos cinco pessoas foram mortas na região de Khanyounis, no sul de Gaza.

Israelenses dispararam contra multidão de palestinos que foram deslocados e aguardavam caminhões de ajuda trazido pelas Nações Unidas ao longo da estrada da Salahuddin, na região central de Gaza. Médicos disseram que 14 pessoas foram mortas.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), informou que está investigando as mortes declaradas de pessoas que aguardavam por comida.

Em relação aos outros ataques, o IDF disse estar “operando para desmantelar as capacidades militares do Hamas” e “tomando precauções viáveis para mitigar os danos aos civis”.


Guerra sem fim: Israel segue atacando Hamas, deixando povo palestino em situação precária (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


Ajuda humanitária

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, na terça-feira (17), 397 palestinos que buscavam obter ajuda alimentar, foram mortos e mais de três mil foram feridos, a partir do final de maio, quando a distribuição de ajuda foi reiniciada.

Com a guerra entre Israel e Irã iniciada faz cinco dias, algumas pessoas de Gaza começam a expressar preocupação diante da possibilidade de haver negligência, e lembram que a guerra entre Israel e Hamas começou em outubro de 2023.

Adel, morador da cidade de Gaza, disse que as pessoas estão sendo massacradas, dia e noite, mas que a atenção foi desviada para a guerra entre Irã e Israel. Há poucas notícias sobre Gaza atualmente.

Lula chama de “genocídio” a ofensiva de Israel em Gaza em resposta a nota de embaixada no Brasil

Nesta terça-feira (03), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas no Palácio do Planalto e afirmou novamente que a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza é “genocídio”.

A afirmação se deu após o presidente da república ser questionado sobre uma nota da Embaixada de Israel no Brasil, divulgada após Lula criticar as medidas do governo de Benjamin Netanyahu em Gaza. 

“Vem dizer que é antissemitismo? Precisa parar com esse vitimismo. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio, é a morte de mulheres e crianças que não estão participando de guerras” afirmou o presidente na coletiva desta terça-feira.


Coletiva do presidente Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto (Reprodução/ Youtube/ CanalGov)


Nota da Embaixada de Israel no Brasil

Nesta segunda-feira (02), a Embaixada de Israel no Brasil divulgou uma nota após a declaração de Lula no último final de semana, quando afirmou que o governo de Netanyahu age com “vingança” em Gaza.

Em nota, a Embaixada de Israel declara que o governo de Netanyahu é criticado pelas autoridades que “compram mentiras” sobre o grupo terrorista Hamas e que isso está “prejudicando israelenses e judeus no Brasil e no Mundo todo”.

“Diante das repetidas acusações contra as atividades de Israel na Faixa de Gaza, é importante esclarecer as coisas e não se deixar levar pela propaganda e notícias falsas da organização terrorista Hamas”  , diz outro trecho da nota.

A posição do governo Lula

Desde outubro de 2023, quando se deu o início da guerra entre Israel e Hamas, o governo brasileiro tem defendido um acordo de paz entre as partes. Durante o conflito, as ações de Israel na Faixa de Gaza têm sido criticadas por algumas autoridades ao redor do mundo, como os líderes do Reino Unido e França, além do presidente Lula.

Isso porque, está sendo questionado os limites éticos que Israel estaria ultrapassando em suas ações na Faixa de Gaza. É diante disso que Lula, junto ao Ministério das Relações Exteriores, tem dado declarações sobre o governo de Netanyahu.

Outra questão levantada contra Israel é a falta de ajuda humanitária no território de guerra. O governo israelense tem permitido somente a entrada parcial de ajuda humanitária no território de guerra, o que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), é muito abaixo do que se estima ser necessário. 

Além disso, Lula tem defendido a retirada total das tropas israelenses e o fim do conflito, que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, já resultou na morte de cerca de 60 mil pessoas.

ONU exige investigação sobre mortes de palestinos durante busca por ajuda em Gaza

O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu nesta semana uma investigação independente sobre as mortes de palestinos que tentavam receber ajuda humanitária no sul de Gaza. Em declaração oficial, seu porta-voz afirmou que Guterres considera “inaceitável” que civis tenham que arriscar suas vidas por comida.

