Lula e Trump se reúnem nesta semana na Malásia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem se reunir no próximo domingo (26), na Malásia, segundo informações da agenda oficial do líder brasileiro. O encontro faz parte de uma série de compromissos internacionais voltados ao fortalecimento das relações bilaterais e à discussão de temas globais.

Os dois presidentes estão confirmados para participar do fórum da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), que acontecerá em Kuala Lumpur, capital da Malásia, nos dias 26 e 27. Lula tem previsão de embarcar para o continente asiático nesta terça-feira, onde participará das reuniões e dos encontros programados.

O que esperar do encontro na Malásia

O encontro entre Lula e Donald Trump, previsto para acontecer durante a cúpula da Asean, na Malásia, deve consolidar o clima de reaproximação iniciado após o telefonema amistoso entre os dois líderes. A expectativa é de que a reunião sirva para avançar nas negociações em torno do tarifaço e discutir novas formas de cooperação econômica entre Brasil e Estados Unidos. Além da pauta comercial, temas como meio ambiente, segurança internacional e investimentos bilaterais também devem entrar em debate. A diplomacia brasileira vê o encontro como uma oportunidade de restabelecer a confiança mútua e reposicionar o Brasil em um cenário global cada vez mais estratégico.

A reunião também é vista como um teste de maturidade diplomática para ambos os governos. Enquanto Lula busca reafirmar o papel do Brasil como mediador em um cenário internacional polarizado, Trump tenta demonstrar disposição para o diálogo e abertura a novas parcerias comerciais. A presença dos dois líderes na Malásia deve atrair atenção global, simbolizando não apenas uma tentativa de superar divergências recentes, mas também um movimento estratégico para fortalecer a influência de seus países na Ásia e em outras regiões emergentes.


Detalhes sobre o encontro na Malásia (Vídeo:reprodução/YouTube/@globonews)

A conversa que reacendeu a “química” política entre os dois

A relação entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump passou por momentos de tensão após o anúncio do chamado tarifaço, quando os Estados Unidos aumentaram as tarifas de importação sobre produtos brasileiros, atingindo setores estratégicos da economia nacional. Diante da medida, Lula reagiu com cautela, afirmando que o Brasil não buscava um conflito comercial, mas que adotaria medidas equivalentes caso as tarifas fossem mantidas. Mesmo com o impasse, o governo brasileiro reforçou a importância de preservar o diálogo e manter abertos os canais diplomáticos com Washington.

No início de outubro, um telefonema entre Lula e Trump marcou uma mudança significativa no tom das relações bilaterais. A conversa, descrita como cordial e produtiva por ambos os lados, durou cerca de meia hora e abriu caminho para a retomada das negociações sobre o tarifaço. O gesto foi bem recebido por diplomatas dos dois países, que consideraram o diálogo um sinal positivo para reconstruir a confiança e reduzir as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

Lula nomeia Guilherme Boulos para a Secretaria-Geral da Presidência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (20) a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para comandar a Secretaria-Geral da Presidência do Brasil. A troca já vinha sendo debatida nos bastidores há meses e marca uma nova fase de articulação política para o governo.

A pasta vinha sendo ocupada por Márcio Macêdo desde o início da atual gestão, e sua substituição por Boulos indica a intenção de fortalecer a interlocução com bases sociais e movimentos de moradia, um espaço no qual o novo nome tem influência consolidada.

Perfil de Boulos e trajetória política

Guilherme Boulos, de 43 anos, é formado em Filosofia pela USP e possui mestrado em Psiquiatria pela mesma universidade. Ele se tornou figura pública nacional por sua atuação no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), onde luta por moradia digna há mais de duas décadas.

Em 2022, foi o deputado federal mais votado em São Paulo, com mais de 1 milhão de votos. Também já concorreu à presidência e à prefeitura de São Paulo pelo PSOL. Sua experiência e perfil social elevam expectativas de articulação mais próxima entre governo e movimentos populares.


Presidente Lula faz nova escolha em seu governo (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR)


Significados da nomeação e desafios à frente

A escolha de Boulos para a Secretaria-Geral da Presidência tem forte caráter simbólico e estratégico. A pasta é responsável pela agenda institucional do presidente, pela interlocução com movimentos sociais e entidades, o que combina diretamente com a militância que Boulos representa. Observadores interpretam a mudança como tentativa de ampliar a base de apoio do governo para o ciclo eleitoral de 2026.

