O ministro Alexandre de Moraes autorizou nesta quarta-feira (10), que o ex-presidente Jair Bolsonaro realize um procedimento médico, após pedido da defesa. De acordo com a equipe que cuida da saúde de Bolsonaro, ele deve passar por um procedimento de pele para remoção de algumas lesões.
A decisão assinada por Moraes ocorre em meio à segunda e última semana de julgamento de Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista. Bolsonaro segue em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após o ex-presidente ter descumprido uma medida cautelar, que era a ordem de não postar em redes sociais.
Autorização para procedimento
Entretanto, Moraes acrescentou algumas determinações dentro da autorização para que Bolsonaro seja liberado para o procedimento médico. O transporte deve ser acompanhado pela Polícia Penal do Distrito Federal e a permanência no hospital está restrita somente para o dia do atendimento.
Foi determinado por Moraes que Bolsonaro apresente à Corte um atestado médico com data e os horários de atendimento, em até 48 horas após. Também foi reforçado pelo ministro que a autorização é temporária e não libera Bolsonaro do cumprimento das outras medidas cautelares.
Ministro Alexandre de Moraes no julgamento pela trama golpista em 10 de setembro de 2025 (Foto: reprodução/Evaristo Sa/Getty Images Embed)
Prisão de Bolsonaro
Foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, em 4 de agosto, que Bolsonaro cumprisse prisão domiciliar, após descumprimento de medidas judiciais impostas a ele. O presidente fez uma postagem em suas redes sociais em julho deste ano, o que causou a medida imposta por Moraes, já que entre as restrições está o impedimento do uso de redes sociais.
Contudo, a defesa de Jair Bolsonaro nega o descumprimento da medida cautelar. Foi pedido também que o ministro reconsidere a ordem de prisão domiciliar, com a justificativa de que Bolsonaro está sendo colaborativo com as investigações e não tem descumprido nenhuma ordem judicial.
O julgamento de Bolsonaro e os outros sete réus pela trama golpista está em sua última semana, com previsão de conclusão para essa sexta-feira (12). Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já realizaram seus votos, sendo ambos a favor da condenação dos oitos indiciados. O ministro Luix Fux realiza o seu voto nesta quarta-feira (10), mas o resultado até o momento é de 2 para condenação pelos crimes.