O secretário-geral também exigiu que os responsáveis sejam identificados com urgência e devidamente responsabilizados pelos atos. Segundo ele, a situação exige respostas rápidas e transparentes, especialmente diante do agravamento da crise humanitária no território.

Cruz Vermelha relata vítimas de tiros e estilhaços

No domingo (1), o hospital de campanha do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza recebeu 179 feridos, entre eles mulheres e crianças. De acordo com a organização, a maioria apresentava ferimentos por bala ou estilhaços. Vinte e uma pessoas não resistiram e morreram ao chegar à unidade.


ONU exige investigação após mortes em ponto de distribuição de comida em Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal da Band)

Relatos dos feridos à Cruz Vermelha indicam que todos estavam a caminho de um ponto de entrega de alimentos e suprimentos. O grupo extremista Hamas responsabilizou Israel pelos disparos contra civis e afirmou que ao menos 31 pessoas morreram na ocasião. Já as Forças Armadas de Israel negaram as acusações, alegando que não abriram fogo contra os civis.

Novos relatos de mortes aumentam tensão em Rafah

Na segunda-feira (2), equipes médicas relataram novos casos de mortes a tiros na mesma área de distribuição de ajuda, em Rafah, no sul de Gaza. Autoridades de saúde locais, sob controle do Hamas, informaram que três palestinos morreram.

As forças israelenses disseram estar cientes das novas denúncias e anunciaram uma “investigação abrangente”. Segundo o exército, durante a noite foram disparados tiros de advertência para impedir que suspeitos se aproximassem de posições militares, a cerca de um quilômetro do local de entrega de alimentos.

Enquanto o número de mortos aumenta e os relatos se multiplicam, cresce a pressão internacional por uma apuração transparente e a garantia de proteção à população civil em meio à crise.

EUA e Israel rejeitam nova proposta do Hamas para cessar-fogo em Gaza

O grupo Hamas apresentou uma contraproposta ao plano de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, mas tanto Israel quanto os EUA recusaram as exigências. O Hamas propôs libertar 10 reféns vivos e entregar 18 corpos de israelenses mortos em cinco etapas ao longo de dois meses em troca da soltura de mil prisioneiros palestinos e de mais ajuda humanitária.

Os Estados Unidos consideraram o plano “totalmente inaceitável”, assim como o governo israelense. A proposta original, já aceita por Israel, previa apenas duas fases, com devolução de metade dos reféns vivos e mortos durante uma trégua de 60 dias.

Exigências de Hamas complicam mediação internacional

Além do novo cronograma, Hamas exige a retirada total das tropas israelenses de Gaza e um cessar-fogo permanente até o fim do acordo temporário. Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, disse que as novas condições favorecem o Hamas e desrespeitam o plano original. O grupo palestino rebateu, acusando o negociador de parcialidade pró-Israel.

Enquanto os impasses diplomáticos continuam, 58 reféns israelenses seguem em cativeiro, sendo que 35 estariam mortos, segundo Tel Aviv. Protestos em Israel pedem o retorno de todos e o fim da guerra.


Guerra em Gaza (Foto: reprodução/Andolu/Getty Images Embed)


Cenário humanitário se agrava em Gaza

A ONU declarou que a situação humanitária em Gaza atingiu níveis catastróficos. Apenas 30 caminhões de ajuda entraram no território neste sábado (31), muito abaixo dos 500 diários antes do conflito. O Unicef afirmou que mais de 50 mil crianças palestinas foram mortas ou feridas desde outubro.

No norte da Faixa de Gaza, o último hospital ativo fechou após ser cercado por forças israelenses. Em apenas 24 horas, 60 palestinos morreram e 284 ficaram feridos em ataques, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

Trump havia sugerido que os EUA assumissem o controle da Faixa de Gaza, com reconstrução e reassentamento forçado de palestinos. A proposta causou forte reação internacional. Egito, Jordânia e Arábia Saudita rejeitaram a ideia, citando violações de direitos humanos. A ONU e a Anistia Internacional denunciaram risco de limpeza étnica e exigiram respeito ao direito de permanência do povo palestino.

Gaza: EUA propõem cessar-fogo de 60 dias com troca de prisioneiros e reféns

A Reuters, agência de notícias internacional, na manhã desta sexta-feira (30), divulgou o conteúdo conseguido com exclusividade sobre o plano dos EUA para um cessar-fogo de 60 dias em Gaza. De acordo com a agência, na proposta consta a libertação de 28 reféns israelenses, em troca da libertação de mais de 1.200 prisioneiros palestinos. Além da devolução de restos mortais por ambos os lados. 