No entanto, ele chega com desafios importantes: terá que conciliar as demandas de mobilização social com a lógica institucional da presidência, gerir conflitos internos e atuar em meio a disputas políticas intensas. A expectativa também recai sobre até que ponto ele conseguirá influenciar decisões além de sua pasta, especialmente em áreas estruturais como habitação, urbanismo e políticas sociais.

A troca na Esplanada também pode refletir desejo do governo de renovar imagem e mostrar mais abertura ao diálogo com setores que se sentiram distantes. Resta saber se Boulos irá manter a postura combativa do passado ou ajustar-se ao ambiente institucional. Em cenário polarizado, a eficácia de sua atuação será observada com atenção.

Janja anuncia envio de ajuda do Brasil à população da Faixa de Gaza

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, informou nesta sexta-feira (17) que o governo brasileiro vai encaminhar, nos próximos dias, um pacote de ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza. O anúncio foi feito em Roma, na Itália, durante o encerramento do Fórum Mundial da Alimentação, realizado na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

De acordo com Janja, o envio de alimentos, medicamentos e outros itens essenciais foi determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ação tem como meta contribuir com o socorro às famílias que enfrentam escassez e dificuldades após os conflitos que afetaram a região. Ela ressaltou que, além da solidariedade, é fundamental que os países atuem de forma concreta para garantir o cumprimento do cessar-fogo e apoiar a reconstrução das comunidades locais.

Agenda voltada ao combate à fome

Janja foi convidada oficialmente pela FAO para participar da programação voltada à segurança alimentar e ao enfrentamento da fome no mundo. Desde terça-feira (14), ela vem cumprindo uma série de compromissos na capital italiana, onde participou de cerca de dez reuniões e encontros com representantes de diversos países.


Janja e Lula (Foto: reprodução/Alexi J. Rosenfeld/Getty Images Embed)

Durante a estadia, a primeira-dama tem se hospedado na Embaixada do Brasil, localizada no Palácio Pamphilj, na Piazza Navona. Sua participação faz parte das ações ligadas à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa apresentada por Lula durante a presidência brasileira do G20 e vem sendo fortalecida em fóruns internacionais com o apoio direto de Janja.

Brasil reforça presença em debates internacionais

Além da ajuda humanitária, a presença do Brasil no Fórum Mundial da Alimentação destacou a importância de fortalecer a cooperação entre os países em torno da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável. O governo brasileiro busca manter uma atuação ativa em pautas que envolvem solidariedade e políticas públicas voltadas à redução das desigualdades.


Primeira-dama anuncia ação humanitária do Brasil em apoio à população da Faixa de Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/@odiariodacidade)

O Fórum, que neste ano completou oito décadas de existência, reuniu autoridades e especialistas para discutir transformações nos sistemas alimentares e estratégias de combate à fome global.


Próximos compromissos internacionais

Depois da passagem por Roma, Janja segue para Paris, onde representará o Brasil no seminário internacional “Diálogos Transatlânticos: Transição Energética, Educação Ambiental e ODS”, realizado entre os dias 19 e 21 de outubro na Universidade de Sorbonne. O encontro reunirá representantes de diferentes países para debater soluções sustentáveis e ações ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Com a decisão de enviar ajuda à Faixa de Gaza, o Brasil reforça sua posição de parceria e apoio humanitário, mantendo-se ativo em temas que envolvem solidariedade global e cooperação entre nações.

Lula diz que pode concorrer à presidência em 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (16) que pode disputar novamente a Presidência da República, mas ressaltou que a decisão dependerá de sua saúde. A declaração foi feita durante o 16º Congresso do PCdoB, em Brasília, partido que integra a Federação Brasil da Esperança, junto com PT.

Lula explicou que, caso concorra outra vez, pretende defender um projeto mais amplo para o país. “Posso ser candidato novamente se estiver com saúde. Mas não quero disputar só para falar de programas sociais. Quero pensar em um Brasil maior, em que as pessoas acreditem no futuro”, declarou. Ele também comentou que a eleição de 2026 será marcada por uma disputa entre a esquerda e a extrema-direita.

