Alcolumbre reage à decisão de Gilmar Mendes e fala de prerrogativas do Senado

A decisão individual de Gilmar Mendes, tomada nesta quarta-feira (3), provocou forte reação no Senado e reacendeu o debate sobre os limites entre os poderes. O ministro suspendeu o trecho da Lei do Impeachment que permitia que qualquer cidadão apresentasse denúncia por crime de responsabilidade contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), restringindo essa prerrogativa exclusivamente à Procuradoria-Geral da República (PGR).

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, classificou a medida como uma tentativa de “usurpar prerrogativas” do Legislativo. Embora ainda precise ser avaliada pelo plenário do Supremo entre os dias 12 e 19 de dezembro, a decisão gerou imediato incômodo político. Em discurso, Alcolumbre afirmou estar “muito preocupado” com o teor da liminar e sugeriu, inclusive, que o Congresso pode reagir alterando a Constituição caso considere necessário.

Legislativo vê interferência em suas competências

Para Alcolumbre, a ação de Mendes ultrapassa a função jurisdicional e ameaça a independência dos poderes. O senador argumenta que a Lei do Impeachment, de 1950, foi fruto de decisão democrática do Congresso e não deveria ser alterada por meio de decisão monocrática. Ele defendeu que eventuais abusos cometidos por cidadãos no uso da lei não justificam sua restrição por ordem judicial.


O presidente do Senado brasileiro, Davi Alcolumbre (Foto: reprodução/EVARISTO SA/AFP/Getty Images)


O presidente do Senado lembrou ainda que já tramitam projetos para reformular o marco legal dos crimes de responsabilidade e limitar decisões individuais no STF, sinal de que a tensão entre as instituições não é nova. Segundo ele, não é razoável que uma lei aprovada pelo Parlamento e sancionada pela Presidência seja revista por apenas um ministro da Corte.

STF redefine procedimentos de impeachment

A liminar de Gilmar Mendes responde a duas ações, uma do partido Solidariedade e outra da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Além de restringir quem pode apresentar denúncias, Mendes modificou outros dispositivos da Lei do Impeachment. Entre eles, a mudança no quórum para abertura de processos: antes de maioria simples, agora exigirá dois terços dos votos do Senado.

Outro ponto central é que decisões judiciais, isto é, o conteúdo dos votos e entendimentos dos ministros, não poderão ser usadas como argumento para enquadrá-los em crime de responsabilidade. Para o ministro, divergências jurídicas são parte do ofício e não podem ser transformadas em fundamento para punições políticas.

AIDS registra queda de mortes de 13% no Brasil

Nesta segunda-feira (1), foi publicado no site oficial do governo: gov.br, na seção Boletim Epidemiológico. Esse boletim epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde, mostrou que o Brasil registrou uma queda nos números de mortes por AIDS de 13% entre os anos de 2023 e 2024, o que resultou no menor número dos últimos 30 anos.

Esses números são um reflexo dos avanços tecnológicos e dos cuidados adotados nos últimos anos. Analisando os dados, as mortes por AIDS passaram de mais de 10 mil em 2023 para 9,1 mil em 2024, representando o menor registro das últimas três décadas. Outra queda importante foi nos diagnósticos de AIDS, que, no mesmo período, reduziram 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil em 2024,  o que tem uma ótima repercussão, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Motivos da queda de mortes por AIDS nos últimos anos

O ministro da Saúde afirmou que esses números de queda divulgados neste mês são significativos — dezembro é o mês oficial da luta contra o HIV e a AIDS, e 1° de dezembro é o Dia Mundial de Combate à AIDS. Padilha afirma que esses dados são muito importantes para demonstrar que este é o caminho indicado para manter e alcançar o menor número de mortes por AIDS dos últimos 32 anos, o que é extremamente relevante.


