EUA firmam parceria de US$ 1 bilhão com AMD em projetos de supercomputadores e IA

A mais nova parceria entre os Estados Unidos e a AMD (empresa multinacional de tecnologia) foi oficialmente fechada no valor de US$ 1 bilhão, visando a construção de dois supercomputadores. A nova tecnologia promete impulsionar pesquisas em energia nuclear, tratamento do câncer, inteligência artificial e até segurança nacional.

Segundo o secretário norte-americano de Energia, Chris Wright, as máquinas que serão produzidas devem atuar em experimentos complexos, os quais consomem grandes quantidades de processamento massivo de dados. Wright ainda afirmou que os supercomputadores irão atuar na administração do arsenal de armas nucleares dos Estados Unidos.

Planos para a iniciativa

As pesquisas feitas pelos supercomputadores devem acelerar a descoberta de medicamentos, através de simulações de tratamentos do câncer. De acordo com o secretário de Energia, é esperado que entre os próximos cinco ou oito anos, a maioria dos cânceres estejam em “condições controláveis”, ou seja, não avancem tanto quanto hoje para o estado terminal.

Além disso, a tecnologia também deve atuar nas pesquisas de energia nuclear e energia de fusão. Cientistas e empresas estão realizando experimentos que buscam recriar a reação nuclear responsável pela criação do Sol, colidindo átomos leves em um gás de plasma. À Reuters, Wright declarou que estão tentando refazer o mesmo fenômeno, mas que mesmo com os progressos, ainda é necessário uma tecnologia mais avançada que inclui a computação dos sistemas de inteligência artificial, que a iniciativa produzirá.


Secretário de Energia dos EUA, Chris Wright (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Thomas Kronsteiner)

Computação e IA

Entre os planos para a parceria, estão incluídos dois sistemas. O primeiro computador, batizado de Lux, deve ser entregue em seis meses. Ele irá utilizar os chips de inteligência artificial MI355X da própria AMD, além de CPUs e chips de rede fabricados pela multinacional. A presidente da AMD, Lisa Su, afirmou que a implementação do Lux foi a mais rápida entre os supercomputadores.

Já o segundo computador, intitulado Discovery, será mais avançado, baseado na série MI340 de chips de inteligência artificial da AMD. Ele deve ser entregue em 2028, com previsão de operação para 2029. A iniciativa entre o governo e a empresa privada marca um avanço nos experimentos, utilizando novas tecnologias que prometem entregar resultados de pesquisas complexas através do uso da computação e da IA.

Revolução na navegação: OpenAI lança o ChatGPT Atlas, redefinindo a experiência online

A OpenAI agitou o cenário tecnológico nesta quarta-feira (22), ao anunciar o ChatGPT Atlas, um navegador inovador que promete ser a resposta definitiva ao que navegadores estabelecidos como Chrome e Safari não conseguiram se tornar: um assistente conversacional integral. A principal disrupção do Atlas reside na integração nativa e profunda do poder do ChatGPT, eliminando a necessidade de o usuário se desdobrar entre múltiplas abas, ferramentas de busca e a interface de inteligência artificial.

Diferentemente dos gigantes atuais, que evoluíram com foco em velocidade, integração com seus ecossistemas específicos (Google e Apple, respectivamente) e o modelo tradicional de busca, o Atlas foi concebido desde sua fundação tendo um assistente conversacional como seu cerne operacional. A ambição, conforme expressa por Fidji Simo, CEO de Aplicações da OpenAI, é transformar o navegador em um “verdadeiro superassistente”, capaz de entender o contexto único do usuário — considerando histórico, páginas abertas e sessões logadas — para entregar respostas e sugestões em tempo real e altamente personalizadas.

Um assistente autônomo com inteligência contextual e controle de privacidade

Essa inteligência contextual permite comandos que redefinem a interação. O usuário pode, por exemplo, simplesmente solicitar ao assistente que “organize minhas abas” ou que “mostre os sapatos que vi ontem”, e o Atlas executa a tarefa de forma autônoma. Esta capacidade de atuar como um agente, preenchendo formulários, resumindo conteúdos densos ou automatizando fluxos de trabalho, posiciona o Atlas não apenas como um portal para a web, mas como um ambiente de produtividade autônomo.

A OpenAI também abordou as preocupações com privacidade inerentes a essa coleta contextual. O sistema permite ao usuário ativar ou desativar o armazenamento de “memórias”, mantendo o controle sobre o acesso do ChatGPT à sua navegação. Além disso, a empresa garante que, mesmo com a capacidade de aprendizado contextual, o conteúdo da navegação não será utilizado no treinamento de seus modelos de IA, e o tradicional modo anônimo permanece acessível.


