Câmara e Senado derrubam aumento do IOF com apoio suprapartidário

A Câmara dos Deputados revogou, nesta quarta-feira, o decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos–PB), afirmou que a decisão foi “suprapartidária”, refletindo o clima de insatisfação generalizada no Congresso.

Além disso, Motta anunciou um prazo de dez dias para que a equipe econômica apresente um plano alternativo ao aumento do IOF. Ele alertou que, mesmo sem a elevação, o país precisa de uma solução duradoura e que evite “gambiarras tributárias”.

Congresso define prazo e pressiona governo

Hugo Motta destacou que a decisão foi tomada após reunião com líderes partidários. Estiveram presentes Davi Alcolumbre (União–AP) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o parlamentar, o Congresso Nacional decidiu cobrar um plano B para compensar a perda de arrecadação gerada pela queda do IOF. O prazo de dez dias visa evitar decisões precipitadas, garantindo tempo para apresentar medidas alternativas.

Ainda de acordo com Motta, o ambiente no Legislativo é amplamente favorável à derrubada do decreto. Para ele, o Congresso rejeita medidas arrecadatórias impostas sem diálogo prévio ou transparência com a sociedade.


Momento em que Davi Alcolumbre anuncia a aprovação da suspensão do aumento da Alíquota do IOF (Vídeo: reprodução/X/@eixopolitico)


O presidente da Câmara destacou que o Congresso não aceitará aumentos de impostos de forma unilateral, sem amplo debate com os setores envolvidos. O deputado afirmou que o recado da população foi “ecoado” com clareza pela Câmara. A Casa aprovou o regime de urgência com 346 votos favoráveis, demonstrando ampla maioria.

Impactos no governo e alternativa fiscal em debate

Para lidar com a perda de receita, o governo analisa alternativas. Entre elas estão corte de emendas, revisão de benefícios fiscais, venda de ativos e uso de dividendos extraordinários de estatais. O ministro Haddad já discute essas fontes com o Congresso Nacional e assinalou que, caso contrário, a equipe econômica pode recorrer ao Supremo Tribunal.

Enquanto isso, a oposição já organizou ao menos 19 projetos para sustar o decreto e acelerar a revisão do mérito, com apoio explícito do Centrão. O debate promete afetar diretamente a articulação e o equilíbrio fiscal do governo Lula nas próximas semanas.

Cristiano Ronaldo presenteia Trump com uma camisa pedindo paz

O presidente do Conselho Europeu se encontrou com Donald Trump na cúpula do G7, realizada no Canadá, nesta segunda-feira (16), e o presenteou com uma camisa autografada por Cristiano Ronaldo. O presente de CR7 veio acompanhado de uma mensagem de paz, além do autógrafo. Um gesto simbólico que repercutiu amplamente na imprensa internacional e gerou debates sobre o papel do esporte como ferramenta de diplomacia.

A Mensagem

“Ao presidente Donald Trump. Jogando pela paz”, diz a frase escrita por Cristiano Ronaldo logo abaixo de sua assinatura, em letras firmes e visíveis.

A iniciativa foi interpretada como um apelo por diálogo e conciliação, especialmente diante do atual cenário geopolítico. Um dia após o gesto do jogador, o jornal americano Axios publicou que Trump estaria avaliando bombardear o Irã, em meio ao agravamento das tensões com Israel, após o território iraniano ter sido atingido por mísseis. Ainda segundo a reportagem, aviões de guerra já estariam sendo preparados para uma possível ofensiva no Oriente Médio, aumentando a tensão no cenário internacional.


Post da entrega da camiseta (Foto e Vídeo: reprodução|X|@PortugalFPF)


Reações

Com esse gesto, Cristiano foi chamado de “mensageiro da paz” e até mesmo “embaixador da unidade”. Internautas destacaram o simbolismo da atitude, em um momento em que o mundo volta sua atenção para conflitos e possíveis ações militares. A imagem de Trump segurando a camisa viralizou nas redes, com a hashtag #RonaldoForPresident ganhando força e movimentando discussões sobre a influência de figuras públicas em assuntos diplomáticos.

Esta não é a primeira vez que Cristiano Ronaldo se envolve em causas sociais. Ao longo dos anos, ele financiou tratamentos médicos, apoiou iniciativas humanitárias e realizou doações milionárias a hospitais.