Post sobre a importância dos cuidados a Aids e celebração de conquistas históricas (Foto: Reprodução/Instagram/@minsaude)


Alexandre Padilha afirma que esses números demonstram o trabalho realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que tem oferecido gratuitamente alta tecnologia, utilizando o que há de mais moderno na prevenção, diagnóstico e tratamento. O ministro da Saúde também destacou que os avanços tecnológicos permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical, ou seja, quando se impede que uma doença seja transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação, o que era um grande problema de saúde pública.

Uma diminuição significativa dos casos materno-infantil

Quando é analisado o componente materno-infantil, o país registrou uma queda significativa de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). Esses dados reafirmam o que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou sobre como os avanços tecnológicos, aliados ao SUS, impactaram na diminuição desses casos.

O início tardio da profilaxia neonatal — ou seja, iniciar o tratamento preventivo do recém-nascido somente depois do tempo ideal, geralmente nas primeiras horas ou dias de vida, quando o ideal seria iniciar imediatamente após o nascimento — caiu 54% dos casos, demonstrando melhora significativa na atenção ofertada no pré-natal e nas maternidades.


Post sobre o Dia Mundial de Luta Contra a Aids (Foto: Reprodução/Instagram/@minsaude)


O Brasil atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, um número significativo. Além disso, Padilha afirma que todas as gestantes recebem testes para HIV e que também é oferecido tratamento às gestantes que vivem com o vírus. Assim, como consequência, houve a eliminação da transmissão vertical, que era um grande problema de saúde pública — ou seja, quando se impede que a AIDS seja transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez. Em território nacional, a taxa se manteve abaixo de 2%, e a incidência da infecção em crianças ficou abaixo de 0,5 casos por mil nascidos vivos.

Para concluir, em 2024 foram contabilizadas no Brasil 68,4 mil pessoas vivendo com HIV ou AIDS. É muito importante adotar todos os cuidados possíveis e buscar ajuda médica sempre que necessário.

Defesa de Bolsonaro pede novos atendimentos médicos na PF

Nesta segunda-feira (1), a defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro protocolou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para autorizar o acesso de dois novos profissionais de saúde — um cardiologista e um fisioterapeuta — à carceragem da Polícia Federal, em Brasília, onde o ex-presidente cumpre pena. A solicitação busca garantir que ambos possam realizar atendimentos regulares a Bolsonaro dentro da unidade prisional.

Pedido do ex-presidente

O pedido ganhou força após o ex-presidente voltar a apresentar repetidos episódios de crise de soluços desde a última quinta-feira (27). Segundo sua defesa, os problemas de saúde de Bolsonaro seriam decorrentes das cirurgias pelas quais passou após a facada sofrida durante a campanha eleitoral no ano de 2018.


Ex-presidente Jais Messias Bolsonaro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ton Molina)


A solicitação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, que recebeu a indicação dos próprios defensores de Bolsonaro dos dois profissionais: o cardiologista Brasil Ramos Caiado e o fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas. De acordo com os advogados, os especialistas são essenciais para acompanhar a condição clínica do ex-presidente e garantir a estabilidade dos cuidados necessários.

Condenação

Bolsonaro já cumpre pena de 27 anos e três meses por suas condenações relacionadas às tramas golpistas e está preso na Superintendência da Polícia Federal desde 22 de novembro, data em que teria tentado violar a tornozeleira eletrônica que utilizava para ser monitorado enquanto estava em prisão domiciliar. Moraes decretou o início do cumprimento da pena do ex-presidente após alegar grande risco de fuga. Até o momento, não houve manifestação pública do ministro Alexandre de Moraes sobre a decisão do pedido apresentado pela defesa.

Enquanto isso, aliados e advogados do ex-presidente reiteram a necessidade de reforçar a equipe médica para evitar o agravamento de seu estado de saúde e de uma piora física. Por outro lado, a solicitação reacende o debate sobre possíveis tratamentos diferenciados a condenados e sobre a importância de manter a aplicação igualitária das regras do sistema penitenciário.