Lula será o primeiro presidente com 80 anos

No próximo dia 27, o presidente completará 80 anos, tornando-se o primeiro chefe do Executivo brasileiro a exercer o cargo com essa idade. Em outras entrevistas, Lula já havia dito que só desistiria da candidatura se tivesse problemas de saúde ou se aparecesse alguém melhor preparado. Para ele, “80 anos é o auge da maturidade humana”.

Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada no início de outubro, mostrou que Lula venceria todos os adversários em um possível segundo turno, caso a eleição acontecesse hoje.


Na úlitma quinta-feira (16) Lula realizou uma reunião com líderes do setor da mineração (Foto: Reprodução/X/@LulaOficial)

Lula nos preparativos para COP30

Enquanto isso, o governo se prepara para a Conferência do Clima da ONU (COP30), que ocorrerá em Belém entre 10 e 21 de novembro de 2025. Para o evento, Lula escolheu uma hospedagem inusitada: ficará em um navio de guerra da Marinha, o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”.

Técnicos já estão avaliando as condições da embarcação, que chegou a Belém em 25 de setembro. O plano é que o presidente e a primeira-dama, Janja da Silva, usem o navio a partir de 4 de novembro. A embarcação ficará atracada no comando da Marinha, o que deve facilitar a segurança e a logística durante a conferência.

Diplomacia em foco: Brasil e EUA se reúnem para tratar de tarifaço em Washington

Brasília e Washington voltam a centralizar as atenções do cenário político-econômico internacional nesta quinta-feira (16), com a realização de uma reunião crucial de negociação entre o Brasil e os Estados Unidos. O encontro, que ocorrerá na capital norte-americana, visa discutir as tarifas impostas recentemente pelos EUA sobre uma gama de produtos brasileiros.

A pauta de negociações, confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é liderada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, designado pelo presidente Donald Trump para representar os interesses americanos.

Diplomacia brasileira tenta reverter sobretaxa de Trump

A reunião presencial em Washington concretiza o acerto telefônico da semana anterior entre Vieira e Rubio. A diplomacia brasileira, com o chanceler em Washington desde a véspera e em preparação com técnicos do governo, busca uma solução para a sobretaxa de 50% anunciada por Trump, que atingiu diversas exportações brasileiras. Uma fonte com conhecimento do assunto, falando à Reuters sob anonimato, confirmou o agendamento da cúpula para hoje.

O contexto que envolve a imposição das tarifas é complexo e inclui elementos políticos. Trump justificou a medida citando, entre outros motivos, o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o qual o líder norte-americano classificou como “caça às bruxas”.


Matéria sobre a primeira reunião para negociar tarifaço (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Lula adota tom pragmático e reforça foco econômico em diálogo

Apesar da polarização política, o presidente Lula buscou sinalizar um foco pragmático nas tratativas comerciais. Durante discurso em cerimônia no Rio de Janeiro, na quarta-feira (15), Lula detalhou a recente conversa telefônica com Trump, mencionando que a questão do ex-presidente Bolsonaro não fez parte do diálogo, que se concentrou em temas da agenda econômica bilateral.

Em tom descontraído, Lula brincou com a declaração de Trump sobre a “excelente química” que teriam tido em um breve encontro na Assembleia-Geral da ONU, ao dizer que na ligação, “não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, destacando a importância da pauta econômica.

A reunião entre Vieira e Rubio testa o nível de aproximação e o canal de diálogo estabelecido entre os dois governos, após um período de tensões comerciais e políticas. A expectativa é que o encontro possa pavimentar o caminho para a suspensão ou, pelo menos, a redução das tarifas adicionais, essenciais para o reequilíbrio das relações comerciais e para o setor exportador brasileiro. O resultado deste diálogo definirá a trajetória da relação bilateral e o futuro das exportações do Brasil para um de seus principais parceiros comerciais.

Lula anuncia criação da Carteira Nacional Docente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (15), data em que se comemora o Dia do Professor, a abertura dos pedidos para a Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB) que poderá ser solicitada a partir de amanhã (16). O documento foi oficialmente anunciado durante evento de lançamento no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, Rio de Janeiro-RJ.

Além da facilidade para o acesso de vantagens já garantida à categoria, como descontos em eventos culturais (cinemas teatros e shows), a carteira trará os benefícios do programa Mais Professores para todo o Brasil, como cartões de crédito sem anuidade e 15% de desconto em diárias  hotéis, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). O documento atenderá  os 2,5 milhões de professores em todo o país.  