Fora das quatro linhas, o craque segue demonstrando que sua influência vai muito além do futebol, consolidando-se como uma das figuras mais admiradas e respeitadas do cenário mundial. Seu gesto, simples, indireto e poderoso, reforça como o esporte pode unir, inspirar e impactar positivamente o mundo.niciativas humanitárias e realizou doações milionárias a hospitais. Fora das quatro linhas, o craque segue demonstrando que sua influência vai muito além do futebol, consolidando-se como uma das figuras mais admiradas e respeitadas do cenário mundial.

Políticos ignoram recomendação do Itamaraty e viajam a Israel

O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de um comunicado divulgado nesta segunda-feira (16), que os prefeitos brasileiros que foram a Israel desconsideraram uma recomendação do Itamaraty para evitarem viagens ao país do Oriente Médio, devido à situação de conflito na região.

Além dos enfrentamentos com o grupo Hamas, que domina a Faixa de Gaza, e com o Hezbollah, baseado no Líbano, Israel também está em confronto com o Irã, após ataques realizados pelo governo de Benjamin Netanyahu contra instalações iranianas.

Autoridades viajaram mesmo sob alertas

Desde outubro de 2023, a Embaixada do Brasil em Israel mantém um alerta orientando que apenas viagens essenciais sejam feitas ao país. Na época, também foi sugerido que os cidadãos brasileiros que já estavam em território israelense considerassem a possibilidade de deixá-lo.

A manifestação do Itamaraty veio após a confirmação de que um grupo composto por 12 autoridades do Brasil deixou Israel com destino à Jordânia, de onde seguirão viagem de volta ao Brasil. O retorno será feito por meio de um voo fretado, com partida prevista da Arábia Saudita.


Nota do Itamaraty sobre autoridades brasileiras que estão em Israel (Foto: reprodução/X/Itamaraty.gov.br)

Segundo a nota divulgada pelo Itamaraty nesta segunda-feira, a retirada das 12 autoridades brasileiras foi viabilizada por meio de uma estreita coordenação entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi.

Possíveis golpes

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv fez um alerta nas redes sociais nesta segunda-feira, orientando os brasileiros que estão em Israel a tomarem cuidado com possíveis golpes divulgados online, que prometem voos de saída do país. A recomendação foi feita devido ao fechamento do espaço aéreo, devido ao conflito com o Irã.

Já o comunicado mais recente, publicado na última sexta-feira (13), reforça que não é recomendável viajar nem para Israel, nem para o Irã. A orientação também pede que os brasileiros que já se encontram nesses países evitem participar de manifestações.

Conheça o líder religioso e político do Irã, Ali Khamenei

Nos últimos dias, ataques conduzidos por Israel contra o Irã resultaram na morte de figuras importantes do regime iraniano. Entre os alvos estariam altos oficiais como Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e considerado o segundo nome mais influente na hierarquia militar do país.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, permanece ileso. Ele ocupa o posto mais alto do poder iraniano há 35 anos.

Quem é Khamenei?

Khamenei concentra em suas mãos tanto a liderança religiosa quanto o controle político do Irã. Ele exerce as funções de chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas, tendo autoridade máxima sobre todas as decisões de governo e diretrizes nacionais.

Khamenei foi profundamente influenciado pelas ideias do aiatolá Ruhollah Khomeini, líder da oposição conservadora iraniana durante seu exílio. Com o tempo, aproximou-se do movimento liderado por Khomeini, passando a colaborar ativamente com sua organização e a cumprir missões dentro do Irã. Em junho de 1981, ele foi alvo de um atentado a bomba que resultou na paralisia permanente de seu braço direito. Apenas quatro meses após o ataque, foi eleito presidente da República Islâmica do Irã, recebendo 95% dos votos. Assumiu a presidência aos 42 anos e tornou-se o primeiro religioso a ocupar o cargo, marcando o fortalecimento do poder clerical sobre o Estado.