Governo Trump sinaliza operação terrestre para bloquear tráfico vindo da Venezuela

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (27) que o país deve iniciar, “muito em breve”, operações terrestres para conter grupos envolvidos no tráfico de drogas a partir da Venezuela. A declaração foi feita durante uma conversa virtual com militares, em homenagem ao Dia de Ação de Graças, quando Trump reforçou a intenção de Washington de ampliar o escopo das ações já em curso no Caribe.

Segundo o presidente, redes criminosas que atuam pela rota marítima estariam enfrentando mais dificuldades por causa das operações navais americanas, o que abriria espaço para uma nova fase por terra. “Vocês provavelmente notaram que as pessoas não querem mais arriscar entregas pelo mar. Vamos começar a impedi-las também por terra. Essa etapa será mais simples e terá início muito em breve”, afirmou.

Trump acrescentou ainda que o governo já havia “avisado” os grupos envolvidos para que deixassem de enviar drogas aos Estados Unidos.

Operações no Caribe ganham nova dimensão

A fala ocorre em meio à intensificação da presença militar dos EUA próximo ao território venezuelano. Nos últimos meses, Washington reforçou patrulhas navais e aéreas no Caribe e no Pacífico, alegando foco no combate ao narcotráfico.

Entre os recursos mobilizados está o grupo de ataque do USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, acompanhado de navios de guerra, caças F-35 e um submarino nuclear.


Presidente Donald Trump (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Steven Hirsch-Pool)


Tensão cresce enquanto negociações são ventiladas

A Venezuela ainda não respondeu diretamente aos novos comentários. O governo Nicolás Maduro, porém, tem reiterado que está preparado para reagir a qualquer tentativa de incursão e acusa Washington de usar o combate ao narcotráfico como pretexto para buscar uma mudança de regime.

Apesar da escalada recente, tanto Trump quanto Maduro sinalizaram, nos últimos dias, abertura para uma possível negociação. As declarações, no entanto, contrastam com o aumento da mobilização militar dos Estados Unidos, que mantém um cenário de incerteza sobre os próximos passos na relação entre os dois países.

Moraes autoriza filhos de Bolsonaro a visitarem ex-presidente

A recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizando visitas dos filhos Flávio e Carlos Bolsonaro ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, adiciona um novo capítulo ao cenário jurídico e político que envolve o ex-mandatário.

Com regras rígidas e duração limitada, a medida busca equilibrar o direito ao convívio familiar com a necessidade de preservar a segurança e a ordem na unidade de custódia, onde Bolsonaro cumpre pena decorrente de condenação por atos contra a ordem constitucional.

Visitas autorizadas com restrições

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu permissão para que os filhos do ex-presidente, Flávio e Carlos, visitem o pai na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A decisão atende a um pedido da defesa e ocorre em meio ao cumprimento de pena determinada pelo tribunal.

As visitas ocorrerão em horários separados, com duração máxima de trinta minutos para cada encontro. O objetivo das regras é permitir o contato familiar sem comprometer a segurança e a ordem no local de custódia. Bolsonaro está detido desde a terça-feira anterior e cumpre pena de 27 anos e três meses, em decorrência de condenação por participação em atos contra a ordem constitucional.

A autorização representa uma concessão pontual da Justiça, permitindo que Bolsonaro mantenha contato com familiares próximos, mas ainda sob rígido controle das autoridades. Até o momento, apenas familiares, advogados e equipe médica tiveram acesso a ele, sempre com fiscalização da Polícia Federal.


Ex-presidente Jair Bolsonaro terá direito a visitas na prisão (Foto: reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro


Significado e impactos da decisão

Para os filhos, o tempo limitado de visitação pode não ser suficiente para discutir assuntos importantes ou avaliar pessoalmente a condição do pai. Apesar das restrições, o encontro tem valor simbólico e reforça o direito de manutenção de laços familiares, mesmo em situações de prisão.

Para as autoridades, a medida equilibra direitos pessoais com a necessidade de manter o controle sobre a situação, considerando o histórico recente de descumprimento de medidas de monitoramento eletrônico pelo ex-presidente. O isolamento parcial segue como forma de evitar riscos à ordem pública e comunicação com terceiros que possam influenciar o caso.