Detalhes sobre a nova CNDB

Com validade de 10 anos a nova carteira para professores, terá dados pessoais como nome completo; Cadastro de Pessoa Física (CPF); filiação; data e local de nascimento e órgão ou instituição de ensino onde o professor atua, com indicação da unidade da Federação. O documento é destinado a professores de todos os níveis e etapas da educação, das redes públicas e privadas.

Para pedir a CNDB na página Mais Professores, com acesso via conta gov.br. O servidor precisa estar com Cadastro de Pessoa Física (CPF) regular junto à Receita Federal e estar  ativo no exercício docente em uma instituição de ensino.


Evento de lançamento da Carteira Nacional Docente (Vídeo: reprodução/YouTube/Poder360)

Parceria com empresas

O governo ainda tem formado parcerias com empresas de todo o Brasil para garantir descontos, benefícios e vantagens especiais para os professores que terão a Carteira Nacional Docente do Brasil. O Selo #TôComProf será exibido nos pontos de venda das empresas parceiras, sinalizando que ali o professor encontra condições diferenciadas. Para utilizar o benefício, basta apresentar a carteira.

Para fazer parte do programa #TôComProf, os estabelecimentos devem ter abrangência nacional ou regional e regularidade perante a administração pública. As companhias devem ofertar serviços financeiros ou comerciais de alimentação, cultura e lazer, higiene e limpeza, moradia, saúde e transporte, entre outros. O desconto mínimo oferecido deve ser de 10% sobre o valor de tabela ou preço praticado ao público em geral, durante um período de até 12 meses ou em quantidade específica.

Milei publica bilhete de Trump e celebra amizade: “Meu amigo, um grande presidente”

O cenário político sul-americano e as complexas relações internacionais voltaram ao centro das atenções com o encontro de alto nível entre o presidente argentino, Javier Milei, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, nesta terça-feira (14). A reunião, que aconteceu cerca de uma semana após Washington concordar em conceder um pacote de apoio financeiro significativo à Argentina, consolidou a parceria ideológica e estratégica entre os dois líderes.

Após o encontro no Salão Oval, o presidente argentino recorreu à rede social X para destacar a proximidade com o republicano. Milei publicou uma fotografia sorridente ao lado de Trump, acompanhada de um bilhete manuscrito e assinado pelo presidente americano, que o chamava de “amigo” e o elogiava como um “grande presidente”. A legenda da postagem reforçava a sintonia ideológica, combinando o famoso slogan de Trump, MAGA (Make America Great Again), com o lema do próprio Milei, “VLLC” (¡Viva la libertad, carajo!).

Ajuda bilionária dos EUA à Argentina reforça aliança estratégica

A visita de Milei aos EUA teve como principal objetivo discutir os detalhes da ajuda financeira prometida por Washington. O apoio, anunciado na semana passada pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, virá por meio de um swap cambial com o Banco Central argentino, totalizando US$ 20 bilhões. A injeção de capital é vista como um movimento crucial para estabilizar a economia argentina e suas reservas cambiais, especialmente antes das eleições legislativas no país. Segundo fontes da Casa Branca, a decisão atípica de intervir no exterior visa estabilizar um aliado-chave na região e sustentar a agenda econômica ultraliberal de Milei.

Durante o almoço com o presidente argentino, Trump teceu comentários que expandiram o escopo da discussão para o contexto sul-americano. O presidente americano defendeu o apoio à Argentina, argumentando que o sucesso do país vizinho serviria de exemplo e que muitos outros já estão seguindo. O apoio não é incondicional: a imprensa americana relatou que Trump teria condicionado a continuidade da ajuda ao desempenho eleitoral de Milei nas próximas legislativas, ressaltando que investimentos são tratados de forma diferente quando se trata de um governo socialista.


Publicação de Milei sobre bilhete de Trump, que o chama de amigo (Foto: reprodução/X/@JMilei)


Trump cita conversa com Lula

Em uma nota diplomática que chamou a atenção, Trump mencionou sua recente boa conversa com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Embora Milei e Lula sejam adversários políticos, o comentário de Trump sobre o Brasil sugeriu um esforço para manter canais abertos na região.
Apesar de enfrentar críticas internas nos EUA, especialmente de agricultores norte-americanos, que apontam para o redirecionamento das compras de soja da China para a Argentina, o governo Trump demonstra interesse em fortalecer laços estratégicos. Questionado sobre a possibilidade de um acordo de livre comércio com a Argentina, Trump não descartou a ideia, afirmando que é possível, o que sinaliza um aprofundamento da relação bilateral para além da crise econômica. O pacote de ajuda e o apoio político de Trump, portanto, representam um forte endosso à administração Milei em um momento de extrema fragilidade econômica e política.