Conflito entre Israel e Irã (reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Ao longo de mais de 30 anos no comando do Irã, Khamenei enfrentou sucessivas manifestações populares, todas duramente reprimidas. Durante seu governo, manteve uma postura conservadora rígida em relação aos costumes e foi acusado de ordenar assassinatos de opositores no exterior, além de perseguir jornalistas e intelectuais críticos ao regime. Na política externa, uma das principais táticas adotadas foi o apoio financeiro e militar a grupos aliados que atuavam como representantes do Irã em confrontos indiretos com Israel. Em vários momentos, Khamenei declarou publicamente sua intenção de eliminar o Estado israelense.

Revolta do Khamenei

Na noite de quinta-feira (12), o Exército de Israel realizou uma série de ataques contra múltiplos alvos em território iraniano. Explosões foram relatadas em Teerã e em várias outras cidades. Segundo as autoridades militares israelenses, a ofensiva teve como principal objetivo conter o avanço do programa nuclear do Irã.

Em resposta, o governo iraniano ameaçou tanto Israel quanto os Estados Unidos, afirmando que ambos iriam sofrer graves consequências pelo ataque. Ali Khamenei, declarou que Israel enfrentaria “um destino amargo”.

Bolsonaro e outros 7 réus serão ouvidos pelo STF por tentativa de golpe de Estado em 2022

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (9) os depoimentos dos oito réus acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre os investigados está o ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os denunciados integram o que foi classificado como o “núcleo central” de uma organização criminosa que teria atuado para romper a ordem democrática no país.

Durante o mês de maio, o STF ouviu as testemunhas indicadas tanto pela acusação quanto pela defesa. Agora, com o início dos interrogatórios, o processo entra na etapa final da fase de instrução. As audiências acontecerão na Primeira Turma do Supremo ao longo de toda a semana, com encerramento previsto para sexta-feira (13).

Os depoimentos dos outros sete acusados seguirão a ordem alfabética dos nomes: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Bolsonaro na linha de frente

A Procuradoria-Geral da República (PGR) imputou ao grupo a prática de cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio histórico protegido.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, junto aos outros sete aliados também denunciados, compôs o que foi identificado como o “núcleo central da organização criminosa”.


Alexandre de Moraes marcou interrogatório de Bolsonaro e outros acusado (reprodução/Youtube/Metrópoles)

Segundo a acusação, foi desse grupo que surgiram as principais estratégias e medidas com forte repercussão social, voltadas à tentativa de romper a ordem democrática. Bolsonaro é apontado como o principal líder dessa organização criminosa armada, cujo objetivo era promover um golpe de Estado.

Outros 7 réus

Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), é acusado de ter atuado diretamente ao lado de Jair Bolsonaro na execução do plano golpista. Conforme aponta a Procuradoria-Geral da República (PGR), ele desempenhou um “papel relevante” na formulação e orientação das narrativas que passaram a ser amplamente divulgadas pelo então presidente da República a partir de 2021.

Almir Garnier Santos, que ocupava o cargo de comandante da Marinha à época, demonstrou apoio ao plano golpista durante uma reunião realizada em dezembro de 2022. Na ocasião, ele se mostrou disposto a acatar as ordens de Jair Bolsonaro, caso o então presidente decidisse colocar em prática o decreto que visava a ruptura da ordem constitucional.

Anderson Torres, que foi ministro da Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro, contribuiu para disseminar o discurso sobre uma suposta fraude nas urnas eletrônicas. Durante sua atuação no governo, ele reforçou as alegações apresentadas por Bolsonaro em uma transmissão ao vivo realizada em julho de 2021.

Augusto Heleno, que ocupou o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro, também esteve diretamente envolvido no apoio ao então presidente para a execução do plano golpista. Assim como Alexandre Ramagem, ele teve participação ativa na tentativa de viabilizar a estratégia que visava à quebra da ordem democrática.

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, esteve presente em uma reunião realizada em julho de 2022 com Jair Bolsonaro e outras autoridades. Na ocasião, o então presidente teria solicitado que todos os presentes colaborassem na disseminação do discurso sobre a suposta fragilidade do sistema de votação eletrônico.

Walter Braga Netto, que já ocupou os cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil, também participou da reunião realizada em julho de 2022 com Jair Bolsonaro e outras autoridades.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, integrava o chamado “núcleo central” da organização. Ele é apontado como um dos principais colaboradores na execução do plano que visava à ruptura da ordem democrática.

Moraes abre inquérito contra Eduardo Bolsonaro após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de inquérito contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para apurar sua atuação nos Estados Unidos, onde teria promovido ataques às instituições democráticas do Brasil.