Vídeo explicando como vai funcionar o navegador do ChatGPT (Vídeo: reprodução/YouTube/Salada_Tech)

O navegador que desafia Chrome e Safari com linguagem natural

A estratégia da OpenAI é clara: expandir seu domínio para além das aplicações de IA pura, penetrando em um dos mercados de software mais consolidados. Enquanto o Chrome detém a maior fatia do mercado global e o Safari é dominante nos dispositivos Apple, o Atlas desafia o status que com sua proposta de interface baseada em linguagem natural. Inicialmente lançado para macOS, o navegador chega de forma gratuita, com planos de expansão iminente para Windows, iOS e Android. Este movimento sinaliza o esforço da OpenAI em construir um ecossistema completo em torno do ChatGPT, consolidando-se como desenvolvedora de plataformas essenciais para o uso diário.

A nova era das buscas: Inteligência artificial redesenha o jogo do SEO

As Ferramentas de Inteligência Artificial Generativa como ChatGPT, Gemini, Perplexity e o novo modo de busca do Google não são apenas novidades tecnológicas; elas representam uma profunda mudança no comportamento de busca online, ameaçando a visibilidade de conteúdos que, até então, prosperavam sob as regras do SEO (Search Engine Optimization) tradicional.

Desde que o Google se estabeleceu como o portal de informação dominante no final dos anos 1990, o SEO ditou o manual para quem desejava as primeiras posições. Contudo, a lógica mudou: em vez de clicar em um link, o usuário moderno busca uma resposta direta e completa fornecida pela própria IA. Este novo panorama exige uma adaptação urgente, definindo um novo conceito: o Generative Engine Optimization, ou GEO.

A nova disputa por citações nas respostas das IAs

O GEO, Otimização Generativa de Mecanismos, é a fronteira mais recente da estratégia digital. Ele não se concentra em disputar o ranqueamento tradicional, mas em garantir que marcas e sites se tornem as fontes citadas e referenciadas nas respostas sintetizadas pelas IAs. Conforme aponta Luiz Bernardo, Sócio-Fundador da Prosperidade Conteúdos, a adaptação é crucial. “O futuro das buscas é conversacional. O GEO está apenas começando, mas já redefine o papel do SEO tradicional. Em vez de disputar cliques, as marcas precisarão disputar citações nas respostas das inteligências artificiais. Quem entender essa lógica antes, vai sair na frente na nova era da descoberta digital”, afirma o especialista.


Conteúdo explicando o GEO (Vídeo: reprodução/YouTube/Tropical Hub)

A migração de cliques para citações exige uma recalibragem das táticas de conteúdo. Para garantir presença nas respostas generativas, é fundamental que as empresas produzam conteúdo que seja, acima de tudo, objetivo e solucionador. As IAs priorizam a clareza; textos que respondem a perguntas reais do público-alvo, com parágrafos curtos (entre 60 e 120 palavras) e foco direto no ponto, aumentam drasticamente as chances de serem citados. Ferramentas que mapeiam as dúvidas dos usuários, como o autocomplete do Google ou o AlsoAsked, tornam-se essenciais nesse processo.

Os pilares da relevância no GEO

Além da objetividade, a autoridade e a originalidade são fatores decisivos. Em um mar de informações genéricas, o conteúdo que se destaca é aquele que só a própria marca pode fornecer: estudos de caso, dados exclusivos, números de mercado e materiais visuais próprios, como gráficos e tabelas. Quanto mais embasado e singular o conteúdo, maior a sua “relevância” para os modelos de IA, que são treinados para identificar fontes confiáveis.

O GEO também expande o foco para além do website da empresa. A distribuição de conteúdo em múltiplos canais, como LinkedIn, YouTube, Medium e Reddit, é uma tática poderosa, especialmente quando o material inclui links para o texto completo. Além disso, formatos de dados estruturados e de fácil leitura, como PDFs, planilhas e checklists, são preferidos por diversos modelos de IA.


