A Polícia Civil de São Paulo descobriu nesta sexta-feira (10) uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo as autoridades, o local é suspeito de produzir as bebidas que causaram a morte de duas pessoas por intoxicação com metanol no estado.
De acordo com a investigação, a fábrica pirata comprava etanol de postos de combustível, que estaria misturado com metanol, uma substância altamente tóxica. Essa mistura era usada na fabricação de bebidas como vodca, vendidas de forma irregular em bares e distribuidoras.
Polícia Civil traçou uma linha de investigação com os casos de intoxicação
A descoberta foi feita durante uma operação que investigava casos de adulteração de bebidas após os primeiros óbitos registrados na capital paulista. As vítimas haviam consumido vodca em um bar na Zona Leste de São Paulo, o que levou os policiais a identificar os responsáveis pela produção.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram o local onde a bebida era fabricada. A dona da fábrica foi presa em flagrante e confessou ter comprado as garrafas de uma distribuidora não autorizada. Ela deve responder por falsificação e adulteração de produtos alimentícios, crime que pode render de 4 a 8 anos de prisão, além de multa.
Outros endereços em São Caetano do Sul e na capital paulista também foram vistoriados. Ao todo, oito pessoas foram levadas à delegacia para prestar depoimento. A polícia apreendeu garrafas, bebidas, celulares e equipamentos, que serão analisados pela perícia.
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Polícia Militar descobre fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em BarueriConfira: https://t.co/Z7VZFtHbMg pic.twitter.com/EVjyszoNn3
— Polícia Militar do Estado de São Paulo (@PMESP) October 10, 2025
Na tarde desta sexta (10), a Polícia Militar encontrou outra fábrica clandestina, localizada em Barueri. (Foto: Reprodução/X/@PMESP)
Vítimas das bebidas com metanol
Uma das vítimas identificadas é o empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, que teria consumido vodca falsificada em um bar na Mooca. No local, os investigadores apreenderam nove garrafas, e os peritos encontraram altos índices de metanol, que variavam de 14,6% a 45,1%.
Outro caso é o de Bruna Araújo, de 30 anos, que morreu após ingerir a bebida contaminada em uma balada em São Bernardo do Campo. Durante a operação, os policiais também cumpriram oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao bar e à distribuidora que teriam fornecido as bebidas. Celulares e computadores foram apreendidos, e os suspeitos foram levados para prestar esclarecimentos.