A decisão também envia uma mensagem ao público e aos envolvidos no processo judicial. Para aliados e familiares, é uma forma de garantir algum contato direto com Bolsonaro. Para críticos e para a Justiça, reforça a ideia de que as visitas são monitoradas e não representam relaxamento das medidas legais impostas.

A permissão de Moraes demonstra a tentativa de balancear direitos individuais e segurança institucional. As regras estabelecidas buscam garantir que o encontro familiar ocorra de forma controlada e que não interfira na condução das investigações e na manutenção da ordem na custódia do ex-presidente.

Desemprego apresenta queda no Brasil após o mês de outubro

Dados divulgados pelo IBGE mostram que o Brasil alcançou, em outubro de 2025, a menor taxa de desemprego já registrada desde 2012. O recuo para 5,4% indica um cenário de recuperação e consolidação do mercado de trabalho formal, com impactos diretos sobre renda, consumo e estabilidade econômica para milhões de trabalhadores.

Desocupação em queda

No trimestre encerrado em outubro, a população desocupada no país caiu para cerca de 5,910 milhões, o que representa o menor contingente já registrado desde o início da pesquisa. A redução corresponde a uma queda de 3,4% em relação ao trimestre anterior e de 11,8% na comparação com o mesmo período de 2024. Ao mesmo tempo, o total de trabalhadores ocupados permaneceu estável em 102,5 milhões, consolidando um patamar considerado recorde e evidenciando a capacidade do mercado de absorver mão de obra mesmo em um cenário de desaceleração econômica.


Escala de desemprego no Brasil apresenta números históricos devido à queda (Foto: reprodução/Vitor Vasconcelos/Secom-PR)


Sinais de avanço, mas com desafios

Apesar dos números positivos, especialistas destacam que parte dessa melhora pode estar relacionada ao aumento de vagas temporárias típico do fim de ano, especialmente no setor de comércio e serviços. Esse movimento é comum nesse período e costuma elevar a contratação de trabalhadores para atender à maior demanda. Por isso, a redução do desemprego pode refletir tanto avanços consistentes no mercado de trabalho quanto um impulso passageiro provocado pela sazonalidade.

Além desse fator, mesmo com o crescimento do emprego formal e o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada, a informalidade ainda representa cerca de 37,8% da população ocupada. Esse índice elevado mostra que uma parcela significativa da força de trabalho permanece sem garantias trabalhistas, salários estáveis ou proteção social. A permanência desse cenário indica que, embora o mercado apresente sinais de recuperação, muitos trabalhadores continuam vulneráveis a oscilações na economia, o que impede que o país alcance um nível de segurança e estabilidade capaz de beneficiar todos de maneira uniforme

Por fim, o Brasil alcançou em outubro de 2025 a menor taxa de desemprego desde 2012. O aumento da formalização, o recorde de trabalhadores com carteira assinada e o crescimento da massa de renda real apontam para uma recuperação sólida do mercado de trabalho. Mesmo assim, a informalidade ainda elevada e os efeitos sazonais do fim de ano pedem cautela. Os próximos trimestres serão fundamentais para mostrar se esse resultado representa um novo patamar sustentável ou apenas uma melhora temporária

 

Jair Bolsonaro é autorizado a entrega de alimentação especial na Superintendência em Brasília

Nesta terça feira (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, autorizou entrega de “refeições especiais” para Jair Bolsonaro que está detido desde o último sábado (22) de novembro na Superintendência da PF em Brasília, após tentar romper a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. O pedido foi feito pela defesa de Bolsonaro, que alega que o mesmo estaria recusando refeições entregues pela Policia Federal.

Alexandre de Moraes determinou que os alimentos devem ser entregues a Superintendência após um cadastro de uma pessoa especifica e com fiscalização da Policia Federal.