Conteúdo mostrando os números de pesquisa do GEO (Vídeo: reprodução/YouTube/Joabel Kasper)

 

A reputação digital nunca foi tão importante. Menções em veículos de imprensa, backlinks de sites confiáveis e avaliações positivas em plataformas como Google Meu Negócio e Reclame Aqui constroem a credibilidade que as IAs buscam ao selecionar uma fonte. Por fim, a arquitetura do site deve ser amigável para a leitura por máquinas. O uso de metadados, dados estruturados e a inclusão de seções de FAQ (Perguntas Frequentes) no final dos textos facilitam a compreensão e a extração de informações pelas plataformas generativas, aumentando a probabilidade de um trecho da página ser utilizado como a resposta definitiva. Ignorar o GEO é, em essência, optar pelo desaparecimento na principal via de busca da próxima década.

SaferNet afirma que sete em cada dez notificações estão relacionadas a abuso e exploração sexual infantil

Entre 1º de janeiro e 31 de julho de 2025, a SaferNet, organização que promove a defesa dos Direitos Humanos na internet no Brasil, recebeu 76.997 denúncias de crimes digitais, sendo 49.336 relacionadas a abuso e exploração sexual infantil. Além disso, o levantamento aponta um avanço preocupante no uso da IA generativa para criar e disseminar material sexual envolvendo crianças e adolescentes.

Esses aplicativos permitem gerar imagens hiper-realistas, e também fotos manipuladas e animações — os famosos “deepfakes” — com vozes e rostos de pessoas comuns, famosos e principalmente de menores.

Desse modo, conteúdos como esses circulam em redes sociais, aplicativos de mensagens e sites de pornografia com pouca moderação, expondo as vítimas a assédio, bullying e traumas. Por ser uma ferramenta online de fácil acesso e usada de forma mal-intencionada, é rapidamente disseminada, aumentando seu alcance. Muitos casos ocorrem em ambiente escolar, entre adolescentes.

Casos no Brasil

Segundo levantamento da SaferNet, quatro casos de deepfakes sexuais envolvendo estudantes foram registrados em escolas de São Paulo. Em território nacional, o estudo identificou ocorrências em 10 estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Minas Gerais.



Além disso, a ONG identificou que sites de pornografia e conteúdo adulto, devido a grandes falhas ou, às vezes, ausência de mecanismos que possam moderar com eficácia, acabam armazenando materiais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes criados por ferramentas de inteligência artificial. Do mesmo modo, em agosto houve um aumento nas denúncias — mais de 6.278 novas denúncias. Metade delas após o vídeo do influenciador Felca, que aborda o assunto “adultização” e atingiu 46 milhões de visualizações. Após esse vídeo, ele também fomentou um aumento nas denúncias.

Advertência antiga da SaferNet

A SaferNet já havia sinalizado esse problema no Brasil em 2024. As denúncias levaram à descoberta de um grupo com 46 mil membros que vendia deepfakes de celebridades brasileiras por valores entre R$ 19,90 e R$ 25, mostrando que essa indústria estava em expansão e poderia se tornar um problema ainda maior com o avanço da tecnologia. Na ocasião, foram identificadas 95 denúncias com a palavra-chave “inteligência artificial” em sites que hospedavam material de abuso infantil entre 2024 e 2025.


Foto ilustrativa de jovem sofrendo com deepfake (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Yuliya Taba)


Para Juliana Cunha, diretora da SaferNet responsável pela pesquisa, trata-se de um fenômeno recente e em rápida crescente. Esses números representam somente a ponta do iceberg; possivelmente ainda há muitas vítimas fora do radar das autoridades. A criação e divulgação desses conteúdos configuram crime previsto no Código Penal (art. 6°, II), com possibilidade de responsabilização civil e criminal. Seguem as investigações dos casos citados e, possivelmente, o quanto antes, os responsáveis serão presos e irão responder na Justiça pelos crimes cometidos.

ChatGPT pode armazenar informações pessoais de usuários

Se você é usuário antigo do ChatGPT, a ferramenta de inteligência artificial pode guardar mais informações sobre você do que imagina — incluindo detalhes que talvez preferisse manter em sigilo. É possível, no entanto, verificar o que o chatbot sabe e solicitar a exclusão dessas memórias.

Memória do Chat

O recurso de memória do ChatGPT registra trechos de informações compartilhadas nas conversas para oferecer respostas mais personalizadas no futuro. Entre os dados armazenados podem estar profissão, localização, interesses e até preferências de consumo. Em alguns casos, a IA mantém registros mais sensíveis, como questões de saúde, dados familiares ou financeiros — sempre a partir de informações fornecidas voluntariamente pelo próprio usuário.

Quando uma memória é salva, o ChatGPT costuma exibir o aviso “Memória salva atualizada” durante o diálogo. Ao clicar nesse marcador, é possível conferir qual dado foi registrado. A consulta completa, porém, pode ser feita a qualquer momento: basta pedir para que a IA revele o que sabe sobre você.