Lula afirma que desnutrição tem sido usada como arma de guerra na Palestina

Na última segunda-feira, dia 13 de outubro, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um discurso na reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, do Fórum Mundial da Alimentação, que acontece em Roma, capital da Itália. Durante o discurso, o líder do Planalto afirmou que a desnutrição tem sido usada como arma de guerra durante os conflitos na Palestina. Lula também falou da inclusão dos mais pobres na economia. 

O discurso de Lula

Durante sua fala no Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o presidente Lula comentou a respeito dos projetos-piloto desenvolvidos pela organização, e como eles são importantes. Além disso, o brasileiro ainda falou da Palestina, e como os conflitos têm impactado na vida e na nutrição dos palestinos. Na Palestina, onde a desnutrição tem sido cruelmente usada como arma de guerra, vamos apoiar programas de atenção especial voltados às mulheres e crianças”, disse Lula.


Lula discursa a respeito da fome (Vídeo:reprodução/YouTube/@CNN Brasil)

O presidente do Brasil ainda falou de Gaza em seu discurso de abertura do Fórum Mundial da Alimentação: “da tragédia em Gaza à paralisia da Organização Mundial do Comércio, a fome tornou-se sintoma do abandono das regras e instituições multilaterais”.

Inclusão dos mais pobres

Durante os dois discursos, feitos durante os eventos em Roma, Lula chamou atenção para a inclusão alimentar das pessoas menos favorecidas. O presidente do Brasil também citou a reforma do Imposto de Renda. 

É preciso que cada governante assuma responsabilidade. Na hora de fazer o orçamento de seu país, de discutir quanto vai para as forças armadas, para a diplomacia, para isenção a empresários, que benefício vai fazer, é importante lembrar que os pobres não são invisíveis e é preciso enxergá-los, porque eles um dia nos enxergarão, e a gente vai pagar o preço da irresponsabilidade de não cuidar dos pobres em igualdade de condições de como se cuida do rico”, disse Lula em seu discurso.

Segundo o mandatário brasileiro, os pobres devem ser incluídos nos orçamentos dos países. A declaração é reflexo da saída do Brasil do Mapa da Fome, que só foi possível por causa de programas de distribuição de renda e outras medidas governamentais. A agenda do presidente no solo italiano ainda incluiu uma visita ao Papa XIV. 

Trama Golpista: Supremo coloca núcleo de desinformação no banco dos réus

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (14), o julgamento do chamado “Núcleo 4” da mega investigação que apura a tentativa de golpe de Estado supostamente orquestrada após as eleições de 2022. As sessões, que se estenderão por esta e a próxima semana — nos dias 14, 15, 21 e 22 de outubro —, marcam a estreia do ministro Flávio Dino na presidência da Primeira Turma.

O grupo, formado por sete réus, é formalmente acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter atuado na disseminação orquestrada de desinformação com o objetivo explícito de minar a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro e das urnas eletrônicas perante a opinião pública. A PGR, em suas alegações finais apresentadas no início deste mês, solicitou a condenação de todos os envolvidos, sustentando que eles agiram em coordenação direta com o “núcleo central” da organização criminosa, apontado como sendo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Acusações detalhadas e o papel da Abin

De acordo com o Ministério Público, a meta principal deste núcleo era “enfraquecer as instituições democráticas”, tornando-as questionáveis perante a população. A acusação é grave e aponta que os réus teriam, inclusive, utilizado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para potencializar a divulgação de notícias falsas sobre o processo eleitoral. Em resposta, todos os réus enviaram alegações finais ao Supremo, nas quais negaram todas as acusações.

Este será o segundo núcleo da trama a ser submetido a julgamento pela Primeira Turma do STF. Em um precedente recente de grande impacto, a mesma Turma já condenou em setembro o ex-presidente Bolsonaro e outros sete integrantes do Núcleo 1 pela tentativa de golpe de Estado, reforçando a linha dura do colegiado.