O pedido foi formalizado nesta segunda-feira (26), após avaliação do procurador-geral Paulo Gonet.

A decisão surge em meio ao avanço de investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e a articulação de narrativas golpistas após as eleições de 2022.

O foco do inquérito contra Eduardo Bolsonaro é sua participação em reuniões com parlamentares e lideranças conservadoras norte-americanas, nas quais teria supostamente divulgado informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro e o Judiciário.

Viagens e articulações no exterior levantam suspeitas

Segundo a PGR, há indícios de que o deputado teria ultrapassado os limites da atividade parlamentar ao promover, no exterior, campanhas de desinformação contra ministros do Supremo e integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O inquérito contra Eduardo Bolsonaro investiga encontros realizados nos EUA, incluindo audiências com deputados republicanos e representantes de institutos conservadores, nos quais teria questionado a legitimidade das eleições de 2022.


PGR pede abertura de inquérito contra Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA | LIVE CNN (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

As autoridades apuram se Eduardo Bolsonaro utilizou sua posição para descredibilizar instituições brasileiras, incentivando discursos que colocam em dúvida o funcionamento do sistema democrático.

A PGR aponta que esse tipo de atuação pode configurar violação à Constituição e atentar contra o Estado Democrático de Direito.

“A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal em curso contra o Sr. Jair Bolsonaro”, declara Gonet.

Suposta tentativa de pressionar instituições brasileiras

A PGR sustenta que Eduardo Bolsonaro pode ter atuado com o objetivo de influenciar decisões internas por meio de pressão internacional, o que, em tese, pode configurar abuso de prerrogativa parlamentar e crime contra o Estado Democrático de Direito.

Com a instauração do inquérito contra Eduardo Bolsonaro, Moraes determinou que sejam levantados registros de viagens, reuniões e discursos do deputado durante sua estadia nos EUA entre o final de 2022 e o início de 2023.

Também está prevista a tomada de depoimentos de pessoas presentes nos encontros e a análise de conteúdos divulgados em redes sociais e canais conservadores norte-americanos.

A investigação deve tramitar sob sigilo inicial, mas poderá ser aberta conforme o avanço das diligências.


Eduardo Bolsonaro é recebido pelo então presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: reprodução/Joyce N. Boghosian/Casa Branca/UOL)

O avanço do inquérito contra Eduardo Bolsonaro sinaliza mais um capítulo da ofensiva jurídica contra figuras públicas envolvidas na tentativa de deslegitimar o processo eleitoral e atacar instituições democráticas.

A defesa do deputado ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas aliados políticos afirmam que ele apenas exerceu sua liberdade de expressão em âmbito internacional.

Milei restringe imigração e altera regras para utilização de serviços públicos por estrangeiros

O presidente argentino, Javier Milei, fez um anúncio nesta quarta-feira comunicando que será transformada em decreto a restrição e a entrada e permanência na Argentina. Ainda não existe previsão para sair no Diário Oficial argentino, mas o político disse que em breve as mudanças irão entrar em vigor.

Quando oficializada, a medida irá cobrar os serviços públicos do país, como ensino e saúde, para moradores em situação irregular ou até mesmo transitórios. No caso de turistas, será necessário a apresentação de um seguro médico para entrar em território argentino.


Anúncio no perfil oficial do governo da Argentina no X. (reprodução/X/OPRArgentina)

Declarações do governo

Segundo um comunicado oficial do governo de Javier Milei: 

“A Argentina, desde suas origens, sempre foi um país aberto ao mundo. No entanto, isso não pode dizer que os pagadores de impostos devam sofrer as consequências de estrangeiros que chegam unicamente para usar e abusar de recursos que não são seus. (…) As facilidades extremas que até essa data existiam para entrar na Argentina fizeram com que, nos últimos 20 anos, 1,7 milhões de estrangeiros migrassem de forma irregular no nosso território.”

Problema para brasileiros

A medida relata que visa a manutenção financeira dos cofres públicos argentinos, além de procurar estabelecer que os recursos sejam utilizados em prol do contribuinte local. O decreto impacta diretamente estudantes brasileiros em universidades do país, que viajam ao país para realizar a graduação em um curso de medicina. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, no ano de 2023, cerca de 90 mil brasileiros viviam na Argentina.