Tela de início do ChatGPT quando você entra(Foto: reprodução/Smith Collection/Gado/Getty Images Embed)


Antes tinha que pagar, agora é gratuito

Essa funcionalidade, antes restrita a assinantes pagos, agora está disponível para contas gratuitas. Ao listar as memórias, o ChatGPT também oferece a opção de atualizar ou apagar qualquer item. Um exemplo citado por um usuário é a compra de um carro: ao informar que adquiriu um Honda Jazz Híbrido, a ferramenta atualizou o registro e passou a oferecer dicas relacionadas ao modelo.

Embora a OpenAI, criadora do ChatGPT, afirme que a IA não realiza pesquisas externas sobre os usuários, especialistas em privacidade recomendam cautela ao compartilhar informações pessoais nas conversas. Afinal, tudo o que for dito pode ser armazenado e reutilizado posteriormente.

A discussão sobre a memória do ChatGPT também levanta questões regulatórias. Em países como a União Europeia, onde a Lei Geral de Proteção de Dados (GDPR) é rigorosa, empresas de tecnologia podem ser obrigadas a oferecer mecanismos simples e transparentes para que usuários revisem e apaguem informações armazenadas. A OpenAI já sinalizou que pretende manter a opção de gerenciamento de dados como parte central da experiência.

Para usuários, a melhor prática continua sendo revisar regularmente o que está salvo e evitar inserir nas conversas dados que não gostaria de manter em registro. Assim como em redes sociais e outros serviços online, a privacidade no ChatGPT depende não apenas das políticas da empresa, mas também das escolhas de cada pessoa ao interagir com a plataforma.

Deputado petista quer Anitta em debate sobre IA

O deputado federal do PT, João Daniel, convidou a cantora Anitta para participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, marcada para o dia 11 de junho de 2025. O encontro visa discutir o Projeto de Lei 2338/2023, que propõe a regulamentação da inteligência artificial (IA) no Brasil. O PL aborda temas como a proteção de dados pessoais, governança da IA e, especialmente, os direitos autorais de obras geradas ou utilizadas por sistemas de IA.

Anitta e a defesa dos direitos autorais

Anitta, reconhecida por sua atuação na indústria musical e digital, tem se posicionado ativamente em questões relacionadas à proteção de direitos autorais. Sua participação na audiência pública é vista como uma oportunidade para trazer à tona as preocupações dos artistas sobre o uso de suas obras por sistemas de IA sem a devida autorização ou compensação. A presença da cantora também destaca a importância de envolver personalidades influentes na discussão sobre a regulamentação da tecnologia.


Anitta (Foto: reprodução/Pinterest/@Vogue Brasil)

O PL 2338/2023 e seus impactos

O Projeto de Lei 2338/2023, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, busca estabelecer um marco regulatório para o uso da inteligência artificial no Brasil. Entre os principais pontos do PL, destaca-se a proteção dos direitos autorais, garantindo que obras protegidas possam ser utilizadas por sistemas de IA apenas com a devida autorização ou para fins específicos, como pesquisa e educação. Além disso, o projeto propõe a criação de um sistema nacional de governança da IA, visando assegurar o uso ético e transparente da tecnologia.

A audiência pública representa um passo importante na construção de uma legislação que equilibre o avanço tecnológico com a proteção dos direitos dos criadores e da sociedade como um todo. A participação de Anitta e de outros artistas será fundamental para garantir que as especificidades do setor cultural sejam devidamente consideradas na regulamentação da inteligência artificial.

Estudo indica que 93% dos brasileiros conectados utilizam IA no dia a dia

Está cada vez mais comum tratar sobre o assunto de inteligência artificial no nosso cotidiano. Com o avanço tecnológico e a praticidade que as IAs oferecem, tem se tornado comum que ela faça parte do cotidiano não só dos brasileiros, mas de todos os usuários da internet. De acordo com um estudo Conversion, em parceria com a ESPM, divulgado com exclusividade pela Forbes Brasil, aponta que 93% dos brasileiros utilizam algum tipo de ferramenta de inteligência artificial em seu dia a dia.

Dados do estudo

Foi realizado um levantamento com cerca de 400 entrevistados que utilizam a internet. A pesquisa foi realizada em maio de 2025, através de questionário online com 25 perguntas, onde aponta que 93% dos entrevistados utilizaram ferramentas mais conhecidas, como o ChatGPT, Gemini e Copilot. Além disso, 98% dos entrevistados conhecem esse tipo de tecnologia.