Sentenças definitivas

Após prisão domiciliar, e posteriormente preventiva desde o dia (22), Bolsonaro e outros seis receberam suas condenações nessa terça-feira (25) pela trama golpista após eleições de 2022.


 Jair Messias Bolsonaro no prédio do STF (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Getty Images Embed)


Jair Messias Bolsonaro foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e três meses de regime fechado e 2 anos e 6 meses de detenção para crimes semiaberto ou aberto. O ex-presidente já está cumprindo pena no local onde estava preso preventivamente a mandado de Alexandre de Moraes após violação da tornozeleira eletrônica e risco de fuga de prisão domiciliar desde sábado passado (22) em Superintendência da PF em Brasília.

Problemas de Saúde

Advogados de Bolsonaro argumentam que estadia em penitenciária afetará a sua saúde. A defesa apresentou ao STF laudos que comprovam existência de complicações de saúde que podem tornar-se risco de vida se o ex-presidente não for mantido em prisão domiciliar.

Esses problemas de saúde vem acompanhado Jair desde a fatídica facada que sofreu em 6 de setembro de 2018 em um comício de sua campanha eleitoral  para ocupar o cargo de Presidente do Brasil. O então deputado levou um golpe na região do abdômen e passou por quatro cirurgias e consegui sobreviver, porém vem apresentando problemas de saúde desde então. O Ministro Moraes concedeu atendimento médico integral ao ex-presidente.

Alexandre de Moraes autoriza visitas a Jair Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, manteve a autorização para que a equipe médica de Jair Bolsonaro o visite sem aval judicial prévio. A decisão foi tomada recentemente, após sua prisão preventiva, e vale para o período em que ele está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Moraes determinou que o ex-presidente receba acompanhamento médico contínuo em regime de plantão

Acompanhamento contínuo

Na decisão, Moraes definiu que os profissionais de saúde listados nos autos terão acesso direto a Bolsonaro para realizar um acompanhamento constante, sem depender de aval judicial para cada visita. Além disso, ele estabeleceu um protocolo específico para situações de emergência.

Em casos graves, será acionado o médico principal da Divisão de Perícias Médicas da PF para orientar as providências necessárias. Se houver risco iminente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deverá ser chamado. Moraes também garantiu que Bolsonaro continuará recebendo os medicamentos indicados por sua médica de confiança, mesmo durante a detenção.


Jair Bolsonaro terá acompanhamento médico (Foto: reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro)


Visitações familiares estão autorizadas

Além das questões médicas, Moraes também concedeu autorização para que alguns dos filhos de Jair Bolsonaro realizem visitas na Superintendência da Polícia Federal, onde o ex-presidente está detido. Essas visitas foram estabelecidas dentro de um cronograma específico, definido previamente pela Justiça, e seguem regras rígidas de duração e acesso. Cada encontro pode ocorrer apenas nas datas determinadas e deve respeitar o limite máximo de 30 minutos, garantindo controle total sobre a movimentação de visitantes no local.

A permissão para visitas familiares representa uma flexibilização pontual dentro do regime de custódia, sem abrir mão das medidas de segurança consideradas essenciais. Embora ofereça a Bolsonaro a possibilidade de manter contato próximo com parte de sua família, a decisão preserva a supervisão judicial e segue protocolos que limitam interferências na rotina da PF. Dessa forma, a abertura para visitas funciona como um ajuste controlado das restrições aplicadas ao ex-presidente.

Gás do Povo inicia distribuição gratuita de botijões

A chegada do Gás do Povo, iniciada nesta segunda-feira (24), marca uma mudança na forma como o governo apoia famílias de baixa renda no acesso ao gás de cozinha. O programa começa a operar em dez capitais brasileiras e oferece recarga gratuita de botijões de 13 kg, substituindo os repasses em dinheiro do antigo Auxílio-Gás.

A iniciativa foi criada para reduzir os gastos essenciais das famílias, ampliar a segurança alimentar, evitar fraudes e tornar o processo de entrega mais direto e eficiente, com controle eletrônico e retirada nas revendas credenciadas.