A partir da presidência de Javier Milei, o governo argentino realizou um implante de alterações na política econômica, um número crescente de estrangeiros têm deixado o país, que passou de um destino acessível a um dos mais caros da América Latina. Em dezembro de 2024, a Argentina recebeu 581.600 visitantes, sendo a maioria deles (22,5%) originária do Brasil.

Crime de atentado na Praça dos Três Poderes foi motivado por extremismo político

Nesta terça-feira (29), a Polícia Federal concluiu que Francisco Wanderley Luiz agiu sozinho no atentado ocorrido em 13 de novembro de 2024, nas proximidades do Supremo Tribunal Federal. Com base nas investigações, que incluíram análise de dados bancários e fiscais, perícias em locais próximos ao ocorrido, reconstrução da cena e depoimentos de testemunhas, foi determinado que o autor não contou com ajuda ou financiamento de terceiros. A motivação, segundo a Polícia Federal, foi o extremismo político.


Imagens divulgadas pelo STF dos últimos últimos momentos do autor do crime antes da ação (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

O atentado

Francisco Wanderley Luiz foi o responsável pelo atentado nas imediações do Supremo Tribunal Federal em 13 de novembro de 2024. As explosões tiveram início por volta das 19h30, na Praça dos Três Poderes. A primeira ocorreu em seu próprio carro, estacionado próximo à Câmara dos Deputados. No entanto, a explosão que causou sua morte aconteceu nas imediações do prédio do STF.

As investigações indicaram que o crime foi premeditado. De acordo com o diretor-geral da Polícia Federal, Wanderley esteve em Brasília em outras ocasiões e chegou a alugar um imóvel próximo ao STF. Ainda não há comprovação, no entanto, de que ele tenha participado dos atos de 8 de janeiro de 2023.

“Esse trailer foi alugado há alguns meses — não foi algo recente — e estava localizado em um ponto estratégico nas proximidades do STF, o que indica um planejamento de médio e, possivelmente, de longo prazo, evidenciando a gravidade do que foi feito”, afirmou Andrei Rodrigues.

Na época, o Supremo Tribunal Federal informou, por meio de nota, que as explosões foram ouvidas ao final da sessão, e que ministros, servidores e colaboradores foram evacuados do prédio por precaução e com segurança.

Quem era Francisco Wanderley Luiz

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, era empresário do setor de entretenimento e residia no Rio Grande do Sul. Filho de comerciantes, alcançou reconhecimento ao abrir casas de eventos em sua cidade natal.

De acordo com familiares, seu interesse por política começou em 2018, chegando a se candidatar ao cargo de vereador, mas não foi eleito. Em 2022, demonstrava insatisfação com o governo vigente e expressava, inclusive em suas redes sociais, forte oposição ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes. Através de um depoimento por vídeo da ex-esposa dele à Polícia Federal, Francisco compartilhava com ela pesquisas do Google sobre atentados e planejamentos para executar a ação.

Regina Duarte comenta sobre suposta participação em novelas e sua relação com a política

A atriz Regina Duarte realizou o seu retorno para a emissora Globo depois de 5 anos, tempo em que se envolveu com a política nacional. A “namoradinha do Brasil”, apelido que Regina ganhou nos anos 70, teve uma breve participação na secretaria especial da Cultura no antigo governo de Jair Bolsonaro, presidente brasileiro de 2019 a 2022.

De volta à televisão após um período polêmico de sua vida, a atriz respondeu sobre questionamentos que pairavam em público no programa “Conversa com Bial”, nesta terça-feira (22). A artista comentou que não pretende retornar para as novelas da Globo e respondeu às críticas sobre a situação envolvendo um cargo político no governo passado.


https://twitter.com/Serginholeall/status/1914641483568738522?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1914641483568738522%7Ctwgr%5Ec13583a0b0c64954f3f273a369615e891c9477a4%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fhugogloss.uol.com.br%2Ftv%2Fregina-duarte-surpreende-ao-dizer-se-retornara-as-novelas-e-relembra-cargo-no-governo-bolsonaro-fui-defenestrada-assista%2F
Regina Duarte comenta sobre riscos de censura na arte (Foto: reprodução/X/@Serginholeall)

Volta em novelas

Após ser perguntada se participaria de mais novelas, Regina deu a seguinte declaração: “Tem um personagem mudo, que só faz caras e bocas. E através das caras e bocas, ela transmite o que quer comunicar? Eu não quero mais decorar textos, fiz isso a minha vida inteira. Eu trabalhava 24 horas por dia: 12 gravando e 12 decorando. Me dê uma folga!”, disse.