De acordo com o estudo, a IA ultrapassou o campo da curiosidade e já se faz presente no cotidiano dos usuários. Dados da pesquisa apontam que 49,7% dos entrevistados utilizam ferramentas de IA todos os dias, e 86,4% ao menos uma vez por semana. Quanto às informações geradas por IA,  62% alegam confiar totalmente em informações geradas através de inteligência artificial, número próximo dos 65,2% que responderam o mesmo sobre os buscadores tradicionais, além de 45% que dizem que os dois são igualmente confiáveis.


Cidade do Para utilizou inteligência artificial para a criação de anúncio da festa junina da cidade. (Vídeo: Reprodução/X/@brains9)

Relação entre IA x buscadores

Com o crescimento das IAs, a busca por informação vem mudando de centro. 27,4% dos entrevistados consideram o Google mais confiável para buscar informações contra 25,5% que consideram a IA mais confiável. Esse dado é interessante para mostrar essa descentralização dos meios tradicionais como fonte de informações.

Os brasileiros entrevistados entendem que a IA é um complemento para os buscadores tradicionais, afinal, 71,2% dos usuários apontam que a principal vantagem está relacionada à economia de tempo utilizando as IAs, utilizando-as principalmente na busca de informações específicas, no auxílio em tarefas profissionais e no aprendizado de novos assuntos.

Inteligência artificial corrige tarefas de alunos da rede estadual em SP

A partir de maio de 2025, estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio da rede estadual de São Paulo passam a contar com o auxílio de uma inteligência artificial (IA) na correção de atividades escolares. A iniciativa foi implementada na ferramenta TarefaSP, desenvolvida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), com o objetivo de melhorar o engajamento dos alunos e otimizar o tempo dos professores.

O projeto-piloto prevê que 5% das questões dissertativas sejam corrigidas automaticamente pelo assistente virtual. A ferramenta TarefaSP, utilizada por cerca de 2,5 milhões de alunos, foi criada para facilitar a realização de tarefas de casa e agora passa a incluir correções feitas por IA, com foco inicial em disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Química, Física, Geografia e História.

Correção com apoio da IA beneficia alunos e professores

Com a adoção da inteligência artificial na TarefaSP, os professores podem ampliar o número de atividades dissertativas propostas sem que a correção aumente sua carga de trabalho. As respostas dos estudantes são analisadas com base em modelos criados por especialistas da Seduc-SP e recebem uma avaliação automática que indica se a resposta está correta, parcialmente correta ou incorreta. A IA também fornece uma breve explicação para justificar o comentário.


Sistema da IA (Foto: reprodução/Igor Omilaev/unsplash)

De acordo com o secretário da Educação, Renato Feder, a tecnologia contribui para um maior esforço dos estudantes e permite que os professores concentrem seu tempo no que realmente importa: ensinar. Além disso, os docentes podem revisar as respostas corrigidas e adicionar observações, mantendo a interação pedagógica mesmo com o uso da IA.

Projeto ainda está em fase de testes

Apesar do avanço tecnológico, o uso da IA ainda está restrito a uma pequena parte das atividades e não tem impacto direto na nota dos alunos. A ideia é observar os resultados e, se for bem-sucedido, expandir o uso da tecnologia nos próximos anos.

A ferramenta TarefaSP foi implantada em 2023 e, desde então, tem sido utilizada como um apoio às aulas presenciais. As atividades são baseadas nos conteúdos lecionados em sala, o que garante maior alinhamento entre ensino e prática.

Trump reverte regulamentação de IA e dá prazo ao TikTok, para evitar banimento

Em seu retorno ao Salão Oval, Donald Trump iniciou o mandato com mudanças controversas e de grande impacto. Na segunda-feira (20), o republicano reverteu uma série de políticas adotadas por seu antecessor, Joe Biden, incluindo a regulamentação da inteligência artificial (IA) e a decisão sobre o banimento do TikTok, medida que dividiu opiniões nos Estados Unidos.

Revogação das regras de segurança para IA

Trump decidiu revogar o decreto de Biden que visava estabelecer padrões mais rígidos para o uso da inteligência artificial no país. Esse decreto partia de um esforço do governo democrata, para garantir que a IA fosse desenvolvida de forma ética e segura.

Estabelecia pontos importantes como a obrigatoriedade de desenvolvedores compartilharem dados sobre testes de segurança com o governo; juntamente com a realização de avaliações sobre riscos que a tecnologia poderia causar, incluindo ameaças químicas, radiológicas ou biológicas, além de relatórios que identificassem o impacto da IA no mercado de trabalho americano.