Programa é vinculado a Caixa

O Gás do Povo funciona por meio de vales digitais distribuídos pela Caixa Econômica Federal, que permitem às famílias beneficiárias acessar a recarga gratuita do botijão de gás de 13 kg, importante para alimentação das pessoas. Para retirar o botijão, é necessário se dirigir a revendas credenciadas, apresentando documento de identificação, CPF ou cartão do Bolsa Família.

O programa foi estruturado para ser simples e direto, evitando burocracia desnecessária e garantindo que o benefício chegue de forma segura aos lares que realmente precisam. Cada vale digital é único e só pode ser utilizado uma vez, o que reforça a confiabilidade do sistema.


Lula anuncia nova medida importante em seu governo (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


O número de recargas anuais depende do tamanho da família: lar com duas ou três pessoas pode receber até quatro botijões por ano, enquanto famílias com quatro ou mais integrantes têm direito a até seis recargas anuais. Todo o processo de retirada é registrado eletronicamente no momento da operação, permitindo controle rigoroso sobre a distribuição e aumentando a transparência e rastreabilidade do programa.

Dessa forma, o Gás do Povo busca evitar fraudes e garantir que o recurso chegue a quem realmente necessita, contribuindo para a segurança alimentar e para o alívio do orçamento doméstico das famílias mais vulneráveis.

Quem tem direito e qual o impacto esperado

O programa é direcionado a famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até meio salário mínimo. Inicialmente, 1 milhão de lares serão atendidos em dez capitais, mas a meta é alcançar mais de 15 milhões de famílias até março de 2026.

Com o novo modelo, o governo afirma que busca combater a pobreza energética, reduzir o uso de combustíveis perigosos e reforçar a segurança alimentar. Além disso, o programa pretende substituir de forma definitiva o Auxílio-Gás, oferecendo um benefício mais direto e menos suscetível a desvios.

Incêndio na Blue Zone da COP 30 aumenta tensão entre ONU e governo brasileiro

A Polícia Federal iniciou uma investigação para descobrir o que causou o incêndio na blue zone da COP 30, em Belém. Os peritos já fizeram uma primeira análise no local, e uma perícia completa deve ser realizada nesta sexta-feira. Policiais também vão ouvir pessoas que estavam no pavilhão atingido e nos espaços ao lado.

Uma das hipóteses mais fortes é que o fogo começou por causa de um micro-ondas que não era compatível com a rede elétrica instalada no evento. Esse aparelho teria provocado um curto-circuito. A PF quer entender como esse micro-ondas entrou na área, já que o acesso é restrito e controlado.

Incêndio não tem relação com estrutura da COP30

Fontes informaram à CNN que, na semana anterior, um equipamento parecido foi colocado no pavilhão chinês, mas retirado depois. Se essa hipótese se confirmar, o incêndio não teria relação com falhas de construção ou problemas estruturais do espaço.

O caso aumentou o clima de tensão entre a ONU e o governo brasileiro. Isso porque a triagem para entrar na blue zone é feita pela própria ONU, que teria permitido que representantes do pavilhão da Comunidade da África Oriental entrassem com o aparelho suspeito. Outra possibilidade analisada é que uma falha em um gerador possa ter iniciado o fogo.


Alguns acordou foram oficializados fora do espaço da COP 30 (Foto: reprodução/X/@BelemNoticiass)


Governo entra em discussão com a ONU

Para integrantes do governo, a ONU estaria agindo de forma precipitada ao sugerir que o incidente é responsabilidade do Brasil, o que teria aumentado o desgaste entre as partes. Por isso, a Polícia Federal tomou a iniciativa de abrir rapidamente uma investigação preliminar.

No momento, a principal linha de apuração continua sendo a entrada do micro-ondas que não deveria estar na área. O governo acredita que as investigações vão mostrar que o problema não está no projeto do local, mas sim em uma falha na fiscalização da ONU.