Matéria sobre o julgamento do núcleo 4 da trama golpista de 2022 (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)

Flávio Dino assume a presidência

Uma novidade procedural de destaque neste julgamento é a condução dos trabalhos pelo ministro Flávio Dino. Por força da regra de rotatividade interna do STF, Dino assumiu a presidência da Primeira Turma no dia 1º de outubro, sucedendo o ministro Cristiano Zanin. Caberá a ele a responsabilidade de gerir as sessões, abrindo e encerrando os trabalhos, além de garantir a disciplina e o respeito aos tempos de fala estipulados para advogados, partes e os demais ministros.

A sessão inaugural desta terça-feira terá como marco inicial a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Em seguida, o plenário dará voz à PGR e aos advogados de acusação, para então iniciar a fase de votos dos ministros. O rol de réus do Núcleo 4 inclui figuras de patente militar, como o coronel Reginaldo Vieira de Abreu e o major da reserva Ailton Gonçalves Moraes Barros, além de civis como Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), e um policial federal. As decisões deste julgamento são aguardadas com intensa expectativa, podendo consolidar a jurisprudência do Supremo sobre a desinformação como instrumento de subversão da ordem democrática.

Pesquisa aponta que Lula ganha em todos os cenários de 2026

Nesta quinta-feira (09), a Pesquisa Quaest divulgou um novo resultado de pesquisa eleitoral. A consulta, encomendada pela Genial Investimentos, mostrou que o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, lidera em todos os cenários possíveis, em primeiro e em segundo turno. A pesquisa se manteve estável, e Lula se mantém como o principal candidato na corrida presidencial. O maior crescimento do presidente Lula foi em relação à possível candidatura do atual governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A Pesquisa Quaest tem dois pontos como margem de erro, para mais ou para menos.

Os possíveis cenários para o 1°turno de 2026

A eleição presidencial de 2026 possui diversos cenários. As opções que apareceram na pesquisa são:

  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
  • Jair Bolsonaro (PL) – inelegível
  • Ratinho Júnior (PSD)
  • Ciro Gomes (PDT)
  • Romeu Zema (Novo)
  • Ronaldo Caiado (União Brasil)
  • Michelle Bolsonaro (PL)
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos)
  • Eduardo Bolsonaro (PL)

Para a parte da pesquisa relacionada ao primeiro turno, oito cenários foram traçados. Todos envolviam o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Alguns cenários mostravam como o resultado seria se Lula tivesse somente uma principal pessoa candidata como concorrente, enquanto outros mostravam uma combinação de principais candidatos. Os cenários simulados foram: Lula X Bolsonaro; Lula X Michelle Bolsonaro; Lula X Tarcísio de Freitas; Lula X Eduardo Bolsonaro; Lula X Tarcísio de Freitas X Eduardo Bolsonaro; Lula X Eduardo Bolsonaro X Ratinho Júnior; Lula X Eduardo Bolsonaro X Romeu Zema; e por fim, Lula X Eduardo Bolsonaro X Ronaldo Caiado.

Os possíveis cenários para o 2° turno de 2026

A pesquisa eleitoral Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, também trouxe 9 cenários para o segundo turno: todos possuem Lula como candidato. Os cenários avaliados foram: Lula X Ciro Gomes; Lula X Jair Bolsonaro; Lula X Tarcísio de Freitas; Lula X Michelle Bolsonaro; Lula X Ratinho Júnior; Lula X Romeu Zema; Lula X Ronaldo Caiado; Lula X Eduardo Bolsonaro; e, por último, Lula X Eduardo Leite. Segundo a pesquisa, o atual presidente do Brasil ganharia em todos os cenários.


Natuza Nery comenta pesquisa da Quaest (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalg1)

 

A maior mudança entre a pesquisa feita em setembro e a pesquisa feita agora, em outubro, foi a diferença entre Lula e Tarcísio de Freitas no 2º turno. Em setembro, Lula acumulava 43% das intenções de voto, enquanto Tarcísio tinha 35%: oito pontos de diferença entre os dois. A pesquisa de outubro mostrou que Lula possui 45% das intenções de voto, enquanto Tarcísio recebeu 33%: agora, são 12 pontos que separam os dois possíveis candidatos. A Pesquisa Quaest ouviu 2004 eleitores, e aconteceu entre os dias 2 a 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos, para mais e para menos.