Para Trump e outros republicanos, no entanto, as regras eram vistas como um obstáculo à inovação. Em nota, membros do Partido Republicano afirmaram que regulamentações excessivas poderiam sufocar o potencial da IA no país, um setor que eles consideram estratégico para a economia e a liderança global dos Estados Unidos.


Donald Trump adia banimento do TikTok por 75 dias (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Além de lidar com a regulamentação de IA, Trump também voltou sua atenção ao TikTok, a popular rede social chinesa que estava sob ameaça de ser banida nos EUA. Trump assinou um decreto adiando o banimento da plataforma por 75 dias, dando mais tempo para que a empresa negocie um acordo com o governo. A decisão também suspende temporariamente uma lei aprovada no governo Biden, que exigia que o TikTok encontrasse um comprador para sua operação americana.

De acordo com o novo decreto, o Departamento de Justiça deve comunicar às gigantes de tecnologia, como Apple e Google, que não houve violação de normas, enquanto a proibição estava em vigor.

No domingo (19), o TikTok chegou a ficar fora do ar para usuários americanos por algumas horas, antes de ser reativado. Em uma notificação enviada aos seus usuários, a empresa agradeceu a decisão de Trump e afirmou estar comprometida em continuar no mercado americano.

Controvérsias e repercussão

As medidas de Trump reacenderam debates sobre inovação e soberania digital. Para defensores das regulamentações de Biden, a revogação do decreto sobre IA representa um retrocesso, colocando consumidores e trabalhadores em risco. Já o adiamento do banimento do TikTok gerou críticas de setores mais conservadores, que veem a plataforma como uma ameaça à segurança nacional.

Enquanto isso, os próximos meses serão decisivos para determinar o futuro dessas questões. A indústria de tecnologia observa com atenção as novas diretrizes do governo, enquanto consumidores e empresas aguardam para entender os impactos das mudanças.

Trump deu o tom de seu governo já no primeiro dia: polêmico, direto e com ações que prometem gerar intensos debates nos próximos anos.

Segurança no Brasil é executada com ‘fígado’, afirma especialista

Segurança no Brasil é executada com “fígado”, afirma o especialista em segurança pública Luís Flávio Sapori em entrevista à CNN, e conclui que é preciso implementar mais tecnologias efetivas para a melhoria da segurança.

O especialista e professor da PUC Minas participou do CNN Talks que ocorreu nesta terça-feira, (16), em São Paulo, onde abordou a temática de Tecnologia e Cidades Inteligentes.

Segurança no Brasil: desafios e soluções

“A segurança pública ainda é muito feita com fígado no Brasil”, afirmou Sapori, em referência ao uso predominante da intuição e da força bruta no enfrentamento ao crime. “Em relação à lógica de enfrentamento ao crime, com uso da força, as tecnologias ainda são pouco utilizadas”, acrescentou.

Segundo o especialista, o crime é cada vez mais “sofisticado” e “empresarial” no Brasil e no resto do mundo. Para lidar com essa realidade, afirma, é necessário “inteligência, planejamento e tecnologia”.

Desafios na implementação da inteligência artificial no Brasil

O uso da inteligência artificial (IA) no Brasil enfrenta uma série de desafios significativos, principalmente devido à falta de regulamentação específica e à necessidade de políticas públicas claras. As empresas e pesquisadores precisam de um ambiente mais propício para inovação, que inclua incentivos fiscais e maior investimento em infraestrutura tecnológica. Além disso, há uma carência de profissionais qualificados em IA, o que dificulta a implementação de soluções avançadas e limita o potencial de crescimento do setor no país.


Precisa de avanços de IA no Brasil (Foto: reprodução/Freepik)

Outro obstáculo é a conscientização sobre a importância e as aplicações da IA. Muitas empresas ainda não compreendem completamente como a IA pode beneficiar seus negócios, resultando em baixa adoção de tecnologias avançadas. Essa falta de entendimento impede que o Brasil acompanhe o ritmo de inovação observado em outros países.

A integração da IA nos setores público e privado também encontra barreiras relacionadas à infraestrutura tecnológica. A infraestrutura existente no Brasil não é suficiente para suportar a implementação de soluções de IA em larga escala, o que demanda investimentos significativos para modernização. Esse cenário desafia o país a criar estratégias que facilitem a adoção da IA, impulsionando a competitividade e o desenvolvimento econômico.