Censura politica

A artista, que entrou na emissora no ano de 1969, na novela “Véu de Noiva”, também abordou um dos seus principais papeis ao longo de sua vida em “Roque Santeiro”, de 1975. A novela sofreu censura pela Ditadura Militar Brasileira (1964-1985), durante o governo do general Geisel. Regina Duarte ressaltou a sua frustração com a repressão da obra envolvida.

O apresentador Pedro Bial fez uma comparação entre a censura estabelecida, com os ataques direcionados à figura de Regina Duarte ao aceitar na época um cargo de Bolsonaro. A atriz reagiu comentando seu sentimentos a respeito dos danos sofridos e a relação com a liberdade de expressão e a censura que em certos momentos é impregnado na sociedade.

Tarifas elevam risco de recessão nos EUA, alertam economistas

Economia dos EUA enfrenta riscos crescentes de recessão diante de política tarifária agressiva

Uma política tarifária agressiva adotada pelos Estados Unidos está alimentando temores de uma desaceleração significativa da economia em 2024 e 2025. Segundo economistas consultados pela Reuters, a probabilidade média de uma recessão nos próximos 12 meses já se aproxima de 50%.

Mesmo com a recente pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas impostas pelo presidente Donald Trump a parceiros comerciais, a medida teve impacto limitado. A guerra comercial com a China — principal parceiro comercial dos EUA — continua minando a confiança do setor empresarial.

Política Tarifária feito pelo EUA

Com o agravamento do cenário, tanto analistas quanto consumidores vêm elevando suas expectativas de inflação, ao mesmo tempo em que reduzem suas projeções de crescimento. As previsões medianas de inflação nas pesquisas da Reuters aumentaram desde o mês passado, o que pode restringir o espaço do Federal Reserve para promover mais de dois cortes na taxa de juros até o final do ano.

De acordo com levantamento realizado pela Reuters entre 14 e 17 de abril, a chance de uma recessão em 2025 subiu para 45% — o maior patamar desde dezembro de 2023 — ante 25% na pesquisa anterior.

“O sentimento está extremamente fraco no momento, o que revela o nervosismo das famílias em relação aos gastos. Preços elevados, um mercado de trabalho menos aquecido e a redução da riqueza estão se combinando em um cenário bastante desfavorável para o consumo”, afirmou James Knightley, economista-chefe internacional do ING. “Esse é o grande obstáculo para o crescimento dos EUA, pois aumenta significativamente o risco de recessão. A incerteza quanto ao ambiente comercial faz com que as empresas fiquem relutantes em investir na economia americana.”

Todos os 45 economistas que responderam a uma pergunta adicional na pesquisa concordaram que as tarifas prejudicaram a confiança empresarial, sendo que quase metade classificou o impacto como “muito negativo”.

A economia dos EUA

A economia dos EUA, que iniciou o ano com ritmo sólido de crescimento, consumo robusto e geração de empregos, agora deve avançar apenas 1,4% em 2025 — uma forte revisão para baixo em relação à previsão de 2,2% feita no mês anterior.


Economia do Estados Unidos(Foto: Reprodução/meioemensagem/Shutterstock)

Entre os 50 economistas que contribuem regularmente para as projeções da Reuters, 46 reduziram suas expectativas de crescimento para 2025, com uma média de corte de 80 pontos-base em apenas um mês. Segundo a agência, não se via uma revisão tão brusca desde julho de 2022.

“É provável que a incerteza em torno das tarifas já tenha provocado danos à economia. Esse cenário instável tende a frear o crescimento, pressionar a inflação e ampliar os riscos de eventos extremos no médio prazo”, avaliou James Egelhof, economista-chefe do BNP Paribas nos Estados Unidos.

Para o próximo ano, a expectativa de expansão econômica é de 1,5%, abaixo dos 2,0% estimados na pesquisa de março.