Ainda, segundo a Reuters, o acordo tem o aval do presidente americano Donald Trump, do Egito e do Catar, que são os países mediadores, e inclui o envio de ajuda humanitária por parte de organizações sem fins lucrativos e organizações multilaterais. Entre elas a Organização das Nações Unidas (ONU).

A previsão para que a proposta seja colocada em prática depende da assinatura e da concordância do grupo Hamas. O grupo informou que analisará e oferecerá uma resposta entre hoje, sexta-feira (30) e amanhã, sábado (31). As operações militares israelenses serão cessadas na região, tão logo o acordo seja aceito pelas partes envolvidas. 

Enviado especial ao Oriente Médio 

Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para assuntos estratégicos no Oriente Médio, se reuniu na data de ontem, quinta-feira (30), com autoridades israelenses a fim de apresentar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, desenvolvido pelo governo de Donald Trump em cooperação com países do Oriente Médio. 

Conforme a mídia local israelense noticiou, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aceitou a proposta e já comunicou aos familiares dos reféns que estão em posse do grupo Hamas. Ao todo são 58 reféns mantidos em Gaza. Destes, 28 serão libertados nessa primeira fase e, os demais, quando houver um cessar-fogo permanente na região. 

Apelo internacional

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) tem feito duras críticas à situação vivida pela população de Gaza. De acordo com relatos, a proibição de entrada de ajuda humanitária por Israel tem desencadeado uma situação insustentável para os moradores. O comissário geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, declarou que a “ajuda humanitária nunca deve ser politizada


Publicação sobre a situação em Gaza (Foto: reprodução/X/@UNRWA)

Além de organizações ligadas diretamente ao assunto, diversos países condenam os ataques contra Gaza e a proibição da entrada de ajuda humanitária no local. A comunidade internacional tem acompanhado e se manifestado constantemente para que seja encontrada uma forma que promova a Paz, sobretudo na região. Seja com a criação de um Estado Palestino ou um cessar-fogo permanente.

Segundo relatos diários, apesar da entrada de caminhões com suprimentos terem sido autorizados a poucos dias pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, devido a escassez, a população local não consegue as condições necessárias para se manter. Além de denúncias de que, nem todos os moradores conseguem acesso a esta ajuda.

Encontro em Washington D.C

O Ministério da Defesa de Israel publicou em suas redes sociais na data de ontem, quinta-feira (30), o encontro entre o Diretor Geral, Major Amir Baram, e autoridades da Casa Branca em Washington D.C, nos EUA. A reunião contou com a presença do Subsecretário de Defesa para Política dos EUA, Elbridge Colby e ocorreu no mesmo dia da apresentação do acordo de cessar-fogo por Witkoff a Netanyahu.

Em sua primeira viagem de trabalho aos EUA desde que assumiu o cargo em março (2025),  Baram, informou que na reunião foram discutidos assuntos referentes ao fortalecimento da segurança, da cooperação estratégica entre os dois países e medidas conjuntas para enfrentar e solucionar os atuais desafios. 


Publicação sobre o encontro entre Amir Baram e autoridades do governo Trump (Foto: reprodução/X/@MoDIsrael) 

As forças de defesa tanto de Israel quanto dos EUA têm realizado reuniões permanentes para discutir assuntos estratégicos. Não somente os relacionados ao cessar-fogo na Faixa de Gaza, assim bem como, a transferência de conhecimentos tecnológicos entre eles. Uma vez que a “Cúpula Dourada” a ser desenvolvida pelo governo Trump será baseada no “Domo de Ferro” israelense.  

Para muitos especialistas, o empenho da Casa Branca em encontrar uma solução para a guerra travada entre Israel e o grupo Hamas, deve-se muito ao fato de que, não é interessante para os EUA que o seu parceiro estratégico no Oriente Médio envolva-se em um conflito permanente, com desdobramentos condenados pela comunidade internacional. No entanto, todo o esforço para um cessar-fogo na região que leve a acordos de Paz entre as partes envolvidas, devem ser incentivados.